Fórum Defesa Brasil

FCarvalho escreveu: ↑Qua Mar 06, 2019 2:01 pm Do Facebook do MD.

Cerca de 60 mil conscritos foram incorporados nas três ffaa's este ano a partir deste mês.

Salvo melhor juízo, esse número representa e confirma duas coisas: a diminuição recorrente das vagas para o SMO nas três ffaa's e o aumento da profissionalização dos quadro de praças.

FAB e MB já são as duas forças que menos vagas dispõe para o SMO. E o EB caminha célere pelo mesmo caminho.

Resta saber se a tendência se confirma ou é apenas um fenômeno pontual.

Abs

É coerente com o esboço da reforma da previdência dos militares e que mexe nas carreiras. De um lado, aumenta o período de contribuição e força os oficiais colocados na reserva jovens (40, 50 anos) trabalharem no setor privado para complementar a aposentadoria. O que implica no médio e longo prazo alteração no número de vagas e como vão para reserva. Não diz ao certo para onde.

De outro, aumenta a quantidade de oficiais e quadros temporários que não entram no regime especial. O que na prática é racional. Já que muitas das funções podem ser exercidas por profissionais temporários. Aí pode dar a entrada para ter soldados profissionais com seleção e tempo de serviço diferentes.

link com PDFs explicativos disponibilizados pelo Governo à respeito da reestruturação das carreiras militares, critérios de passagem para na reserva e reforma:



https://www.montedo.com.br/wp-content/u ... rmadas.pdf

https://economia.estadao.com.br/

Defesa sifu... de novo ou como sempre?

Abs

Se já há quarteis tendo de reduzir as atividades para fazer economia de luz para se manterem dentro do orçamento, imagine agora.

Bem, esse governo já começou muito mal. E se bobear, corre o sério risco de nem terminar.
Aliás, a aposta agora parece ser: o que acontece primeiro? O governo acabar ou o congresso fechar?
Eu ein...

Abs

Hoje o Bolsonaro foi duro com o Rodrigo Maia nas entrevistas. Não correu da briga. Vamos ver aonde isso vai parar...

O fisiologismo no congresso é histórico e secular. Eles não vão largar o osso assim tão fácil.
O Maia é o maior representante da velha politicagem nacional. E tem forte apoio para isso.
A vida do governo não vai ser fácil.
Até onde bolsonaro e cia vão testar os limites da paciência nacional, que nunca foi muita, veremos.

Abs

FCarvalho escreveu: ↑Qui Mar 28, 2019 11:48 am O fisiologismo no congresso é histórico e secular. Eles não vão largar o osso assim tão fácil.
O Maia é o maior representante da velha politicagem nacional. E tem forte apoio para isso.
A vida do governo não vai ser fácil.
Até onde bolsonaro e cia vão testar os limites da paciência nacional, que nunca foi muita, veremos.

Abs

Isso é culpa do presidencialismo brasileiro, com 33 partidos, que exige do presidente se articular e fazer acordos para passar projetos. Por causa dos inúmeros governos ditatoriais do sex. XX a classe política simplesmente não aprendeu a fazer política. A relação Presidente X Congresso sempre foi tensa na República e o quadro fica cada vez mais grave.

É por isso que o primeiro presidente eleito democraticamente após a ditadura (Collor) foi chutado pelo Congresso. Quem assumiu (Itamar) foi justamente o político que "criou" o chamado "presidencialismo de coalizão", que nada mais é do que a articulação política feito pelo presidente para formar alianças e aprovar projetos. FHC e Lula sobreviveram aceitando o sistema e jogando o jogo deles. Dilma caiu porque não aceitou. A mídia passou as últimas duas décadas bombardeando negativamente esse tipo de aliança, Bolsonaro se elegeu com esse discurso. E agora resta provado que ele não governa se continuar assim.

O "toma lá dá-cá" do congresso em si não é ilegal, ilegal é o que os indicados políticos fazem com os cargos depois que assumem.

Prevejo crises feias se o Bolsonaro insistir em peitar o Congresso, nenhum presidente brasileiro resistiu a esse tipo de embate.

Mas quem sabe depois do caos a gente consiga emplacar um sistema Parlamentarista no Brasil. Na minha opinião é o ideal para equilibrar a luta Executivo X Legislativo. O legislativo pode derrubar o chefe de governo com o voto de desconfiança, mas o chefe de estado pode dissolver o parlamento e convocar novas eleições. Separar o Chefe de Governo do Chefe de Estado é a solução para impor limites ao "toma lá dá-cá" no congresso, criaria freios e contrapesos nessa luta.

Dar ao congresso mais poderes do que ele já tem hoje é como entregar a cesta de doces para o lobo mau.
Parlamentarismo só funciona em democracias consolidadas de países onde educação não é exceção mas a regra na sociedade.
Aqui, a luta coronelista pelo poder continuará independente de quem seja o presidente.
As mudanças tem de começar pela base. Isso nenhum partido até hoje reconheceu em função do histórico centralizador de poder da política brasileira.
E como eleições por aqui são um fato muito recente, ainda teremos muito tempo para aprender a distinguir interesse público de privado diante das urnas.

abs

FCarvalho escreveu: ↑Qui Mar 28, 2019 4:20 pm Dar ao congresso mais poderes do que ele já tem hoje é como entregar a cesta de doces para o lobo mau.

Mas o poder do Congresso encontra seus limites na dissolução do Parlamento com novas eleições, esse poder é dado ao Chefe de Estado (que pode ser um Monarca, como na commonwealth, ou um Presidente, como em Portugal). É por isso que implica em freios e contrapesos.

É bem verdade que existem vários tipos de parlamentarismos, mas comumente o Chefe de Estado nomeia como Primeiro Ministro um político vindo do parlamento. Isso meio que divide a responsabilidade pelos acertos e fracassos do governo entre o executivo e o legislativo.

Sinceramente, isso tudo se encaixa perfeitamente como uma luva no Brasil. Aqui Congresso quer votar até orçamento impositivo, engessando o Executivo. Na prática o Congresso brasileiro está querendo administrar como o Executivo.

O que não está funcionando é justamente esse Presidencialismo doente, que só serve para ser fábrica de crises.

E agora os congressistas mudaram de estratégia: não vão barrar esse grande aumento dos militares (que vai impactar em quase R$90 bi ao ano).

Agora dizem que se tem para dar aumento desse montante aos militares, podem conceder para as outras categorias....

O Gov. Bolsonaro toma medidas inconsequentes de um amadorismo impressionante.

O mundo foi feito em sete dias, mas o Bolsonaro quer porque quer mudar o comportamento dos políticos brasileiros em menos de seis meses...
Vai entender.

abs

Apresentação do MD hoje na CREDN