Operações Policiais e Militares
Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação
- PQD
- Sênior
- Mensagens: 2342
- Registrado em: Seg Mai 28, 2007 4:38 pm
- Agradeceu: 2 vezes
- Agradeceram: 6 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
Explosivos
2,35 t de explosivos são roubados em SP
Material era transportado em um caminhão interceptado e levado por cinco criminosos na rodovia Fernão Dias
Carga inclui 850 kg de dinamite; polícia aciona até o Exército e apura possível participação de facção criminosa
André Caramante - Folha de São Paulo
Um caminhão com 2,35 toneladas de material explosivo, incluindo 850 quilos de dinamite, foi roubado por cinco criminosos na manhã de anteontem no trecho da rodovia Fernão Dias entre as zonas norte e leste da SP.
Texto Completo
Os setores de inteligência das polícias Civil e Militar procuram os cinco criminosos que usaram dois carros para parar o caminhão que transportava a carga, na manhã de anteontem.
O Exército foi acionado. Existe uma preocupação das autoridades pois uma das linhas de investigação aponta para a participação da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
As polícias de outros Estados, como Minas Gerais, Rio e Paraná, estão em alerta para tentar recuperar a carga.
A Polícia Federal sabe que grandes quantidades de explosivos despertam o interesse de traficantes de países vizinhos, que podem trocar por pasta-base de cocaína.
A carga pertence a uma indústria química de Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba (PR), que tem uma filial no Jardim São Paulo (zona norte de SP).
O material explosivo, incluindo 1,5 tonelada de um tipo granulado de nitrocarbonitrato, especial para ser colocado em furos feitos em rochas, seria levado para duas pedreiras na região metropolitana de São Paulo.
Na carga, além das 2,35 toneladas de material explosivo, havia também 1.220 espoletas detonadoras.
CATIVEIRO
Da abordagem na rodovia até sua libertação, em uma avenida da zona leste de São Paulo, o motorista do caminhão foi feito refém por cerca de seis horas. A polícia suspeita que o cativeiro era em uma favela da zona leste.
Esse foi o tempo que os ladrões tiveram para sumir com o veículo e a carga sem que a polícia fosse avisada.
Até a conclusão desta edição, a polícia paulista ainda tentava obter mais pistas dos criminosos. O motorista do caminhão não conseguiu ver as placas dos veículos em que os ladrões estavam.
Os responsáveis pela empresa dona da carga disseram aos policiais que o transporte era feito dentro das normas de segurança exigidas pelas Forças Armadas.
Quantidade de dinamite pode implodir estádio
DE SÃO PAULO
Os 850 quilos de dinamite levados por ladrões anteontem em São Paulo são suficientes para praticamente implodir um estádio de futebol.
A carga total levada do caminhão na Fernão Dias, entretanto, era maior.
No total, 2,35 toneladas de material explosivo foram roubados. O material seria entregue a duas pedreiras em São Paulo.
No domingo, o estádio Fonte Nova, em Salvador (BA), virou uma grande montanha de entulho em menos de 20 segundos.
A operação de implosão do anel superior do estádio, que tinha 138 pilares, consumiu 700 quilos de explosivos, segundo a empresa que fez a operação.
Em 2002, na implosão de três pavilhões do Carandiru, utilizou-se 250 quilos de explosivos.
A demolição do prédio da TAM, após o acidente aéreo de 2007, ocorreu com a denotação de 75 quilos de explosivos.
2,35 t de explosivos são roubados em SP
Material era transportado em um caminhão interceptado e levado por cinco criminosos na rodovia Fernão Dias
Carga inclui 850 kg de dinamite; polícia aciona até o Exército e apura possível participação de facção criminosa
André Caramante - Folha de São Paulo
Um caminhão com 2,35 toneladas de material explosivo, incluindo 850 quilos de dinamite, foi roubado por cinco criminosos na manhã de anteontem no trecho da rodovia Fernão Dias entre as zonas norte e leste da SP.
Texto Completo
Os setores de inteligência das polícias Civil e Militar procuram os cinco criminosos que usaram dois carros para parar o caminhão que transportava a carga, na manhã de anteontem.
O Exército foi acionado. Existe uma preocupação das autoridades pois uma das linhas de investigação aponta para a participação da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
As polícias de outros Estados, como Minas Gerais, Rio e Paraná, estão em alerta para tentar recuperar a carga.
A Polícia Federal sabe que grandes quantidades de explosivos despertam o interesse de traficantes de países vizinhos, que podem trocar por pasta-base de cocaína.
A carga pertence a uma indústria química de Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba (PR), que tem uma filial no Jardim São Paulo (zona norte de SP).
O material explosivo, incluindo 1,5 tonelada de um tipo granulado de nitrocarbonitrato, especial para ser colocado em furos feitos em rochas, seria levado para duas pedreiras na região metropolitana de São Paulo.
Na carga, além das 2,35 toneladas de material explosivo, havia também 1.220 espoletas detonadoras.
CATIVEIRO
Da abordagem na rodovia até sua libertação, em uma avenida da zona leste de São Paulo, o motorista do caminhão foi feito refém por cerca de seis horas. A polícia suspeita que o cativeiro era em uma favela da zona leste.
Esse foi o tempo que os ladrões tiveram para sumir com o veículo e a carga sem que a polícia fosse avisada.
Até a conclusão desta edição, a polícia paulista ainda tentava obter mais pistas dos criminosos. O motorista do caminhão não conseguiu ver as placas dos veículos em que os ladrões estavam.
Os responsáveis pela empresa dona da carga disseram aos policiais que o transporte era feito dentro das normas de segurança exigidas pelas Forças Armadas.
Quantidade de dinamite pode implodir estádio
DE SÃO PAULO
Os 850 quilos de dinamite levados por ladrões anteontem em São Paulo são suficientes para praticamente implodir um estádio de futebol.
A carga total levada do caminhão na Fernão Dias, entretanto, era maior.
No total, 2,35 toneladas de material explosivo foram roubados. O material seria entregue a duas pedreiras em São Paulo.
No domingo, o estádio Fonte Nova, em Salvador (BA), virou uma grande montanha de entulho em menos de 20 segundos.
A operação de implosão do anel superior do estádio, que tinha 138 pilares, consumiu 700 quilos de explosivos, segundo a empresa que fez a operação.
Em 2002, na implosão de três pavilhões do Carandiru, utilizou-se 250 quilos de explosivos.
A demolição do prédio da TAM, após o acidente aéreo de 2007, ocorreu com a denotação de 75 quilos de explosivos.
Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...
- PQD
- Sênior
- Mensagens: 2342
- Registrado em: Seg Mai 28, 2007 4:38 pm
- Agradeceu: 2 vezes
- Agradeceram: 6 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
Raposa e Serra do Sol e o imbróglio de Tarso
03 de setembro de 2010
Por Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 02 de Setembro de 2010. para o Plano Brasil (*)
Uma raça, cujo espírito não defende o seu solo e o seu idioma, entrega a alma ao estrangeiro, antes de ser por ele absorvida. (Rui Barbosa)
É sempre bom relembrar como o caso da Raposa e Serra do Sol foi tratado com “isenção” pelo então Ministro da InJustiça – Tarso Genro. O mesmo deu na época, uma clara demonstração de como uma autoridade da República “não deve agir” na resolução de conflitos deste gênero. Tarso foi a Roraima para ouvir, tão somente, as facciosas lideranças indígenas do CIR (favoráveis à demarcação contínua) deixando clara sua posição favorável à minoria separatista. A Força Nacional e a PF agiram como meganhas de republiqueta de 5ª categoria seguindo taxativamente a determinação de Tarso. O jornalista Reinaldo Azevedo publicou na ocasião um artigo mostrando a ação nazista e altamente condenável da Gestapo de Tarso Genro, candidato, infelizmente, mais uma vez, ao governo do Estado do Rio Grande do Sul.
- Raposa Serra do Sol: Entre a Realidade e a Mistificação Ongueira
Fonte: Reinaldo Azevedo
“Tarso, fica claro a cada dia, é um perigo para a democracia. Esta evidente que ele se aproveita das licenças concedidas pelo estado de direito para transgredi-lo e para turvar a democracia. Não conhecíamos, até agora, detalhes da ação da PF em Raposa Serra do Sol. Vimos apenas o que publicou uma imprensa notavelmente bem-comportada (com o governo), que já tinha elegido (é o certo no caso, não ‘eleito’) os seus bandidos e os seus mocinhos. Como é usual no Brasil, quem produz um alfinete que seja corre o risco de ir parar atrás das grades. Pois bem. Vejam o vídeo:
Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...
- Viktor Reznov
- Sênior
- Mensagens: 6830
- Registrado em: Sex Jan 15, 2010 2:02 pm
- Agradeceu: 1964 vezes
- Agradeceram: 797 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
FUDEU TUDO, completamente. Tem explosivos aí pra arrombarem pelo menos uns 40 de presídios e extrairem prisioneiros.PQD escreveu:Explosivos
2,35 t de explosivos são roubados em SP
Material era transportado em um caminhão interceptado e levado por cinco criminosos na rodovia Fernão Dias
Carga inclui 850 kg de dinamite; polícia aciona até o Exército e apura possível participação de facção criminosa
André Caramante - Folha de São Paulo
Um caminhão com 2,35 toneladas de material explosivo, incluindo 850 quilos de dinamite, foi roubado por cinco criminosos na manhã de anteontem no trecho da rodovia Fernão Dias entre as zonas norte e leste da SP.
Texto Completo
Os setores de inteligência das polícias Civil e Militar procuram os cinco criminosos que usaram dois carros para parar o caminhão que transportava a carga, na manhã de anteontem.
O Exército foi acionado. Existe uma preocupação das autoridades pois uma das linhas de investigação aponta para a participação da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
As polícias de outros Estados, como Minas Gerais, Rio e Paraná, estão em alerta para tentar recuperar a carga.
A Polícia Federal sabe que grandes quantidades de explosivos despertam o interesse de traficantes de países vizinhos, que podem trocar por pasta-base de cocaína.
A carga pertence a uma indústria química de Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba (PR), que tem uma filial no Jardim São Paulo (zona norte de SP).
O material explosivo, incluindo 1,5 tonelada de um tipo granulado de nitrocarbonitrato, especial para ser colocado em furos feitos em rochas, seria levado para duas pedreiras na região metropolitana de São Paulo.
Na carga, além das 2,35 toneladas de material explosivo, havia também 1.220 espoletas detonadoras.
CATIVEIRO
Da abordagem na rodovia até sua libertação, em uma avenida da zona leste de São Paulo, o motorista do caminhão foi feito refém por cerca de seis horas. A polícia suspeita que o cativeiro era em uma favela da zona leste.
Esse foi o tempo que os ladrões tiveram para sumir com o veículo e a carga sem que a polícia fosse avisada.
Até a conclusão desta edição, a polícia paulista ainda tentava obter mais pistas dos criminosos. O motorista do caminhão não conseguiu ver as placas dos veículos em que os ladrões estavam.
Os responsáveis pela empresa dona da carga disseram aos policiais que o transporte era feito dentro das normas de segurança exigidas pelas Forças Armadas.
Quantidade de dinamite pode implodir estádio
DE SÃO PAULO
Os 850 quilos de dinamite levados por ladrões anteontem em São Paulo são suficientes para praticamente implodir um estádio de futebol.
A carga total levada do caminhão na Fernão Dias, entretanto, era maior.
No total, 2,35 toneladas de material explosivo foram roubados. O material seria entregue a duas pedreiras em São Paulo.
No domingo, o estádio Fonte Nova, em Salvador (BA), virou uma grande montanha de entulho em menos de 20 segundos.
A operação de implosão do anel superior do estádio, que tinha 138 pilares, consumiu 700 quilos de explosivos, segundo a empresa que fez a operação.
Em 2002, na implosão de três pavilhões do Carandiru, utilizou-se 250 quilos de explosivos.
A demolição do prédio da TAM, após o acidente aéreo de 2007, ocorreu com a denotação de 75 quilos de explosivos.
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
- rodrigo
- Sênior
- Mensagens: 12891
- Registrado em: Dom Ago 22, 2004 8:16 pm
- Agradeceu: 221 vezes
- Agradeceram: 424 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
Isso é a ponta do iceberg. 2.500kg são pouco em um universo de comercialização com controle altamente deficiente.Tem explosivos aí pra arrombarem pelo menos uns 40 de presídios e extrairem prisioneiros.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
- Léo Brito
- Avançado
- Mensagens: 492
- Registrado em: Qui Dez 29, 2005 3:52 pm
- Localização: Vitória da Conquista-BA
- Agradeceu: 6 vezes
- Agradeceram: 8 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
Essa "fita" foi dada na empresa. A legislação proíbe o transporte dos explosivos no mesmo veículo dos acionadores(cordel e espoleta).
Algum malandrão vendeu duas vezes...
Algum malandrão vendeu duas vezes...
Pra presídio eu não sei, mas pra cofre de carro forte e banco do interior, pode ter certeza. No Pará já rola uns "cabum" com isso.Cross escreveu:FUDEU TUDO, completamente. Tem explosivos aí pra arrombarem pelo menos uns 40 de presídios e extrairem prisioneiros.
"Falsa é a idéia de utilidade que sacrifica mil reais vantagens (...) As leis que proibem o porte de armas são leis de tal natureza. Elas desarmam somente aqueles que não estão nem dispostos a cometer crimes."(Cesare Beccaria)
Re: Operações Policiais e Militares
Governador do Amapá é preso em operação da Polícia Federal
Pedro Dias (PP) é acusado de integrar grupo que desviava verbas públicas.
Assessoria do partido e do governo estadual não quiseram comentar.
Do G1, em Brasília
imprimir
O governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP)
(Foto: Agência Senado)A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira (10) o governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), durante a Operação Mãos Limpas. O governador é suspeito de participar de uma organização criminosa composta por servidores públicos, políticos e empresários que supostamente praticavam desvio de recursos públicos do Amapá e da União. O governador foi levado pelos agentes da PF para o quartel do Exército, em Macapá.
A assessoria do diretório do PP em Macapá confirmou ao G1 a prisão do governador, mas não quis comentar o assunto. A assessoria de imprensa do governador disse que vai acompanhar o caso e buscar mais informações sobre os motivos da prisão para poder se pronunciar a respeito.
saiba mais
Governador do Amapá e mais 17 serão transferidos para BrasíliaEx-governador do Amapá Waldez Goés também é preso, diz advogadoEm 2002, Pedro Paulo se elegeu vice-governador na chapa liderada por Waldez Góes (PDT). Em 2006, foi reeleito como vice. Desde 3 abril de 2010, é governador do Amapá. Ele assumiu após Waldez Góes ter deixado o cargo para se candidatar ao Senado. Pedro Paulo disputa a reeleição pela chapa “O trabalho precisa continuar”, composta por PP, PRB, PDT, PSR, PL, DEM PHS, PCdoB e PTdoB.
O ex-governador do Amapá e atual candidato ao Senado, Waldez Góes, também foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Mãos Limpas. A prisão foi confirmada ao G1 pelo advogado dele, César Caldas. "Ele foi preso, e ainda não temos nenhuma posição oficial a respeito da prisão", afirmou o advogado.
Operação
Foram mobilizados, segundo a PF, 600 agentes federais para cumprir 18 mandados de prisão temporária, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Além do Amapá, os mandados também estão sendo cumpridos no Pará, Paraíba e São Paulo. Participam da ação 60 servidores da Receita Federal e 30 da Controladoria Geral da União (CGU).
Segundo a Polícia Federal, as apurações revelaram indícios de um esquema de desvio de recursos da União que eram repassados à Secretaria de Educação do Estado do Amapá, provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
Foi constatado, de acordo com a PF, que a maioria dos contratos administrativos firmados pela Secretaria de Educação não respeitavam as formalidades legais e beneficiavam empresas previamente selecionadas.
Apenas uma empresa de segurança e vigilância privada, segundo a investigação, manteve contrato emergencial por três anos com a Secretaria de Educação, com fatura mensal superior a R$ 2,5 milhões, e com evidências de que parte do valor retornava, sob forma de propina, aos envolvidos.
Durante a apuração, a PF informou ter constatado que o mesmo esquema era aplicado em outros órgãos públicos. Foram identificados desvios de recursos no Tribunal de Contas do Estado do Amapá, na Assembleia Legislativa, na Prefeitura de Macapá, nas Secretarias de Estado de Justiça e Segurança Pública, de Saúde, de Inclusão e Mobilização Social, de Desporto e Lazer e no Instituto de Administração Penitenciária.
As investigações, que contaram com o auxílio da Receita Federal, da CGU e do Banco Central (BC), iniciaram-se em agosto de 2009, e se encontram sob a presidência do STJ.
Os envolvidos estão sendo investigados pelas práticas de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, advocacia administrativa, ocultação de bens e valores, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, tráfico de influência, formação de quadrilha, entre outros crimes conexos.
Pedro Dias (PP) é acusado de integrar grupo que desviava verbas públicas.
Assessoria do partido e do governo estadual não quiseram comentar.
Do G1, em Brasília
imprimir
O governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP)
(Foto: Agência Senado)A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira (10) o governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), durante a Operação Mãos Limpas. O governador é suspeito de participar de uma organização criminosa composta por servidores públicos, políticos e empresários que supostamente praticavam desvio de recursos públicos do Amapá e da União. O governador foi levado pelos agentes da PF para o quartel do Exército, em Macapá.
A assessoria do diretório do PP em Macapá confirmou ao G1 a prisão do governador, mas não quis comentar o assunto. A assessoria de imprensa do governador disse que vai acompanhar o caso e buscar mais informações sobre os motivos da prisão para poder se pronunciar a respeito.
saiba mais
Governador do Amapá e mais 17 serão transferidos para BrasíliaEx-governador do Amapá Waldez Goés também é preso, diz advogadoEm 2002, Pedro Paulo se elegeu vice-governador na chapa liderada por Waldez Góes (PDT). Em 2006, foi reeleito como vice. Desde 3 abril de 2010, é governador do Amapá. Ele assumiu após Waldez Góes ter deixado o cargo para se candidatar ao Senado. Pedro Paulo disputa a reeleição pela chapa “O trabalho precisa continuar”, composta por PP, PRB, PDT, PSR, PL, DEM PHS, PCdoB e PTdoB.
O ex-governador do Amapá e atual candidato ao Senado, Waldez Góes, também foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Mãos Limpas. A prisão foi confirmada ao G1 pelo advogado dele, César Caldas. "Ele foi preso, e ainda não temos nenhuma posição oficial a respeito da prisão", afirmou o advogado.
Operação
Foram mobilizados, segundo a PF, 600 agentes federais para cumprir 18 mandados de prisão temporária, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Além do Amapá, os mandados também estão sendo cumpridos no Pará, Paraíba e São Paulo. Participam da ação 60 servidores da Receita Federal e 30 da Controladoria Geral da União (CGU).
Segundo a Polícia Federal, as apurações revelaram indícios de um esquema de desvio de recursos da União que eram repassados à Secretaria de Educação do Estado do Amapá, provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
Foi constatado, de acordo com a PF, que a maioria dos contratos administrativos firmados pela Secretaria de Educação não respeitavam as formalidades legais e beneficiavam empresas previamente selecionadas.
Apenas uma empresa de segurança e vigilância privada, segundo a investigação, manteve contrato emergencial por três anos com a Secretaria de Educação, com fatura mensal superior a R$ 2,5 milhões, e com evidências de que parte do valor retornava, sob forma de propina, aos envolvidos.
Durante a apuração, a PF informou ter constatado que o mesmo esquema era aplicado em outros órgãos públicos. Foram identificados desvios de recursos no Tribunal de Contas do Estado do Amapá, na Assembleia Legislativa, na Prefeitura de Macapá, nas Secretarias de Estado de Justiça e Segurança Pública, de Saúde, de Inclusão e Mobilização Social, de Desporto e Lazer e no Instituto de Administração Penitenciária.
As investigações, que contaram com o auxílio da Receita Federal, da CGU e do Banco Central (BC), iniciaram-se em agosto de 2009, e se encontram sob a presidência do STJ.
Os envolvidos estão sendo investigados pelas práticas de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, advocacia administrativa, ocultação de bens e valores, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, tráfico de influência, formação de quadrilha, entre outros crimes conexos.
- PQD
- Sênior
- Mensagens: 2342
- Registrado em: Seg Mai 28, 2007 4:38 pm
- Agradeceu: 2 vezes
- Agradeceram: 6 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
A nova guerra do Paraguai
Policiais federais brasileiros e paraguaios enfrentam-se nos dois lados da fronteira com acusações mútuas, ameaças e prisões de agentes dos dois países
Claudio Dantas Sequeira
As polícias federais do Brasil e do Paraguai sempre atuaram de forma conjunta e integrada no combate ao crime nos dois lados da fronteira. Nos últimos meses, no entanto, o clima de cooperação fica reservado às instâncias oficiais. Agentes dos dois países têm protagonizado cenas impensáveis num ambiente de ação conjunta. Em vez de combaterem os criminosos, os policiais enfrentam-se uns aos outros com ameaças e voz de prisão. Na última ocorrência, há pouco mais de dois meses, agentes da PF brasileira quase trocaram tiros ao tentarem abordar uma patrulha da Polícia Nacional do Paraguai que transitava em Ponta Porã sem autorização. De acordo com um policial envolvido na operação, ao serem abordados pela PF, os paraguaios sacaram as armas. “Foi um dos momentos mais tensos da minha carreira. Brasileiros e paraguaios discutiam e apontavam suas armas uns para os outros”, diz o agente, que prefere não se identificar para evitar represálias. Segundo ele, os paraguaios pediram reforços e a situação se complicou. “Em três minutos, estávamos sendo enquadrados por aproximadamente 80 policiais paraguaios dentro de nosso território”, afirma o policial, que teve de ligar para o 190. Foram socorridos pela PM, que chegou tarde ao local e não evitou que a viatura fosse levada para o lado de lá da fronteira.
Não é a primeira vez que algo assim acontece. Em março, quatro agentes da PF foram presos no Paraguai acusados de terem violado a soberania territorial do país vizinho. Os policiais perseguiam um veículo brasileiro com contrabando e avançaram 700 metros em território paraguaio, na localidade de Saltos del Guairá, a 450 quilômetros de Assunção. Acabaram na cadeia. Em outubro de 2009, outros dois agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes de São Paulo foram presos no município de Capitan Bado, enquanto perseguiam um traficante. As autoridades paraguaias novamente acusaram os brasileiros de invasão de território. O Sindicato dos Policiais Federais em Mato Grosso do Sul teve que contratar um advogado paraguaio para conseguir um habeas corpus para os policiais brasileiros.
SOCORRO
Agente da PF teve que pedir reforço da PM durante embate com policiais paraguaios em solo brasileiro
Para o diretor de relações do trabalho da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Francisco Alves Albino, os enfrentamentos entre policiais são fruto de problemas de comunicação entre as autoridades locais e da indisciplina de muitos agentes federais. “Não existe respeito. A situação é extremamente instável e tenho medo de que um policial nosso acabe morto”, diz. A assessoria de imprensa da PF minimiza as queixas e diz que são casos isolados. “O Paraguai é onde se tem a melhor relação de cooperação e serviu de modelo para os acordos firmados com Colômbia, Bolívia e Uruguai”, diz a PF.
Policiais federais brasileiros e paraguaios enfrentam-se nos dois lados da fronteira com acusações mútuas, ameaças e prisões de agentes dos dois países
Claudio Dantas Sequeira
As polícias federais do Brasil e do Paraguai sempre atuaram de forma conjunta e integrada no combate ao crime nos dois lados da fronteira. Nos últimos meses, no entanto, o clima de cooperação fica reservado às instâncias oficiais. Agentes dos dois países têm protagonizado cenas impensáveis num ambiente de ação conjunta. Em vez de combaterem os criminosos, os policiais enfrentam-se uns aos outros com ameaças e voz de prisão. Na última ocorrência, há pouco mais de dois meses, agentes da PF brasileira quase trocaram tiros ao tentarem abordar uma patrulha da Polícia Nacional do Paraguai que transitava em Ponta Porã sem autorização. De acordo com um policial envolvido na operação, ao serem abordados pela PF, os paraguaios sacaram as armas. “Foi um dos momentos mais tensos da minha carreira. Brasileiros e paraguaios discutiam e apontavam suas armas uns para os outros”, diz o agente, que prefere não se identificar para evitar represálias. Segundo ele, os paraguaios pediram reforços e a situação se complicou. “Em três minutos, estávamos sendo enquadrados por aproximadamente 80 policiais paraguaios dentro de nosso território”, afirma o policial, que teve de ligar para o 190. Foram socorridos pela PM, que chegou tarde ao local e não evitou que a viatura fosse levada para o lado de lá da fronteira.
Não é a primeira vez que algo assim acontece. Em março, quatro agentes da PF foram presos no Paraguai acusados de terem violado a soberania territorial do país vizinho. Os policiais perseguiam um veículo brasileiro com contrabando e avançaram 700 metros em território paraguaio, na localidade de Saltos del Guairá, a 450 quilômetros de Assunção. Acabaram na cadeia. Em outubro de 2009, outros dois agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes de São Paulo foram presos no município de Capitan Bado, enquanto perseguiam um traficante. As autoridades paraguaias novamente acusaram os brasileiros de invasão de território. O Sindicato dos Policiais Federais em Mato Grosso do Sul teve que contratar um advogado paraguaio para conseguir um habeas corpus para os policiais brasileiros.
SOCORRO
Agente da PF teve que pedir reforço da PM durante embate com policiais paraguaios em solo brasileiro
Para o diretor de relações do trabalho da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Francisco Alves Albino, os enfrentamentos entre policiais são fruto de problemas de comunicação entre as autoridades locais e da indisciplina de muitos agentes federais. “Não existe respeito. A situação é extremamente instável e tenho medo de que um policial nosso acabe morto”, diz. A assessoria de imprensa da PF minimiza as queixas e diz que são casos isolados. “O Paraguai é onde se tem a melhor relação de cooperação e serviu de modelo para os acordos firmados com Colômbia, Bolívia e Uruguai”, diz a PF.
Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...
- PQD
- Sênior
- Mensagens: 2342
- Registrado em: Seg Mai 28, 2007 4:38 pm
- Agradeceu: 2 vezes
- Agradeceram: 6 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
Polícia Civil apresenta principais fornecedores de armas para favelas do Rio
POR LESLIE LEITÃO
Rio - A Polícia Civil apresentou, nesta segunda-feira quatro homens apontados como os principais fornecedores de armas para a Favela da Rocinha. Os traficantes foram capturados na semana passada por agentes da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (DRAE) quando negociavam a compra de uma nova remessa no Paraná, Região Sul do Brasil.
De acordo com o chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, a quadrilha fornceia oito fuzis e dez mil munições a cada 20 dias para os bandidos da Rocinha. A investigação durou cinco meses. No total, dez homens foram indiciados e seis já estão sob custódia - além dos quatro apresentados nesta segunda-feira, outros dois foram presos por policiais rodoviários federais no Paraná.
POR LESLIE LEITÃO
Rio - A Polícia Civil apresentou, nesta segunda-feira quatro homens apontados como os principais fornecedores de armas para a Favela da Rocinha. Os traficantes foram capturados na semana passada por agentes da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (DRAE) quando negociavam a compra de uma nova remessa no Paraná, Região Sul do Brasil.
De acordo com o chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, a quadrilha fornceia oito fuzis e dez mil munições a cada 20 dias para os bandidos da Rocinha. A investigação durou cinco meses. No total, dez homens foram indiciados e seis já estão sob custódia - além dos quatro apresentados nesta segunda-feira, outros dois foram presos por policiais rodoviários federais no Paraná.
Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...
- PQD
- Sênior
- Mensagens: 2342
- Registrado em: Seg Mai 28, 2007 4:38 pm
- Agradeceu: 2 vezes
- Agradeceram: 6 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
Prisão de armeiros é 1º passo para UPP da Rocinha
Contrabandistas presos no Paraná e no Rio forneciam fuzis para quadrilha que invadiu o Hotel Intercontinental
Ana Cláudia Costa
A prisão de quatro fornecedores de armas para a Favela da Rocinha é o primeiro passo da polícia buscando enfraquecer a quadrilha do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, para que, em seguida, a secretaria de Segurança Pública entre com a pacificação.
As ações na Rocinha, segundo o chefe de Polícia Civil, delegado Allan Turnowsky, seguem a mesma linha do trabalho feito anteriormente nas favelas da Cidade de Deus e Borel, onde as quadrilhas foram desarticuladas e, em seguida, o governo implantou uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
Um dos detidos seria traficante de classe média Ontem, equipes da Delegacia de Repressão à Armas e Explosivos (Drae) apresentaram o traficante de armas Antônio Ezequias Gura, de 26 anos, o Gordo, e Carlos Vinícius Braga dos Santos, de 25 anos, o Cafu.
Na mesma operação, também foram presos como fornecedores de armas para a Rocinha Luiz Cláudio de Carvalho Rodrigues, de 50 anos, o Coroa, e Ricardo Pereira Terra de Andrade, o Robocop. A operação que resultou nas prisões foi chamada “OCP”, numa referência à empresa fictícia responsável pela criação do Robocop na série de cinema.
Na operação foram expedidos dez mandados de prisão.
Durante a investigação, a polícia conseguiu flagrar, através de escutas telefônicas com autorização da Justiça, a negociação da venda de armas de Rodrigues com uma das receptadoras da Rocinha, Rúbia Maria Soares, a Coração, que não foi presa.
A mulher, considerada uma pessoa de confiança de Nem, comprava oito fuzis, munição e granadas para repor o armamento apreendido no dia em que traficantes da Rocinha, em fuga, invadiram o Hotel Intercontinental, em São Conrado, em 21 de agosto. Todo o pagamento foi feito através de depósito na conta corrente de Antônio Ezequias Gura. A polícia agora vai tentar rastrear as contas bancárias para saber se o tráfico da Rocinha utiliza laranjas para fazer movimentação financeira.
De acordo com a delegada titular da Drae, Márcia Beck, Robocop, preso em Botafogo, seria uma espécie de traficante de classe média do asfalto e teria apresentado Coroa para integrantes da quadrilha da Rocinha.
Segundo o chefe de Polícia Civil, não foram apreendidas armas ou drogas na operação porque os policiais optaram por prender os traficantes antes do envio do armamento.
Cafu, que é da Rocinha, e Gordo foram presos no Paraná, após terem sido localizados durante uma interceptação telefônica. Coroa foi preso em São Miguel do Iguaçu, também no Paraná, no último dia 15. Robocop foi localizado em casa, em Botafogo.
— Evitamos a entrada de centenas de fuzis e metralhadoras que abastecem a Rocinha.
É uma operação de inteligência e cautela. Preferimos prender logo esses caras do que esperar a remessa de armas, porque eles sempre mudam as rotas — disse Turnowsky.
Segundo a delegada Márcia Beck, o traficante Cafu foi até Foz do Iguaçu negociar armas para a Rocinha. Em uma agenda apreendida com Gordo, a polícia observou que, no intervalo médio de 20 dias, ele levava para a Rocinha dois fuzis, ao preço de R$ 100 mil. Já outro fornecedor, o Coroa, enviava para a favela, no mesmo período, oito fuzis, num total de R$ 440 mil. Em uma mensagem através de celular, também interceptada pela polícia, traficantes requisitam aos fornecedores “abacaxis”, que seriam granadas.
A polícia agora tenta prender o traficante identificado como Abelardo, o Bel, e Rúbia Maria Soraes. Todos foram indiciados e tiveram a prisão pedida na “Operação OCP”. Dos dez indiciados, dois deles, Flávio Cristiano F. da Silva e Eduardo de Souza de Lima, o “Menor”, já haviam sido presos pela Polícia Rodoviária Federal no Paraná. Segundo o chefe de Polícia Civil, essa é a terceira prisão de grandes fornecedores de armas para favelas do Rio. Segundo ele, a polícia já prendeu dois outros armeiros e um outro foi morto durante operação da Delegacia de Combate às Drogas.
Militar também vendia armas a policiais
Relatório do Exército revela outros clientes de sargento que abastecia o tráfico
Vera Araújo
O sargento do Exército Volber Roberto da Silva Júnior, apontado pela Polícia Civil como um dos maiores traficantes internacionais de armas e morto em junho deste ano, não era fornecedor apenas das facções criminosas do Rio. Um relatório reservado do serviço de inteligência do Exército, ao qual O GLOBO teve acesso, revela que Volber também vendia armas a policiais civis e militares, além de ser especializado na fabricação de explosivos.
Ele foi investigado pelo serviço de inteligência de sua corporação, suspeito de desvio de armas. Como no caso dos ex-paraquedistas que ingressam no tráfico ou nas milícias, conforme O GLOBO noticiou no domingo, os desvios de conduta de militares com cursos especializados no Exército sempre foram o calcanhar de aquiles da instituição.
De acordo com o relatório, em conversas telefônicas gravadas com autorização da Justiça, foi constatada a ligação de Volber com policiais. Devido à rapidez com que o sargento atendia às encomendas de armas de diversos calibres, principalmente pistolas Glock, e miras a laser, ele era bastante procurado.
Exército não abriu inquérito contra sargento
Embora o Exército soubesse das atividade ilícitas do sargento, não foi aberto inquérito policial-militar contra ele, que era apenas monitorado. Volber só estava afastado de sua unidade, o 21º Batalhão Logístico, em Deodoro, quando foi morto, porque pedira licença sem vencimentos, alegando problemas pessoais.
Segundo a Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), o sargento Volber morreu, aos 38 anos, no dia 30 de junho deste ano, ao reagir à abordagem de policiais na garagem de um motel, em Jacarepaguá. Com ele, a polícia encontrou duas pistolas Glock, arma preferida dos policiais, e uma mochila repleta de munição. O militar estava sendo investigado pelo Dcod e pela Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae). Ele também era alvo da Polícia Federal.
O documento reservado do Exército informa ainda que, em fevereiro de 2005, o contrabandista negociou miras a laser com policiais do 14º BPM (Bangu) e um inspetor que trabalhava na 34ª DP (Bangu). De acordo com o relatório, as peças foram adquiridas pelo cunhado do militar em Foz do Iguaçu e Cidade do Leste, no Paraguai.
As miras foram enviadas pelo correio, por R$ 430 cada.
Ainda em 2005, em março, uma outra interceptação telefônica, de uma conversa entre Volber e um inspetor chamado Alexandre, lotado na época na delegacia de Bangu, mostrou que os dois planejaram forjar uma apreensão de armas, com a finalidade de “elevar o conceito” que o delegado tinha do policial.
Nos pedidos dos policiais, eles se referiam às armas como “tênis”. Um deles, não identificado, encomendou um “tênis” tamanho 45 — referência a uma pistola Colt calibre 45.
Contrabandista indicava outros vendedores de armas
Quando o assunto era armamento, Volber atendia todos que o procuravam ou indicava colaboradores, como fez com um policial que pediu um prolongador para cano de pistola .40. Nesse caso, ele aconselhou o comprador a procurar um outro armeiro.
O envolvimento de policiais com o sargento seria tão grande que, segundo o relatório, foi ele quem facilitou, em 2005, o acesso do Exército às polícias Civil e Militar do Rio, para a manutenção de armamento das forças de segurança do estado. O contrabandista também estaria envolvido com agiotagem, emprestando dinheiro a policiais e militares.
Contrabandistas presos no Paraná e no Rio forneciam fuzis para quadrilha que invadiu o Hotel Intercontinental
Ana Cláudia Costa
A prisão de quatro fornecedores de armas para a Favela da Rocinha é o primeiro passo da polícia buscando enfraquecer a quadrilha do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, para que, em seguida, a secretaria de Segurança Pública entre com a pacificação.
As ações na Rocinha, segundo o chefe de Polícia Civil, delegado Allan Turnowsky, seguem a mesma linha do trabalho feito anteriormente nas favelas da Cidade de Deus e Borel, onde as quadrilhas foram desarticuladas e, em seguida, o governo implantou uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
Um dos detidos seria traficante de classe média Ontem, equipes da Delegacia de Repressão à Armas e Explosivos (Drae) apresentaram o traficante de armas Antônio Ezequias Gura, de 26 anos, o Gordo, e Carlos Vinícius Braga dos Santos, de 25 anos, o Cafu.
Na mesma operação, também foram presos como fornecedores de armas para a Rocinha Luiz Cláudio de Carvalho Rodrigues, de 50 anos, o Coroa, e Ricardo Pereira Terra de Andrade, o Robocop. A operação que resultou nas prisões foi chamada “OCP”, numa referência à empresa fictícia responsável pela criação do Robocop na série de cinema.
Na operação foram expedidos dez mandados de prisão.
Durante a investigação, a polícia conseguiu flagrar, através de escutas telefônicas com autorização da Justiça, a negociação da venda de armas de Rodrigues com uma das receptadoras da Rocinha, Rúbia Maria Soares, a Coração, que não foi presa.
A mulher, considerada uma pessoa de confiança de Nem, comprava oito fuzis, munição e granadas para repor o armamento apreendido no dia em que traficantes da Rocinha, em fuga, invadiram o Hotel Intercontinental, em São Conrado, em 21 de agosto. Todo o pagamento foi feito através de depósito na conta corrente de Antônio Ezequias Gura. A polícia agora vai tentar rastrear as contas bancárias para saber se o tráfico da Rocinha utiliza laranjas para fazer movimentação financeira.
De acordo com a delegada titular da Drae, Márcia Beck, Robocop, preso em Botafogo, seria uma espécie de traficante de classe média do asfalto e teria apresentado Coroa para integrantes da quadrilha da Rocinha.
Segundo o chefe de Polícia Civil, não foram apreendidas armas ou drogas na operação porque os policiais optaram por prender os traficantes antes do envio do armamento.
Cafu, que é da Rocinha, e Gordo foram presos no Paraná, após terem sido localizados durante uma interceptação telefônica. Coroa foi preso em São Miguel do Iguaçu, também no Paraná, no último dia 15. Robocop foi localizado em casa, em Botafogo.
— Evitamos a entrada de centenas de fuzis e metralhadoras que abastecem a Rocinha.
É uma operação de inteligência e cautela. Preferimos prender logo esses caras do que esperar a remessa de armas, porque eles sempre mudam as rotas — disse Turnowsky.
Segundo a delegada Márcia Beck, o traficante Cafu foi até Foz do Iguaçu negociar armas para a Rocinha. Em uma agenda apreendida com Gordo, a polícia observou que, no intervalo médio de 20 dias, ele levava para a Rocinha dois fuzis, ao preço de R$ 100 mil. Já outro fornecedor, o Coroa, enviava para a favela, no mesmo período, oito fuzis, num total de R$ 440 mil. Em uma mensagem através de celular, também interceptada pela polícia, traficantes requisitam aos fornecedores “abacaxis”, que seriam granadas.
A polícia agora tenta prender o traficante identificado como Abelardo, o Bel, e Rúbia Maria Soraes. Todos foram indiciados e tiveram a prisão pedida na “Operação OCP”. Dos dez indiciados, dois deles, Flávio Cristiano F. da Silva e Eduardo de Souza de Lima, o “Menor”, já haviam sido presos pela Polícia Rodoviária Federal no Paraná. Segundo o chefe de Polícia Civil, essa é a terceira prisão de grandes fornecedores de armas para favelas do Rio. Segundo ele, a polícia já prendeu dois outros armeiros e um outro foi morto durante operação da Delegacia de Combate às Drogas.
Militar também vendia armas a policiais
Relatório do Exército revela outros clientes de sargento que abastecia o tráfico
Vera Araújo
O sargento do Exército Volber Roberto da Silva Júnior, apontado pela Polícia Civil como um dos maiores traficantes internacionais de armas e morto em junho deste ano, não era fornecedor apenas das facções criminosas do Rio. Um relatório reservado do serviço de inteligência do Exército, ao qual O GLOBO teve acesso, revela que Volber também vendia armas a policiais civis e militares, além de ser especializado na fabricação de explosivos.
Ele foi investigado pelo serviço de inteligência de sua corporação, suspeito de desvio de armas. Como no caso dos ex-paraquedistas que ingressam no tráfico ou nas milícias, conforme O GLOBO noticiou no domingo, os desvios de conduta de militares com cursos especializados no Exército sempre foram o calcanhar de aquiles da instituição.
De acordo com o relatório, em conversas telefônicas gravadas com autorização da Justiça, foi constatada a ligação de Volber com policiais. Devido à rapidez com que o sargento atendia às encomendas de armas de diversos calibres, principalmente pistolas Glock, e miras a laser, ele era bastante procurado.
Exército não abriu inquérito contra sargento
Embora o Exército soubesse das atividade ilícitas do sargento, não foi aberto inquérito policial-militar contra ele, que era apenas monitorado. Volber só estava afastado de sua unidade, o 21º Batalhão Logístico, em Deodoro, quando foi morto, porque pedira licença sem vencimentos, alegando problemas pessoais.
Segundo a Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), o sargento Volber morreu, aos 38 anos, no dia 30 de junho deste ano, ao reagir à abordagem de policiais na garagem de um motel, em Jacarepaguá. Com ele, a polícia encontrou duas pistolas Glock, arma preferida dos policiais, e uma mochila repleta de munição. O militar estava sendo investigado pelo Dcod e pela Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae). Ele também era alvo da Polícia Federal.
O documento reservado do Exército informa ainda que, em fevereiro de 2005, o contrabandista negociou miras a laser com policiais do 14º BPM (Bangu) e um inspetor que trabalhava na 34ª DP (Bangu). De acordo com o relatório, as peças foram adquiridas pelo cunhado do militar em Foz do Iguaçu e Cidade do Leste, no Paraguai.
As miras foram enviadas pelo correio, por R$ 430 cada.
Ainda em 2005, em março, uma outra interceptação telefônica, de uma conversa entre Volber e um inspetor chamado Alexandre, lotado na época na delegacia de Bangu, mostrou que os dois planejaram forjar uma apreensão de armas, com a finalidade de “elevar o conceito” que o delegado tinha do policial.
Nos pedidos dos policiais, eles se referiam às armas como “tênis”. Um deles, não identificado, encomendou um “tênis” tamanho 45 — referência a uma pistola Colt calibre 45.
Contrabandista indicava outros vendedores de armas
Quando o assunto era armamento, Volber atendia todos que o procuravam ou indicava colaboradores, como fez com um policial que pediu um prolongador para cano de pistola .40. Nesse caso, ele aconselhou o comprador a procurar um outro armeiro.
O envolvimento de policiais com o sargento seria tão grande que, segundo o relatório, foi ele quem facilitou, em 2005, o acesso do Exército às polícias Civil e Militar do Rio, para a manutenção de armamento das forças de segurança do estado. O contrabandista também estaria envolvido com agiotagem, emprestando dinheiro a policiais e militares.
Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...
- rodrigo
- Sênior
- Mensagens: 12891
- Registrado em: Dom Ago 22, 2004 8:16 pm
- Agradeceu: 221 vezes
- Agradeceram: 424 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
Ganhou das polícias e das Forças Armadas.dez mil munições a cada 20 dias
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
- cabeça de martelo
- Sênior
- Mensagens: 39570
- Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
- Localização: Portugal
- Agradeceu: 1139 vezes
- Agradeceram: 2861 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
Meteram-se com o GOE...GOE e PJ travam golpe milionário
O plano foi bem delineado e o alvo era o cofre do hipermercado Continente, no Centro Comercial Gran-Plaza, em Tavira, onde estava guardado mais de meio milhão de euros das vendas do fim-de-semana. Só que o golpe milionário, na madrugada de segunda-feira, foi travado pelo Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP e elementos da Polícia Judiciária e GNR, numa operação montada ao pormenor, que terminou com tiros.
Três dos assaltantes, de nacionalidade brasileira e suspeitos de vários outros crimes na região, foram detidos. Suspeita-se que um quarto elemento tenha fugido.
O assalto, digno de um filme de acção, começou por volta das 04h00, quando três dos assaltantes, encapuzados e armados com uma caçadeira de canos serrados, uma shotgun e uma pistola, arrombaram uma porta de serviço do centro comercial e sequestraram um segurança privado do espaço. "Amarraram o funcionário no escritório e tentaram arrombar o cofre", explicou fonte envolvida na operação.
Devido às dificuldades em concretizar o assalto, os suspeitos tentaram abandonar o centro comercial, altura em que foram surpreendidos pelas autoridades. "Colocaram-se em fuga e dispararam tiros, os elementos do GOE responderam sobre os fugitivos e foi possível concretizar as detenções", referiu a mesma fonte ligada à operação policial. Na troca de tiros um dos assaltantes ficou ferido.
GRUPO FOI DIRECTO AO COFRE
Após a entrada no espaço comercial Gran-Plaza, os assaltantes foram directamente ao cofre dos escritórios da loja Continente. "Tinham tudo bem planeado e sabiam muito bem onde estava o dinheiro", referiram várias fonte policiais contactadas pelo CM. A Polícia Judiciária confirmou apenas, em comunicado, que os assaltantes "procuraram estroncar o cofre onde estava guardado o valor correspondente ao giro comercial de sexta, sábado e domingo".
http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx? ... 0000000010
- Viktor Reznov
- Sênior
- Mensagens: 6830
- Registrado em: Sex Jan 15, 2010 2:02 pm
- Agradeceu: 1964 vezes
- Agradeceram: 797 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
"caçadeira" de cano cerrado?
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
- PQD
- Sênior
- Mensagens: 2342
- Registrado em: Seg Mai 28, 2007 4:38 pm
- Agradeceu: 2 vezes
- Agradeceram: 6 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
Polícia Militar tenta impedir circulação da revista Veja
Armados de fuzis, os PMs ficaram de prontidão no Aeroporto de Palmas à espera do voo que levava a revista
Fausto Macedo e Bruno Tavares, de O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - A Polícia Federal teve de ser acionada na madrugada de ontem para garantir a distribuição dos 8 mil exemplares da revista Veja no Tocantins. Para tentar impedir que a publicação chegasse às bancas, o governo do Estado mobilizou efetivo de 30 policiais militares. Armados de fuzis, os PMs ficaram de prontidão no Aeroporto de Palmas à espera do voo que levava a revista.
Os PMs tinham a missão de localizar e apreender os exemplares de Veja. A revista, no entanto, não faz parte da lista de veículos de comunicação censurados pela liminar do desembargador Liberato Póvoa.
Acionado na madrugada, o procurador da República Álvaro Lotufo Manzano requisitou apoio da PF para escoltar o carregamento do aeroporto até a distribuidora da revista em Palmas. Uma equipe de reportagem da coligação Tocanti
Armados de fuzis, os PMs ficaram de prontidão no Aeroporto de Palmas à espera do voo que levava a revista
Fausto Macedo e Bruno Tavares, de O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - A Polícia Federal teve de ser acionada na madrugada de ontem para garantir a distribuição dos 8 mil exemplares da revista Veja no Tocantins. Para tentar impedir que a publicação chegasse às bancas, o governo do Estado mobilizou efetivo de 30 policiais militares. Armados de fuzis, os PMs ficaram de prontidão no Aeroporto de Palmas à espera do voo que levava a revista.
Os PMs tinham a missão de localizar e apreender os exemplares de Veja. A revista, no entanto, não faz parte da lista de veículos de comunicação censurados pela liminar do desembargador Liberato Póvoa.
Acionado na madrugada, o procurador da República Álvaro Lotufo Manzano requisitou apoio da PF para escoltar o carregamento do aeroporto até a distribuidora da revista em Palmas. Uma equipe de reportagem da coligação Tocanti
Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...
- Skyway
- Sênior
- Mensagens: 11166
- Registrado em: Seg Jun 19, 2006 1:40 pm
- Agradeceu: 24 vezes
- Agradeceram: 266 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
Cuma?PQD escreveu:Polícia Militar tenta impedir circulação da revista Veja
Armados de fuzis, os PMs ficaram de prontidão no Aeroporto de Palmas à espera do voo que levava a revista
Fausto Macedo e Bruno Tavares, de O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - A Polícia Federal teve de ser acionada na madrugada de ontem para garantir a distribuição dos 8 mil exemplares da revista Veja no Tocantins. Para tentar impedir que a publicação chegasse às bancas, o governo do Estado mobilizou efetivo de 30 policiais militares. Armados de fuzis, os PMs ficaram de prontidão no Aeroporto de Palmas à espera do voo que levava a revista.
Os PMs tinham a missão de localizar e apreender os exemplares de Veja. A revista, no entanto, não faz parte da lista de veículos de comunicação censurados pela liminar do desembargador Liberato Póvoa.
Acionado na madrugada, o procurador da República Álvaro Lotufo Manzano requisitou apoio da PF para escoltar o carregamento do aeroporto até a distribuidora da revista em Palmas. Uma equipe de reportagem da coligação Tocanti
Censura? Porque? Quando?
AD ASTRA PER ASPERA