andrelemos escreveu:Uma informação como esta pode ser amplamente divulgada na internet como propaganda, ou pode ser considerada secreta.
Então todos sabemos que ele tem motores fracos mas secretamente ele é rápido?
Ah conta outra...
andrelemos escreveu:Li em algum lugar que no MMRCA os indianos não tinham ficado satisfeitos com a "demonstração" do supercruise do Rafale, que pelo jeito só será realmente possível com turbinas mais potentes.
Pois é, supercruise é um efeito colateral de motores potentes, o que o SH não tem.
andrelemos escreveu:Não acho que o SH seja capaz de um supercruise militarmente relevante, mas é interessante notar que ele consegue uma velocidade bastante razoável (.96 Mach) com uma configuração ar-ar e sem nem ter que forçar tanto os motores.
Primeiro, por que o supercruise é militarmente relevante? É o simples resultado de motores potentes levando o avião a velocidade maior que a velocidade do som sem pós-combustor e não, não tem nada de especial nessa velocidade.
Militarmente, qual a diferença entre Mach 0.96 e Mach 1.05? Não existe grande diferença, a "barreira" do som só é importante para humanos, de preferência os que surpreendem com marcas, um pouco mais rápido ou um pouco mais lento na guerra não faz tanta diferença assim.
Em outras palavras, é um marketing e tanto, sendo assim, só servindo mesmo para marketing, por que essa informação seria secreta? Se um avião é capaz de supercruise, mesmo que para isso tenah que ser com 10% de combustível e sem armas, o fabricante vai gritar isso aos quatro ventos, que nem a Dassault e SAAB fazem, porque isso tem um grande impacto no marketing, mesmo sem muita aplicação militar.
O supercruise do Rafale em si é importante? Não, basicamente isso só mostra que ele tem melhor relação peso/empuxo que o Super Hornet, os indianos acharam pouco? Também acharia, só seria realmente relevante se fosse Mach 1.5 por exemplo, diria que não foi por causa do supercruise que os indianos escolheram o Rafale ao invés do Super Hornet...
andrelemos escreveu:Frequentemente debates na internet sobre estes caças se baseiam em dados de fabricantes que podem ou não ser confiáveis (às vezes são estimativas), então é bom encontrar uma fonte que coloque dados operacionais reais, incluindo os custos de operação devidamente detalhados.
Dados de fabricantes geralmente são confiáveis o problema é que muitas vezes são incompletos não dizendo como chegaram naquele valor, o fabricante se interessa em mostrar os pontos positivos do seu produto e tenta esconder ou minimizar os negativos, a Boing faz isso com o Super Hornet, sempre falam do angulo de ataque e a velocidade de posicionamento do bico, a baixa velocidade de estol, etc, eles também evitam falar dos pontos ruins do SH, limite de força G, velocidade, etc. E para mim fica a impressão, se existe algo que o fabricante não quer falar, então não deve ser bom, no caso do SH, a Boing não fala a velocidade dele sem pós-combustor...
andrelemos escreveu:
O problema desta tabela é que justamente ela não divulga que configuração ar-ar é esta, apenas para as missões de Interdição.
E nem o que é "Intermediate Thrust"... Mesmo assim você assumiu que algo menos que "Military Thrust".
andrelemos escreveu:
Quanto ao alcance, os dados na tabela estão em milhas náuticas (nm) o que equivale a cerca de 1,85 km...
Eu sei disso, a missão é muito simples, voar até um ponto e voltar, sei que o SH não tem um alcance excepcional mas o valor no documento é baixo demais.
andrelemos escreveu:Algum outro forista aqui (acho que foi o Knigh7 ou o Penguin) postou uma avaliação do Carnegie Endowment sobre o MMRCA que colocava o SH em pé de igualdade com os outros concorrentes em termos de manobrabilidade, criticando somente a sua relação peso-potência relativamente baixa (e portanto dificuldades de recuperar energia).
Fato, o SH perdeu e o Rafale ganhou, criticar a relação peso-potência é quase o mesmo que criticar diretamente o desempenho baixo já que o desempenho é um resultado dessa relação.
andrelemos escreveu:Que eu saiba, estes tipos de concorrências têm diversos componentes, incluindo um fortíssimo componente político/estratégico que não pode ser ignorado...
No caso da India eu entenderia se tivessem escolhido um caça russo... Mas um francês? E o SH não foi nem para a final...