P44 escreveu:
À porta da sede do partido, no 7.º andar do edifício da câmara municipal de Kiev, está pintada uma gigantesca cruz suástica. Para que ninguém entre enganado. Depois, por todos os aposentos, há símbolos nacionalistas e nazis pintados nas paredes com spray.[/size]
Os activistas do Sector Direito, que é uma confederação reunindo vários movimentos de extrema-direita, andam de um lado para o outro, assistem a reuniões, ou passam horas sentados ou deitados em colchões estendidos no chão, ouvindo música em alemão, sempre de botas militares, coletes à prova de bala, capacetes, balaclavas ou máscaras. Há escudos metálicos empilhados nos corredores, prontos a serem levantados rapidamente, há bandeiras vermelhas e negras, as cores dos nacionalistas ucranianos durante a Segunda Guerra Mundial, comandados por Stepan Bandera.
É incrível como eles esqueceram como os alemães trataram os ucranianos (e todos os povos eslavos) durante a segunda guerra, se não fossem os exércitos soviéticos chutarem os nazistas de lá, provavelmente os ucranianos nem existiriam.
Por isso que qualquer filosofia racista é digna de desprezo, o racismo deixa a pessoa burra
Putin vai ensinando aos ocidentais como ser forte sem usar a força, a liderança ucraniana tomada de pavor, caso se mantenha no poder, comerá na mão da Rússia.
Enquanto isso, A Crimeia já é "russa" e os contatos seguem para conseguir uma maior adesão dos militares ucranianos, talvez Putin esteja procurando um general ucraniano para tomar o poder, e marcar eleições gerais, penso isso agradaria a todos!
Saudações
Re: Ucrânia
Enviado: Ter Mar 04, 2014 9:46 am
por Clermont
suntsé escreveu:É incrível como eles esqueceram como os alemães trataram os ucranianos (...)
Como os alemães trataram quais "ucranianos"?
Se uma coisa a atual bagunça está ensinando é que não existe uma totalidade "ucraniana", mas diversas. Então, deve existir uma razão para o número enorme de ucranianos que lutou pela Alemanha nazista, do começo ao fim, e para que grande número fosse executado pela mesma Alemanha nazista. Talvez, este último grupo fosse composto dos cidadãos de origem russa, que, agora em 2014 estão prontos para se separarem de Kiev. E o primeiro grupo fosse composto do mesmo tipo de cidadãos que, agora em 2014, colocaram um presidente eleito em fuga, e declaram hostilidade a tudo o que é russo.
Aliás, o cidadão Stepan Bandera pode ter pego uma "cana" dos alemães, mas saiu vivo da guerra, coisa que, provavelmente, não teria ocorrido se ele fosse considerado, mesmo, um inimigo da Alemanha nazista.
Re: Ucrânia
Enviado: Ter Mar 04, 2014 9:49 am
por EDSON
Clermont escreveu:
suntsé escreveu:É incrível como eles esqueceram como os alemães trataram os ucranianos (...)
Como os alemães trataram quais "ucranianos"?
Se uma coisa a atual bagunça está ensinando é que não existe uma totalidade "ucraniana", mas diversas. Então, deve existir uma razão para o número enorme de ucranianos que lutou pela Alemanha nazista, do começo ao fim, e para que grande número fosse executado pela mesma Alemanha nazista. Talvez, este último grupo fosse composto dos cidadãos de origem russa, que, agora em 2014 estão prontos para se separarem de Kiev. E o primeiro grupo fosse composto do mesmo tipo de cidadãos que, agora em 2014, colocaram um presidente eleito em fuga, e declaram hostilidade a tudo o que é russo.
Aliás, o cidadão Stepan Bandera pode ter pego uma "cana" dos alemães, mas saiu vivo da guerra, coisa que, provavelmente, não teria ocorrido se ele fosse considerado, mesmo, um inimigo da Alemanha nazista.
Sua analise é bastante correta muitos lutaram nas divisões SS no lado ocidental da Ucrânia.
Re: Ucrânia
Enviado: Ter Mar 04, 2014 9:49 am
por Clermont
RUSSOFOBIA.
Patrick J. Buchanan - 4 de março de 2014.
Com o envio de tropas russas para a Criméia, nossos falcões da guerra estão cuspindo fogo. A russofobia está desvairada, e as páginas dos editoriais estão em chamas.
Barack Obama deve fazer uma sintonia fina e refletir sobre como os presidentes da Guerra Fria lidaram com choques, de longe mais sérios, com Moscou.
Quando as divisões de tanques do Exército Vermelho esmagaram os combatentes da liberdade húngaros, em 1956, matando 50 mil, Eisenhower não levantou um dedo. Quando Khrushchev construiu o Muro de Berlim, Kennedy foi até Berlim e pronunciou um discurso.
Quando as tropas do Pacto de Varsóvia esmagaram a Primavera de Praga, em 1968, Lyndon Johnson não fez nada. Quando Moscou deu ordens ao general Wojciech Jaruzelski para esmagar o "Solidariedade", Ronald Reagan recusou a assumir compromissos com Varsóvia.
Estes presidentes não viam nenhum interesse vital dos Estados Unidos correndo perigo nestas ações soviéticas, ainda que brutais. Eles percebiam que o tempo estava do nosso lado na Guerra Fria. E a história provou que estavam certos.
Qual é o interesse vital dos Estados Unidos na Criméia? Zero. De Catarina, A Grande, à Khrushchev, a península pertenceu à Rússia. O povo da Criméia é 60 porcento russo étnico.
E se a Criméia votar pela secessão da Ucrânia, com que moral vamos negar-lhes este direito, quando nós bombardeamos a Sérvia por setenta e oito dias para conseguir a secessão do Kosovo?
Por toda a Europa, nações separaram-se desde o fim da Guerra Fria. A partir da União Soviética, Tcheco-Eslováquia e Iugoslávia, surgiram vinte e quatro nações. A Escócia está votando sobre a secessão neste ano. A Catalunha pode ser a próxima.
Porém, hoje, nós temos o Wall Street Journal descrevendo o envio de soldados pela Rússia para ocupar aeródromos na Ucrânia como uma "blitzkrieg" que "leva a guerra até o coração da Europa", embora a Criméia esteja mais a leste, até do que nós costumávamos chamar de Europa Oriental.
O Journal pede que o porta-aviões George W. Bush seja enviado para o Mediterrâneo Oriental e que belonaves da 6ª Esquadra americana sejam enviadas para o Mar Negro.
Mas, por quê? Não temos aliança alguma que exija que enfrentemos a Rússia pela Criméia. Não temos interesse vital nenhum lá. Por quê enviar uma frota, só para parecermos durões, escalar a crise e arriscar um confronto?
O Washington Post chama a ação de Putin de "ato nu de agressão armada no centro da Europa." A Criméia está no centro da Europa? Estamos pagando o preço pelo nosso fracasso em ensinar geografia nas salas de aula.
O Post também pede por um ultimato à Putin: saia da Criméia, ou vamos impor sanções que "afundarão o sistema financeiro russo."
Embora nós e a União Européia possamos arruinar a economia da Rússia e derrubar seu sistema bancário, isto seria sábio? E se Moscou responder cortando os créditos da Ucrânia, cobrando os débitos de Kiev, recusando-se a comprar seus produtos e aumentando o preço do petróleo e do gás?
Isso deixaria a UE e os EUA com a responsabilidade por uma nação lixeira, do tamanho da França e quatro vezes mais numerosa do que a Grécia. Estarão Angela Merkel e a UE dispostos a assumir este ônus, depois de resgatarem os PÌIGS - Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha?
Se chutarmos a Rússia para fora da tenda, para onde achamos que Putin se voltará, se não a China?
Isso não é um apelo para ignorar o que está ocorrendo, mas para compreendê-lo e atuar de acordo com os interesses de longo prazo dos Estados Unidos.
As ações de Putin, embora enervantes, não são irracionais.
Depois de vencer a competição para a Ucrânia juntar-se a sua união alfandegária, chutando uma tímida UE para escanteio com uma oferta de $ 15 bilhões mais um bônus de petróleo e gás subsidiados para Kiev, ele viu sua vitória ser roubada.
Turbas formaram-se na Praça Maidan, ergueram barricadas, enfrentaram a polícia com porretes e coquetéis "molotov", impuseram uma capitulação depois da outra, ao presidente eleito, Viktor Yanukovych, e então o derrubaram, o botaram para correr do país, o "impicharam", capturaram o parlamento, rebaixaram a língua russa e declararam a Ucrânia como parte da Europa.
Para os americanos isso pode parecer democracia em ação. Para Moscou, tem o aspecto de um "Putsch da Cervejaria" bem-sucedido, com até mesmo jornalistas ocidentais reconhecendo que havia neonazistas na Praça Maidan.
Na Criméia e na Ucrânia oriental, russos étnicos viram um presidente que elegeram e um partido que apoiávam, derrubados e substituídos por partidos e políticos hostis à Rússia com a qual eles mantém ancestrais laços culturais, religiosos e históricos.
Mesmo assim, Putin está correndo um risco sério. Se a Rússia anexar a Criméia, nenhuma grande nação reconhecerá isso como legítimo, e ele perderá o restante da Ucrânia, para sempre. Se ele fatiar e anexar a Ucrânia oriental, ele poderá detonar uma guerra civil e uma segunda Guerra Fria.
O tempo não está, necessariamente, do lado de Putin. John Kerry pode estar certo sobre isto.
Mas, quanto aos chamados dos falcões, trazer a Ucrânia e a Geórgia para a OTAN, será dar a estas nações, profundamente dentro do espaço da Rússia, o mesmo tipo de garantias de guerra que o Kaiser deu à Áustria em 1914 e os britânicos deram aos coronéis poloneses em março de 1939.
Estas garantias de guerra levaram a duas guerras mundiais, que os historiadores podem ainda concluir que foram os golpes de morte na civilização ocidental.
suntsé escreveu:É incrível como eles esqueceram como os alemães trataram os ucranianos (...)
Como os alemães trataram quais "ucranianos"?
Se uma coisa a atual bagunça está ensinando é que não existe uma totalidade "ucraniana", mas diversas. Então, deve existir uma razão para o número enorme de ucranianos que lutou pela Alemanha nazista, do começo ao fim, e para que grande número fosse executado pela mesma Alemanha nazista. Talvez, este último grupo fosse composto dos cidadãos de origem russa, que, agora em 2014 estão prontos para se separarem de Kiev. E o primeiro grupo fosse composto do mesmo tipo de cidadãos que, agora em 2014, colocaram um presidente eleito em fuga, e declaram hostilidade a tudo o que é russo.
Aliás, o cidadão Stepan Bandera pode ter pego uma "cana" dos alemães, mas saiu vivo da guerra, coisa que, provavelmente, não teria ocorrido se ele fosse considerado, mesmo, um inimigo da Alemanha nazista.
Os Ucranianos estão entre a cruz e a espada, os ucranianos são muito parecidos com os escoceses em termos de unidade politica (ou falta de unidade politica), a falta de unidade politica da Ucrânia, abriu espaço para que este país não consegui-se se manter independente. Assim como a escócia nunca conseguir se manter independente por falta de unidade politica. Com a diferença que a escócia teve a sorte que não estar localizada no leste europeu, e a ucrânia teve o azar de se desenvolver na em uma das regiões mais brutais do globo.
Re: Ucrânia
Enviado: Ter Mar 04, 2014 10:22 am
por suntsé
As lideranças ucranianas foram irresponsáveis, a elite política do país que deveriam zelar pela paz e prosperidade do povo ucraniano, colocaram o país em uma crise, mesmo sabendo dos riscos do país se fragmentar. É natural que o "povão" se entregue a paixões porque o povão não entende nada de geopolítica, de relações internacionais, ou povo não entende a própria política em si, mas as lideranças políticas que possuem preparo intelectual para medir os riscos e que deveriam entender destas questões para guiar o seu país, tiveram um comportamento leviano e ingênuo se deixando levar pelas promessas das potencias do ocidente.
É um principio básico das relações internacionais que todas as nações que ignoraram arcaram com graves conseqüências: Quando se tem um império poderoso em suas fronteiras e você sabe que não tem condições de resistir ao seu poder ou desafiá-lo, o melhor a fazer é acomodar os seus interesses aos interesses desse império.
Os Ucranianos ignoraram isso assim como a Geórgia e agora estão pagando o preço.
Re: Ucrânia
Enviado: Ter Mar 04, 2014 10:39 am
por Túlio
Por outro lado...
04/03/2014 10h14
Kerry chega a Kiev e anuncia assistência econômica à Ucrânia
Pacote prevê US$ 1 bilhão em garantias de empréstimos, segundo oficial.
Medida demonstra apoio ao novo governo em meio à tensão com a Rússia.
Da Reuters
O secretário de Estado americano, John Kerry, chegou nesta terça-feira (4) a Kiev, na Ucrânia, e anunciou um pacote de assistência técnica e econômica ao país em uma demonstração de apoio ao novo governo em meio à escalada de tensão com a Rússia.
A visita à capital ucraniana ocorre em meio à pressão dos EUA e de seus aliados ocidentais sobre a Rússia para que esta retire suas tropas da região ucraniana da Crimeia. Caso isso não ocorra, os EUA prometeram realizar sanções econômicas contra a Rússia, além de isolar o país diplomaticamente.
Kerry deve se reunir com membros do novo executivo de Kiev, em um contexto de crise com a Rússia na península ucraniana da Crimeia.
Um oficial americano que acompanha Kerry na visita disse que a administração do presidente Barack Obama vai trabalhar com o congresso para aprovar a liberação de US$ 1 bilhão em garantias de empréstimos à Ucrânia para tentar diminuir o impacto dos cortes nos subsídios de energia enfrentados pelo país.
A russa Gazprom decidiu acabar a partir de abril com a redução do preço do gás vendido à Ucrânia, uma medida adotada no âmbito de um plano de ajuda a esta ex-república soviética.
A sensação que dá é que Putin criará o caminho, através de plebiscitos/votações de parlamento para a criação de um novo País, ou dois países, um sendo a criméia e outro formado pelas províncias do leste da atual Ucrânia. O lado oeste ele deixará seguir o seu caminho rumo à UE.
Ele não precisa anexar. Basta os vínculos comerciais intensos que são normalmente utilizados depois da 2GM. Como disse o colega acima, depois que Putin vencer o jogo no campo econômico, o pessoal que perdeu quis virar a mesa. Deu no que deu.
O que faz pensamos em outra coisa: Até onde os levantes e protestos usando as redes sociais são questionamentos únicos e exclusivos dos cidadãos do País em questão? Há como garantir isso? No passado e no presente?
Soldados rusos y ucranios, cara a cara en Crimea Tras horas de negociaciones, los ucranios, desarmados, regresan con las manos vacías
4 MAR 2014 - 11:14 CET57
Son imágenes grabadas por reporteros de varias cadenas de televisión internacionales que muestran la tensión en Crimea entre soldados prorrusos y ucranios en la basé aérea de Belbek, junto a Sebastopol. Tras horas de negociación, los militares ucranios, que estaban desarmados y se enfrentaban a milicianos con armas automáticas, han abandonado la base sin éxito. "Nos han ordenado que regresemos. Las tropas rusas seguirán en la base", declara un oficial ucranio, según informa el periodista Mike Giglio. Las fuerzas prorrusas les habían recibido con disparos de preaviso, los primeros que se producen en el conflicto. Las peticiones del comandante ucranio para compartir el control de la base han sido desoídas por sus regidores, que la gestionan desde que ayer lograran la rendición de las fuerzas leales a Kiev.
Re: Ucrânia
Enviado: Ter Mar 04, 2014 11:27 am
por EDSON
Forças leais a Kiev? Em alguns lugares não passam de meia duzia.
SIMFEROPIL, 4 de março -. RIA Novosti autonomia da Criméia pode ser expandido para outras regiões da Ucrânia, se os habitantes dessas regiões expressar tal desejo, disse terça-feira o primeiro-ministro da Criméia Sergei Aksenov.
Na véspera do vice-presidente do Conselho Supremo da Criméia Sergey Tsekov disse à RIA Novosti que os representantes da Kherson, Nikolayev e Odessa apelo à liderança da Crimeia, expressando o desejo de fazer parte da república autônoma, se os seus poderes será reforçada pelos resultados do referendo. Segundo ele, o tratamento recebido e as autoridades locais.
"Crimeans vai acolher qualquer conexão com os nossos processos, especialmente os processos que se aplicam hoje na Ucrânia", - disse Aksenov numa conferência de imprensa em Simferopol.
O primeiro-ministro confirmou que, de acordo com ele, o desejo de entrar para a Criméia expressa Kherson, Mykolaiv e várias regiões da Ucrânia. Segundo ele, a decisão de aderir a autonomia da Criméia fará com que os habitantes destas regiões.
O primeiro-ministro também observou a irracionalidade de argumentos sobre a possibilidade de as tropas da NATO na região.
Em Kiev, 22 de fevereiro, houve uma mudança de governo, que tem sinais de um golpe de Estado. Verkhovna Rada do presidente deposto Viktor Yanukovich do poder, mudou a constituição, as atribuições cometidas ao Presidente e ao Presidente Oleksandr Turchynov nomeado eleições presidenciais em 25 de maio. Yanukovych disse em uma coletiva de imprensa em Rostov-on-Don, que foi forçado a deixar a Ucrânia sob ameaça de violência física, e continua a ser o chefe de Estado eleito legalmente. Moscou considera que a legitimidade das decisões da Rada Suprema da Ucrânia em dúvida.
Uma série de áreas no leste da Ucrânia e do sul, bem como a Criméia não reconheceu a legitimidade das decisões do Verkhovna Rada, declarou remoção ilegal do cargo de presidente Yanukovych, e decidiu realizar um referendo sobre o futuro de suas regiões. Parlamento da Criméia em 27 de fevereiro nomeado primeiro-ministro Sergei Aksenov Peninsula, líder do movimento sócio-político local "unidade russa". Aksenov disse que considera o presidente legítimo Viktor Yanukovych pretende obedecer. O Conselho de Ministros da autonomia decidiu realizar um referendo sobre o futuro da Crimeia em 30 de março.