GEOPOLÍTICA
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Re: GEOPOLÍTICA
Foreign Affairs
Putin's Brain
Alexander Dugin and the Philosophy Behind Putin's Invasion of Crimea
By Anton Barbashin and Hannah Thoburn MARCH 31, 2014
Link: http://www.foreignaffairs.com/articles/ ... tins-brain
Putin's Brain
Alexander Dugin and the Philosophy Behind Putin's Invasion of Crimea
By Anton Barbashin and Hannah Thoburn MARCH 31, 2014
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Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: GEOPOLÍTICA
Pois não é que houve um debate entre os dois em 2011...Clermont escreveu:É o mesmo que colocar Marco Aurélio Garcia para assessorar a política externa e planos estratégicos brasileiros, em dois governos sucessivos do PT.Bourne escreveu:Me recuso a acreditar que Alexander Dugin é o guru do Putin. É o mesmo que colocar Olavo de Carvalho para assessorar a política externa e planos estratégicos brasileiros.
Esses caras são malucos que vendem livro e querem fama.
Esses caras são malucos que vendem livro, querem fama e em nome disso, nos meterem nas palhaçadas em Honduras, Bolívia, Paraguai, Venezuela etc. e tal.
http://debateolavodugin.blogspot.com.br/
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Carlo M. Cipolla
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Re: GEOPOLÍTICA
Passou longe Bourne. Nada de comunismo...Bourne escreveu:O Marco Aurélio Garcia é um exemplo de erudição e responsabilidade comparado os malucos citados. Só faz o que faz por que o Lula mantém um certo apresso por ele e as ideias gerais, mas é um grande trapalhão isso é. O que para um país isolacionista e periférico é incapaz de causar um estrago mundial.
No caso dos EUA, Europa, Rússia e Ásia em geral ouvir demais um maluco pode dar problemas complicados de escalas globais. A regra é ter caras sérios e ponderados falando de planos, conflitos e potencial desenho de inserção internacional. Ninguém é maluco, a principio.
----------
Mudei o avatar. Um sinal dos meus contados referentes a eminente revolução comunista.
The Financial Times, http://www.ft.com/intl/cms/s/0/67fa00d2 ... z2zeoA3BFw
March 12, 2013 6:18 pm
The world needs to understand Putin
By Alexandr Dugin
The Russian leader is conservative and is no friend to a tired status quo, writes Alexandr Dugin
Liberals, to paraphrase Leo Tolstoy, are all alike; but conservatives are all conservative in their own way. While liberals insist on universal human rights and the pursuit of a globalised world, conservatives value national uniqueness, sovereignty and identity, defending their exceptionalism from a single, encroaching world order.
During his third term as president, Vladimir Putin is starting to distinguish himself as a Russian conservative. Understanding this will have considerable benefit for those seeking clues to the country’s future.
The swing towards conservative ideas is partly a response to what is happening in the world. As Francis Fukuyama has shown, it is the statist right, rather than the radical left, that has won the battle of ideas in the wake of the global financial crisis. But it is also in large part the result of their inherent popularity at home, and the unique relationship of the Russian masses to their leaders.
Russian conservatism can be traced to the time of the monarchy and is known by a simple formula: “Good tsar, bad elites.” It has always depended on giving the leader control in exchange for reining in the petty nobility. This was true of Ivan the Terrible and Joseph Stalin. It was true, too, of radical reformers such as Peter the Great and Vladimir Lenin, equally authoritarian but widely approved of because their target was the elite.
One sees echoes in Mr Putin’s policies. In his first term, he cut the oligarchs down to size. Now he is chastising his own ruling group over petty corruption, symbolised by the firing of defence minister Anatoly Serdyukov after his ministry was embroiled in a corruption scandal.
Modern Russian conservatism is both anti-communist and anti-liberal. It is not the same as the US version, which values a small state. Here, conservatives value undivided political power, with economic power rooted in and subordinate to it. They value the traditions of established religion, sovereign foreign policy and the guarding of great power status.
For his first 12 years in power, Mr Putin’s conservatism was tempered by the need to appeal to an influential liberal elite. But with the desertion of this class to the ranks of anti-government protesters since 2011, he is finally making his true views known. This should not be seen as winding back the clock, however. Russia is in transition from the pure totalitarianism of the Soviet era; this conservative moment represents a rethinking of what comes at the end of the transition.
Russia cannot return to the Soviet model other than on a symbolic level – such as reviving the Soviet anthem or socialist rhetoric. Likewise, we will not see the rebirth of the Tsarist empire with the Orthodox Christian tradition as the official ideology. Today, we are a multi-ethnic society with a growing Islamic population.
It is also worth noting that, while liberals are a numerical minority, they are influential. The government is controlled by moderates, with Dmitry Medvedev as their head. The oligarchs, who by and large espouse liberal ideas, retain much power.
If we put these facts together, Mr Putin’s presidency is pragmatic – conservative mainly in the sense that it does not share globalists’ optimism. It is not trying to guard an exhausted status quo. His ideas, by and large, do not transgress the limits of moderate western-type nation-building.
Mr Putin’s conservatism has been moulded by foreign pressure, symbolised by the passage in the US of the Magnitsky law, which creates a travel blacklist for certain Russian officials. It has been moulded from inside by the desertion of the middle class from the ranks of his supporters and the growth of a liberal protest movement.
In the face of these challenges, Mr Putin will move in the direction of being a conservative moderniser at home and a realist abroad. He will insist on state sovereignty, distrust globalisation, limit liberalisation and keep democracy strictly within a sovereign, national framework.
The term “balance of power” is the key to understanding Mr Putin’s version of conservatism, which will define politics in his third and presumably fourth terms. He will pursue the national interest, regional and global power, protectionism and mercantilism. Having lost the cold war, Russia will try to revise the status quo using all available opportunities.
The writer is chairman of the department of the sociology of international relations at Moscow State University
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Re: GEOPOLÍTICA
Ahh...ok!Bourne escreveu:
Me referia ao golpe comunista que está prestes a ocorrer no Brasil.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: GEOPOLÍTICA
Brasil e EUA: Uma estranha hostilidade nas Américas
Dois vastos países no mesmo hemisfério, com o mesmo apetite otimista pelo futuro, povoados por imigrantes distantes que mitigaram suas diferenças no mesmo sentido poderoso de nacionalidade, com a mesma dedicação ao governo democrático e à livre empresa, atraídos um pelo outro pelo mesmo apreço mútuo entre seus povos, encontram suas relações em um dos períodos mais baixos.
Talvez haja relações internacionais mais estranhas no mundo que a difícil relação entre EUA e Brasil, mas não há muitas. Uma amizade natural que rachou sob uma tensão inatural. Prevalece um estranhamento perverso.
O Brasil, uma espécie de EUA do trópico, acha difícil se conectar com Washington e vice-versa. O país que poderia ter sido o mais próximo aliado dos EUA (mesmo sem uma aliança formal) entre as potências em ascensão hoje é qualquer coisa menos isso. A China, um interlocutor mais confiável, tornou-se o maior parceiro comercial do Brasil, com as relações EUA-Brasil consignadas a um vácuo enquanto o Brasil se prepara para sediar a Copa do Mundo deste ano e as Olimpíadas em 2016.
A causa imediata das dificuldades foi a revelação de que a Agência de Segurança Nacional americana havia espionado a presidente brasileira, Dilma Rousseff, e o subsequente cancelamento por ela de uma visita de
Estado a Washington, marcada para outubro passado. Desde então, as relações entre o presidente Obama e a líder brasileira congelaram.
O Brasil quer um pedido de desculpas, que não receberá, ou pelo menos um gesto significativo dos EUA, do qual não há sinal. Infeliz com a direção política do Brasil, o governo Obama não está a caminho de um ato de contrição.
Conduzida pelo Partido dos Trabalhadores (de centro-esquerda) da presidente Rousseff, a política externa brasileira ultimamente tem aberto os braços para a Venezuela e Cuba, enquanto esfriava com Washington. Depois da entrada da Venezuela no Mercosul, em 2012, o bloco comercial sul-americano dominado pelo Brasil se transformou em uma espécie de grupo anti-EUA (em comparação com a Aliança do Pacífico, outro novo bloco comercial de economias mais pujantes, cujos membros, que incluem o Chile e o Peru, são pró-americanos).
O 50º aniversário este ano do golpe que levou o regime militar ao Brasil e causou a prisão de Rousseff, uma guerrilheira de esquerda na época de estudante, forneceu a ocasião para mais críticas aos EUA, que apoiaram a intervenção armada. O escândalo de espionagem promoveu a ideia fácil de que nada mudou, quando na verdade praticamente tudo é diferente.
A ascensão do Brasil, por ora interrompida com sua economia no quarto ano de crescimento lento, poderia naturalmente ter levado ao fim dos complexos que perturbaram suas relações com Washington, enquanto a sombra da Guerra Fria recuava. Mas as dificuldades se intensificaram.
O Brasil decidiu recentemente comprar jatos de caça suecos, esnobando os F/A-18 da Boeing. Planos ambiciosos para cooperação em defesa, energia renovável e tecnologias nuclear e espacial estão de modo geral suspensos.
Uma reunião de alto nível aqui do Grupo Estratégico Aspen e do Centro de Liderança Pública do Brasil foi marcada por um amplo acordo sobre a acuidade dos problemas, mas pouca sensação de que haverá um progresso iminente. Rousseff, cuja popularidade está em queda, disputará a reeleição em outubro. Os brasileiros querem mudanças, como mostram as pesquisas de opinião, mas nenhum dos dois maiores candidatos de oposição adquiriu um impulso significativo até agora.
Nessa atmosfera política, Rousseff não está prestes a desmentir sua recusa a Obama no ano passado; ela tampouco recuará em sua exigência de um pedido de desculpas. Ambos os passos continham uma grande medida de cálculo político, para começar. Eles foram aprovados pela população, sejam quais forem suas consequências em longo prazo.
Com a economia quase estagnada, a moeda em queda, a inflação subindo, vastos projetos de infraestrutura e planos ambiciosos para o desenvolvimento de enormes depósitos de petróleo em alto-mar retardados e acima do orçamento, o Brasil certamente se beneficiaria de uma maior cooperação com os EUA. Caracas e Havana não vão construir o futuro de uma grande nação.
O Brasil deveria reverter sua virada anti-Washington. Os EUA, por sua vez, deveriam atar laços firmes com o Brasil, seu parceiro natural no hemisfério sul, uma prioridade estratégica. Em algum momento, um gesto como uma declaração de apoio dos EUA a que o Brasil se torne um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU (uma ambição brasileira) poderia ser útil e justificável.
O problema é que a atual crise nas relações brasileiro-americanas nunca chega ao topo da agenda estratégica. Nenhum presidente tem assessores próximos promovendo a questão ou em busca de soluções criativas. Isto é compreensível, mas lamentável. Essas soluções são necessárias. Elas não serão encontradas sem um esforço decidido.
Enquanto isso, os milhões de brasileiros que viajam para comprar apartamentos em Miami ou fazer compras em Nova York, e os muitos americanos atraídos pelos esplendores do Brasil e encontrando nele uma versão tropical de seu país de imigração e promessa, promoverão a proximidade entre os povos contra um pano de fundo de alienação oficial. Com sorte, eles vencerão no final.
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... idade.html
Dois vastos países no mesmo hemisfério, com o mesmo apetite otimista pelo futuro, povoados por imigrantes distantes que mitigaram suas diferenças no mesmo sentido poderoso de nacionalidade, com a mesma dedicação ao governo democrático e à livre empresa, atraídos um pelo outro pelo mesmo apreço mútuo entre seus povos, encontram suas relações em um dos períodos mais baixos.
Talvez haja relações internacionais mais estranhas no mundo que a difícil relação entre EUA e Brasil, mas não há muitas. Uma amizade natural que rachou sob uma tensão inatural. Prevalece um estranhamento perverso.
O Brasil, uma espécie de EUA do trópico, acha difícil se conectar com Washington e vice-versa. O país que poderia ter sido o mais próximo aliado dos EUA (mesmo sem uma aliança formal) entre as potências em ascensão hoje é qualquer coisa menos isso. A China, um interlocutor mais confiável, tornou-se o maior parceiro comercial do Brasil, com as relações EUA-Brasil consignadas a um vácuo enquanto o Brasil se prepara para sediar a Copa do Mundo deste ano e as Olimpíadas em 2016.
A causa imediata das dificuldades foi a revelação de que a Agência de Segurança Nacional americana havia espionado a presidente brasileira, Dilma Rousseff, e o subsequente cancelamento por ela de uma visita de
Estado a Washington, marcada para outubro passado. Desde então, as relações entre o presidente Obama e a líder brasileira congelaram.
O Brasil quer um pedido de desculpas, que não receberá, ou pelo menos um gesto significativo dos EUA, do qual não há sinal. Infeliz com a direção política do Brasil, o governo Obama não está a caminho de um ato de contrição.
Conduzida pelo Partido dos Trabalhadores (de centro-esquerda) da presidente Rousseff, a política externa brasileira ultimamente tem aberto os braços para a Venezuela e Cuba, enquanto esfriava com Washington. Depois da entrada da Venezuela no Mercosul, em 2012, o bloco comercial sul-americano dominado pelo Brasil se transformou em uma espécie de grupo anti-EUA (em comparação com a Aliança do Pacífico, outro novo bloco comercial de economias mais pujantes, cujos membros, que incluem o Chile e o Peru, são pró-americanos).
O 50º aniversário este ano do golpe que levou o regime militar ao Brasil e causou a prisão de Rousseff, uma guerrilheira de esquerda na época de estudante, forneceu a ocasião para mais críticas aos EUA, que apoiaram a intervenção armada. O escândalo de espionagem promoveu a ideia fácil de que nada mudou, quando na verdade praticamente tudo é diferente.
A ascensão do Brasil, por ora interrompida com sua economia no quarto ano de crescimento lento, poderia naturalmente ter levado ao fim dos complexos que perturbaram suas relações com Washington, enquanto a sombra da Guerra Fria recuava. Mas as dificuldades se intensificaram.
O Brasil decidiu recentemente comprar jatos de caça suecos, esnobando os F/A-18 da Boeing. Planos ambiciosos para cooperação em defesa, energia renovável e tecnologias nuclear e espacial estão de modo geral suspensos.
Uma reunião de alto nível aqui do Grupo Estratégico Aspen e do Centro de Liderança Pública do Brasil foi marcada por um amplo acordo sobre a acuidade dos problemas, mas pouca sensação de que haverá um progresso iminente. Rousseff, cuja popularidade está em queda, disputará a reeleição em outubro. Os brasileiros querem mudanças, como mostram as pesquisas de opinião, mas nenhum dos dois maiores candidatos de oposição adquiriu um impulso significativo até agora.
Nessa atmosfera política, Rousseff não está prestes a desmentir sua recusa a Obama no ano passado; ela tampouco recuará em sua exigência de um pedido de desculpas. Ambos os passos continham uma grande medida de cálculo político, para começar. Eles foram aprovados pela população, sejam quais forem suas consequências em longo prazo.
Com a economia quase estagnada, a moeda em queda, a inflação subindo, vastos projetos de infraestrutura e planos ambiciosos para o desenvolvimento de enormes depósitos de petróleo em alto-mar retardados e acima do orçamento, o Brasil certamente se beneficiaria de uma maior cooperação com os EUA. Caracas e Havana não vão construir o futuro de uma grande nação.
O Brasil deveria reverter sua virada anti-Washington. Os EUA, por sua vez, deveriam atar laços firmes com o Brasil, seu parceiro natural no hemisfério sul, uma prioridade estratégica. Em algum momento, um gesto como uma declaração de apoio dos EUA a que o Brasil se torne um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU (uma ambição brasileira) poderia ser útil e justificável.
O problema é que a atual crise nas relações brasileiro-americanas nunca chega ao topo da agenda estratégica. Nenhum presidente tem assessores próximos promovendo a questão ou em busca de soluções criativas. Isto é compreensível, mas lamentável. Essas soluções são necessárias. Elas não serão encontradas sem um esforço decidido.
Enquanto isso, os milhões de brasileiros que viajam para comprar apartamentos em Miami ou fazer compras em Nova York, e os muitos americanos atraídos pelos esplendores do Brasil e encontrando nele uma versão tropical de seu país de imigração e promessa, promoverão a proximidade entre os povos contra um pano de fundo de alienação oficial. Com sorte, eles vencerão no final.
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Re: GEOPOLÍTICA
Relações "carnais" com os EUA, a Argentina tiveram no período do Menem e no entanto percebe-se que isso em nada contribui no desenvolvimento do país, pelo contrário sugaram o máximo que podiam até quebrar e o resultado é que até hoje a Argentina nunca se recuperou adequadamente.Lirolfuti escreveu:Brasil e EUA: Uma estranha hostilidade nas Américas
Dois vastos países no mesmo hemisfério, com o mesmo apetite otimista pelo futuro, povoados por imigrantes distantes que mitigaram suas diferenças no mesmo sentido poderoso de nacionalidade, com a mesma dedicação ao governo democrático e à livre empresa, atraídos um pelo outro pelo mesmo apreço mútuo entre seus povos, encontram suas relações em um dos períodos mais baixos.
Talvez haja relações internacionais mais estranhas no mundo que a difícil relação entre EUA e Brasil, mas não há muitas. Uma amizade natural que rachou sob uma tensão inatural. Prevalece um estranhamento perverso.
O Brasil, uma espécie de EUA do trópico, acha difícil se conectar com Washington e vice-versa. O país que poderia ter sido o mais próximo aliado dos EUA (mesmo sem uma aliança formal) entre as potências em ascensão hoje é qualquer coisa menos isso. A China, um interlocutor mais confiável, tornou-se o maior parceiro comercial do Brasil, com as relações EUA-Brasil consignadas a um vácuo enquanto o Brasil se prepara para sediar a Copa do Mundo deste ano e as Olimpíadas em 2016.
A causa imediata das dificuldades foi a revelação de que a Agência de Segurança Nacional americana havia espionado a presidente brasileira, Dilma Rousseff, e o subsequente cancelamento por ela de uma visita de
Estado a Washington, marcada para outubro passado. Desde então, as relações entre o presidente Obama e a líder brasileira congelaram.
O Brasil quer um pedido de desculpas, que não receberá, ou pelo menos um gesto significativo dos EUA, do qual não há sinal. Infeliz com a direção política do Brasil, o governo Obama não está a caminho de um ato de contrição.
Conduzida pelo Partido dos Trabalhadores (de centro-esquerda) da presidente Rousseff, a política externa brasileira ultimamente tem aberto os braços para a Venezuela e Cuba, enquanto esfriava com Washington. Depois da entrada da Venezuela no Mercosul, em 2012, o bloco comercial sul-americano dominado pelo Brasil se transformou em uma espécie de grupo anti-EUA (em comparação com a Aliança do Pacífico, outro novo bloco comercial de economias mais pujantes, cujos membros, que incluem o Chile e o Peru, são pró-americanos).
O 50º aniversário este ano do golpe que levou o regime militar ao Brasil e causou a prisão de Rousseff, uma guerrilheira de esquerda na época de estudante, forneceu a ocasião para mais críticas aos EUA, que apoiaram a intervenção armada. O escândalo de espionagem promoveu a ideia fácil de que nada mudou, quando na verdade praticamente tudo é diferente.
A ascensão do Brasil, por ora interrompida com sua economia no quarto ano de crescimento lento, poderia naturalmente ter levado ao fim dos complexos que perturbaram suas relações com Washington, enquanto a sombra da Guerra Fria recuava. Mas as dificuldades se intensificaram.
O Brasil decidiu recentemente comprar jatos de caça suecos, esnobando os F/A-18 da Boeing. Planos ambiciosos para cooperação em defesa, energia renovável e tecnologias nuclear e espacial estão de modo geral suspensos.
Uma reunião de alto nível aqui do Grupo Estratégico Aspen e do Centro de Liderança Pública do Brasil foi marcada por um amplo acordo sobre a acuidade dos problemas, mas pouca sensação de que haverá um progresso iminente. Rousseff, cuja popularidade está em queda, disputará a reeleição em outubro. Os brasileiros querem mudanças, como mostram as pesquisas de opinião, mas nenhum dos dois maiores candidatos de oposição adquiriu um impulso significativo até agora.
Nessa atmosfera política, Rousseff não está prestes a desmentir sua recusa a Obama no ano passado; ela tampouco recuará em sua exigência de um pedido de desculpas. Ambos os passos continham uma grande medida de cálculo político, para começar. Eles foram aprovados pela população, sejam quais forem suas consequências em longo prazo.
Com a economia quase estagnada, a moeda em queda, a inflação subindo, vastos projetos de infraestrutura e planos ambiciosos para o desenvolvimento de enormes depósitos de petróleo em alto-mar retardados e acima do orçamento, o Brasil certamente se beneficiaria de uma maior cooperação com os EUA. Caracas e Havana não vão construir o futuro de uma grande nação.
O Brasil deveria reverter sua virada anti-Washington. Os EUA, por sua vez, deveriam atar laços firmes com o Brasil, seu parceiro natural no hemisfério sul, uma prioridade estratégica. Em algum momento, um gesto como uma declaração de apoio dos EUA a que o Brasil se torne um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU (uma ambição brasileira) poderia ser útil e justificável.
O problema é que a atual crise nas relações brasileiro-americanas nunca chega ao topo da agenda estratégica. Nenhum presidente tem assessores próximos promovendo a questão ou em busca de soluções criativas. Isto é compreensível, mas lamentável. Essas soluções são necessárias. Elas não serão encontradas sem um esforço decidido.
Enquanto isso, os milhões de brasileiros que viajam para comprar apartamentos em Miami ou fazer compras em Nova York, e os muitos americanos atraídos pelos esplendores do Brasil e encontrando nele uma versão tropical de seu país de imigração e promessa, promoverão a proximidade entre os povos contra um pano de fundo de alienação oficial. Com sorte, eles vencerão no final.
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Qualquer relação mais "estrategica" com os EUA será como a famosa parceria Caracú, eles entram com a Cara e nós entramos com o restante...
Os dirigentes da América ja tem um papel traçado por eles e reservado ao nosso país que não comporta qualquer desvio, isto é, teremos que seguir as determinações advindas dos gabinetes da Casa Branca sem maiores ressalvas e isso implica em transforma em grande entreposto comercial do Made in USA mesmo que fabricado na China, fornecedor exclusivo de comodities aos EUA e países da trupe, seguidor de votos na ONU, e no grande xerife caçador de drogas da América do Sul.
Melhor continuarmos como esta com trocas comercias normalizadas, bom fluxo turístico e de pessoas mas cada qual com seu direcionamento estratégico.
[]'s
"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
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Re: GEOPOLÍTICA
Lirolfuti escreveu:Brasil e EUA: Uma estranha hostilidade nas Américas
Os caras nos sacaneiam ao máximo e ainda acham que estão certos, e a gente que tem que tomar a iniciativa?
Tem muita gente aqui que tem que tomar vergonha da cara.
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Re: GEOPOLÍTICA
Nós nunca estivemos mais f...dos pelos americanos e com a falsa sensação de estarmos por cima do que agora. Não sei se é resultado de propaganda ou qualquer outra catarse. Alguns fatos: as multinacionais norte-americanas presentes em solo brasileiro nunca mandaram tantos lucros às matrizes. Não sei se é verdade, mas no auge da crise econômica nos EUA, a alguns anos atrás, chegou-se a dizer que o lucro da Ford e GM por aqui é que salvaram as matrizes nos EUA. O fluxo de brasileiros viajando e gastando nos EUA é de fazer inveja a países duas vezes mais ricos que o Brasil, nossos turistas estão deixando por lá dezenas de bilhões de dólares por ano. E nós estamos bem nessa relação?
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
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O que ela quer da gente é coragem."
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Re: GEOPOLÍTICA
A Argentina nunca teve relação carnal com os EUA. Isso é coisa de Reino Unido, Canadá, Israel, Coréia do Sul, Japão e OTAN.Pedro Gilberto escreveu:Relações "carnais" com os EUA, a Argentina tiveram no período do Menem e no entanto percebe-se que isso em nada contribui no desenvolvimento do país, pelo contrário sugaram o máximo que podiam até quebrar e o resultado é que até hoje a Argentina nunca se recuperou adequadamente.Lirolfuti escreveu:Brasil e EUA: Uma estranha hostilidade nas Américas
Dois vastos países no mesmo hemisfério, com o mesmo apetite otimista pelo futuro, povoados por imigrantes distantes que mitigaram suas diferenças no mesmo sentido poderoso de nacionalidade, com a mesma dedicação ao governo democrático e à livre empresa, atraídos um pelo outro pelo mesmo apreço mútuo entre seus povos, encontram suas relações em um dos períodos mais baixos.
Talvez haja relações internacionais mais estranhas no mundo que a difícil relação entre EUA e Brasil, mas não há muitas. Uma amizade natural que rachou sob uma tensão inatural. Prevalece um estranhamento perverso.
O Brasil, uma espécie de EUA do trópico, acha difícil se conectar com Washington e vice-versa. O país que poderia ter sido o mais próximo aliado dos EUA (mesmo sem uma aliança formal) entre as potências em ascensão hoje é qualquer coisa menos isso. A China, um interlocutor mais confiável, tornou-se o maior parceiro comercial do Brasil, com as relações EUA-Brasil consignadas a um vácuo enquanto o Brasil se prepara para sediar a Copa do Mundo deste ano e as Olimpíadas em 2016.
A causa imediata das dificuldades foi a revelação de que a Agência de Segurança Nacional americana havia espionado a presidente brasileira, Dilma Rousseff, e o subsequente cancelamento por ela de uma visita de
Estado a Washington, marcada para outubro passado. Desde então, as relações entre o presidente Obama e a líder brasileira congelaram.
O Brasil quer um pedido de desculpas, que não receberá, ou pelo menos um gesto significativo dos EUA, do qual não há sinal. Infeliz com a direção política do Brasil, o governo Obama não está a caminho de um ato de contrição.
Conduzida pelo Partido dos Trabalhadores (de centro-esquerda) da presidente Rousseff, a política externa brasileira ultimamente tem aberto os braços para a Venezuela e Cuba, enquanto esfriava com Washington. Depois da entrada da Venezuela no Mercosul, em 2012, o bloco comercial sul-americano dominado pelo Brasil se transformou em uma espécie de grupo anti-EUA (em comparação com a Aliança do Pacífico, outro novo bloco comercial de economias mais pujantes, cujos membros, que incluem o Chile e o Peru, são pró-americanos).
O 50º aniversário este ano do golpe que levou o regime militar ao Brasil e causou a prisão de Rousseff, uma guerrilheira de esquerda na época de estudante, forneceu a ocasião para mais críticas aos EUA, que apoiaram a intervenção armada. O escândalo de espionagem promoveu a ideia fácil de que nada mudou, quando na verdade praticamente tudo é diferente.
A ascensão do Brasil, por ora interrompida com sua economia no quarto ano de crescimento lento, poderia naturalmente ter levado ao fim dos complexos que perturbaram suas relações com Washington, enquanto a sombra da Guerra Fria recuava. Mas as dificuldades se intensificaram.
O Brasil decidiu recentemente comprar jatos de caça suecos, esnobando os F/A-18 da Boeing. Planos ambiciosos para cooperação em defesa, energia renovável e tecnologias nuclear e espacial estão de modo geral suspensos.
Uma reunião de alto nível aqui do Grupo Estratégico Aspen e do Centro de Liderança Pública do Brasil foi marcada por um amplo acordo sobre a acuidade dos problemas, mas pouca sensação de que haverá um progresso iminente. Rousseff, cuja popularidade está em queda, disputará a reeleição em outubro. Os brasileiros querem mudanças, como mostram as pesquisas de opinião, mas nenhum dos dois maiores candidatos de oposição adquiriu um impulso significativo até agora.
Nessa atmosfera política, Rousseff não está prestes a desmentir sua recusa a Obama no ano passado; ela tampouco recuará em sua exigência de um pedido de desculpas. Ambos os passos continham uma grande medida de cálculo político, para começar. Eles foram aprovados pela população, sejam quais forem suas consequências em longo prazo.
Com a economia quase estagnada, a moeda em queda, a inflação subindo, vastos projetos de infraestrutura e planos ambiciosos para o desenvolvimento de enormes depósitos de petróleo em alto-mar retardados e acima do orçamento, o Brasil certamente se beneficiaria de uma maior cooperação com os EUA. Caracas e Havana não vão construir o futuro de uma grande nação.
O Brasil deveria reverter sua virada anti-Washington. Os EUA, por sua vez, deveriam atar laços firmes com o Brasil, seu parceiro natural no hemisfério sul, uma prioridade estratégica. Em algum momento, um gesto como uma declaração de apoio dos EUA a que o Brasil se torne um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU (uma ambição brasileira) poderia ser útil e justificável.
O problema é que a atual crise nas relações brasileiro-americanas nunca chega ao topo da agenda estratégica. Nenhum presidente tem assessores próximos promovendo a questão ou em busca de soluções criativas. Isto é compreensível, mas lamentável. Essas soluções são necessárias. Elas não serão encontradas sem um esforço decidido.
Enquanto isso, os milhões de brasileiros que viajam para comprar apartamentos em Miami ou fazer compras em Nova York, e os muitos americanos atraídos pelos esplendores do Brasil e encontrando nele uma versão tropical de seu país de imigração e promessa, promoverão a proximidade entre os povos contra um pano de fundo de alienação oficial. Com sorte, eles vencerão no final.
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Qualquer relação mais "estrategica" com os EUA será como a famosa parceria Caracú, eles entram com a Cara e nós entramos com o restante...
Os dirigentes da América ja tem um papel traçado por eles e reservado ao nosso país que não comporta qualquer desvio, isto é, teremos que seguir as determinações advindas dos gabinetes da Casa Branca sem maiores ressalvas e isso implica em transforma em grande entreposto comercial do Made in USA mesmo que fabricado na China, fornecedor exclusivo de comodities aos EUA e países da trupe, seguidor de votos na ONU, e no grande xerife caçador de drogas da América do Sul.
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[]'s
Carlos Menem dolarizou a economia, a exemplo do que é foi feito ainda mais profundamente no Equador. Nem por isso o Equador possui relações carnais com os EUA. Muito pelo contrário.
Argentina como aliado extra-OTAN foi um devaneio de Menen, mas isso não é tão exclusivo assim, especialmente se não possui relevância geopolítica e/ou econômica e/ou militar/tecnológica...
Nomeados por George H. W. Bush:
Austrália (1989)
Egito (1989)
Israel (1989)
Japão (1989)
Coreia do Sul (1989)
Nomeados por Bill Clinton:
Jordânia (1996)
Nova Zelândia (1997)
Argentina (1998)
Nomeados por George W. Bush:
Bahrein (2002)
Filipinas (2003)
Tailândia (2003)
Kuwait (2004)
Marrocos (2004)
Paquistão (2004)
Nomeados por Barack Obama:
Afeganistão (2012)
Casos especiais:
Panamá - Possui um acordo de defesa, mas nenhum exército permanente.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Carlo M. Cipolla
- J.Ricardo
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Re: GEOPOLÍTICA
Infelizmente desde Menen a Argentina só desceu ladeira abaixo...
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
- augustoviana75
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Re: GEOPOLÍTICA
O ressentimento do Brasil com os EUA vem desde o final da 2a Guerra
Mundial, onde recebeu pouca ajuda de lá. E os EUA nunca deixarão outro país despontar. Basta ver, por exemplo, o que eles fizeram com o nosso programa do Pró-álcool. Criaram o deles, a base de milho, e ainda exportam para nós.
Mundial, onde recebeu pouca ajuda de lá. E os EUA nunca deixarão outro país despontar. Basta ver, por exemplo, o que eles fizeram com o nosso programa do Pró-álcool. Criaram o deles, a base de milho, e ainda exportam para nós.
Re: GEOPOLÍTICA
Enquanto o Brasil for subdesenvolvido, fraco e subordinado aos EUA, nós estamos livres das hostilidades americanas. E quando eu digo hostilidade, estou me referindo a hostilidade real, concreta, com sanções econômicas ou mesmo ataque militar....não como as que existem hoje, em que a Dilma mostra a língua para os EUA porque eles a espionaram....augustoviana75 escreveu:O ressentimento do Brasil com os EUA vem desde o final da 2a Guerra
Mundial, onde recebeu pouca ajuda de lá. E os EUA nunca deixarão outro país despontar. Basta ver, por exemplo, o que eles fizeram com o nosso programa do Pró-álcool. Criaram o deles, a base de milho, e ainda exportam para nós.
- denilson
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Re: GEOPOLÍTICA
Não vi esse vídeo por aqui.Bourne escreveu:
Me referia ao golpe comunista que está prestes a ocorrer no Brasil.