País banana, justiça banana...

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Andre Correa
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Re: País banana, justiça banana...

#556 Mensagem por Andre Correa » Qui Ago 23, 2012 12:40 am

suntsé escreveu:
Clermont escreveu:Jovens que espancaram rapaz que defendia mendigo não vão a júri popular

Juiz decide que caso em que jovem sofreu 20 fraturas no crânio na Ilha do Governador não foi tentativa de homicídio

O GLOBO - 29.07.12.

RIO - Os jovens que espancaram Vitor Suarez Cunha na Ilha do Governador em fevereiro deste ano quando ele defendia um mendigo não vão a júri popular, decidiu o Tribunal de Justiça do Rio na última sexta-feira. Segundo o juiz Murilo Kieling, da 3ª Vara Criminal da capital, as provas apresentadas nos autos não comprovam que Tadeu Assad Farelli Ferreira, William Bonfim Nobre Freitas, Fellipe de Melo Santos, Edson Luis dos Santos Junior e Rafael Zanini Maiolino tinham intenção de matar quando agrediram Cunha.
Um grupo espanca alguem até levar para UTI, e não tiveram a intenção de matar :lol:

Nossa, toda e qualquer pessoa de bem e ingenua jamais vão entender a lógica de determinados magistrados.
Mas é possível recorrerem desta decisão?

[009]




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Re: País banana, justiça banana...

#557 Mensagem por Naval » Qui Ago 23, 2012 1:00 am

Andre Correa escreveu:
suntsé escreveu: Um grupo espanca alguem até levar para UTI, e não tiveram a intenção de matar :lol:

Nossa, toda e qualquer pessoa de bem e ingenua jamais vão entender a lógica de determinados magistrados.
Mas é possível recorrerem desta decisão?

[009]
Sim. No caso, o recurso cabível para o MP é a Apelação Criminal.

Se o Juiz tivesse pronunciado os acusados para o Júri, aí seria Recurso em sentido Estrito para a Defesa.

Abraços.




"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração." (Thomas Jefferson)
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Matheus
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Re: País banana, justiça banana...

#558 Mensagem por Matheus » Sex Ago 24, 2012 7:32 pm

Os atores do mensalão frequentam dois cenários distintos em Brasília. Nos dias de sessão do Supremo Tribunal Federal, à tarde, advogados e ministros guardam distância protocolar e, não raras vezes, os bacharéis são tratados rispidamente. À noite, em festas pela capital, os doutos se confraternizam.
“Foi uma festa absolutamente democrática”, disse ontem o advogado José Gerardo Grossi, de 80 anos, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, aniversariante da noite de quarta-feira. Carismático, ele recebeu no tradicional Palace Brasília Hotel muitos convidados. Estavam no mesmo ambiente protagonistas e coadjuvantes do mensalão - acusação, defesa e julgador - como o ministro Marco Aurélio Mello e a mulher do ex-ministro José Dirceu, Evanise Santos.
O próprio Dirceu, que está recluso enquanto transcorre o julgamento, fez questão de ligar para o anfitrião e o felicitou. “Ele (Dirceu) me ligou parabenizando, é outra pessoa de quem gosto muito”, afirmou Grossi.
A festa reuniu os notáveis da advocacia criminal, ora defensores dos réus do esquema que abalou o governo Lula. Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça e advogado do executivo José Roberto Salgado, do Banco Rural; Arnaldo Malheiros Filho, que representa Delúbio Soares; Alberto Zacharias Toron, defensor do deputado João Paulo Cunha (PT-SP); Pierpaolo Bottini, constituído pelo ex-deputado Professor Luizinho (PT-SP).
No mesmo ambiente, estavam o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e seu antecessor, Antonio Fernando de Souza, acusadores do mensalão. Assim como o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), réu de outro mensalão - o mineiro.
Língua afiada
Num canto, faceiro, Marco Aurélio estava rodeado pelos convivas e, com a língua afiada, de tudo falava. Indagado sobre o que quis dizer com contraponto no julgamento, ele assim se manifestou: “Pretendi restabelecer a harmonia na Corte”.
Aqui e ali, o tema das rodinhas era o julgamento. “O comentário geral era a expectativa em relação à conclusão do voto do relator”, disse o ministro Marco Aurélio. “Houve uma inversão na apreciação da conduta dos réus.”
O anfitrião ficou emocionado com o carinho recebido dos amigos. “A festa foi absolutamente democrática. Veio o José Batista Sobrinho, do Friboi, maior abatedouro de carne bovina do mundo, e a Maria José, que passa a nossa roupa há muitos anos”, disse Grossi. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo




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Re: País banana, justiça banana...

#559 Mensagem por nveras » Sex Ago 24, 2012 8:02 pm

Matheus escreveu:Os atores do mensalão frequentam dois cenários distintos em Brasília. Nos dias de sessão do Supremo Tribunal Federal, à tarde, advogados e ministros guardam distância protocolar e, não raras vezes, os bacharéis são tratados rispidamente. À noite, em festas pela capital, os doutos se confraternizam.
“Foi uma festa absolutamente democrática”, disse ontem o advogado José Gerardo Grossi, de 80 anos, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, aniversariante da noite de quarta-feira. Carismático, ele recebeu no tradicional Palace Brasília Hotel muitos convidados. Estavam no mesmo ambiente protagonistas e coadjuvantes do mensalão - acusação, defesa e julgador - como o ministro Marco Aurélio Mello e a mulher do ex-ministro José Dirceu, Evanise Santos.
O próprio Dirceu, que está recluso enquanto transcorre o julgamento, fez questão de ligar para o anfitrião e o felicitou. “Ele (Dirceu) me ligou parabenizando, é outra pessoa de quem gosto muito”, afirmou Grossi.
A festa reuniu os notáveis da advocacia criminal, ora defensores dos réus do esquema que abalou o governo Lula. Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça e advogado do executivo José Roberto Salgado, do Banco Rural; Arnaldo Malheiros Filho, que representa Delúbio Soares; Alberto Zacharias Toron, defensor do deputado João Paulo Cunha (PT-SP); Pierpaolo Bottini, constituído pelo ex-deputado Professor Luizinho (PT-SP).
No mesmo ambiente, estavam o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e seu antecessor, Antonio Fernando de Souza, acusadores do mensalão. Assim como o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), réu de outro mensalão - o mineiro.
Língua afiada
Num canto, faceiro, Marco Aurélio estava rodeado pelos convivas e, com a língua afiada, de tudo falava. Indagado sobre o que quis dizer com contraponto no julgamento, ele assim se manifestou: “Pretendi restabelecer a harmonia na Corte”.
Aqui e ali, o tema das rodinhas era o julgamento. “O comentário geral era a expectativa em relação à conclusão do voto do relator”, disse o ministro Marco Aurélio. “Houve uma inversão na apreciação da conduta dos réus.”
O anfitrião ficou emocionado com o carinho recebido dos amigos. “A festa foi absolutamente democrática. Veio o José Batista Sobrinho, do Friboi, maior abatedouro de carne bovina do mundo, e a Maria José, que passa a nossa roupa há muitos anos”, disse Grossi. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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Re: País banana, justiça banana...

#560 Mensagem por Clermont » Sáb Ago 25, 2012 7:55 pm

A toga na política.

Ruy Fabiano - Blog do Noblat - 25.08.12.

Penso que já se falou tudo de essencial sobre os votos do ministro Ricardo Lewandowski, que na quinta-feira, ao tratar dos atos de João Paulo Cunha e parceiros, revogou o que disse na quarta-feira, quando condenou Henrique Pizzolato e parceiros.

Os dois casos são essencialmente os mesmos – e isso também já foi exposto em detalhes. Não vale, pois, repeti-lo. Vale examinar se há motivos para surpresas. Penso que não.

Pelos sinais emitidos desde antes do julgamento, a conduta de Lewandowski é perfeitamente coerente. Se, na véspera mostrou um rigor inesperado, era apenas parte da estratégia para melhor posicionar-se no dia seguinte, numa coreografia de rigor legalista.

O julgamento do Mensalão, o único na história do STF a adquirir audiência de programa de auditório, expõe pela primeira vez um pouco da intimidade daquela instituição, que tem a prerrogativa que nenhuma outra tem de errar por último. Acima dela, o recurso que resta é à Providência Divina.

Exatamente por isso, quem ali chega deveria passar por uma peneira finíssima, que preservasse ao máximo aquilo que a Constituição chama de impessoalidade do ato de quem nomeia, além da integridade e notório saber jurídico de quem é nomeado.

Nos Estados Unidos, é assim. Vasculha-se a vida do indicado, sem qualquer fronteira entre sua conduta pública e privada.

Não raro, afloram escândalos pretéritos, em episódios inclusive de assédio sexual. Lá, como aqui, o indicado submete-se a sabatina no Senado.

Mas aqui trata-se de mero protocolo, selado anteriormente com um cafezinho e um bate-papo no gabinete de cada senador. Mais ou menos como ocorre àqueles que se candidatam à Academia Brasileira de Letras.

Nos EUA, é bem diferente. A nomeação de um juiz à Suprema Corte é um acontecimento nacional, que mobiliza a mídia e os setores organizados da sociedade civil. Os prós e os contras são postos à mesa, com todos os exageros, num debate público.

A aprovação pelo Senado, por isso mesmo, não é automática, mera formalidade ou simples sabatina, como aqui. Bem ao contrário, o Senado funciona como uma antena, que capta a pressão popular sobre o novo ministro, o que torna a seleção mais rigorosa, justa e democrática. A vigilância não cessa com a nomeação; prossegue no curso do exercício da função.

Seria impensável, por exemplo, um ministro da Suprema Corte tomando drinques num evento social com advogados de réus que estão sendo julgados por ele. Aqui, é rotineiro.

Ontem mesmo, a Folha de S. Paulo exibiu fotos de um evento social que, horas após mais uma sessão do julgamento, reuniu, entre taças e petiscos, o procurador-geral Roberto Gurgel, alguns advogados dos réus e um ministro do STF, Marco Aurélio Mello.

“O embate acontece lá; aqui, é confraternização”, disse com naturalidade o procurador Gurgel, o que confere ao encontro ares de bastidores de teatro, quando, ao final dos embates fictícios do palco, os atores confraternizam.

Quem frequenta o ambiente político de Brasília sabe que não se trata de um episódio isolado, mas, ao contrário, uma rotina, que só ocorre porque o público desconhece o papel de cada ator e não tem qualquer visibilidade sobre eles.

O cidadão médio desconhece quem são os membros do STF. Não sabe como entraram, nem como atuam lá, mesmo sendo o único país do mundo a televisionar as sessões de sua Suprema Corte. O linguajar hermético e gongórico dos juízes explica, em parte, o paradoxo; o desinteresse da mídia na rotina das cortes faz o resto.

São incontáveis os filmes americanos sobre o Judiciário; aqui, nenhum jamais focou a Suprema Corte e seus bastidores.

O atual STF tem apenas três ministros não indicados na gestão do PT: Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Gilmar Mendes. Se Dilma for reeleita, restará apenas Gilmar Mendes, ao final de seu segundo mandato.

Não havendo mudança de critério nessas nomeações, restará sempre a dúvida quanto à isenção dos nomeados.

Alguns poderão objetar: sempre foi assim. É verdade. Não há novidade, o que talvez esclareça o fato de que nenhum político, em toda a história do STF, jamais foi condenado. O Mensalão pode mudar isso. Ou não. Vejamos.




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Re: País banana, justiça banana...

#561 Mensagem por Clermont » Sex Set 07, 2012 8:17 am

Juristas organizam movimento para derrubar reforma do Código Penal.

Ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior afirma que a proposta "não tem conserto".

Tatiana Farah - O GLOBO, 06.09.12.

SÃO PAULO - Setores da comunidade jurídica organizam um movimento para derrubar o projeto de reforma do Código Penal que tramita no Senado. Um dos articuladores do grupo, o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior afirma que a proposta "não tem conserto" e, com um manifesto de mais de três mil assinaturas, pede seu "sobrestamento". Um dos organizadores do manifesto é o advogado René Dotti, que deixou a comissão de juristas que assessorava o Senado por discordar do andamento da reforma.

— São aberrações jurídicas. O conjunto está comprometido. Não se pode fazer emenda para resolver. O projeto foi feito no afogadilho e o professor Dotti se afastou diante desse açodamento — disse Reale na quinta-feira, em entrevista por telefone ao GLOBO.

Ao documento lançado pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim), pelo Instituto Manoel Pedro Pimentel, da USP, e pelo Insituto Transdisciplinar de Estudos Criminais (ITEC), somam-se nomes como o do subprocurador-geral da República Juarez Tavares e do jurista Geraldo Prado. As críticas se referem ao conteúdo geral do projeto e à falta de interseção com a comunidade jurídica e com a própria sociedade. Os juristas consideraram muito curto o prazo de sete meses de desenvolvimento do projeto e afirmaram que foram poucas as audiências públicas organizadas para a elaboração da reforma.

São muitos os pontos criticados no texto final apresentado pelo Senado:

— Eliminou-se o livramento condicional, retirando um instrumento consagrado, utilizado há mais de um século no mundo. A proposta vai aumentar o encarceramento no país. Mas, ao mesmo tempo em que prevê o endurecimento de leis, também provoca a sua fragilização. Institui a barganha (em que acusado e defesa concordam), acabando com o processo penal e aplicando a pena mínima para qualquer crime. Com isso, na barganha, fica proibido que o réu vá para o sistema fechado (prisão)— exemplifica Reale.

Outro problema apontado pelo jurista diz respeito a movimentos sociais, como o MST:

— Os movimentos sociais foram excluídos de serem enquadrados em crimes de terrorismo.

O manifesto da comunidade jurídica aponta ainda para outra incongruência. A pena para a omissão de socorro a um humano é 12 vezes menor que a omissão de socorro a um animal. "Em síntese: para uma criança abandonada ou uma pessoa ferida (abandonada) a pena mínima é de um mês ou multa e em relação a qualquer animal é de um ano, ou seja, 12 vezes superior", diz o texto, que chama o projeto do novo código de "Projeto Sarney", em referência ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP):

— Tudo foi apressado. Sarney quer se imortalizar como autor do projeto— critica Reale, que apontou ainda outros problemas: — A cada passo temos uma surpresa. Agora, todo homicídio ficou qualificado e a eutanásia poderá ser praticada, com perdão judicial, por qualquer parente de paciente em estado grave, sem a exigência de um atestado médico.

Professora de Direito do Largo São Francisco, da USP, Janaina Conceição Paschoal também rejeita o projeto.

— Não consigo ver no projeto nenhum benefício para a sociedade e para a segurança pública. Os artigos 137 e 140 aumentam a pena para difamação. Com isso, um jornalista pode pegar até quatro anos de pena. Nem na ditadura as penas para os jornalistas eram desse porte. No que o Brasil melhora assustando seus jornalistas?— pergunta ela.

O GLOBO tentou falar com o vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Gilson Dipp, coordenador do grupo que assessorou o Senado, mas ele esteve em reuniões durante todo o dia e não atendeu a reportagem. Também tentou falar com o relator da comissão, o procurador da República Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, mas não conseguiu localizá-lo.




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Re: País banana, justiça banana...

#562 Mensagem por Sterrius » Sex Set 07, 2012 10:28 am

Se pessoas do naipe de Miguel Reale ta no protesto pode esperar que vai fazer impacto.

Pode até não conseguir, mas força o protesto tem.




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Re: País banana, justiça banana...

#563 Mensagem por prp » Sex Set 07, 2012 10:55 am

Bobagem, esse pessoal quer é que o zorra toda continue.




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Re: País banana, justiça banana...

#564 Mensagem por Naval » Sáb Set 08, 2012 4:02 pm

Sterrius escreveu:Se pessoas do naipe de Miguel Reale ta no protesto pode esperar que vai fazer impacto.

Pode até não conseguir, mas força o protesto tem.
O Desembargador Geraldo Prado tb é um grande Jurista no RJ, foi meu professor na especialização.

Como todo projeto, tem seus altos e baixos, tem q ponderar na balança.
Fato que há muitas aberrações/distorções na nossa Legislação penal que, sempre prestigiou os mais ricos desse país, leia-se crimes do colarinho branco.

O princípio da Isonomia é uma falácia.

Abraços.




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Re: País banana, justiça banana...

#565 Mensagem por Rodrigoiano » Qua Set 12, 2012 5:14 pm

Tourinho rules! :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:
(que o STJ e o STF ouçam as vozes da sociedade por justiça e ética...)!
É um prenúncio do que o TRF-1 julga em matéria penal em relação a escutas? Ainda bem que existem julgados dos tribunais superiores em sentido oposto (e no mesmo sentido também...:twisted:).
=====================================

12/09/2012 16h31 - Atualizado em 12/09/2012 16h46

Tribunal anula escutas de operação que prendeu ex-presidente da Valec

Operação Trem Pagador, da PF, investigou desvio de recursos da estatal.
O ex-presidente do órgão Juquinha Neves foi preso durante a operação.

Mariana Oliveira
Do G1, em Brasília

(...)

http://g1.globo.com/politica/noticia/20 ... valec.html




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Re: País banana, justiça banana...

#566 Mensagem por Naval » Qua Set 12, 2012 5:21 pm

Rodrigoiano escreveu:Tourinho rules! :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:
(que o STJ e o STF ouçam as vozes da sociedade por justiça e ética...)!
É um prenúncio do que o TRF-1 julga em matéria penal em relação a escutas? Ainda bem que existem julgados dos tribunais superiores em sentido oposto (e no mesmo sentido também...:twisted:).
=====================================

12/09/2012 16h31 - Atualizado em 12/09/2012 16h46

Tribunal anula escutas de operação que prendeu ex-presidente da Valec

Operação Trem Pagador, da PF, investigou desvio de recursos da estatal.
O ex-presidente do órgão Juquinha Neves foi preso durante a operação.

Mariana Oliveira
Do G1, em Brasília

(...)

http://g1.globo.com/politica/noticia/20 ... valec.html
Esse cara de novo.

Tem gente que confunde Garantismo Penal com Promiscuidade Penal.
Aff...

Abraços.




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Re: País banana, justiça banana...

#567 Mensagem por Lirolfuti » Qua Set 12, 2012 5:28 pm

Corregedor quer 'rigor', mas diz que investigar juiz é 'secundário' para CNJ
Francisco Falcão quer descentralizar apurações e fortalecer corregedorias.
Ele substitui Eliana Calmon. Ao G1, disse que TJ investigará juízes de SP.


O novo corregedor nacional de Justiça, Francisco Falcão, defendeu nesta terça-feira (11), em entrevista ao G1, "rigor" contra irregularidades, mas afirmou que investigar juízes é papel “secundário” do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Desde o último dia 6, Falcão, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), substitui no cargo a colega Eliana Calmon, cujo mandato de dois anos se encerrou.

Para ele, a função principal do órgão de fiscalização do Judiciário é “uniformizar” a atuação das corregedorias, a fim de que elas promovam apurações de forma eficiente.

Natural do Recife, Francisco Falcão tem 60 anos. Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco e entrou para a magistratura em 1989. Ministro do STJ desde 1999, foi indicado para a corregedoria pela presidente Dilma Rousseff. O magistrado é o quinto corregedor do CNJ, criado em 2004 e composto por 15 integrantes.

“O papel principal da corregedoria não é investigação. O papel principal da corregedoria é promover e uniformizar os procedimentos do Poder Judiciário, de uma forma que o tribunal do Amazonas tenha a mesma linguagem que o tribunal do Rio Grande do Sul [...] Essa questão disciplinar é uma questão secundária”, disse. Segundo Falcão, a ideia é manter no CNJ as apurações de maior envergadura e “descentralizar” os demais procedimentos disciplinares. "O CNJ, como órgão nacional, tem que cuidar das questões macro, as mais importantes”, afirmou.

Falcão afirmou que vai delegar à corregedoria do Tribunal de Justiça de São Paulo “grande parte” das investigações relacionadas a magistrados paulistas. Um dos principais focos da gestão de Eliana Calmon como corregedora foi apurar irregularidades no TJ-SP.

Apesar de defender a "descentralização" das investigações, o novo corregedor disse que será “implacável” com desvios de conduta. “Evidentemente que a gente vai atacar isso com muito rigor, como a ministra fez. E seremos implacáveis contra os desvios de conduta que possam ser notados no Poder Judiciário”, disse.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista:

G1 – Qual será o foco das investigações do CNJ?
Francisco Falcão – O papel principal da corregedoria não é investigação. O papel principal da corregedoria é promover e uniformizar os procedimentos do Poder Judiciário, de uma forma que o Tribunal do Amazonas tenha a mesma linguagem que o Tribunal do Rio Grande do Sul, o Tribunal de São Paulo, o Tribunal do Rio. Uniformizar procedimentos. Essa questão disciplinar é uma questão secundária. Evidentemente que a gente vai atacar isso com muito rigor, como a ministra fez nesse período. E nessa área seremos, da mesma forma como ela [Eliana Calmon] foi, implacáveis contra os desvios de conduta que possam ser notados no Poder Judiciário. Eu não tenho dúvida de que é uma minoria de juízes. O Judiciário é composto por uma grande maioria de pessoas corretas, que trabalham, que têm um comportamento republicano. G1 – O sr. acha que o CNJ deve evitar abrir investigações antes das corregedorias?
Falcão – Depende do caso. O objetivo do CNJ – e nos países que têm os conselhos nacionais de justiça – é uniformizar procedimentos e economizar despesas. Vamos fazer uma parceria com a Escola Nacional de Magistrados para que ela prepare as corregedorias, porque tem algumas menores, mais na região amazônica, que não têm nem noção de como começar um procedimento administrativo. Então, nós vamos fazer cursos em parceria com a escola para exatamente ensinar esses corregedores e servidores como se inicia um procedimento administrativo. A ideia é descentralizar. O CNJ, como órgão nacional, tem que cuidar das questões macro, as mais importantes.

G1 – Um dos focos da gestão anterior foi o Tribunal de Justiça de São Paulo. O sr. pretende continuar as investigações lá?
Falcão – O atual presidente do tribunal, o desembargador Ivan Sartori, me causou muito boa impressão, bem como o corregedor, que é o desembargador [Renato] Nalini [corregedor-geral da Justiça do Estado de São Paulo], que é reputado por toda a Justiça brasileira como um homem corretíssimo. Inclusive, essas são palavras da ministra Eliana. Então, no caso de São Paulo nós vamos em grande parte delegar essa missão ao desembargador Nalini, que eu não tenho nenhuma dúvida que vai apurar com todo o rigor.

G1 – Todas as investigações de magistrados paulistas serão repassadas ao TJ-SP?
Falcão – Depende da investigação. Vamos avaliar a potencialidade da investigação. Ela poderá vir para cá ou ficar lá. Se temos um bom corregedor, um homem correto, não tem razão para trazer investigação para cá. A gente tem um corregedor que vai investigar com total imparcialidade. Quem tenta governar só, administrar só, termina sem fazer nada. Foram feitas cinco inspeções em São Paulo e ela [Eliana Calmon] fez uma ou duas. Isso nós vamos delegar ao desembargador Nalini e, no que for necessário, o CNJ vai estar presente. Isso não quer dizer que o CNJ não esteja atuando. G1 – O sr. vai continuar com as investigações sobre a evolução patrimonial dos magistrados?
Falcão – Eu não vou quebrar sigilo de juiz porque esse é um direito assegurado na Constituição. Eu, pessoalmente, sou contra autoridade pública ter sigilo. Agora, já que existe, está previsto na Constituição, nós temos que obedecer. Agora, onde houver notícia de desvio de conduta, ato praticado de corrupção de magistrado, nós vamos pedir ao juiz criminal a quebra dos sigilos bancário e fiscal.

G1 – A ministra Eliana Calmon usou dados do Imposto de Renda e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf, órgão do Ministério da Fazenda). O sr. considera quebra de sigilo usar informações do Coaf?
Falcão – Nós não vamos adotar esse procedimento, continuar com esse procedimento de oficiar para Coaf pedindo dados de juízes. Se o Coaf perceber que há algum magistrado com patrimônio incompatível e ele encaminhar para o CNJ, aí temos que apurar. Nós temos que ter cuidado com isso para evitar injustiça. Tem muitos desembargadores, magistrados que têm situação privilegiada financeira. Morreu pai, alguém da família. E como que você abre investigação de uma pessoa para depois ela dizer que o dinheiro é produto de herança? Mas aí você já desmoralizou, tirou a credibilidade do magistrado. Temos que ser muito parcimoniosos para preservar essa boa imagem do Poder Judiciário. G1 – O sr. acha que existe muita corrupção no Judiciário? Existe muito corporativismo entre juízes?
Falcão – Pelo que eu saiba, é uma minoria de pessoas que estão fugindo do padrão ético, e com essa minoria a gente vai agir com mão de ferro. Acho que Judiciário está saindo na frente com o CNJ e está procurando se purificar. Existe corporativismo, como existe em toda categoria. Mas, no Brasil de 2012, não existe mais espaço para corporativismo.

G1 – As associações de magistrados tiveram uma postura de oposição ao CNJ na gestão de Eliana Calmon. O senhor vai trabalhar para reduzir atritos?
Falcão – Vamos evitar esses atritos, vamos trabalhar em harmonia com associações. Já tivemos vários encontros. Inclusive, quando visitei o Tribunal de São Paulo e o do Rio de Janeiro, o presidente da Associação Nacional dos Magistrados estava comigo. Atrito não faz bem a ninguém. Temos que atuar todos juntos, o Judiciário, associações, sociedades de classe, a OAB, o Ministério Público, a Polícia Federal. A quem interessa essa divisão? Essa divisão só interessa a quem está praticando crime. Temos que trabalhar unidos na defesa da imagem do Poder Judiciário.

G1 – Como é substituir Eliana Calmon? A corregedora teve atritos com as associações, mas conquistou apoio com as investigações feitas pelo CNJ.
Falcão – É uma responsabilidade muito grande, embora eu tenha participado muito com ela. Naquele período difícil, quando se chegou a falar em extinção do CNJ, nós nos falávamos muito por telefone. E eu dei algumas dicas a ela, inclusive de que ela precisava ter ao lado dela a imprensa e o Ministério Público. Efetivamente, ela teve esse apoio da imprensa, que foi imprescindível para que o CNJ continuasse esse trabalho que hoje é irreversível. É impossível o retrocesso.

G1 – Qual será sua principal missão à frente do CNJ?
Falcão – A minha grande missão será, se ao final do meu mandato, eu puder dizer: "o Poder Judiciário é uma referência". E essa será a minha maior alegria, se eu puder usar essa palavra. Espero poder dizer que tenho orgulho do Poder Judiciário do meu Brasil, como meu pai se orgulhava do Poder Judiciário na época em que ele estava no Supremo [o ex-ministro Djaci Falcão].

G1 – O que deve mudar na sua gestão em relação à gestão anterior?
Falcão – Não muda muita coisa. No fundo, vai ser o mesmo rigor as investigações, talvez até mais, só que com estilo mais discreto.

http://g1.globo.com/politica/noticia/20 ... dario.html




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Re: País banana, justiça banana...

#568 Mensagem por Lirolfuti » Qui Set 13, 2012 9:21 am

Olha nao sei se é o topico correto, vou colocar por se tratar de algo ligado a justiça.


"Me sentia um lixo", diz ex-vendedor obrigado pela Ambev a participar de eventos com prostitutas “Me sentia um lixo”, afirmou o microempresário Elcio Milczwski, 34, em entrevista ao UOL em Curitiba. Ele se refere aos anos em que trabalhou na Ambev de Curitiba e era obrigado a ver garotas de programa tirarem a roupa na sua frente, a esfregar óleo bronzeador no corpo delas e a assistir a filmes pornográficos em reuniões de “motivação” da equipe de vendas da qual fazia parte.

No início deste mês, a história ganhou manchetes em todo o país quanto o TST (Tribunal Superior do Trabalho) manteve condenação do TRT do Paraná à Ambev, que determinara que a empresa deverá pagar indenização de R$ 50 mil por conta de “assédio moral decorrente de constrangimento”.

Elcio entrou na Ambev em 2001, aos 23 anos. Já era casado. Seu trabalho era percorrer mercados, bares, restaurantes e outros pontos de vendas, munido de um computador de mão, e coletar pedidos de compra. A partir de 2003, as reuniões matinais promovidas pela gerência com a equipe de vendas –realizadas, usualmente, a partir das 7h da manhã– se tornaram pouco ortodoxas.

“O gerente passou a levar garotas de programa como forma de motivar a equipe. Mas ninguém foi avisado de que isso ia acontecer, e uma vez lá dentro, não podia sair da sala. Éramos todos obrigados a passar óleo nas garotas, éramos empurrados contra elas. Quem se mostrava contrariado era alvo de zombaria. Para quem tivesse atingido a meta de vendas era prometido um vale-programa.”

“Além de homens casados, havia também funcionárias na sala”, disse o advogado André Luiz Souza Vale, que defendeu Elcio no processo. Não é seu único cliente daquela turma. Pelo mesmo motivo, Souza Vale diz que tem outras duas dezenas de ações na Justiça trabalhista. “Uma delas já rendeu, em segunda instância, uma indenização de R$ 100 mil a um ex-supervisor de vendas, mas há recurso em trâmite no TST.” A ação

Em 2005, Elcio pediu pela primeira vez para ser demitido pela Ambev. “Como a empresa tinha uma política que limitava o número de demissões de vendedores, não era possível.” A saída era pedir demissão, mas aí a saída renderia menos.

“O jeito foi aguentar.” Elcio finalmente conseguiu que a empresa o mandasse embora em julho de 2007. “Foram dois anos pedindo para ser demitido.” Até seus últimos dias na empresa, as reuniões de motivação com garotas de programa se mantiveram, ainda que mais raras – o auge se deu entre 2003 e 2004.

“Não entrei com processo contra a Ambev por ser evangélico, como muitas reportagens chegaram a afirmar. De fato, sou evangélico, mas o que me fez ir à Justiça foi o que sofri lá dentro. Tanto que tenho colegas que não são evangélicos nem casados e também acionaram a empresa.”

“Eu e muitos outros não queríamos estar ali, mas tínhamos de ficar. Eu tenho uma família para sustentar. Era meu trabalho. Mas sempre penso que seria mais simples, e melhor, se a Ambev oferecesse prêmios em dinheiro, em vez de vales-programa, a quem atingisse metas de vendas”, disse Élcio, que há três anos toca uma casa de assados em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Outro lado

Procurada pelo UOL, a Ambev manteve o mesmo posicionamento que assumiu quando a indenização a Elcio Milczwski tornou-se pública, no início de setembro.

“Reconhecida por sua gestão, a Ambev prega o respeito e valoriza o trabalho em equipe. A companhia, que conta com mais de 30 mil funcionários no Brasil, não pratica ou tolera qualquer prática indevida com seus funcionários”, diz nota emitida pela empresa.

“Casos antigos e pontuais não refletem o dia a dia da empresa. O bom ambiente de trabalho é refletido pelos inúmeros prêmios de gestão de pessoas que a Ambev recebe a cada ano”.

A assessoria de imprensa não soube informar ao UOL, até o fechamento deste texto, se o diretor comercial e os gerentes citados por Elcio ainda trabalham na empresa, mas disse que certamente eles não estão mais na filial de Curitiba.

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ul ... itutas.htm




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Re: País banana, justiça banana...

#569 Mensagem por Viktor Reznov » Dom Set 16, 2012 1:31 pm

Esse país não tem jeito, ele precisa ser refundado, uma nova constituição traçada, com um quarto poder criado específicamente pra fiscalizar o judiciário com poderes supremos sobre o memsmo.




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Re: País banana, justiça banana...

#570 Mensagem por Clermont » Dom Set 16, 2012 1:47 pm

Cross escreveu:(...) com um quarto poder criado específicamente pra fiscalizar o judiciário com poderes supremos sobre o memsmo.
E quem fiscalizará o "Quarto Poder"?

E qual será o salário dos membros do "Quarto Poder"?

:mrgreen:




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