NOVO SUBMARINO PARA A MB(FINKEN EU ESTAVA CERTO he, he, he)!

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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pafuncio
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#526 Mensagem por pafuncio » Sex Nov 24, 2006 12:07 pm





"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
Sniper
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#527 Mensagem por Sniper » Sex Nov 24, 2006 1:06 pm

alexandre lemos escreveu:http://luisnassif.blig.ig.com.br/


Valeu! [009]




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Malandro
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#528 Mensagem por Malandro » Sáb Nov 25, 2006 2:47 am

Sideshow escreveu:O submarino verde-e-amarelo I

Por Marina Nery,
do Rio de Janeiro

Rápido e silencioso, ele é o guarda-costas perfeito para os 8,4 mil quilômetros de costa marítima do Brasil. O Tikuna incorpora inovações tecnológicas que lhe garantem melhor desempenho, menor ruído e maior período de submersão. A etiqueta Made in Brazil confirma o país no seleto grupo de quinze nações com capacidade de fazer submarinos e permite que seja plataforma de construção e reparo para clientes da América do Sul e da África

Navegar em submarinos é antes de tudo um exercício de adaptação a pequenos espaços. Algo como viver feito sardinha em lata. Não é sem motivo que o cinema gosta de explorar as tensões que surgem entre pessoas confinadas num artefato de metal, sem poder ver a luz do sol e cercadas por muitos milhões de metros cúbicos de água.Todo cuidado é pouco quando se trata de passar dias submerso. O capitão-de-fragata Francisco Antonio de Oliveira Júnior, comandante do Tikuna, o mais novo submarino brasileiro, passa a vida em estado de alerta. Sua audição aguçada está sempre procurando qualquer leve barulhinho na mais ínfima parte do submarino. E são muitas, muitas partes. Só as válvulas são incontáveis, mas Oliveira Júnior é capaz de dizer como cada uma delas está operando.

O S34-Tikuna, quinto submarino a compor a frota brasileira, não é nuclear, como o Seaview, comandado pelo almirante Harrigan Nelson, do seriado de TV Viagem ao Fundo do Mar. Ele é do tipo convencional, movido a bateria. Contudo, obviamente, não se trata de bateria comum. Em cada uma há 480 elementos. E as baterias são um dos itens de tecnologia nacional embarcados no submergível.

Embora construído no Brasil, o Tikuna é um projeto adaptado do modelo alemão IKL-209. Por isso, seu nome oficial é IKL-209-1500. Sua história começou em 1982, quando a Marinha brasileira assinou um contrato com o consórcio alemão Ferrostaal/Howaldtswerke Deutsche Werft (HDW), responsável pela construção do primeiro submarino no mundo, em 1850.

Os engenheiros navais brasileiros projetaram diesel - geradores potentes e eficientes, que reduziram o tempo de recarga das baterias O submarino brasileiro é extremamente silencioso, resultado de tecnologia nacional. A tripulação do Tikuna consegue ouvir um golfinho se aproximando

O negócio previa a construção de dois navios. O primeiro feito na Alemanha, com acompanhamento de técnicos brasileiros, e o segundo fabricado no Brasil, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Foi assim que surgiram o submarino Tupi, de 1989, e o Tamoio, lançado seis anos depois. Posteriormente, foram fabricados mais dois, evoluções do modelo inicial, e por isso considerados da família Tupi (veja ao lado a tabela que mostra as características da frota brasileira de submarinos).

O Tikuna é o mais novo integrante da família. "É uma espécie de classe intermediária, com peculiaridades básicas do alemão IKL 209/ 1400, mas muito melhorado nos aspectos operacionais", informa o engenheiro naval Irineu Franco, que trabalhou na primeira fase do programa.
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Indiscrição
As diferenças são grandes e foram concebidas por engenheiros brasileiros (veja detalhes na tabela ao lado). Das modificações introduzidas, a que mais se destaca diz respeito às baterias. Elas descarregam à medida que são usadas, e precisam ser recarregadas, como qualquer bateria. Mas a recarga é feita por dínamos movidos por motores a diesel, cuja combustão interna precisa de ar.

Então, para a recarga, é necessário que pelo menos o mastro do submarino esteja na superfície. Esse é um momento perigoso, pois a embarcação fica exposta à detecção visual e de radar - razão pela qual é tão importante a redução do tempo de carga. Os engenheiros navais brasileiros projetaram diesel-geradores mais potentes e mais eficientes, com o que chamam de "menor taxa de indiscrição", ou seja, menor tempo de exposição visual.

Mas não é apenas por meio da visão que se detecta a presença de um submarino. Muitas vezes a embarcação se revela pelo ruído que produz. A arte de construí-los tem muito a ver com a capacidade de manter silêncio no ambiente aquático, em que o som se propaga rapidamente.
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Os brasileiros reduziram o nível global de barulho irradiado. Suavizaram as linhas do casco para que gerasse menos ruído hidrodinâmico, provocado pelo deslocamento de água. Dizem os tripulantes que, quando ficam quietos, podem ouvir até golfinhos se aproximando. O Tikuna é imperceptível, mais discreto por curtos períodos se comparado a um submarino nuclear. No conflito que envolveu Argentina e Inglaterra pelo controle das Ilhas Malvinas, em 1982, os submergíveis ingleses alijaram do cenário os navios argentinos. Se contasse com bons submarinos convencionais, a Marinha argentina poderia ter defendido melhor suas embarcações.

O Tikuna leva uma tripulação de sete oficiais e 29 praças. Possui oito tubos de torpedo e é movido por propulsão diesel-elétrica, com motor elétrico, baterias e conjuntos de motores diesel-gerador. Sua construção permitiu ao Brasil dominar o ciclo "projeto, construção e reparação", o que é positivo, já que o processo de fabricação de submarinos estimula o desenvolvimento de novas tecnologias para a indústria naval e beneficia outros setores, além de aumentar a geração de empregos.

O Tikuna proporcionou ao país o domínio do ciclo "projeto, construção e reparo" de submarinos, que, entre outros benefícios, estimula a indústria naval.

Tikuna é o nome de uma das tribos indígenas mais guerreiras e persistentes do Brasil, motivo pelo qual foi escolhido para identificar o submarino que levou dez longos anos para ficar pronto. Nesse período, foram gerados 402 empregos diretos e 2,1 mil indiretos, para militares e civis.

Tecnologia
Construir um submarino, mesmo que convencional, é privilégio de poucos. No mundo, apenas quinze países têm a capacitação tecnológica necessária. No hemisfério sul, atualmente, somente o Brasil mantém um programa de construção em andamento, o que qualifica o país para a execução de outros projetos navais. "O Brasil é candidato a ser plataforma de construção e reparo de submarinos de água rasa, podendo exportar para países da América do Sul, da África e mesmo para as nações desenvolvidas que se especializaram em submarinos de águas profundas", diz José Carlos Miranda, secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento.

Embora o Tikuna seja o maior submarino brasileiro, não se deixe enganar. Os 62 metros de comprimento desse charuto metálico até que parecem razoáveis, mas os 6,2 metros de diâmetro são preenchidos por tubulações, máquinas, sistemas, radares e um sem-número de aparatos. Por vezes, sobra apenas meio metro de largura para que os tripulantes caminhem nas instalações. Isso se ninguém quiser se aventurar pela sala de máquinas, onde para alcançar determinados cantos é preciso abaixar.

O lugar mais espaçoso da embarcação é a proa, onde estão abrigados os enormes torpedos. Por ironia, é justamente lá que todos costumam se reunir para o lazer - quando não estão em missão, é claro. O motivo é simples: o espaço permite relaxar um pouco, mesmo ao lado de torpedos, e é ali que fica a sala de televisão. Contudo, numa situação real de conflito ou treinamento, o local é bem perigoso. Basta lembrar que o submarino russo Kursk afundou em 2000, com 118 tripulantes a bordo, exatamente porque um torpedo defeituoso explodiu na proa após um treinamento.
Imagem
O escritor Júlio Verne não estava brincando quando deu status de monstro ao submarino Nautilus comandado pelo Capitão Nemo, no longínquo ano de 1870, em seu livro Vinte Mil Léguas Submarinas. O capitão-tenente Aurélio Linhares descreve o submarino como um enorme cetáceo de aço que mergulha despercebido nas águas e delas emerge - ou nelas permanece obscuramente para sempre.A vida a bordo, para ele, é um rosário de pequenos e diários sacrifícios: "Cada um tranqüilo em seu posto.Mas a tensão nervosa está presente. Escutam-se todos os ruídos, checando se são normais.Acompanham- se todas as inclinações e os adernamentos, analisando-os para que não se agravem nem se prolonguem.Aspiram-se todos os odores: um curto-circuito na instalação, um derramamento de ácido. Há os que acompanham os manômetros, os grupos, a profundidade, as pressões...Na manobra e no cuidado de um pode estar a vida de todos".
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Diferente do famoso yellow submarine ("submarino amarelo", em português) criado pelo grupo inglês The Beatles, no Tikuna não há escotilhas. A sensação de clausura submarina é real. "O ar é renovado por um sistema chamado esnorquel, tanto para carregar baterias como para a respiração dos tripulantes", esclarece o comandante Oliveira Júnior. A embarcação sobe a uma profundidade suficiente para que o periscópio alcance a superfície e iça um mastro que suga ar com diesel-geradores. Um submarino convencional faz isso sempre que a carga de sua bateria cai a determinado nível. Quando sobe à tona por completo, oferece uma oportunidade única para os fumantes. Sim, isso mesmo, por incrível que pareça, existem tripulantes que conseguem conciliar o vício com a profissão de submarinista.

Mercado
O próximo passo na indústria brasileira deve se dar ainda neste ano. Será um contrato de construção e modernização de submarinos firmado com a siderúrgica alemã Thyssen Krupp, por meio de sua subsidiária Thyssen Krupp Marine Systems.O projeto em discussão prevê a entrega do submarino num prazo de sete anos após a assinatura do contrato e envolve também a instalação de uma siderúrgica no Rio de Janeiro, sede do Arsenal da Marinha. O investimento total será de 1,08 bilhão de euros. Assinado o contrato, os trabalhos começarão no início de 2007. Além do novo submergível (classe 214), de 1,5 mil toneladas de deslocamento, haverá modernização nos outros cinco. O acordo pressupõe a transferência de tecnologia,o que capacitará definitivamente o Brasil a construir,modernizar e exportar submarinos para outros países.

O mercado esperava que a Marinha tivesse optado pela construção de um submarino com o sistema AIP (air independent propulsion, em inglês, ou "propulsão independente do ar", em português), que poderia navegar entre Porto Alegre e Recife, durante duas semanas, sem ligar os motores a diesel, permanecendo praticamente imperceptível a qualquer sonar. Mas o alto custo definiu a decisão a favor do modelo convencional sem AIP.

"Para 2007, o comando da Marinha já tem assegurados 301,7 milhões de reais para a construção de submarinos e outros 208,5 milhões de reais para sua modernização", informa o senador Siba Machado (PT-AC), que participou da aprovação dos recursos na revisão do Plano Plurianual 2004-2007, pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional.
Os equipamentos são tantos que sobra pouco espaço para movimentação dentro do submarino. Os profissionais devem ter boa capacidade de autocontrole

Espera-se que o projeto gere 4 mil novos empregos, além de incentivar a criação A tripulação do Tikuna consegue ouvir um golfinho se aproximando de um complexo industrial de fornecedores de componentes. A experiência do Tikuna mostra que isso é possível. A construção do submarino promoveu progressos, inclusive, em algumas atividades paralelas, como o Laboratório de Som do Centro de Instrução de Submarinos e Mergulho (Ciama),na Ilha de Mocanguê, em Niterói, no Rio de Janeiro. Ali está em elaboração um banco de dados de sons e ruídos do ambiente marinho, gravados e registrados para utilização no treinamento de submarinistas e no teste de peças e equipamentos.

O submarino nuclear tem muitas vantagens, entre elas a possibilidade de submersão por até três anos, o que é positivo do ponto de vista estratégico, embora resulte em enorme desgaste para os tripulantes. Seu combustível, no entanto, gera muita polêmica e oposição, principalmente por parte de organizações preocupadas com a preservação ambiental. Essas e outras razões explicam o porquê de o Brasil não dedicar maior esforço à construção de seu modelo nuclear. "Resta saber qual a tripulação que permanecerá três anos submersa e quantos submarinos podem ser fabricados com os recursos necessários para completar a construção do submarino atômico", pondera o coordenador da Campanha Antinuclear do Greenpeace, Guilherme Leonardi. Por outro lado, a máquina daria ao Brasil capacidade de atuação global e aumento do poder de dissuasão, um incentivo à solução pacífica de conflitos. Na ausência de necessidade, o Tikuna segue silenciosamente patrulhando a extensa costa do país.

Fonte:
http://www.defesanet.com.br/zz/mb_sub_ipea.htm
http://www.defesanet.com.br/zz/mb_sub_ipea_1.htm


Caraca IPEA rulez . Até para escrever assuntos de defesa os caras são bons . Meu sonho é um dia trabalhar nesta grande instituição com economistas de naipe como Giambiagi , Paulo Levy , mas para isso terei que encarar um bom doutorado ainda se quiser concorrer com chances ...




Malandro
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#529 Mensagem por Malandro » Sáb Nov 25, 2006 2:48 am

Sideshow escreveu:O submarino verde-e-amarelo I

Por Marina Nery,
do Rio de Janeiro

Rápido e silencioso, ele é o guarda-costas perfeito para os 8,4 mil quilômetros de costa marítima do Brasil. O Tikuna incorpora inovações tecnológicas que lhe garantem melhor desempenho, menor ruído e maior período de submersão. A etiqueta Made in Brazil confirma o país no seleto grupo de quinze nações com capacidade de fazer submarinos e permite que seja plataforma de construção e reparo para clientes da América do Sul e da África

Navegar em submarinos é antes de tudo um exercício de adaptação a pequenos espaços. Algo como viver feito sardinha em lata. Não é sem motivo que o cinema gosta de explorar as tensões que surgem entre pessoas confinadas num artefato de metal, sem poder ver a luz do sol e cercadas por muitos milhões de metros cúbicos de água.Todo cuidado é pouco quando se trata de passar dias submerso. O capitão-de-fragata Francisco Antonio de Oliveira Júnior, comandante do Tikuna, o mais novo submarino brasileiro, passa a vida em estado de alerta. Sua audição aguçada está sempre procurando qualquer leve barulhinho na mais ínfima parte do submarino. E são muitas, muitas partes. Só as válvulas são incontáveis, mas Oliveira Júnior é capaz de dizer como cada uma delas está operando.

O S34-Tikuna, quinto submarino a compor a frota brasileira, não é nuclear, como o Seaview, comandado pelo almirante Harrigan Nelson, do seriado de TV Viagem ao Fundo do Mar. Ele é do tipo convencional, movido a bateria. Contudo, obviamente, não se trata de bateria comum. Em cada uma há 480 elementos. E as baterias são um dos itens de tecnologia nacional embarcados no submergível.

Embora construído no Brasil, o Tikuna é um projeto adaptado do modelo alemão IKL-209. Por isso, seu nome oficial é IKL-209-1500. Sua história começou em 1982, quando a Marinha brasileira assinou um contrato com o consórcio alemão Ferrostaal/Howaldtswerke Deutsche Werft (HDW), responsável pela construção do primeiro submarino no mundo, em 1850.

Os engenheiros navais brasileiros projetaram diesel - geradores potentes e eficientes, que reduziram o tempo de recarga das baterias O submarino brasileiro é extremamente silencioso, resultado de tecnologia nacional. A tripulação do Tikuna consegue ouvir um golfinho se aproximando

O negócio previa a construção de dois navios. O primeiro feito na Alemanha, com acompanhamento de técnicos brasileiros, e o segundo fabricado no Brasil, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Foi assim que surgiram o submarino Tupi, de 1989, e o Tamoio, lançado seis anos depois. Posteriormente, foram fabricados mais dois, evoluções do modelo inicial, e por isso considerados da família Tupi (veja ao lado a tabela que mostra as características da frota brasileira de submarinos).

O Tikuna é o mais novo integrante da família. "É uma espécie de classe intermediária, com peculiaridades básicas do alemão IKL 209/ 1400, mas muito melhorado nos aspectos operacionais", informa o engenheiro naval Irineu Franco, que trabalhou na primeira fase do programa.
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Indiscrição
As diferenças são grandes e foram concebidas por engenheiros brasileiros (veja detalhes na tabela ao lado). Das modificações introduzidas, a que mais se destaca diz respeito às baterias. Elas descarregam à medida que são usadas, e precisam ser recarregadas, como qualquer bateria. Mas a recarga é feita por dínamos movidos por motores a diesel, cuja combustão interna precisa de ar.

Então, para a recarga, é necessário que pelo menos o mastro do submarino esteja na superfície. Esse é um momento perigoso, pois a embarcação fica exposta à detecção visual e de radar - razão pela qual é tão importante a redução do tempo de carga. Os engenheiros navais brasileiros projetaram diesel-geradores mais potentes e mais eficientes, com o que chamam de "menor taxa de indiscrição", ou seja, menor tempo de exposição visual.

Mas não é apenas por meio da visão que se detecta a presença de um submarino. Muitas vezes a embarcação se revela pelo ruído que produz. A arte de construí-los tem muito a ver com a capacidade de manter silêncio no ambiente aquático, em que o som se propaga rapidamente.
Imagem
Os brasileiros reduziram o nível global de barulho irradiado. Suavizaram as linhas do casco para que gerasse menos ruído hidrodinâmico, provocado pelo deslocamento de água. Dizem os tripulantes que, quando ficam quietos, podem ouvir até golfinhos se aproximando. O Tikuna é imperceptível, mais discreto por curtos períodos se comparado a um submarino nuclear. No conflito que envolveu Argentina e Inglaterra pelo controle das Ilhas Malvinas, em 1982, os submergíveis ingleses alijaram do cenário os navios argentinos. Se contasse com bons submarinos convencionais, a Marinha argentina poderia ter defendido melhor suas embarcações.

O Tikuna leva uma tripulação de sete oficiais e 29 praças. Possui oito tubos de torpedo e é movido por propulsão diesel-elétrica, com motor elétrico, baterias e conjuntos de motores diesel-gerador. Sua construção permitiu ao Brasil dominar o ciclo "projeto, construção e reparação", o que é positivo, já que o processo de fabricação de submarinos estimula o desenvolvimento de novas tecnologias para a indústria naval e beneficia outros setores, além de aumentar a geração de empregos.

O Tikuna proporcionou ao país o domínio do ciclo "projeto, construção e reparo" de submarinos, que, entre outros benefícios, estimula a indústria naval.

Tikuna é o nome de uma das tribos indígenas mais guerreiras e persistentes do Brasil, motivo pelo qual foi escolhido para identificar o submarino que levou dez longos anos para ficar pronto. Nesse período, foram gerados 402 empregos diretos e 2,1 mil indiretos, para militares e civis.

Tecnologia
Construir um submarino, mesmo que convencional, é privilégio de poucos. No mundo, apenas quinze países têm a capacitação tecnológica necessária. No hemisfério sul, atualmente, somente o Brasil mantém um programa de construção em andamento, o que qualifica o país para a execução de outros projetos navais. "O Brasil é candidato a ser plataforma de construção e reparo de submarinos de água rasa, podendo exportar para países da América do Sul, da África e mesmo para as nações desenvolvidas que se especializaram em submarinos de águas profundas", diz José Carlos Miranda, secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento.

Embora o Tikuna seja o maior submarino brasileiro, não se deixe enganar. Os 62 metros de comprimento desse charuto metálico até que parecem razoáveis, mas os 6,2 metros de diâmetro são preenchidos por tubulações, máquinas, sistemas, radares e um sem-número de aparatos. Por vezes, sobra apenas meio metro de largura para que os tripulantes caminhem nas instalações. Isso se ninguém quiser se aventurar pela sala de máquinas, onde para alcançar determinados cantos é preciso abaixar.

O lugar mais espaçoso da embarcação é a proa, onde estão abrigados os enormes torpedos. Por ironia, é justamente lá que todos costumam se reunir para o lazer - quando não estão em missão, é claro. O motivo é simples: o espaço permite relaxar um pouco, mesmo ao lado de torpedos, e é ali que fica a sala de televisão. Contudo, numa situação real de conflito ou treinamento, o local é bem perigoso. Basta lembrar que o submarino russo Kursk afundou em 2000, com 118 tripulantes a bordo, exatamente porque um torpedo defeituoso explodiu na proa após um treinamento.
Imagem
O escritor Júlio Verne não estava brincando quando deu status de monstro ao submarino Nautilus comandado pelo Capitão Nemo, no longínquo ano de 1870, em seu livro Vinte Mil Léguas Submarinas. O capitão-tenente Aurélio Linhares descreve o submarino como um enorme cetáceo de aço que mergulha despercebido nas águas e delas emerge - ou nelas permanece obscuramente para sempre.A vida a bordo, para ele, é um rosário de pequenos e diários sacrifícios: "Cada um tranqüilo em seu posto.Mas a tensão nervosa está presente. Escutam-se todos os ruídos, checando se são normais.Acompanham- se todas as inclinações e os adernamentos, analisando-os para que não se agravem nem se prolonguem.Aspiram-se todos os odores: um curto-circuito na instalação, um derramamento de ácido. Há os que acompanham os manômetros, os grupos, a profundidade, as pressões...Na manobra e no cuidado de um pode estar a vida de todos".
Imagem
Diferente do famoso yellow submarine ("submarino amarelo", em português) criado pelo grupo inglês The Beatles, no Tikuna não há escotilhas. A sensação de clausura submarina é real. "O ar é renovado por um sistema chamado esnorquel, tanto para carregar baterias como para a respiração dos tripulantes", esclarece o comandante Oliveira Júnior. A embarcação sobe a uma profundidade suficiente para que o periscópio alcance a superfície e iça um mastro que suga ar com diesel-geradores. Um submarino convencional faz isso sempre que a carga de sua bateria cai a determinado nível. Quando sobe à tona por completo, oferece uma oportunidade única para os fumantes. Sim, isso mesmo, por incrível que pareça, existem tripulantes que conseguem conciliar o vício com a profissão de submarinista.

Mercado
O próximo passo na indústria brasileira deve se dar ainda neste ano. Será um contrato de construção e modernização de submarinos firmado com a siderúrgica alemã Thyssen Krupp, por meio de sua subsidiária Thyssen Krupp Marine Systems.O projeto em discussão prevê a entrega do submarino num prazo de sete anos após a assinatura do contrato e envolve também a instalação de uma siderúrgica no Rio de Janeiro, sede do Arsenal da Marinha. O investimento total será de 1,08 bilhão de euros. Assinado o contrato, os trabalhos começarão no início de 2007. Além do novo submergível (classe 214), de 1,5 mil toneladas de deslocamento, haverá modernização nos outros cinco. O acordo pressupõe a transferência de tecnologia,o que capacitará definitivamente o Brasil a construir,modernizar e exportar submarinos para outros países.

O mercado esperava que a Marinha tivesse optado pela construção de um submarino com o sistema AIP (air independent propulsion, em inglês, ou "propulsão independente do ar", em português), que poderia navegar entre Porto Alegre e Recife, durante duas semanas, sem ligar os motores a diesel, permanecendo praticamente imperceptível a qualquer sonar. Mas o alto custo definiu a decisão a favor do modelo convencional sem AIP.

"Para 2007, o comando da Marinha já tem assegurados 301,7 milhões de reais para a construção de submarinos e outros 208,5 milhões de reais para sua modernização", informa o senador Siba Machado (PT-AC), que participou da aprovação dos recursos na revisão do Plano Plurianual 2004-2007, pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional.
Os equipamentos são tantos que sobra pouco espaço para movimentação dentro do submarino. Os profissionais devem ter boa capacidade de autocontrole

Espera-se que o projeto gere 4 mil novos empregos, além de incentivar a criação A tripulação do Tikuna consegue ouvir um golfinho se aproximando de um complexo industrial de fornecedores de componentes. A experiência do Tikuna mostra que isso é possível. A construção do submarino promoveu progressos, inclusive, em algumas atividades paralelas, como o Laboratório de Som do Centro de Instrução de Submarinos e Mergulho (Ciama),na Ilha de Mocanguê, em Niterói, no Rio de Janeiro. Ali está em elaboração um banco de dados de sons e ruídos do ambiente marinho, gravados e registrados para utilização no treinamento de submarinistas e no teste de peças e equipamentos.

O submarino nuclear tem muitas vantagens, entre elas a possibilidade de submersão por até três anos, o que é positivo do ponto de vista estratégico, embora resulte em enorme desgaste para os tripulantes. Seu combustível, no entanto, gera muita polêmica e oposição, principalmente por parte de organizações preocupadas com a preservação ambiental. Essas e outras razões explicam o porquê de o Brasil não dedicar maior esforço à construção de seu modelo nuclear. "Resta saber qual a tripulação que permanecerá três anos submersa e quantos submarinos podem ser fabricados com os recursos necessários para completar a construção do submarino atômico", pondera o coordenador da Campanha Antinuclear do Greenpeace, Guilherme Leonardi. Por outro lado, a máquina daria ao Brasil capacidade de atuação global e aumento do poder de dissuasão, um incentivo à solução pacífica de conflitos. Na ausência de necessidade, o Tikuna segue silenciosamente patrulhando a extensa costa do país.

Fonte:
http://www.defesanet.com.br/zz/mb_sub_ipea.htm
http://www.defesanet.com.br/zz/mb_sub_ipea_1.htm


Caraca IPEA rulez . Até para escrever assuntos de defesa os caras são bons . Meu sonho é um dia trabalhar nesta grande instituição com economistas de naipe como Giambiagi , Paulo Levy , mas para isso terei que encarar um bom doutorado ainda se quiser concorrer com chances ...




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#530 Mensagem por Centurião » Sáb Nov 25, 2006 7:26 pm

Olhem só o que eu achei:

"Agnelli em entrevista coletiva na qual anunciou um novo contrato da Vale com a siderúrgica alemã ThyssenKrupp, que encomendou minério de ferro para os próximos 15 anos."

Será que esse acordo de compra de submarino envolve mais do que o que imaginamos ou estou ficando paranóico? :twisted:

Fonte: http://noticias.uol.com.br/economia/ult ... 52280.jhtm




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#531 Mensagem por LEO » Sáb Nov 25, 2006 7:43 pm

Centurião escreveu:Olhem só o que eu achei:

"Agnelli em entrevista coletiva na qual anunciou um novo contrato da Vale com a siderúrgica alemã ThyssenKrupp, que encomendou minério de ferro para os próximos 15 anos."

Será que esse acordo de compra de submarino envolve mais do que o que imaginamos ou estou ficando paranóico? :twisted:

Fonte: http://noticias.uol.com.br/economia/ult ... 52280.jhtm



http://www.cvrd.com.br/cvrd/cgi/cgilua. ... 43&sid=423




"Veni, vidi, vinci" - Júlio Cesar

http://www.jornalopcao.com.br/index.asp ... djornal=43

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#532 Mensagem por pafuncio » Dom Nov 26, 2006 1:34 am

Deu no blog do Nassif.

Um tal de Alex ( :roll: :roll: :roll: ) postou, fazendo críticas ao lobby francês. Falou sobre o Scorpéne e o U 214.

Surgiu uma resposta, agora, que transcrevo.

Se o pessoal achar interessante ...


25/11/2006 14:06

O submarino alemão

Enviado por: Geraldo Aguiar

Comentario sobre a nota de ALEX

Para alguem que parece tao bem informado, Alex tem \" ausencias\" significativas. A primeira é sobre a sua observacao de que os rumores sobre o submarino U214 grego, o PAPANDREUS seriam de fonte turca.. Negativo: a fonte abundante é a imprensa grega e sites internacionais de assuntos navais. Sobre a imprensa grega a materia está abundantemente tratada nos seguntes jornais:

-VRADINY TIS KIRIAKIS de 15 de outubro de 2006; Manchete:Greek-German underwater conflict

-ADESMEFTOS TYPOS de 17 de outubro de 2006; Manchete: 1,3 billion thrown at sea...

-ELERTHEROS de 27 de outubro de 2006;Manchete:shipwreck avoided in last minute

a segunda é que enquanto o Alex faz a defesa incondicional do U214, dando a impressao que ele ja existe operando eficientemente no mundo, os alemaes celebraram em 30 de outubro ultimo com os gregos um termo pelo qual:

-os gregos mantiveram a nao aceitacao do primeiro submarino fabricado em Kiel e pronto desde fins de 2005 sem que os problemas de instabilidade , cavilhamento das helices, mal funcionamento do sistema de combate, falhas dos sonares estivessem resolvidos

-deram seis meses improrrogaveis para que os alemaes resolvam os problemas

-aceitem nao aplicar nesse periodo as multas por atrazo,

E,em troca, os alemaes reconheceram a existencia dos problemas levantados pelos gregos como validos (o que negavam havia ja um ano...) e renunciaram a qualquer direito a arbitragem caso nao resolvam os problemas em seis meses.l Isso significa que pagarao pesadas indenizacoes sem recurso caso nao cheguem as solucoes dos problemas.

O que mais chama a atençao na posicao do Alex, que se assemelha muito as de alguns dos defensores na Marinha da soluçao alema, é a falta de objetividade sobre o problema e uma leitura \"dialetica\" do tema, atribuindo aos franceses o levantamento do problema, como se um gasto de um bilhao de dolares de dinheiro de impostos do contribuinte brasileiro em um produto sob suspeita nao fosse ja boa causa para prudencia e reflexao.

Ja mereceria uma investigacao a omissao de verificar o problema na Grecia, que vinha ocorrendo desde fins de 2005 e o acodamento em \"correr\" com a compra as vesperas do escandalo irromper na imprensa mundial. . Os problemas do U214 sao reais, nao ha outro funcionando no mundo (O portugues é um hibrido do U209 e do U212). O Alex deveria se preocupar mais com uma compra prudente brasileira de quem quer que seja o fornecedor, do que achar que por tras desse drama grego estariam os franceses. O dinheiro publico brasileiro merece mais respeito em seus gasto.

E o Tribunal de Contas da Uniao, o que diz dessa compra temeraria?


a)O nome do primeiro U 214 não é Papanikolis ?

b) E o sub luso é mesmo um mix do 209 e 214 ou similar ao U 214 Br Plus Fodêitor , excluindo-se o AIP ?

c) a Marinha, como insinua a pessoa supra, realmente correu com a escoha do U 214, antes que se tornassem públicos os problemas da embarcação grega ?

d) nenhum U 214 está em operação ? Em caso positivo, qual o primeiro a entrar em serviço ?

E por aí vai.

Gostaria, se possível, a opinião dos foristas lusos, pois isso também repercute na terra do bacalhau. :wink:

Saludos cordiales (by Degan), alexandre.




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#533 Mensagem por Alcantara » Dom Nov 26, 2006 1:15 pm

Fiquei em dúvida se colocava essa matéria (do La Nación) aqui, ou se abria um outro tópico. Como veio à tona o assunto dos problemas dos IKL-214, creio ser oportuno demonstrar que a outra opção, o Scorpène, não está isenta de turbulências.

El scorpène se muerde la cola

El consorcio agoniza. Franceses y españoles no lograron superar sus diferencias, un eufemismo para aludir a la actitud de los ingenieros galos que tienen dificultades para considerar como iguales a sus colegas hispanos.

Raúl Sohr


Es una vieja tradición militar bautizar a los sistemas de armamentos con nombres de fieras. Una suerte de fetichismo que pretende transferir al arma los atributos del temible animal. Los franceses escogieron un pez venenoso, el scorpène, para llamar a una nueva serie de submarinos. El primer comprador de la nave, con un casco basado en el diseño de unidades a propulsión nuclear, fue la Armada de Chile, que encargó el “O’Higgins” y el “Carrera”.

En su tiempo no faltaron los críticos a la adquisición. Dijeron que era una compra a ciegas, porque se trataba de una máquina inexistente y su calidad sólo se conocería más tarde. Para bien o para mal. También señalaron que era un emprendimiento binacional entre los en aquel entonces astilleros Bazán, Izar más tarde y hoy Navantia -los cambios de nombre exhiben los problemas de la gradual privatización española- y el francés Dirección de Construcciones Navales (DCN), lo que podía complicar los contratos ya que siempre una parte puede culpar a la otra en caso de incumplimiento.

Para disipar las dudas, el consorcio Scorpène ofreció condiciones muy superiores al alemán Thyssen-HDW. Los nuevos sumergibles tenían una capacidad de inmersión superior en 50% a los U-209. Demás está decir que la profundidad es un atributo clave. Otro es el silencio del sistema de propulsión. Pero para los gobiernos, que desembolsan el dinero, el precio es un argumento contundente. La propuesta franco-española era más económica que la de los U-209, probados y queridos por los submarinistas chilenos y que llegaban al fin de su producción comercial.

Ahora el consorcio Scorpène agoniza. Franceses y españoles no lograron, entre otras cosas, superar sus diferencias, un eufemismo para aludir a la actitud de los ingenieros galos que tienen dificultades para considerar como iguales a sus colegas hispanos.

La gota que rebasó el vaso fue la idea de Madrid de construir una variante de los Scorpène, llamada S-80, equipada con electrónica de la empresa estadounidense Lockheed Martin. París daba por sentado que los pedidos de S-80 serían para sus industrias. Los franceses, por su parte, decidieron promover un nuevo modelo a ser desarrollado, que se llamará Merlin; al igual que norteamericanos y británicos han dejado el submarino a propulsión convencional en favor del nuclear.

Semejantes naves deberían estar vedadas a las aguas latinoamericanas, cubiertas por el Tratado de Tlatelolco. Es tan nuclear la plataforma, el submarino, como las ojivas que puede cargar.

¿Qué pasará con el “Carrera” y el “O’Higgins”? ¿Se quedarán sin repuestos en caso de que desaparezca el consorcio Scorpène? Christophe-Alexandre Paillard, del directorio de Asuntos Estratégicos del Ministerio de Defensa de Francia, afirma que no hay peligro alguno. En su opinión, más de dos tercios de los submarinos son fabricados en Francia y contarán con asistencia necesaria. Lo mismo debería ocurrir con Navantia, que producirá los S-80, de alto grado de comunalidad con los Scorpène.

Lo que le pase a la Armada chilena será observado con atención por sus semejantes del mundo. Una mala atención al cliente podría cerrar muchas puertas en la ultra competitiva área de los submarinos. En realidad, no hay siquiera espacio para dos fabricantes europeos. La lenta agonía del consorcio Scorpène responde a la falta de órdenes. Es la ley de hierro de la economía de mercado: sin demanda la oferta resulta ociosa.

:arrow: http://www.lanacion.cl/prontus_noticias/site/artic/20061123/pags/20061123185922.html




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#534 Mensagem por pafuncio » Dom Nov 26, 2006 4:32 pm

Faço citação de um texto do Senhor Geraldo Aguiar, que dera sua opinião no blog do Nassif (que transcrevi no tópico último).

Agora, o Sr. Geraldo postou no blog do Tão Gomes Pinto.

O tópico, os trambolhos alemães da Marinha Brasileira.

Cito:

Recentemente colocamos um post falando na desastrada compra de submarinos alemães para 'remodelar' a nossa Armada. Dissemos, depois de ouvir vozes qualificadas no assunto, que estávamos comprando autênticos 'trambolhos', negociados com os alemães do grupo Thyssen. E mencionamos problemas surgidos entre a Grécia e a Alemanha em função desses submarinos.

Acabamos de receber o comentário enviado pelo sr. GERALDO AGUIAR a respeito e o transcrevemos na integra:

" Seu site me inspirou a ir buscar os fatos e encontrei-os na imprensa internacional. Os artigos da imprensa grega são devastadores. Há pelo menos 20 artigos que sairam de setembro para cá sobre o escândalo. Desde a ameaça alemã de vender o estaleiro Skaramanga até a resistência do governo grego que não deixou se intimidar. Resultado: um acordo pelo qual os gregos dão seis meses improrrogáveis aos alemaes para resolver os sete problemas graves de instabilidade, ruido, falha do sistema de armas, cavilhamento da helice , vazamento de água no sistema hidráulico, vibração do periscopio à velocidade de 3 nós e alta temperatura interna. Um dos artigos saidos em outubro na Grécia falava do esforço do governo e da marinha grega de não jogar no mar 1 bilhão e 300 milhões de euros, o preco de 4 submarinos. Aqui fala-se trefegamente de comprar, sem investigar o que está acontecendo na Grecia, e gastar para um submarino e concerto dos outros quatro, que os mesmos alemães nos venderam, 1 bilhão de euros. É como se o dinheiro do contribuinte brasileiro fosse água. Podem comprar de quem queiram desde que se tenha certeza que o produto corresponde ao que se especificou. Por que a pressa? Os gregos esperaram quatro anos e vão esperar mais seis meses para terem certeza do uso adequado do seu dinheiro. A Marinha brasileira, tão matratada pelos sucessivos governos que não lhe deram recursos necessários, vai por em risco sua merecida reputação de proficiencia, comprando apressadamente um produto - pelo menos no momento - sob duvida ?

enviada por Tão
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Reitero as perguntas que fiz no meu último post neste tópico.

Abraços, Alexandre.




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#535 Mensagem por LEO » Dom Nov 26, 2006 5:09 pm

alexandre lemos escreveu:O nome do primeiro U 214 não é Papanikolis ?


Sim, S120 Papanikolis.

alexandre lemos escreveu: nenhum U 214 está em operação ? Em caso positivo, qual o primeiro a entrar em serviço ?


A Grécia foi o primeiro cliente do U-214. O primeiro submarino deveria ter entrado em serviço entre 2005 e este ano. Com estes problemas é possível que ainda não esteja em operação.

Depois dos gregos, Coréia do Sul e Brasil anunciaram adquirir o U-214.


Se a MB sabia destes supostos problemas com o submarino, infelizmente não posso dizer.



Abraços,




"Veni, vidi, vinci" - Júlio Cesar

http://www.jornalopcao.com.br/index.asp ... djornal=43

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#536 Mensagem por Degan » Seg Nov 27, 2006 3:03 pm

Fiquei em dúvida se colocava essa matéria (do La Nación) aqui, ou se abria um outro tópico. Como veio à tona o assunto dos problemas dos IKL-214, creio ser oportuno demonstrar que a outra opção, o Scorpène, não está isenta de turbulências.


Este es un tema bien distinto, además, este artículo está plagado de errores:
1) Raúl Sohr es la versión chilena de su Godoy….no es muy creíble… :x
2) IKL ofreció un U-209 1.500 oceánico en el concurso chileno…así que no avía desaparecido del mercado…
3) El S-80 siempre ha sido una versión española….
4) Imposible que se desarme un consorcio que ha vendido más submarinos que su competencia (U-214 v/s Scorpene)
5) El Marlin es el Scorpene 100% francés…
6) Así, si alguna vez los españoles se retiran, existirán repuestos de Francia y de India…

Además, no se alude a ningún problema técnico del Scorpene, recordemos que el contrato de compra exigía el cumplimiento de todos los parámetros de diseño antes de la entrega, con muy grandes multas por atraso…

Saludos cordiales,




Chile, fértil provincia y señalada, de la región antártica famosa, que no ha sido por rey jamás regida, ni sus tierras y dominios sometida!!!.
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#537 Mensagem por old » Seg Nov 27, 2006 3:55 pm

Alcantara escreveu:Fiquei em dúvida se colocava essa matéria (do La Nación) aqui, ou se abria um outro tópico. Como veio à tona o assunto dos problemas dos IKL-214, creio ser oportuno demonstrar que a outra opção, o Scorpène, não está isenta de turbulências.

El scorpène se muerde la cola

El consorcio agoniza. Franceses y españoles no lograron superar sus diferencias, un eufemismo para aludir a la actitud de los ingenieros galos que tienen dificultades para considerar como iguales a sus colegas hispanos.

Raúl Sohr


Es una vieja tradición militar bautizar a los sistemas de armamentos con nombres de fieras. Una suerte de fetichismo que pretende transferir al arma los atributos del temible animal. Los franceses escogieron un pez venenoso, el scorpène, para llamar a una nueva serie de submarinos. El primer comprador de la nave, con un casco basado en el diseño de unidades a propulsión nuclear, fue la Armada de Chile, que encargó el “O’Higgins” y el “Carrera”.

En su tiempo no faltaron los críticos a la adquisición. Dijeron que era una compra a ciegas, porque se trataba de una máquina inexistente y su calidad sólo se conocería más tarde. Para bien o para mal. También señalaron que era un emprendimiento binacional entre los en aquel entonces astilleros Bazán, Izar más tarde y hoy Navantia -los cambios de nombre exhiben los problemas de la gradual privatización española- y el francés Dirección de Construcciones Navales (DCN), lo que podía complicar los contratos ya que siempre una parte puede culpar a la otra en caso de incumplimiento.

Para disipar las dudas, el consorcio Scorpène ofreció condiciones muy superiores al alemán Thyssen-HDW. Los nuevos sumergibles tenían una capacidad de inmersión superior en 50% a los U-209. Demás está decir que la profundidad es un atributo clave. Otro es el silencio del sistema de propulsión. Pero para los gobiernos, que desembolsan el dinero, el precio es un argumento contundente. La propuesta franco-española era más económica que la de los U-209, probados y queridos por los submarinistas chilenos y que llegaban al fin de su producción comercial.

Ahora el consorcio Scorpène agoniza. Franceses y españoles no lograron, entre otras cosas, superar sus diferencias, un eufemismo para aludir a la actitud de los ingenieros galos que tienen dificultades para considerar como iguales a sus colegas hispanos.

La gota que rebasó el vaso fue la idea de Madrid de construir una variante de los Scorpène, llamada S-80, equipada con electrónica de la empresa estadounidense Lockheed Martin. París daba por sentado que los pedidos de S-80 serían para sus industrias. Los franceses, por su parte, decidieron promover un nuevo modelo a ser desarrollado, que se llamará Merlin; al igual que norteamericanos y británicos han dejado el submarino a propulsión convencional en favor del nuclear.

Semejantes naves deberían estar vedadas a las aguas latinoamericanas, cubiertas por el Tratado de Tlatelolco. Es tan nuclear la plataforma, el submarino, como las ojivas que puede cargar.

¿Qué pasará con el “Carrera” y el “O’Higgins”? ¿Se quedarán sin repuestos en caso de que desaparezca el consorcio Scorpène? Christophe-Alexandre Paillard, del directorio de Asuntos Estratégicos del Ministerio de Defensa de Francia, afirma que no hay peligro alguno. En su opinión, más de dos tercios de los submarinos son fabricados en Francia y contarán con asistencia necesaria. Lo mismo debería ocurrir con Navantia, que producirá los S-80, de alto grado de comunalidad con los Scorpène.

Lo que le pase a la Armada chilena será observado con atención por sus semejantes del mundo. Una mala atención al cliente podría cerrar muchas puertas en la ultra competitiva área de los submarinos. En realidad, no hay siquiera espacio para dos fabricantes europeos. La lenta agonía del consorcio Scorpène responde a la falta de órdenes. Es la ley de hierro de la economía de mercado: sin demanda la oferta resulta ociosa.

:arrow: http://www.lanacion.cl/prontus_noticias/site/artic/20061123/pags/20061123185922.html


Ese texto no tiene mucho sentido. España desde el principio penso en el S80 que poco o nada tiene que ver con el Scorpene y los Franceses se molestaron al ofertar este submarino a otros paises, de ahi que ellos se saquen de la manga una version mayor del Scorpene.

A pesar de las diferencias ambos astilleros estan inmeroso en al fabricacion de los Scorpene Malayos y de la India, lo que asegura la continuidad del modelo y su exito ya que no a dado ningun problema a su primer cliente. ;)




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#538 Mensagem por old » Seg Nov 27, 2006 3:57 pm

Alcantara escreveu:Fiquei em dúvida se colocava essa matéria (do La Nación) aqui, ou se abria um outro tópico. Como veio à tona o assunto dos problemas dos IKL-214, creio ser oportuno demonstrar que a outra opção, o Scorpène, não está isenta de turbulências.

El scorpène se muerde la cola

El consorcio agoniza. Franceses y españoles no lograron superar sus diferencias, un eufemismo para aludir a la actitud de los ingenieros galos que tienen dificultades para considerar como iguales a sus colegas hispanos.

Raúl Sohr


Es una vieja tradición militar bautizar a los sistemas de armamentos con nombres de fieras. Una suerte de fetichismo que pretende transferir al arma los atributos del temible animal. Los franceses escogieron un pez venenoso, el scorpène, para llamar a una nueva serie de submarinos. El primer comprador de la nave, con un casco basado en el diseño de unidades a propulsión nuclear, fue la Armada de Chile, que encargó el “O’Higgins” y el “Carrera”.

En su tiempo no faltaron los críticos a la adquisición. Dijeron que era una compra a ciegas, porque se trataba de una máquina inexistente y su calidad sólo se conocería más tarde. Para bien o para mal. También señalaron que era un emprendimiento binacional entre los en aquel entonces astilleros Bazán, Izar más tarde y hoy Navantia -los cambios de nombre exhiben los problemas de la gradual privatización española- y el francés Dirección de Construcciones Navales (DCN), lo que podía complicar los contratos ya que siempre una parte puede culpar a la otra en caso de incumplimiento.

Para disipar las dudas, el consorcio Scorpène ofreció condiciones muy superiores al alemán Thyssen-HDW. Los nuevos sumergibles tenían una capacidad de inmersión superior en 50% a los U-209. Demás está decir que la profundidad es un atributo clave. Otro es el silencio del sistema de propulsión. Pero para los gobiernos, que desembolsan el dinero, el precio es un argumento contundente. La propuesta franco-española era más económica que la de los U-209, probados y queridos por los submarinistas chilenos y que llegaban al fin de su producción comercial.

Ahora el consorcio Scorpène agoniza. Franceses y españoles no lograron, entre otras cosas, superar sus diferencias, un eufemismo para aludir a la actitud de los ingenieros galos que tienen dificultades para considerar como iguales a sus colegas hispanos.

La gota que rebasó el vaso fue la idea de Madrid de construir una variante de los Scorpène, llamada S-80, equipada con electrónica de la empresa estadounidense Lockheed Martin. París daba por sentado que los pedidos de S-80 serían para sus industrias. Los franceses, por su parte, decidieron promover un nuevo modelo a ser desarrollado, que se llamará Merlin; al igual que norteamericanos y británicos han dejado el submarino a propulsión convencional en favor del nuclear.

Semejantes naves deberían estar vedadas a las aguas latinoamericanas, cubiertas por el Tratado de Tlatelolco. Es tan nuclear la plataforma, el submarino, como las ojivas que puede cargar.

¿Qué pasará con el “Carrera” y el “O’Higgins”? ¿Se quedarán sin repuestos en caso de que desaparezca el consorcio Scorpène? Christophe-Alexandre Paillard, del directorio de Asuntos Estratégicos del Ministerio de Defensa de Francia, afirma que no hay peligro alguno. En su opinión, más de dos tercios de los submarinos son fabricados en Francia y contarán con asistencia necesaria. Lo mismo debería ocurrir con Navantia, que producirá los S-80, de alto grado de comunalidad con los Scorpène.

Lo que le pase a la Armada chilena será observado con atención por sus semejantes del mundo. Una mala atención al cliente podría cerrar muchas puertas en la ultra competitiva área de los submarinos. En realidad, no hay siquiera espacio para dos fabricantes europeos. La lenta agonía del consorcio Scorpène responde a la falta de órdenes. Es la ley de hierro de la economía de mercado: sin demanda la oferta resulta ociosa.

:arrow: http://www.lanacion.cl/prontus_noticias/site/artic/20061123/pags/20061123185922.html


Ese texto no tiene mucho sentido. España desde el principio penso en el S80 que poco o nada tiene que ver con el Scorpene y los Franceses se molestaron al ofertar este submarino a otros paises, de ahi que ellos se saquen de la manga una version mayor del Scorpene.

A pesar de las diferencias ambos astilleros estan inmeroso en al fabricacion de los Scorpene Malayos y de la India, lo que asegura la continuidad del modelo y su exito ya que no a dado ningun problema a su primer cliente. ;)




PRick

#539 Mensagem por PRick » Seg Nov 27, 2006 5:54 pm

Em outros tempos, falava o seguinte:

1- Não existe lobie ou conduta pior que dos fabricantes de armas no mundo moderno, só mesmo os traficantes de droga são piores :lol: :

2- Por isto mesmo, é bom colocarmos notícias que saem na imprensa leiga, com ataques claros a determinados produtos bélicos, com certa relatividade. Dar o desconto devido, procurar mais fontes e esperar um pouco para fazermos conclusões:

3- Qualquer arma nova, costuma passar por um período de consolidação, pq é quase impossível um novo projeto não apresentar algum problema:

4- Fico me perguntando porque muitos destes Bloogs, que nem sabem que a MB existe, de uma hora para outra ficaram tão preocupados com submarinos, contra ou a favor, vamos nos lembrar do F-X, este tipo de debate emocional e pouco lúcido, só leva a um beco sem saída:

5- Além disso, o IKL 214 da MB, não será igual ao Greco, ou ao Português, o nosso não terá AIP, entre outras diferenças. Nem por isto, a MB deve ficar parada, é bom ficar bem atenta, e exigir modificações no projeto que se façam necessárias.

[ ]´s




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#540 Mensagem por Spectral » Seg Nov 27, 2006 6:44 pm

E o sub luso é mesmo um mix do 209 e 214 ou similar ao U 214 Br Plus Fodêitor , excluindo-se o AIP



O sub luso é um U214, mas recebeu o nome de U209PN devido a razões processuais. O projecto U214 incorporou características do U209 e do U212.




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