Fórum Defesa Brasil

SGT GUERRA escreveu:

glauberprestes escreveu: Teoricamente o morteiro 120mm sai da esfera da infantaria, e entra na da artilharia, pelos atributos. Teoricamente o morteiro dito "pesado" é de atribuição da artilharia, pois batem alvos em distâncias superiores a 10km, e com carga suficiente para se comparar com um petardo de obuseiro 105mm.

Mas só pelo alcance? Se for aumentar o alcance da artilharia, não é normal aumentar da infantaria?
E no final das contas que controla esses fogos não é a artilharia?

Esse talvez seja um grande problema a se resolver antes de se comprar materiais novos, pois o EB traballha com um padrão de armamento que há muito tempo está superado em desempenho e operacionalidade, o que implica na doutrina.

Se é para comprar material novo e continuar com a mesma doutrina de uso ou não modificá-la, então tornamos inconsequente a aquisição de novos armamentos, e o aumento de capacidades com eles advindas.

Penso neste sentido porque, salvo engano meu, morteiros sempre foram mais propícios ao uso pela infantaria - por suas caracteristicas e condições - e basicamente, com a atual doutrina de alta mobilidade que se observa nos campos de batalha, seria indispensável o consequente aumento do alcance e do poder de fogo da infantaria bem como a menor dependência possivel desta em realçao ao apoio de fogo indireto da artitlharia.

Veja-se o caso da nova infantaria mecanizada que se pretende o EB e a nova familia de bldos, com as competências que lhes são necessárias. Creio que precisamos começar a pensar, diria, raciocinar diferente dos padrões atuais de operação; do contrário podemos estar encorrendo em querer depositar vinho novo em jarro antigo... o resultado, qual é.

abraços

Alitson escreveu:Mas a verdade é que o estado dos nossos M-109 tb não é essas coisas...

Na verdade, desde que foram comprados, eles foram muito bem utilizados, e aparentemente agora estão mostrando os problemas típicos de um armamento que não é estado-da-arte. Uma boa modernização, abrangendo motor e eletrônicos, sana 90% dos problemas, incluindo o de custos de operação.

SGT GUERRA escreveu:

glauberprestes escreveu: Teoricamente o morteiro 120mm sai da esfera da infantaria, e entra na da artilharia, pelos atributos. Teoricamente o morteiro dito "pesado" é de atribuição da artilharia, pois batem alvos em distâncias superiores a 10km, e com carga suficiente para se comparar com um petardo de obuseiro 105mm.

Mas só pelo alcance? Se for aumentar o alcance da artilharia, não é normal aumentar da infantaria?
E no final das contas que controla esses fogos não é a artilharia?

Eu usei o motivo mais corrente dentre os artilheiros... Mas o fato de que quem controla os fogos ser a artilharia, faz com que os artilheiros prefiram mantê-los sob a sua asa, e se a infantaria precisar.....

Ricardo Rosa escreveu: Bom dia a todos,

Interessante, segundo relatos do pessoal do EB os Leopard 1BE também não estavam em bom estado. Diante do fato, pegando também como gancho o estado dos M-109, faço à seguinte pergunta aos companheiros de fórum: será que vale a pena comprar armamento barato de segunda-mão em condições não satisfatórias?

Abraços.

No momento da compra, existe um grupo de especialistas (mesmo. Eles manjam) que inspeciona o material para selecionar quais estão em bom estado, e inspecionam uma segunda vez, no caso de modernização, atualização, remanufatura, etc... O problema é quando não existe um after market bom, de ambos os lados, operador e vendedor.

Ricardo Rosa escreveu:

Alitson escreveu:Mas a verdade é que o estado dos nossos M-109 tb não é essas coisas...

Bom dia a todos,

Interessante, segundo relatos do pessoal do EB os Leopard 1BE também não estavam em bom estado. Diante do fato, pegando também como gancho o estado dos M-109, faço à seguinte pergunta aos companheiros de fórum: será que vale a pena comprar armamento barato de segunda-mão em condições não satisfatórias?

Abraços.

A questão é que compramos os Leo 1A1 e os M-109A3 e não os Leo 1A5 e M-109A5, se assim o fosse, estes teriam pelo menos 20 anos menos de uso...

Eu não sei se é o caso passar mrt para artilharia. O alcance da arma aumentou muito, mas o campo de batalha tb mudou.
A profundidade de um Btl pode chegar a 4000 metros, de uma Bda a 10000 metros. Não sou especialista no assunto, mas dentro desse quadro, acho que 10 km de alcance para um mrt não é nada. fazendo um calculo bem a grosso modo, se o Mrt não estiver com a infantaria não faz efeito nenhum.
Numa situação defensiva, se ele estiver com a artilharia, com esse alcance, acho que não consegue dar mais que uns 3 tiros antes de dar no pé.

Guerra,

Concordo com você. Como alguém disse antes, essa limitação em equipamentos está causando uma dor de cabeça enorme na doutrina.

Senhores, já que estamos neste verdadeiro caldeirão francês, vamos estudar a possibilidade de em vez de padronizarmos a artilharia leve de 105mm com o Light Gun, o fazer com o francês GIAT LG1, que parece ser o único sistema de defesa francês , que é mais barato que os concorrentes. Ouvi isso no MP.Net, mas ninguém falou o preço. Algum de vcs saberia dizer por alto, quanto custaria o dito cujo?

Chega de França, por favor.

No quesito Exército, nunca fui muito com a cara do Francês. Acho que há opções melhores, como por exemplo a nossa atual relação com os italianos (Iveco). Para obuses, acho que americanos, sulafricanos, argentinos, sei lá, mas franceses acho que não.

Bolovo escreveu:Chega de França, por favor.

No quesito Exército, nunca fui muito com a cara do Francês. Acho que há opções melhores, como por exemplo a nossa atual relação com os italianos (Iveco). Para obuses, acho que americanos, sulafricanos, argentinos, sei lá, mas franceses acho que não.

Citaste todos menos os mais prováveis. Os Ingleses(light Gun 105mm)

Olha, eu acho que o GIAT não é tão barato assim...

Da frança á fechamos o que presta, caça (dos 3 últimos era o meu preferido) e helicópteros (a ALAT é uma das coisas interessantes do Armée de Terre)...

Bolovo escreveu:Chega de França, por favor.

No quesito Exército, nunca fui muito com a cara do Francês. Acho que há opções melhores, como por exemplo a nossa atual relação com os italianos (Iveco). Para obuses, acho que americanos, sulafricanos, argentinos, sei lá, mas franceses acho que não.

Bom dia a todos,

Concordo com o Bolovo. Lembrem-se da missão militar francesa na década de 20 do século passado. Nosso exército, incluíndo a aviação militar, foi reorganizado com estrutura e táticas inadequadas para as dimensões e a realidade do País, bem como obrigado a comprar grande quantidade de equipamentos (blindados, aviões etc.). Na minha opinião, é preciso ter critérios.

Abraços.

Bom, comparar a missão militar francesa de 1920 com a atual situação é meio injustiça... Sim, as compras tem que ser feitas com critérios, mas não é só porque é francês que é ruim.

Comparando apenas os obuseiros, o Giat é até melhor que o Light gun, mas eu prefiro o L-118, que nós já fabricamos munição, fazemos manutenção, e etc...
Mas ambos podem ser helitransportados pelo Blackhawk, ou Cougar.

glauberprestes escreveu:Comparando apenas os obuseiros, o Giat é até melhor que o Light gun, mas eu prefiro o L-118, que nós já fabricamos munição, fazemos manutenção, e etc...
Mas ambos podem ser helitransportados pelo Blackhawk, ou Cougar.

Bem segundo a Wiki, a munição dos dois GIAT LG1 é igual ao do Light Gun. Aliás existem 5/6 tipos de munições padrão NATO comuns aos dois.

Temos que investigar tb a possibilidade daqueles obuseiros leves Sul-Africanos com alcance de 32Km , os G-7.

Walterciclone escreveu:
Bem segundo a Wiki, a munição dos dois GIAT LG1 é igual ao do Light Gun. Aliás existem 5/6 tipos de munições padrão NATO comuns aos dois.

Não sabia dessa!

Temos que investigar tb a possibilidade daqueles obuseiros leves Sul-Africanos com alcance de 32Km , os G-7.

Olha, 32km é coisa pra cacete. Mas daí teríamos um G5 e G6 pra compatibilzar? (eu gostaria muito de ter uma resposta positiva! 32km para o G7, 50 para o G5, e 67 para o G6!)

Ou substituiríamos os 155 pelos G7? Já vi o estrago de um 105 e de um 155, e o negócio não é tão absurdamente diferente. A cadência substituiria facilmente o calibre nesse caso.