Enviado: Sex Nov 24, 2006 12:07 pm
alexandre lemos escreveu:http://luisnassif.blig.ig.com.br/
Valeu!
https://defesabrasil.com/forum/
alexandre lemos escreveu:http://luisnassif.blig.ig.com.br/
Sideshow escreveu:O submarino verde-e-amarelo I
Por Marina Nery,
do Rio de Janeiro
Rápido e silencioso, ele é o guarda-costas perfeito para os 8,4 mil quilômetros de costa marítima do Brasil. O Tikuna incorpora inovações tecnológicas que lhe garantem melhor desempenho, menor ruído e maior período de submersão. A etiqueta Made in Brazil confirma o país no seleto grupo de quinze nações com capacidade de fazer submarinos e permite que seja plataforma de construção e reparo para clientes da América do Sul e da África
Navegar em submarinos é antes de tudo um exercício de adaptação a pequenos espaços. Algo como viver feito sardinha em lata. Não é sem motivo que o cinema gosta de explorar as tensões que surgem entre pessoas confinadas num artefato de metal, sem poder ver a luz do sol e cercadas por muitos milhões de metros cúbicos de água.Todo cuidado é pouco quando se trata de passar dias submerso. O capitão-de-fragata Francisco Antonio de Oliveira Júnior, comandante do Tikuna, o mais novo submarino brasileiro, passa a vida em estado de alerta. Sua audição aguçada está sempre procurando qualquer leve barulhinho na mais ínfima parte do submarino. E são muitas, muitas partes. Só as válvulas são incontáveis, mas Oliveira Júnior é capaz de dizer como cada uma delas está operando.
O S34-Tikuna, quinto submarino a compor a frota brasileira, não é nuclear, como o Seaview, comandado pelo almirante Harrigan Nelson, do seriado de TV Viagem ao Fundo do Mar. Ele é do tipo convencional, movido a bateria. Contudo, obviamente, não se trata de bateria comum. Em cada uma há 480 elementos. E as baterias são um dos itens de tecnologia nacional embarcados no submergível.
Embora construído no Brasil, o Tikuna é um projeto adaptado do modelo alemão IKL-209. Por isso, seu nome oficial é IKL-209-1500. Sua história começou em 1982, quando a Marinha brasileira assinou um contrato com o consórcio alemão Ferrostaal/Howaldtswerke Deutsche Werft (HDW), responsável pela construção do primeiro submarino no mundo, em 1850.
Os engenheiros navais brasileiros projetaram diesel - geradores potentes e eficientes, que reduziram o tempo de recarga das baterias O submarino brasileiro é extremamente silencioso, resultado de tecnologia nacional. A tripulação do Tikuna consegue ouvir um golfinho se aproximando
O negócio previa a construção de dois navios. O primeiro feito na Alemanha, com acompanhamento de técnicos brasileiros, e o segundo fabricado no Brasil, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Foi assim que surgiram o submarino Tupi, de 1989, e o Tamoio, lançado seis anos depois. Posteriormente, foram fabricados mais dois, evoluções do modelo inicial, e por isso considerados da família Tupi (veja ao lado a tabela que mostra as características da frota brasileira de submarinos).
O Tikuna é o mais novo integrante da família. "É uma espécie de classe intermediária, com peculiaridades básicas do alemão IKL 209/ 1400, mas muito melhorado nos aspectos operacionais", informa o engenheiro naval Irineu Franco, que trabalhou na primeira fase do programa.
Indiscrição
As diferenças são grandes e foram concebidas por engenheiros brasileiros (veja detalhes na tabela ao lado). Das modificações introduzidas, a que mais se destaca diz respeito às baterias. Elas descarregam à medida que são usadas, e precisam ser recarregadas, como qualquer bateria. Mas a recarga é feita por dínamos movidos por motores a diesel, cuja combustão interna precisa de ar.
Então, para a recarga, é necessário que pelo menos o mastro do submarino esteja na superfície. Esse é um momento perigoso, pois a embarcação fica exposta à detecção visual e de radar - razão pela qual é tão importante a redução do tempo de carga. Os engenheiros navais brasileiros projetaram diesel-geradores mais potentes e mais eficientes, com o que chamam de "menor taxa de indiscrição", ou seja, menor tempo de exposição visual.
Mas não é apenas por meio da visão que se detecta a presença de um submarino. Muitas vezes a embarcação se revela pelo ruído que produz. A arte de construí-los tem muito a ver com a capacidade de manter silêncio no ambiente aquático, em que o som se propaga rapidamente.
Os brasileiros reduziram o nível global de barulho irradiado. Suavizaram as linhas do casco para que gerasse menos ruído hidrodinâmico, provocado pelo deslocamento de água. Dizem os tripulantes que, quando ficam quietos, podem ouvir até golfinhos se aproximando. O Tikuna é imperceptível, mais discreto por curtos períodos se comparado a um submarino nuclear. No conflito que envolveu Argentina e Inglaterra pelo controle das Ilhas Malvinas, em 1982, os submergíveis ingleses alijaram do cenário os navios argentinos. Se contasse com bons submarinos convencionais, a Marinha argentina poderia ter defendido melhor suas embarcações.
O Tikuna leva uma tripulação de sete oficiais e 29 praças. Possui oito tubos de torpedo e é movido por propulsão diesel-elétrica, com motor elétrico, baterias e conjuntos de motores diesel-gerador. Sua construção permitiu ao Brasil dominar o ciclo "projeto, construção e reparação", o que é positivo, já que o processo de fabricação de submarinos estimula o desenvolvimento de novas tecnologias para a indústria naval e beneficia outros setores, além de aumentar a geração de empregos.
O Tikuna proporcionou ao país o domínio do ciclo "projeto, construção e reparo" de submarinos, que, entre outros benefícios, estimula a indústria naval.
Tikuna é o nome de uma das tribos indígenas mais guerreiras e persistentes do Brasil, motivo pelo qual foi escolhido para identificar o submarino que levou dez longos anos para ficar pronto. Nesse período, foram gerados 402 empregos diretos e 2,1 mil indiretos, para militares e civis.
Tecnologia
Construir um submarino, mesmo que convencional, é privilégio de poucos. No mundo, apenas quinze países têm a capacitação tecnológica necessária. No hemisfério sul, atualmente, somente o Brasil mantém um programa de construção em andamento, o que qualifica o país para a execução de outros projetos navais. "O Brasil é candidato a ser plataforma de construção e reparo de submarinos de água rasa, podendo exportar para países da América do Sul, da África e mesmo para as nações desenvolvidas que se especializaram em submarinos de águas profundas", diz José Carlos Miranda, secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento.
Embora o Tikuna seja o maior submarino brasileiro, não se deixe enganar. Os 62 metros de comprimento desse charuto metálico até que parecem razoáveis, mas os 6,2 metros de diâmetro são preenchidos por tubulações, máquinas, sistemas, radares e um sem-número de aparatos. Por vezes, sobra apenas meio metro de largura para que os tripulantes caminhem nas instalações. Isso se ninguém quiser se aventurar pela sala de máquinas, onde para alcançar determinados cantos é preciso abaixar.
O lugar mais espaçoso da embarcação é a proa, onde estão abrigados os enormes torpedos. Por ironia, é justamente lá que todos costumam se reunir para o lazer - quando não estão em missão, é claro. O motivo é simples: o espaço permite relaxar um pouco, mesmo ao lado de torpedos, e é ali que fica a sala de televisão. Contudo, numa situação real de conflito ou treinamento, o local é bem perigoso. Basta lembrar que o submarino russo Kursk afundou em 2000, com 118 tripulantes a bordo, exatamente porque um torpedo defeituoso explodiu na proa após um treinamento.
O escritor Júlio Verne não estava brincando quando deu status de monstro ao submarino Nautilus comandado pelo Capitão Nemo, no longínquo ano de 1870, em seu livro Vinte Mil Léguas Submarinas. O capitão-tenente Aurélio Linhares descreve o submarino como um enorme cetáceo de aço que mergulha despercebido nas águas e delas emerge - ou nelas permanece obscuramente para sempre.A vida a bordo, para ele, é um rosário de pequenos e diários sacrifícios: "Cada um tranqüilo em seu posto.Mas a tensão nervosa está presente. Escutam-se todos os ruídos, checando se são normais.Acompanham- se todas as inclinações e os adernamentos, analisando-os para que não se agravem nem se prolonguem.Aspiram-se todos os odores: um curto-circuito na instalação, um derramamento de ácido. Há os que acompanham os manômetros, os grupos, a profundidade, as pressões...Na manobra e no cuidado de um pode estar a vida de todos".
Diferente do famoso yellow submarine ("submarino amarelo", em português) criado pelo grupo inglês The Beatles, no Tikuna não há escotilhas. A sensação de clausura submarina é real. "O ar é renovado por um sistema chamado esnorquel, tanto para carregar baterias como para a respiração dos tripulantes", esclarece o comandante Oliveira Júnior. A embarcação sobe a uma profundidade suficiente para que o periscópio alcance a superfície e iça um mastro que suga ar com diesel-geradores. Um submarino convencional faz isso sempre que a carga de sua bateria cai a determinado nível. Quando sobe à tona por completo, oferece uma oportunidade única para os fumantes. Sim, isso mesmo, por incrível que pareça, existem tripulantes que conseguem conciliar o vício com a profissão de submarinista.
Mercado
O próximo passo na indústria brasileira deve se dar ainda neste ano. Será um contrato de construção e modernização de submarinos firmado com a siderúrgica alemã Thyssen Krupp, por meio de sua subsidiária Thyssen Krupp Marine Systems.O projeto em discussão prevê a entrega do submarino num prazo de sete anos após a assinatura do contrato e envolve também a instalação de uma siderúrgica no Rio de Janeiro, sede do Arsenal da Marinha. O investimento total será de 1,08 bilhão de euros. Assinado o contrato, os trabalhos começarão no início de 2007. Além do novo submergível (classe 214), de 1,5 mil toneladas de deslocamento, haverá modernização nos outros cinco. O acordo pressupõe a transferência de tecnologia,o que capacitará definitivamente o Brasil a construir,modernizar e exportar submarinos para outros países.
O mercado esperava que a Marinha tivesse optado pela construção de um submarino com o sistema AIP (air independent propulsion, em inglês, ou "propulsão independente do ar", em português), que poderia navegar entre Porto Alegre e Recife, durante duas semanas, sem ligar os motores a diesel, permanecendo praticamente imperceptível a qualquer sonar. Mas o alto custo definiu a decisão a favor do modelo convencional sem AIP.
"Para 2007, o comando da Marinha já tem assegurados 301,7 milhões de reais para a construção de submarinos e outros 208,5 milhões de reais para sua modernização", informa o senador Siba Machado (PT-AC), que participou da aprovação dos recursos na revisão do Plano Plurianual 2004-2007, pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional.
Os equipamentos são tantos que sobra pouco espaço para movimentação dentro do submarino. Os profissionais devem ter boa capacidade de autocontrole
Espera-se que o projeto gere 4 mil novos empregos, além de incentivar a criação A tripulação do Tikuna consegue ouvir um golfinho se aproximando de um complexo industrial de fornecedores de componentes. A experiência do Tikuna mostra que isso é possível. A construção do submarino promoveu progressos, inclusive, em algumas atividades paralelas, como o Laboratório de Som do Centro de Instrução de Submarinos e Mergulho (Ciama),na Ilha de Mocanguê, em Niterói, no Rio de Janeiro. Ali está em elaboração um banco de dados de sons e ruídos do ambiente marinho, gravados e registrados para utilização no treinamento de submarinistas e no teste de peças e equipamentos.
O submarino nuclear tem muitas vantagens, entre elas a possibilidade de submersão por até três anos, o que é positivo do ponto de vista estratégico, embora resulte em enorme desgaste para os tripulantes. Seu combustível, no entanto, gera muita polêmica e oposição, principalmente por parte de organizações preocupadas com a preservação ambiental. Essas e outras razões explicam o porquê de o Brasil não dedicar maior esforço à construção de seu modelo nuclear. "Resta saber qual a tripulação que permanecerá três anos submersa e quantos submarinos podem ser fabricados com os recursos necessários para completar a construção do submarino atômico", pondera o coordenador da Campanha Antinuclear do Greenpeace, Guilherme Leonardi. Por outro lado, a máquina daria ao Brasil capacidade de atuação global e aumento do poder de dissuasão, um incentivo à solução pacífica de conflitos. Na ausência de necessidade, o Tikuna segue silenciosamente patrulhando a extensa costa do país.
Fonte:
http://www.defesanet.com.br/zz/mb_sub_ipea.htm
http://www.defesanet.com.br/zz/mb_sub_ipea_1.htm
Sideshow escreveu:O submarino verde-e-amarelo I
Por Marina Nery,
do Rio de Janeiro
Rápido e silencioso, ele é o guarda-costas perfeito para os 8,4 mil quilômetros de costa marítima do Brasil. O Tikuna incorpora inovações tecnológicas que lhe garantem melhor desempenho, menor ruído e maior período de submersão. A etiqueta Made in Brazil confirma o país no seleto grupo de quinze nações com capacidade de fazer submarinos e permite que seja plataforma de construção e reparo para clientes da América do Sul e da África
Navegar em submarinos é antes de tudo um exercício de adaptação a pequenos espaços. Algo como viver feito sardinha em lata. Não é sem motivo que o cinema gosta de explorar as tensões que surgem entre pessoas confinadas num artefato de metal, sem poder ver a luz do sol e cercadas por muitos milhões de metros cúbicos de água.Todo cuidado é pouco quando se trata de passar dias submerso. O capitão-de-fragata Francisco Antonio de Oliveira Júnior, comandante do Tikuna, o mais novo submarino brasileiro, passa a vida em estado de alerta. Sua audição aguçada está sempre procurando qualquer leve barulhinho na mais ínfima parte do submarino. E são muitas, muitas partes. Só as válvulas são incontáveis, mas Oliveira Júnior é capaz de dizer como cada uma delas está operando.
O S34-Tikuna, quinto submarino a compor a frota brasileira, não é nuclear, como o Seaview, comandado pelo almirante Harrigan Nelson, do seriado de TV Viagem ao Fundo do Mar. Ele é do tipo convencional, movido a bateria. Contudo, obviamente, não se trata de bateria comum. Em cada uma há 480 elementos. E as baterias são um dos itens de tecnologia nacional embarcados no submergível.
Embora construído no Brasil, o Tikuna é um projeto adaptado do modelo alemão IKL-209. Por isso, seu nome oficial é IKL-209-1500. Sua história começou em 1982, quando a Marinha brasileira assinou um contrato com o consórcio alemão Ferrostaal/Howaldtswerke Deutsche Werft (HDW), responsável pela construção do primeiro submarino no mundo, em 1850.
Os engenheiros navais brasileiros projetaram diesel - geradores potentes e eficientes, que reduziram o tempo de recarga das baterias O submarino brasileiro é extremamente silencioso, resultado de tecnologia nacional. A tripulação do Tikuna consegue ouvir um golfinho se aproximando
O negócio previa a construção de dois navios. O primeiro feito na Alemanha, com acompanhamento de técnicos brasileiros, e o segundo fabricado no Brasil, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Foi assim que surgiram o submarino Tupi, de 1989, e o Tamoio, lançado seis anos depois. Posteriormente, foram fabricados mais dois, evoluções do modelo inicial, e por isso considerados da família Tupi (veja ao lado a tabela que mostra as características da frota brasileira de submarinos).
O Tikuna é o mais novo integrante da família. "É uma espécie de classe intermediária, com peculiaridades básicas do alemão IKL 209/ 1400, mas muito melhorado nos aspectos operacionais", informa o engenheiro naval Irineu Franco, que trabalhou na primeira fase do programa.
Indiscrição
As diferenças são grandes e foram concebidas por engenheiros brasileiros (veja detalhes na tabela ao lado). Das modificações introduzidas, a que mais se destaca diz respeito às baterias. Elas descarregam à medida que são usadas, e precisam ser recarregadas, como qualquer bateria. Mas a recarga é feita por dínamos movidos por motores a diesel, cuja combustão interna precisa de ar.
Então, para a recarga, é necessário que pelo menos o mastro do submarino esteja na superfície. Esse é um momento perigoso, pois a embarcação fica exposta à detecção visual e de radar - razão pela qual é tão importante a redução do tempo de carga. Os engenheiros navais brasileiros projetaram diesel-geradores mais potentes e mais eficientes, com o que chamam de "menor taxa de indiscrição", ou seja, menor tempo de exposição visual.
Mas não é apenas por meio da visão que se detecta a presença de um submarino. Muitas vezes a embarcação se revela pelo ruído que produz. A arte de construí-los tem muito a ver com a capacidade de manter silêncio no ambiente aquático, em que o som se propaga rapidamente.
Os brasileiros reduziram o nível global de barulho irradiado. Suavizaram as linhas do casco para que gerasse menos ruído hidrodinâmico, provocado pelo deslocamento de água. Dizem os tripulantes que, quando ficam quietos, podem ouvir até golfinhos se aproximando. O Tikuna é imperceptível, mais discreto por curtos períodos se comparado a um submarino nuclear. No conflito que envolveu Argentina e Inglaterra pelo controle das Ilhas Malvinas, em 1982, os submergíveis ingleses alijaram do cenário os navios argentinos. Se contasse com bons submarinos convencionais, a Marinha argentina poderia ter defendido melhor suas embarcações.
O Tikuna leva uma tripulação de sete oficiais e 29 praças. Possui oito tubos de torpedo e é movido por propulsão diesel-elétrica, com motor elétrico, baterias e conjuntos de motores diesel-gerador. Sua construção permitiu ao Brasil dominar o ciclo "projeto, construção e reparação", o que é positivo, já que o processo de fabricação de submarinos estimula o desenvolvimento de novas tecnologias para a indústria naval e beneficia outros setores, além de aumentar a geração de empregos.
O Tikuna proporcionou ao país o domínio do ciclo "projeto, construção e reparo" de submarinos, que, entre outros benefícios, estimula a indústria naval.
Tikuna é o nome de uma das tribos indígenas mais guerreiras e persistentes do Brasil, motivo pelo qual foi escolhido para identificar o submarino que levou dez longos anos para ficar pronto. Nesse período, foram gerados 402 empregos diretos e 2,1 mil indiretos, para militares e civis.
Tecnologia
Construir um submarino, mesmo que convencional, é privilégio de poucos. No mundo, apenas quinze países têm a capacitação tecnológica necessária. No hemisfério sul, atualmente, somente o Brasil mantém um programa de construção em andamento, o que qualifica o país para a execução de outros projetos navais. "O Brasil é candidato a ser plataforma de construção e reparo de submarinos de água rasa, podendo exportar para países da América do Sul, da África e mesmo para as nações desenvolvidas que se especializaram em submarinos de águas profundas", diz José Carlos Miranda, secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento.
Embora o Tikuna seja o maior submarino brasileiro, não se deixe enganar. Os 62 metros de comprimento desse charuto metálico até que parecem razoáveis, mas os 6,2 metros de diâmetro são preenchidos por tubulações, máquinas, sistemas, radares e um sem-número de aparatos. Por vezes, sobra apenas meio metro de largura para que os tripulantes caminhem nas instalações. Isso se ninguém quiser se aventurar pela sala de máquinas, onde para alcançar determinados cantos é preciso abaixar.
O lugar mais espaçoso da embarcação é a proa, onde estão abrigados os enormes torpedos. Por ironia, é justamente lá que todos costumam se reunir para o lazer - quando não estão em missão, é claro. O motivo é simples: o espaço permite relaxar um pouco, mesmo ao lado de torpedos, e é ali que fica a sala de televisão. Contudo, numa situação real de conflito ou treinamento, o local é bem perigoso. Basta lembrar que o submarino russo Kursk afundou em 2000, com 118 tripulantes a bordo, exatamente porque um torpedo defeituoso explodiu na proa após um treinamento.
O escritor Júlio Verne não estava brincando quando deu status de monstro ao submarino Nautilus comandado pelo Capitão Nemo, no longínquo ano de 1870, em seu livro Vinte Mil Léguas Submarinas. O capitão-tenente Aurélio Linhares descreve o submarino como um enorme cetáceo de aço que mergulha despercebido nas águas e delas emerge - ou nelas permanece obscuramente para sempre.A vida a bordo, para ele, é um rosário de pequenos e diários sacrifícios: "Cada um tranqüilo em seu posto.Mas a tensão nervosa está presente. Escutam-se todos os ruídos, checando se são normais.Acompanham- se todas as inclinações e os adernamentos, analisando-os para que não se agravem nem se prolonguem.Aspiram-se todos os odores: um curto-circuito na instalação, um derramamento de ácido. Há os que acompanham os manômetros, os grupos, a profundidade, as pressões...Na manobra e no cuidado de um pode estar a vida de todos".
Diferente do famoso yellow submarine ("submarino amarelo", em português) criado pelo grupo inglês The Beatles, no Tikuna não há escotilhas. A sensação de clausura submarina é real. "O ar é renovado por um sistema chamado esnorquel, tanto para carregar baterias como para a respiração dos tripulantes", esclarece o comandante Oliveira Júnior. A embarcação sobe a uma profundidade suficiente para que o periscópio alcance a superfície e iça um mastro que suga ar com diesel-geradores. Um submarino convencional faz isso sempre que a carga de sua bateria cai a determinado nível. Quando sobe à tona por completo, oferece uma oportunidade única para os fumantes. Sim, isso mesmo, por incrível que pareça, existem tripulantes que conseguem conciliar o vício com a profissão de submarinista.
Mercado
O próximo passo na indústria brasileira deve se dar ainda neste ano. Será um contrato de construção e modernização de submarinos firmado com a siderúrgica alemã Thyssen Krupp, por meio de sua subsidiária Thyssen Krupp Marine Systems.O projeto em discussão prevê a entrega do submarino num prazo de sete anos após a assinatura do contrato e envolve também a instalação de uma siderúrgica no Rio de Janeiro, sede do Arsenal da Marinha. O investimento total será de 1,08 bilhão de euros. Assinado o contrato, os trabalhos começarão no início de 2007. Além do novo submergível (classe 214), de 1,5 mil toneladas de deslocamento, haverá modernização nos outros cinco. O acordo pressupõe a transferência de tecnologia,o que capacitará definitivamente o Brasil a construir,modernizar e exportar submarinos para outros países.
O mercado esperava que a Marinha tivesse optado pela construção de um submarino com o sistema AIP (air independent propulsion, em inglês, ou "propulsão independente do ar", em português), que poderia navegar entre Porto Alegre e Recife, durante duas semanas, sem ligar os motores a diesel, permanecendo praticamente imperceptível a qualquer sonar. Mas o alto custo definiu a decisão a favor do modelo convencional sem AIP.
"Para 2007, o comando da Marinha já tem assegurados 301,7 milhões de reais para a construção de submarinos e outros 208,5 milhões de reais para sua modernização", informa o senador Siba Machado (PT-AC), que participou da aprovação dos recursos na revisão do Plano Plurianual 2004-2007, pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional.
Os equipamentos são tantos que sobra pouco espaço para movimentação dentro do submarino. Os profissionais devem ter boa capacidade de autocontrole
Espera-se que o projeto gere 4 mil novos empregos, além de incentivar a criação A tripulação do Tikuna consegue ouvir um golfinho se aproximando de um complexo industrial de fornecedores de componentes. A experiência do Tikuna mostra que isso é possível. A construção do submarino promoveu progressos, inclusive, em algumas atividades paralelas, como o Laboratório de Som do Centro de Instrução de Submarinos e Mergulho (Ciama),na Ilha de Mocanguê, em Niterói, no Rio de Janeiro. Ali está em elaboração um banco de dados de sons e ruídos do ambiente marinho, gravados e registrados para utilização no treinamento de submarinistas e no teste de peças e equipamentos.
O submarino nuclear tem muitas vantagens, entre elas a possibilidade de submersão por até três anos, o que é positivo do ponto de vista estratégico, embora resulte em enorme desgaste para os tripulantes. Seu combustível, no entanto, gera muita polêmica e oposição, principalmente por parte de organizações preocupadas com a preservação ambiental. Essas e outras razões explicam o porquê de o Brasil não dedicar maior esforço à construção de seu modelo nuclear. "Resta saber qual a tripulação que permanecerá três anos submersa e quantos submarinos podem ser fabricados com os recursos necessários para completar a construção do submarino atômico", pondera o coordenador da Campanha Antinuclear do Greenpeace, Guilherme Leonardi. Por outro lado, a máquina daria ao Brasil capacidade de atuação global e aumento do poder de dissuasão, um incentivo à solução pacífica de conflitos. Na ausência de necessidade, o Tikuna segue silenciosamente patrulhando a extensa costa do país.
Fonte:
http://www.defesanet.com.br/zz/mb_sub_ipea.htm
http://www.defesanet.com.br/zz/mb_sub_ipea_1.htm
Centurião escreveu:Olhem só o que eu achei:
"Agnelli em entrevista coletiva na qual anunciou um novo contrato da Vale com a siderúrgica alemã ThyssenKrupp, que encomendou minério de ferro para os próximos 15 anos."
Será que esse acordo de compra de submarino envolve mais do que o que imaginamos ou estou ficando paranóico?
Fonte: http://noticias.uol.com.br/economia/ult ... 52280.jhtm
El scorpène se muerde la cola
El consorcio agoniza. Franceses y españoles no lograron superar sus diferencias, un eufemismo para aludir a la actitud de los ingenieros galos que tienen dificultades para considerar como iguales a sus colegas hispanos.
Raúl Sohr
Es una vieja tradición militar bautizar a los sistemas de armamentos con nombres de fieras. Una suerte de fetichismo que pretende transferir al arma los atributos del temible animal. Los franceses escogieron un pez venenoso, el scorpène, para llamar a una nueva serie de submarinos. El primer comprador de la nave, con un casco basado en el diseño de unidades a propulsión nuclear, fue la Armada de Chile, que encargó el “O’Higgins” y el “Carrera”.
En su tiempo no faltaron los críticos a la adquisición. Dijeron que era una compra a ciegas, porque se trataba de una máquina inexistente y su calidad sólo se conocería más tarde. Para bien o para mal. También señalaron que era un emprendimiento binacional entre los en aquel entonces astilleros Bazán, Izar más tarde y hoy Navantia -los cambios de nombre exhiben los problemas de la gradual privatización española- y el francés Dirección de Construcciones Navales (DCN), lo que podía complicar los contratos ya que siempre una parte puede culpar a la otra en caso de incumplimiento.
Para disipar las dudas, el consorcio Scorpène ofreció condiciones muy superiores al alemán Thyssen-HDW. Los nuevos sumergibles tenían una capacidad de inmersión superior en 50% a los U-209. Demás está decir que la profundidad es un atributo clave. Otro es el silencio del sistema de propulsión. Pero para los gobiernos, que desembolsan el dinero, el precio es un argumento contundente. La propuesta franco-española era más económica que la de los U-209, probados y queridos por los submarinistas chilenos y que llegaban al fin de su producción comercial.
Ahora el consorcio Scorpène agoniza. Franceses y españoles no lograron, entre otras cosas, superar sus diferencias, un eufemismo para aludir a la actitud de los ingenieros galos que tienen dificultades para considerar como iguales a sus colegas hispanos.
La gota que rebasó el vaso fue la idea de Madrid de construir una variante de los Scorpène, llamada S-80, equipada con electrónica de la empresa estadounidense Lockheed Martin. París daba por sentado que los pedidos de S-80 serían para sus industrias. Los franceses, por su parte, decidieron promover un nuevo modelo a ser desarrollado, que se llamará Merlin; al igual que norteamericanos y británicos han dejado el submarino a propulsión convencional en favor del nuclear.
Semejantes naves deberían estar vedadas a las aguas latinoamericanas, cubiertas por el Tratado de Tlatelolco. Es tan nuclear la plataforma, el submarino, como las ojivas que puede cargar.
¿Qué pasará con el “Carrera” y el “O’Higgins”? ¿Se quedarán sin repuestos en caso de que desaparezca el consorcio Scorpène? Christophe-Alexandre Paillard, del directorio de Asuntos Estratégicos del Ministerio de Defensa de Francia, afirma que no hay peligro alguno. En su opinión, más de dos tercios de los submarinos son fabricados en Francia y contarán con asistencia necesaria. Lo mismo debería ocurrir con Navantia, que producirá los S-80, de alto grado de comunalidad con los Scorpène.
Lo que le pase a la Armada chilena será observado con atención por sus semejantes del mundo. Una mala atención al cliente podría cerrar muchas puertas en la ultra competitiva área de los submarinos. En realidad, no hay siquiera espacio para dos fabricantes europeos. La lenta agonía del consorcio Scorpène responde a la falta de órdenes. Es la ley de hierro de la economía de mercado: sin demanda la oferta resulta ociosa.
http://www.lanacion.cl/prontus_noticias/site/artic/20061123/pags/20061123185922.html
alexandre lemos escreveu:O nome do primeiro U 214 não é Papanikolis ?
alexandre lemos escreveu: nenhum U 214 está em operação ? Em caso positivo, qual o primeiro a entrar em serviço ?
Fiquei em dúvida se colocava essa matéria (do La Nación) aqui, ou se abria um outro tópico. Como veio à tona o assunto dos problemas dos IKL-214, creio ser oportuno demonstrar que a outra opção, o Scorpène, não está isenta de turbulências.
Alcantara escreveu:Fiquei em dúvida se colocava essa matéria (do La Nación) aqui, ou se abria um outro tópico. Como veio à tona o assunto dos problemas dos IKL-214, creio ser oportuno demonstrar que a outra opção, o Scorpène, não está isenta de turbulências.El scorpène se muerde la cola
El consorcio agoniza. Franceses y españoles no lograron superar sus diferencias, un eufemismo para aludir a la actitud de los ingenieros galos que tienen dificultades para considerar como iguales a sus colegas hispanos.
Raúl Sohr
Es una vieja tradición militar bautizar a los sistemas de armamentos con nombres de fieras. Una suerte de fetichismo que pretende transferir al arma los atributos del temible animal. Los franceses escogieron un pez venenoso, el scorpène, para llamar a una nueva serie de submarinos. El primer comprador de la nave, con un casco basado en el diseño de unidades a propulsión nuclear, fue la Armada de Chile, que encargó el “O’Higgins” y el “Carrera”.
En su tiempo no faltaron los críticos a la adquisición. Dijeron que era una compra a ciegas, porque se trataba de una máquina inexistente y su calidad sólo se conocería más tarde. Para bien o para mal. También señalaron que era un emprendimiento binacional entre los en aquel entonces astilleros Bazán, Izar más tarde y hoy Navantia -los cambios de nombre exhiben los problemas de la gradual privatización española- y el francés Dirección de Construcciones Navales (DCN), lo que podía complicar los contratos ya que siempre una parte puede culpar a la otra en caso de incumplimiento.
Para disipar las dudas, el consorcio Scorpène ofreció condiciones muy superiores al alemán Thyssen-HDW. Los nuevos sumergibles tenían una capacidad de inmersión superior en 50% a los U-209. Demás está decir que la profundidad es un atributo clave. Otro es el silencio del sistema de propulsión. Pero para los gobiernos, que desembolsan el dinero, el precio es un argumento contundente. La propuesta franco-española era más económica que la de los U-209, probados y queridos por los submarinistas chilenos y que llegaban al fin de su producción comercial.
Ahora el consorcio Scorpène agoniza. Franceses y españoles no lograron, entre otras cosas, superar sus diferencias, un eufemismo para aludir a la actitud de los ingenieros galos que tienen dificultades para considerar como iguales a sus colegas hispanos.
La gota que rebasó el vaso fue la idea de Madrid de construir una variante de los Scorpène, llamada S-80, equipada con electrónica de la empresa estadounidense Lockheed Martin. París daba por sentado que los pedidos de S-80 serían para sus industrias. Los franceses, por su parte, decidieron promover un nuevo modelo a ser desarrollado, que se llamará Merlin; al igual que norteamericanos y británicos han dejado el submarino a propulsión convencional en favor del nuclear.
Semejantes naves deberían estar vedadas a las aguas latinoamericanas, cubiertas por el Tratado de Tlatelolco. Es tan nuclear la plataforma, el submarino, como las ojivas que puede cargar.
¿Qué pasará con el “Carrera” y el “O’Higgins”? ¿Se quedarán sin repuestos en caso de que desaparezca el consorcio Scorpène? Christophe-Alexandre Paillard, del directorio de Asuntos Estratégicos del Ministerio de Defensa de Francia, afirma que no hay peligro alguno. En su opinión, más de dos tercios de los submarinos son fabricados en Francia y contarán con asistencia necesaria. Lo mismo debería ocurrir con Navantia, que producirá los S-80, de alto grado de comunalidad con los Scorpène.
Lo que le pase a la Armada chilena será observado con atención por sus semejantes del mundo. Una mala atención al cliente podría cerrar muchas puertas en la ultra competitiva área de los submarinos. En realidad, no hay siquiera espacio para dos fabricantes europeos. La lenta agonía del consorcio Scorpène responde a la falta de órdenes. Es la ley de hierro de la economía de mercado: sin demanda la oferta resulta ociosa.
http://www.lanacion.cl/prontus_noticias/site/artic/20061123/pags/20061123185922.html
Alcantara escreveu:Fiquei em dúvida se colocava essa matéria (do La Nación) aqui, ou se abria um outro tópico. Como veio à tona o assunto dos problemas dos IKL-214, creio ser oportuno demonstrar que a outra opção, o Scorpène, não está isenta de turbulências.El scorpène se muerde la cola
El consorcio agoniza. Franceses y españoles no lograron superar sus diferencias, un eufemismo para aludir a la actitud de los ingenieros galos que tienen dificultades para considerar como iguales a sus colegas hispanos.
Raúl Sohr
Es una vieja tradición militar bautizar a los sistemas de armamentos con nombres de fieras. Una suerte de fetichismo que pretende transferir al arma los atributos del temible animal. Los franceses escogieron un pez venenoso, el scorpène, para llamar a una nueva serie de submarinos. El primer comprador de la nave, con un casco basado en el diseño de unidades a propulsión nuclear, fue la Armada de Chile, que encargó el “O’Higgins” y el “Carrera”.
En su tiempo no faltaron los críticos a la adquisición. Dijeron que era una compra a ciegas, porque se trataba de una máquina inexistente y su calidad sólo se conocería más tarde. Para bien o para mal. También señalaron que era un emprendimiento binacional entre los en aquel entonces astilleros Bazán, Izar más tarde y hoy Navantia -los cambios de nombre exhiben los problemas de la gradual privatización española- y el francés Dirección de Construcciones Navales (DCN), lo que podía complicar los contratos ya que siempre una parte puede culpar a la otra en caso de incumplimiento.
Para disipar las dudas, el consorcio Scorpène ofreció condiciones muy superiores al alemán Thyssen-HDW. Los nuevos sumergibles tenían una capacidad de inmersión superior en 50% a los U-209. Demás está decir que la profundidad es un atributo clave. Otro es el silencio del sistema de propulsión. Pero para los gobiernos, que desembolsan el dinero, el precio es un argumento contundente. La propuesta franco-española era más económica que la de los U-209, probados y queridos por los submarinistas chilenos y que llegaban al fin de su producción comercial.
Ahora el consorcio Scorpène agoniza. Franceses y españoles no lograron, entre otras cosas, superar sus diferencias, un eufemismo para aludir a la actitud de los ingenieros galos que tienen dificultades para considerar como iguales a sus colegas hispanos.
La gota que rebasó el vaso fue la idea de Madrid de construir una variante de los Scorpène, llamada S-80, equipada con electrónica de la empresa estadounidense Lockheed Martin. París daba por sentado que los pedidos de S-80 serían para sus industrias. Los franceses, por su parte, decidieron promover un nuevo modelo a ser desarrollado, que se llamará Merlin; al igual que norteamericanos y británicos han dejado el submarino a propulsión convencional en favor del nuclear.
Semejantes naves deberían estar vedadas a las aguas latinoamericanas, cubiertas por el Tratado de Tlatelolco. Es tan nuclear la plataforma, el submarino, como las ojivas que puede cargar.
¿Qué pasará con el “Carrera” y el “O’Higgins”? ¿Se quedarán sin repuestos en caso de que desaparezca el consorcio Scorpène? Christophe-Alexandre Paillard, del directorio de Asuntos Estratégicos del Ministerio de Defensa de Francia, afirma que no hay peligro alguno. En su opinión, más de dos tercios de los submarinos son fabricados en Francia y contarán con asistencia necesaria. Lo mismo debería ocurrir con Navantia, que producirá los S-80, de alto grado de comunalidad con los Scorpène.
Lo que le pase a la Armada chilena será observado con atención por sus semejantes del mundo. Una mala atención al cliente podría cerrar muchas puertas en la ultra competitiva área de los submarinos. En realidad, no hay siquiera espacio para dos fabricantes europeos. La lenta agonía del consorcio Scorpène responde a la falta de órdenes. Es la ley de hierro de la economía de mercado: sin demanda la oferta resulta ociosa.
http://www.lanacion.cl/prontus_noticias/site/artic/20061123/pags/20061123185922.html
E o sub luso é mesmo um mix do 209 e 214 ou similar ao U 214 Br Plus Fodêitor , excluindo-se o AIP