Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Sex Out 18, 2024 1:16 pm
Supondo que cada GAC AP SR das 8 brigadas mecanizadas de cavalaria e infantaria pretendidas venha a dispor um dia da sua dotação completa, conforme reza os manuais, a demanda primária real do EB hoje para a VBCOAP SR é de 144 unidades de tiro, a 18 peças cada. Afora estas, algumas unidades devem ser também ser encaminhas para AMAN, ESA, EscLogEx e CIBld, adicionando mais 16 a 24 peças, totalizando 160 a 168 unidades de tiro.
Além das unidades de tiro, a reorganização dos GAC AP SR, seja por transformação ou modernização, trazem consigo também a substituição dos M-109A3\A5 que hoje são empregados nas bda cav mec, fazendo com que a disponibilidade destes bldos possa ser ampliada para os dois únicos GAC AP Bldo e 3 GAC AD.
Na minha opinião, porém, a artilharia divisionária tem nos novos obuseiros AR 155 o seu futuro, visto que o tipo de missão nas quais é empregada, doutrinariamente, pode abrir mão de peças AP SL sem maiores problemas, com a mobilidade e flexibilidade sendo características mais que desejáveis ao EB para tais OM. E isso as peças AR são bem mais adequadas do que bldos. Principalmente em termos de custos, que sempre foi e será o nosso eterno calcanhar de Aquiles.
Seria o caso também de aproveitar para finalmente colocar ordem nas OM da AD com vistas a uma padronização não somente material, mas operacional sobretudo. Lembrar que o EB pretende dispor de 1 DE por comando militar de área e isso trará mudanças necessárias na disposição atual dos GAC AD que temos, retirando não somente os M-109 de tais OM, como dispondo de recursos humanos e materiais para dotar os futuros GAC AD dos cmdos de área onde ainda não existem, e sua criação se fizer necessária. E fazer isso com novos obuseiros AR 155 é muito mais fácil (e barato) do que manter a organização pesada atual.
A organização das AD no manual requer apenas 2 GAC, sem especificar o modelo, 1 Bia LMF e 1 Bia AAe como unidades de fogo, além da Bia Busca Alvos, ainda inexistente em tais OM até hoje. Existe ainda naturalmente a Bia Cmdo Ap. Com as mudanças propostas pelo EB para as DE\Cmdos Militar Área, seria possível a meu ver reorganizar a AD com até 16 GAC AR, de acordo com esta proposta. Conquanto, deve-se retirar o CMP, que não terá DE, e possivelmente, o CMA e CMN, por razões óbvias em função das características do TOA, e ficamos com uma demanda de 5 AD\10 GAC a serem mantidos com a aquisição de apenas 90 peças, fora as destinadas às escolas e centros de formação. Uma demanda razoável e possível de ser alcançada já no curto prazo, em havendo vontade.
Assim, no resumo da ópera, teoricamente, a artilharia de campanha poderá ser reorganizada no curto a longo prazo (2040) com o investimento que segue:
1. 160 VBCOAP SR (ATMOS)
2. 60 (72) M-1A09A5
3. 90 (114) Obuseiro 155\52
4. 270 Obuseiros de 105mm
5. 30 AV-LMU + veículos apoio (GAC AD)
* incluindo escolas e centros de formação
Além destes vetores, o exército ainda precisará investir para compor os sistemas das Bia Busca Alvos para todas os GAC acima, de forma a dispor de recursos modernos para esta função, que sabe-se ainda é basicamente inexistente na artilharia de campanha do EB em todos os níveis. Não é preciso dizer que temos proposta de solução nacional para estes sistemas ainda em desenvolvimento, com os radares e demais insumos da Avibras e\ou Embraer precisando de recursos para sua prontidão operacional. Também não é preciso dizer que a demanda acima é mais que suficiente para pagar os projetos, gerar lucro e fomentar sua exportação, uma vez finalizados.
Por fim, mas não menos importante, pois não é objeto deste tópico, as Bia AAe das AD podem ser equipadas com soluções nacionais e\ou com participação efetiva da BIDS na integração dos produtos e sistemas selecionados. Com apenas 5 Bia temos capacidade de realizar a defesa das AD, e por tabela, complementar e\ou suprir a defesa AAe das DE a que estão subordinadas, ou ainda das regiões militares e comandos de área, sob demanda. Uma Bia AAe, conforme os documentos de referência do EB para o Programa Defesa AAe Média Altura, deve dispor de, no mínimo, 3 a 4 lançadores, o que perfaz uma demanda teórica de 20 lançadores. Nos GAAe existentes cada Bia AAe é formada por até 6 unidades de tiro canhão.
O último vídeo que deixei no tópico da AAe revela valores de referência para 1 Bia AAe na faixa de 100 a 200 milhões de dólares por Bia, conforme os sistemas ofertados. Com 5 Bia a formar para a AD, os custos deste investimento podem ultrapassar facilmente a casa do bilhão de dólar, ou chegar muito perto, de acordo com os requisitos de compra do EB. Mas é um custo que teremos de encarar um dia. Seja com sistemas nacionais ou importados. Ou um pouco de ambos.
Além das unidades de tiro, a reorganização dos GAC AP SR, seja por transformação ou modernização, trazem consigo também a substituição dos M-109A3\A5 que hoje são empregados nas bda cav mec, fazendo com que a disponibilidade destes bldos possa ser ampliada para os dois únicos GAC AP Bldo e 3 GAC AD.
Na minha opinião, porém, a artilharia divisionária tem nos novos obuseiros AR 155 o seu futuro, visto que o tipo de missão nas quais é empregada, doutrinariamente, pode abrir mão de peças AP SL sem maiores problemas, com a mobilidade e flexibilidade sendo características mais que desejáveis ao EB para tais OM. E isso as peças AR são bem mais adequadas do que bldos. Principalmente em termos de custos, que sempre foi e será o nosso eterno calcanhar de Aquiles.
Seria o caso também de aproveitar para finalmente colocar ordem nas OM da AD com vistas a uma padronização não somente material, mas operacional sobretudo. Lembrar que o EB pretende dispor de 1 DE por comando militar de área e isso trará mudanças necessárias na disposição atual dos GAC AD que temos, retirando não somente os M-109 de tais OM, como dispondo de recursos humanos e materiais para dotar os futuros GAC AD dos cmdos de área onde ainda não existem, e sua criação se fizer necessária. E fazer isso com novos obuseiros AR 155 é muito mais fácil (e barato) do que manter a organização pesada atual.
A organização das AD no manual requer apenas 2 GAC, sem especificar o modelo, 1 Bia LMF e 1 Bia AAe como unidades de fogo, além da Bia Busca Alvos, ainda inexistente em tais OM até hoje. Existe ainda naturalmente a Bia Cmdo Ap. Com as mudanças propostas pelo EB para as DE\Cmdos Militar Área, seria possível a meu ver reorganizar a AD com até 16 GAC AR, de acordo com esta proposta. Conquanto, deve-se retirar o CMP, que não terá DE, e possivelmente, o CMA e CMN, por razões óbvias em função das características do TOA, e ficamos com uma demanda de 5 AD\10 GAC a serem mantidos com a aquisição de apenas 90 peças, fora as destinadas às escolas e centros de formação. Uma demanda razoável e possível de ser alcançada já no curto prazo, em havendo vontade.
Assim, no resumo da ópera, teoricamente, a artilharia de campanha poderá ser reorganizada no curto a longo prazo (2040) com o investimento que segue:
1. 160 VBCOAP SR (ATMOS)
2. 60 (72) M-1A09A5
3. 90 (114) Obuseiro 155\52
4. 270 Obuseiros de 105mm
5. 30 AV-LMU + veículos apoio (GAC AD)
* incluindo escolas e centros de formação
Além destes vetores, o exército ainda precisará investir para compor os sistemas das Bia Busca Alvos para todas os GAC acima, de forma a dispor de recursos modernos para esta função, que sabe-se ainda é basicamente inexistente na artilharia de campanha do EB em todos os níveis. Não é preciso dizer que temos proposta de solução nacional para estes sistemas ainda em desenvolvimento, com os radares e demais insumos da Avibras e\ou Embraer precisando de recursos para sua prontidão operacional. Também não é preciso dizer que a demanda acima é mais que suficiente para pagar os projetos, gerar lucro e fomentar sua exportação, uma vez finalizados.
Por fim, mas não menos importante, pois não é objeto deste tópico, as Bia AAe das AD podem ser equipadas com soluções nacionais e\ou com participação efetiva da BIDS na integração dos produtos e sistemas selecionados. Com apenas 5 Bia temos capacidade de realizar a defesa das AD, e por tabela, complementar e\ou suprir a defesa AAe das DE a que estão subordinadas, ou ainda das regiões militares e comandos de área, sob demanda. Uma Bia AAe, conforme os documentos de referência do EB para o Programa Defesa AAe Média Altura, deve dispor de, no mínimo, 3 a 4 lançadores, o que perfaz uma demanda teórica de 20 lançadores. Nos GAAe existentes cada Bia AAe é formada por até 6 unidades de tiro canhão.
O último vídeo que deixei no tópico da AAe revela valores de referência para 1 Bia AAe na faixa de 100 a 200 milhões de dólares por Bia, conforme os sistemas ofertados. Com 5 Bia a formar para a AD, os custos deste investimento podem ultrapassar facilmente a casa do bilhão de dólar, ou chegar muito perto, de acordo com os requisitos de compra do EB. Mas é um custo que teremos de encarar um dia. Seja com sistemas nacionais ou importados. Ou um pouco de ambos.