GEOPOLÍTICA
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Re: GEOPOLÍTICA
Cada um fez uma coisa diferente.
Portugal descartou-se, porque avisou a Bolivia de que por razões técnicas o avião de Morales não podia pousar em Lisboa.
Quando saiu da Russia Morales já sabia que não podia ir para Lisboa.
É no entanto evidente que Washington mexeu os pauzinhos. O ministro em Portugal estava já praticamente demissionário, mas «desenrascou-se».
Portugal não impediu a passagem do avião de Morales, apenas disse que ele não podia pousar em Lisboa.
A partir de aí o Falcon 900 tinha que voar para Espanha.
O problema começou quando os outros países fecharam o espaço aéreo já depois de Evo estar no ar.
O engraçado, é que quem violou a lei foram os austriacos, que entraram no Falcon presidencial sem autorização. E são os austríacos que levaram agradecimento do Evo Morales...
Portugal descartou-se, porque avisou a Bolivia de que por razões técnicas o avião de Morales não podia pousar em Lisboa.
Quando saiu da Russia Morales já sabia que não podia ir para Lisboa.
É no entanto evidente que Washington mexeu os pauzinhos. O ministro em Portugal estava já praticamente demissionário, mas «desenrascou-se».
Portugal não impediu a passagem do avião de Morales, apenas disse que ele não podia pousar em Lisboa.
A partir de aí o Falcon 900 tinha que voar para Espanha.
O problema começou quando os outros países fecharam o espaço aéreo já depois de Evo estar no ar.
O engraçado, é que quem violou a lei foram os austriacos, que entraram no Falcon presidencial sem autorização. E são os austríacos que levaram agradecimento do Evo Morales...
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Re: GEOPOLÍTICA
Ninguém queria ficar com a batata quente de ter que entrar no avião do Evo Morales.rodrigo escreveu:Não entendi a negativa dos países europeus em deixar o boliviano pousar. Em qualquer lugar o avião poderia ser vistoriado, como fizeram na Áustria.
Se os portugueses aceitassem, tinham que vistoriar o avião, para não ficarem mal vistos em Washington. Como os portugueses se viram legalmente livres do Evo, os outros tentaram sacudi-lo como uma mosca, evitando que ele pousasse.
Sobrou para a Áustria.
- Sterrius
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Re: GEOPOLÍTICA
a austria nao checou o avião, apenas se checou os passaportes. Essa inviolabilidade ao menos não foi quebrada.
Mesmo que o achassem a sua prisão seria considerada ilegal em qualquer tribunal da UE, já que seria o mesmo que invadir uma embaixada e prender la dentro.
Agora isso foi realmente presente pro Brasil em termos internacionais. Ja que Bolivia ja nao anda bem com os EU, e agora com metade da Europa.
Mesmo que o achassem a sua prisão seria considerada ilegal em qualquer tribunal da UE, já que seria o mesmo que invadir uma embaixada e prender la dentro.
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- J.Ricardo
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Re: GEOPOLÍTICA
Este foi um caso típico de como os latino americanos são vistos do lado de cima do equador (ou seria de baixo? adoro aquele mapa australiano), com o Brasil é um pouco diferente pois sabem que podem perder muito por aqui, mas com o restante sempre foi e será desta maneira, somos e sempre seremos vistos com menosprezo.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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- delmar
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Re: GEOPOLÍTICA
Foi triste o papel da França, Espanha e Portugal neste episódio. Quase diria de subserviência humilhante. Não precisava tanto mesmo a Bolívia sendo um zero a esquerda no panorama mundial.J.Ricardo escreveu:Este foi um caso típico de como os latino americanos são vistos do lado de cima do equador (ou seria de baixo? adoro aquele mapa australiano), com o Brasil é um pouco diferente pois sabem que podem perder muito por aqui, mas com o restante sempre foi e será desta maneira, somos e sempre seremos vistos com menosprezo.
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- Boss
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Re: GEOPOLÍTICA
Na estrutura administrativa americana, eles estão um grau abaixo daqueles associados aos EUA (Palau, Ilhas Marshall, Micronésia).
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
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Re: GEOPOLÍTICA
Isso não se faz. Da mesma forma que as embaixadas são territórios do país, um avião oficial de chefe de Estado é inviolável. Questões técnicas foi a desculpa esfarrapada que Portugal disse. Em Diplomacia/Relações Internacionais as regras são claras. Não por isso Lula foi ovacionado na Assembleia Geral da ONU quando exigiu que Honduras respeitasse a embaixada brasileira. Não por isso o Rei espanhol pediu desculpas formais pelo mandar calar a boca de Chavez. Imagina se o Ahmadinejad vai fazer um discurso na ONU e é preso pelos EUA? Por mais que muitos concordariam, as regras de direito internacional assim são feitas para serem cumpridas. POR TODOS! Queria ver se fosse um voo do presidente russo ou chinês se vetariam espaço aéreo. Idem se a China ou Rússia mandassem o Air Force One pousar. Enfim, lamentável primeiro a ordem de Washington (quem mandou não ter controle sobre seus agentes?!) e pior ainda a subserviência de alguns países europeus, desrespeitando princípios internacionais.
- romeo
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Re: GEOPOLÍTICA
Como se depreende do episódio, hoje são os europeus e não os sul-americanos que se prestam a capacho...
Se bem que também temos alguns ainda por aqui.
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- Sávio Ricardo
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Re: GEOPOLÍTICA
Fico pensando: Caso fosse o avião presidencial brasileiro teriam feito o mesmo??????????????
- manuel.liste
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Re: GEOPOLÍTICA
¿¿??delmar escreveu:Foi triste o papel da França, Espanha e Portugal neste episódio. Quase diria de subserviência humilhante. Não precisava tanto mesmo a Bolívia sendo um zero a esquerda no panorama mundial.J.Ricardo escreveu:Este foi um caso típico de como os latino americanos são vistos do lado de cima do equador (ou seria de baixo? adoro aquele mapa australiano), com o Brasil é um pouco diferente pois sabem que podem perder muito por aqui, mas com o restante sempre foi e será desta maneira, somos e sempre seremos vistos com menosprezo.
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Quiere decir el papel de Francia, Italia y Portugal. El Gobierno español permitió el paso del avión y su aterrizaje en las islas Canarias para repostar combustible
- Luiz Bastos
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Re: GEOPOLÍTICA
Eu acredito que não.Sávio Ricardo escreveu:Fico pensando: Caso fosse o avião presidencial brasileiro teriam feito o mesmo??????????????
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
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Re: GEOPOLÍTICA
fazem a vontade aos donos e ainda recebem este agradecimento...
EUA atiram responsabilidades sobre voo de Morales para Portugal, Espanha, França e Itália
Alexandre Martins
04/07/2013 - 10:29
A porta-voz do Departamento de Estado norte-americano diz que "a pergunta deve ser feita a esses países". Ministério dos Negócios Estrangeiros português diz que "lamenta qualquer incómodo", mas considera-se "totalmente alheio a esse incómodo". Bolívia admite expulsar diplomatas de Portugal, França e Itália.
A Casa Branca confirma que manteve contactos com países a quem o analista informático Edward Snowden pediu asilo, mas passou a responsabilidade da polémica sobre o voo do Presidente da Bolívia, Evo Morales, para os quatro Estados envolvidos, entre os quais Portugal. "As decisões foram tomadas por países individuais e essa pergunta deve ser feita a esses países", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.
"Temos mantido contacto com vários países que tiveram a oportunidade de acolher Snowden, ou pelos quais ele poderia passar, mas não vou mencionar quais foram esses países, nem quando esses contactos ocorreram", disse ainda a porta-voz do Departamento de Estado na sua conferência de imprensa diária. No fim-de-semana, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, telefonou ao Presidente do Equador, Rafael Correa, que descreveu a conversa como "amável".
Desde que o trajecto do voo do Presidente Evo Morales de Moscovo para La Paz foi alterado, na terça-feira – devido à suspensão de autorização de aterragem e sobrevoo nos espaços aéreos de Portugal, França e Itália –, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português apenas se referiu ao caso na quarta-feira, em comunicado: "No dia 1 de julho, 2ª feira, às 16h28, foi comunicado às autoridades da Bolívia que a autorização de sobrevoo e aterragem, solicitada para o percurso de regresso Moscovo/La Paz, estava cancelada por considerações técnicas."
O PÚBLICO tem tentado contactar o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Miguel Guedes, desde a manhã de quarta-feira, para esclarecer que tipo de "considerações técnicas" levaram ao cancelamento da autorização de aterragem em Lisboa, e obter um comentário sobre a acusação do Presidente da Bolívia de que Portugal suspendeu o sobrevoo e proibiu a aterragem devido a "suspeitas infundadas" de que Edward Snowden seguia a bordo, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.
O caso do voo do Presidente Evo Morales provocou uma crise diplomática entre a Bolívia – com o apoio de países como a Argentina e a Venezuela – e os países europeus em causa, com o Parlamento boliviano a propor a expulsão dos representantes diplomáticos de Portugal, França e Itália.
A contestação a Lisboa, Paris, Madrid e Roma ouve-se nas ruas de La Paz desde a noite de terça-feira, com manifestações nas proximidades das representações diplomáticas destas capitais. O cônsul de Portugal em La Paz, George Rezvani Albuquerque, disse na quarta-feira à rádio TSF que o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal já enviou uma carta às autoridades bolivianas, mas recusou-se a comentar o conteúdo. Portugal não tem embaixador na capital da Bolívia – para além do consulado em La Paz, há também um consulado em Santa Cruz de la Sierra, ambos dependentes da embaixadora de Portugal em Lima (Peru), Helena Margarida Rezende de Almeida Coutinho.
França pede desculpas
No comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros português, lê-se que o Governo "lamenta qualquer incómodo junto das autoridades bolivianas, mas considera-se totalmente alheio a esse incómodo".
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de França, Philippe Lalliot, também lamentou o incidente, admitindo uma "confirmação tardia" das autoridades francesas: "O ministro dos Negócios Estrangeiros telefonou ao seu homólogo boliviano para lhe dizer que a Fraça lamenta o incidente causado pela confirmação tardia da autorização para o sobrevoo do avião do Presidente Morales."
A posição de Espanha é um pouco diferente, o que tem aparentemente beneficiado a imagem do país na Bolívia em relação a Portugal, França e Itália. Segundo os media espanhóis, as autoridades do país disponibilizaram-se para abrir os seus aeroportos ao avião de Evo Morales após a recusa de Portugal, mas a posição de Lisboa, de Paris e de Roma tornou essa opção inviável, tendo o aparelho aterrado em Viena, na Áustria, onde ficou retido durante 13 horas.
Apesar disso, o jornal El País escreve que o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel García-Margallo, manteve negociações com o seu homólogo boliviano, David Choquehuanca, enquanto o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros espanhol, Gonzalo Benito, negociava com as autoridades norte-americanas. Segundo o jornal, o Governo de Espanha disponibilizou-se para resolver a situação, mas o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol terá pedido garantias ao Presidente da Bolívia de que Edward Snowden não estava no avião.
http://www.publico.pt/mundo/noticia/eua ... ia-1599224
EUA atiram responsabilidades sobre voo de Morales para Portugal, Espanha, França e Itália
Alexandre Martins
04/07/2013 - 10:29
A porta-voz do Departamento de Estado norte-americano diz que "a pergunta deve ser feita a esses países". Ministério dos Negócios Estrangeiros português diz que "lamenta qualquer incómodo", mas considera-se "totalmente alheio a esse incómodo". Bolívia admite expulsar diplomatas de Portugal, França e Itália.
A Casa Branca confirma que manteve contactos com países a quem o analista informático Edward Snowden pediu asilo, mas passou a responsabilidade da polémica sobre o voo do Presidente da Bolívia, Evo Morales, para os quatro Estados envolvidos, entre os quais Portugal. "As decisões foram tomadas por países individuais e essa pergunta deve ser feita a esses países", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.
"Temos mantido contacto com vários países que tiveram a oportunidade de acolher Snowden, ou pelos quais ele poderia passar, mas não vou mencionar quais foram esses países, nem quando esses contactos ocorreram", disse ainda a porta-voz do Departamento de Estado na sua conferência de imprensa diária. No fim-de-semana, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, telefonou ao Presidente do Equador, Rafael Correa, que descreveu a conversa como "amável".
Desde que o trajecto do voo do Presidente Evo Morales de Moscovo para La Paz foi alterado, na terça-feira – devido à suspensão de autorização de aterragem e sobrevoo nos espaços aéreos de Portugal, França e Itália –, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português apenas se referiu ao caso na quarta-feira, em comunicado: "No dia 1 de julho, 2ª feira, às 16h28, foi comunicado às autoridades da Bolívia que a autorização de sobrevoo e aterragem, solicitada para o percurso de regresso Moscovo/La Paz, estava cancelada por considerações técnicas."
O PÚBLICO tem tentado contactar o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Miguel Guedes, desde a manhã de quarta-feira, para esclarecer que tipo de "considerações técnicas" levaram ao cancelamento da autorização de aterragem em Lisboa, e obter um comentário sobre a acusação do Presidente da Bolívia de que Portugal suspendeu o sobrevoo e proibiu a aterragem devido a "suspeitas infundadas" de que Edward Snowden seguia a bordo, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.
O caso do voo do Presidente Evo Morales provocou uma crise diplomática entre a Bolívia – com o apoio de países como a Argentina e a Venezuela – e os países europeus em causa, com o Parlamento boliviano a propor a expulsão dos representantes diplomáticos de Portugal, França e Itália.
A contestação a Lisboa, Paris, Madrid e Roma ouve-se nas ruas de La Paz desde a noite de terça-feira, com manifestações nas proximidades das representações diplomáticas destas capitais. O cônsul de Portugal em La Paz, George Rezvani Albuquerque, disse na quarta-feira à rádio TSF que o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal já enviou uma carta às autoridades bolivianas, mas recusou-se a comentar o conteúdo. Portugal não tem embaixador na capital da Bolívia – para além do consulado em La Paz, há também um consulado em Santa Cruz de la Sierra, ambos dependentes da embaixadora de Portugal em Lima (Peru), Helena Margarida Rezende de Almeida Coutinho.
França pede desculpas
No comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros português, lê-se que o Governo "lamenta qualquer incómodo junto das autoridades bolivianas, mas considera-se totalmente alheio a esse incómodo".
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de França, Philippe Lalliot, também lamentou o incidente, admitindo uma "confirmação tardia" das autoridades francesas: "O ministro dos Negócios Estrangeiros telefonou ao seu homólogo boliviano para lhe dizer que a Fraça lamenta o incidente causado pela confirmação tardia da autorização para o sobrevoo do avião do Presidente Morales."
A posição de Espanha é um pouco diferente, o que tem aparentemente beneficiado a imagem do país na Bolívia em relação a Portugal, França e Itália. Segundo os media espanhóis, as autoridades do país disponibilizaram-se para abrir os seus aeroportos ao avião de Evo Morales após a recusa de Portugal, mas a posição de Lisboa, de Paris e de Roma tornou essa opção inviável, tendo o aparelho aterrado em Viena, na Áustria, onde ficou retido durante 13 horas.
Apesar disso, o jornal El País escreve que o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel García-Margallo, manteve negociações com o seu homólogo boliviano, David Choquehuanca, enquanto o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros espanhol, Gonzalo Benito, negociava com as autoridades norte-americanas. Segundo o jornal, o Governo de Espanha disponibilizou-se para resolver a situação, mas o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol terá pedido garantias ao Presidente da Bolívia de que Edward Snowden não estava no avião.
http://www.publico.pt/mundo/noticia/eua ... ia-1599224
Triste sina ter nascido português