LeandroGCard escreveu:Pois é, tambem não é a minha área, mas por tudo que já li por aí os sistemas de ECM dos aviões de caça são diferentes em conceito dos utilizados pelo Growler.
Não necessarimente Leandro, os sistemas são basicamente os mesmos mas as capacidades no Growler são maiores. Acho dificl uma versão semelhante ao Growler para Forças Aereas, essas missões são realizadas por aeronaves maiores, e por consequencia com muito mais potencia que lhes permite operar em stabd-off.
O que podemos ter são pod´s especificos para a missão de escolta eletronica, mas ai não são necessárias grandes mudanças na aeronave e sim no treinamento da tripulação.
LeandroGCard escreveu:Em caças a principal preocupação é detectar quando algum sensor (basicamente radares) ilumina o avião, e dar ao piloto o aviso disso e informações sobre a posição, a distância e o tipo de ameaça. Além disso alguns sistemas de despistamento (chaffs, flares e decoys) podem ser acionados automaticamente, e em alguns casos é usada também interferência eletrônica para tentar mascarar a assinatura do avião. Tudo isso para a proteção do próprio avião.
O tipo de sensor vai depender muito da missão, e por conseguinte da ameaça.
Isso vai definir que faixas do espectro deverão ser vigiadas e contra que tipo de ameaças devemos focar as medidas de proteção, de apoio ou de ataque eletronico.
LeandroGCard escreveu:Já o Growler tem um perfil totalmente diferente. A idéia é identificar e mapear todas as assinaturas eletrônicas em uma grande área, não apenas de radar mas também de comunicação, navegação e o que mais for, e interferir ativamente de forma seletiva ou total sobre estas emissões, de forma a impedir seu uso prático pelo inimigo. Não se busca proteger a aeronave em si, mas sim negar ao inimigo o uso do espectro eletromagnético, causando perda da capacidade de comunicação, detecção, controle e navegação, levando-o à maxima confusão possível durante operações de ataque e minimizando sua capacidade de defesa.
Tenha em mente que o Growler é uma aeronave projetada para operar embarcada, e dar suporte a toda a esquadra. E nessa caso ele pode optar por negar o uso do espectro ao inimigo, assegurar o uso pelos amigos ou simplesmente utiliza-lo para obeter informações sobre o inimigo ou difundir informações para os amigos.
E esse sistema proteje de sobremaneira a aeronave emissora, já que sua capacidade de proteção aumenta a sua condição de combate BVR, não para o emprego de seu armamento e sim da sua escolta, haja vista que uma aeronaves dessas não deve ser empregada sem uma lhe protegendo por ser um alvo de alto valor. E ele provavelmente não só é capaz de realizar ações de MAE (ataque eletronico), como tambem de MPE (proteção eletronica) e MAGE (apoio).
LeandroGCard escreveu:Só que para isso o Growler tem que transportar mais tripulantes (já li críticas dizendo que o trabalho é excessive até para dois tripulantes), um sistema elétrico muito mais elaborado e pesado e um equipamento volumoso, incluindo antenas internas e grandes poods externos, tudo isso limitando seu desempenho e principalmente sua capacidade de combate. Pelo que entendi o desempenho de um growler é equiparável a um F-18F carregado com uma boa carga de bombas ou seja, extremamente limitado para combate ar-ar. Além disso, com os sistemas ligados seu radar tem sérias limitações de desempenho e ele se transforma em um verdadeiro farol, denunciando precocemente sua posição e atraindo todos os sistemas de ECM/ECCM do inimigo, incluindo mísseis de vários tipos, sem contar que é um excelente aviso ao inimigo de que um ataque é eminente.
Uma aeronave do porte do F-18 sofre muito pouco com a operação no limite de seu peso, tal qual uma aeronave armada com misseis nas estações.
A carga de trabalho tambem é grande, certamente, mas assim o é para qualquer aeronave moderna inserida em um ambiente carregado eletromagneticamente; o proprio combate BVR em si já é por sinal uma tarefa complexa e de dificil execução, dai o treinamento constante das equipagens com brifims e debrifims que duram 3, 4 vezes mais do que o proprio vôo.
A utilização de MAE não significa necessariamente que a aeronave emissora vira um alvo facil, muito pelo contrário. Lembre que a ideia de parecer um "farol" para o inimigo acontece quanto estamos falando de emissões de RADAR, que tem uma potencia pequena.
Ja quando estamos falando de MAE, a potencia é maior e mais direcionada, bem como a engenharia dos sistemas é feita de maneira a confundir e dificultar a operação dos radares inimigos. Mesmo armamentos com a capacidade home-on-jamming tem dificuldade para perseguir uma aeronave assim pois ela não deixa o lock-on acontecer, mesmo a curtas distancias.
Sobre o aviso da chegada da força atacante, isso depende muito do tipo de MAE empregada: você pode gerar uma nuvem ou area borrada no RADAR, falsos alarmes ou mudar a posição do vetor, em alguns casos até mesmo diminuir a potencia de retorno ou satura-la de modo que a identificação vai depender muito mais do operador do que do sistema em si. O simples faot de estar sendo interferido nem sempre significa que o defensor está ciente de onde a ameaça está vindo ou até mesmo se está vindo.
A carga de trabalho em si eu entendo as reclamações, pois ele vem como substituto de uma aeronave insubstituivel ( EA-6

) que possuia 3 operadores a bordo. Mas temos que levar em conta tambem que o Growler não foi planjedo para fazer tudo o que o Prowler fazia, já que teremos ARP´s e o E-6B que dividirão as tarefas com ele.
LeandroGCard escreveu:Na verdade isso me parece algo muito útil para atacar inimigos tecnologicamente defasados, mas pouco prático contra um inimigo bem preparado. Talvez por isso outros países não se dêem ao trabalho de ter aeronaves deste tipo. E definitivamente não me parece algo muito útil para se ter instalado em uma força de aviões de combate multifuncionais, mas apenas em plataformas especializadas dedicadas especificamente para a função de guerra electrônica.
A pouca preferencia de outros paises por aeronaves desse tipo se deve muito mais ao fato deles não possuirem uma frota aeronaval como a americana do que a baixa eficiencia dele.
Na verdade ninguem mais no mundo tem a necessidade de possuir uma aeronave que possa operar deslocada no meio do oceano e que seja capaz de dar suporte de MAE, MPE e MAGE para suas aeronaves de ataque em favor da proteção da Esquadra ou apoiando suas operações; simplesmente porque ninguem mais possui, nem de perto, uma força aeronaval como os EUA.
Já que por necessidade suas operações terão que ser realizadas por terra, melhor que as missões sejam divididas por aeronaves maiores a longa distancia e por vetores sem grandes modificações realizando a escolta.
E acredite, eles funcionam bem contra inimigos bem preparados diminuindo o alcance de seus armamentos, interrompendo ou dificultando as suas comunicações e dificultando a detecção das forças amigas.
Ele na verdade serve muito tambem para manter a consciencia situacional dos amigos em um ambiente altamente saturado (na minha opinião o mais saturado de todos) como o naval, em que normalmente as aeronaves estarão operando isoladas do mundo em combates contra forças navais a milhas de distancia. Não existe cota ou ponto marcante no terreno para se orientar, não tem como ter um FE no solo para colocar uma repetidora ou atualizar o cenario tatico, não tem fronteira ou linha de contato para situar as tripulações de onde estão e a tomada de decisões vai se dar praticamente em 100% dos casos baseada no que os pilotos estão vendo nos seus consoles eletronicos: é azul ok, e vermelho manda chumbo, é não identificado é um problema...
Perder a capacidade de enlace de dados nessa situação é o caminho para a confusão total, e essa é uma das principais missõs tanto do Growler como do Tacamo.
abraço