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Re: japão

Enviado: Sex Dez 15, 2017 8:06 am
por akivrx78
Racha em partido dificulta plano de Abe para mudar Constituição do Japão

ANNA FIFIELD
DO "WASHINGTON POST", EM TÓQUIO
15/12/2017 07h00

A campanha do primeiro-ministro Shinzo Abe para revisar a Constituição que os norte-americanos criaram para o Japão depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) encontrou seu primeiro obstáculo: o partido que ele lidera não consegue chegar a acordo sobre como reformar a cláusula que manteve o país pacifista pelas últimas sete décadas.

Os legisladores do Partido Liberal Democrata (PLD) estão em conflito sobre como reformar o Artigo 9 da Constituição, que renuncia à guerra, mas o primeiro-ministro continua com seus esforços para fortalecer as Forças de Autodefesa japonesas, adquirindo armas norte-americanas com o incentivo do presidente Donald Trump.

O ministro da Defesa, Itsunori Onodera, apresentou uma proposta de orçamento de US$ 46 bilhões, ou 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) japonês, para o ano que vem, excedendo em muito o tradicional limite de 1% do PIB para gastos com defesa.

Grande parte do aumento de verba seria destinado a comprar mísseis de cruzeiro de longo alcance, capazes de atingir bases inimigas —uma proposta controversa enquanto o Japão continua restrito pela Constituição em vigor a combater apenas em autodefesa.

"Os esforços de revisão constitucional de Abe seriam um momento histórico em um esforço dos conservadores, que já dura décadas, para conduzir o Japão ao que eles veem como posição mais 'normal' para um país", disse Jennifer Lind, especialista em assuntos japoneses no Dartmouth College.

A mudança causa controvérsia em outros países da região, principalmente a China. Por isso, Abe deve tomar cuidado para que a revisão assegure o equilíbrio do poder na região, disse Lind.

"Se Abe e outros conservadores discutirem a revisão usando retórica que envolva 'restaurar a grandeza do Japão', isso não só alarmaria a China mas muitos outros povos da região e em todo o planeta", ela disse.

LEGISLATIVO

A revisão requereria o apoio de dois terços dos integrantes nas duas câmaras da Dieta, ou Legislativo —ambas controladas pelo PLD e pelo Komeito, seu parceiro de coalizão— bem como aprovação em referendo por maioria simples.

Abe quer acrescentar um terceiro parágrafo ao artigo 9º da Constituição. Em seu primeiro parágrafo, afirma que "o povo japonês renuncia à guerra para sempre" e, no segundo, diz que o Japão "não manterá forças terrestres, navais e aéreas ou outras formas de potencial bélico".

A intenção com o aditivo é reconhecer e legitimar as Forças de Autodefesa. Mesmo dentro do PLD, existem divisões quanto à proposta —um terço do partido acredita que ele contradiria a proibição existente à manutenção de "potencial bélico".

Só após um consenso que a sigla pretende apresentar a iniciativa ao Komeito, no qual muita gente questiona o porquê da revisão. "Não consideramos que as Forças de Autodefesa sejam inconstitucionais, e acredito que a maioria do Japão tampouco", disse Kazuo Kitagawa, líder da comissão constitucional do partido.

Dada a dificuldade de consenso, a reforma não deve acontecer antes de 2020, como previa Abe, e o primeiro-ministro ainda enfrentará uma série de eventos até lá.

No ano que vem ele passará por eleição interna no PLD para se manter no cargo e em 2019 haverá a abdicação do imperador Akihito e as eleições para Câmara Alta do Legislativo. Por fim, os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.

"Será muito difícil encontrar o momento certo", disse Sota Kimura, professor de direito constitucional na Universidade Metropolitana de Tóquio.

Para ele, o governo não vai querer atrapalhar a abdicação, mas não quer correr o risco de perder a maioria de dois terços na Dieta. "Por isso, tenho certeza de que existem pessoas que sentem a necessidade de acelerar a reforma e propor o anteprojeto de revisão à Dieta antes disso", disse Kimura.

Pesquisas mostram que os japoneses estão divididos quanto ao plano de Abe. No levantamento do jornal conservador "Yomiuri", pouco menos da metade aprovava a revisão, contra 40% contrários.

COREIA DO NORTE

A parcela a favor da mudança vem subindo lentamente à medida que a Coreia do Norte testa novos mísseis lançados na direção do Japão. Na primeira tentativa de revisão constitucional, em 2015, houve imensos protestos em Tóquio.

Enquanto não concretiza seu plano, Abe tenta estender os limites da Constituição atual. Na semana que vem, ele deve aprovar a compra de três tipos de mísseis terra-ar, expandindo a capacidade de suas forças aéreas.

Em visita a Tóquio, em novembro, Donald Trump incentivou o Japão a comprar "imensas" quantidades de equipamentos militares norte-americanos a fim de "abater dos céus" quaisquer mísseis norte-coreanos.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2017 ... apao.shtml
Erro da reportagem 2.5% do PIB da uns US$160 Bilhões deve ser um aumento de 2.5% referente ao orçamento do ano passado de qualquer forma o valor excede o limite de 1% do PIB para a defesa.

Re: japão

Enviado: Seg Dez 25, 2017 5:40 pm
por akivrx78
Potential defense shift may see Japan arm helicopter carriers with F-35B stealth jets

Kyodo
Dec 25, 2017

In what could be a major change in Japan’s policy on aircraft carriers, the Defense Ministry is mulling a plan to buy F-35B stealth fighter jets for use on its helicopter carriers, government sources said.

The introduction of F-35Bs, which have short takeoff/vertical landing (STOVL) capability, will be useful in countering China’s growing maritime assertiveness. They are expected to bolster Japan’s ability to defend far-flung islands in the southwest, where only short runways exist, the sources said Sunday.

The move, however, is likely to trigger a backlash from China and Japan’s other neighbors because it could be viewed as contradicting Japan’s so-called “exclusively defense-oriented policy” under the pacifist Constitution.

Prime Minister Shinzo Abe’s government has altered the nation’s postwar security policy over the past few years, most notably through new security laws that largely expand the range of activities permissible by the Self-Defense Forces.

Under its strictly defense-oriented policy, Japan has maintained that it cannot possess “attack aircraft carriers,” saying the vessels can be deemed offensive weapons that exceed the minimum capacity Japan needs for self-defense in light of the Constitution.

The Maritime Self-Defense Force has a fleet of flat-topped destroyers known as helicopter carriers. Its largest Izumo-class carriers are 248 meters long and can carry up to 14 helicopters.

F-35Bs can operate from existing helicopter carriers once modifications are made to the bow, deck and other areas, the sources said. These modifications will allow destroyers, new or old, to function as small aircraft carriers.

Japan has purchased F-35As for the Air Self-Defense Force and hopes to acquire 42 units. But the Defense Ministry is considering including F-35Bs in the purchase, or adding them onto the deal for the 42 F-35As.

The F-35B is the U.S. Marines variant of the F-35 multi-role fighter made by Lockheed Martin Corp. The F-35A has conventional takeoff and landing capability requiring a runway.

https://www.japantimes.co.jp/news/2017/ ... kFTwzdpFnI

Re: japão

Enviado: Ter Jan 02, 2018 1:56 pm
por akivrx78
January 1, 2018 2:12 am JST
Japan eyes electronic-warfare jet, could jam missile bases

Remote strike potential would draw nation closer to offensive capability

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Boeing's EA-18G electronic-warfare fighter. (Photo courtesy of Boeing)

TOKYO -- Japan looks to deploy electronic-warfare aircraft that can neutralize enemy air defenses and command systems remotely, blurring the line between strict self-defense and offensive base-strike capability.

The country is exploring options including Boeing's EA-18G fighter jet -- nicknamed the "Growler" -- which emits large radio pulses to jam radar and communication systems. The EA-18G also carries missiles to knock out radar facilities.

The Defense Ministry intends to write the aircraft into its Mid-Term Defense Program when that plan is revised at the end of 2018, acquiring several jets between fiscal 2019 and fiscal 2023.

Electronic defenses have a range of several hundred kilometers, according to the Defense Ministry's acquisition and technology unit. If necessary, Japan could deploy the aircraft over international waters off the coast of North Korea to disable missile bases and radar facilities.

The jets also would enhance the country's so-called Anti-Access/Area Denial strategy, which aims to keep Chinese aircraft and military vessels from encroaching on Japan's surroundings. China is deploying its own electronic-warfare aircraft under the military's recently formed Strategic Support Force.

Japan is stocking up on other equipment that theoretically could be used in a strike on enemy facilities. The government will buy air-to-surface joint strike missiles from Norway in fiscal 2018, letting Japan attack targets around 500km away. The Defense Ministry also has begun researching domestic production of cruise missiles.

The ministry may overhaul Japan's Izumo-class helicopter carriers to function as aircraft carriers, altering the vessels' decks so that fighter jets can take off and land. Some also have proposed purchasing F-35B stealth fighters to work with the retrofitted ships. This cutting-edge aircraft can take off from shorter runways than others in its class.

Japan denies these acquisitions are intended to give the country offensive strike capability, holding to its policy of exclusive self-defense. The new equipment is "ultimately meant to defend Japan," a Defense Ministry official said.

The government maintains that it relies on the U.S. for the ability to strike enemy bases and that weaponry violating the defense-only policy would be "used only in the event of a catastrophic breakdown among our allies," Defense Minister Itsunori Onodera has said. But Japan's stock of such equipment could grow, unless clear guidelines are enacted that distinguish between defense and offense.

(Nikkei)
https://asia.nikkei.com/Politics-Econom ... sile-bases

Re: japão

Enviado: Ter Nov 13, 2018 5:35 pm
por akivrx78
Ministro das Finanças do Japão quer aumento de gastos militares

https://ipc.digital/ministro-das-financ ... -do-japao/

Re: japão

Enviado: Seg Nov 26, 2018 6:31 am
por akivrx78
O Japão vai aumentar os gastos com defesa para 1,3% do PIB até 2023

2018-11-26 14:26

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A escolta Izumo, é considerado uma modificação para porta-aviões.

A mídia japonesa informou que o governo planeja aumentar o orçamento de defesa para 1,3% do produto interno bruto até 2023. Parece significar que vamos abolir completamente a política de manter dentro de 1% das despesas de defesa a longo prazo.

O Sankei Shimbun informou no dia 26, citando vários funcionários do governo, dizendo que mudará o método de cálculo do custo de defesa para o padrão da OTAN e aumentará o orçamento de defesa. Incluirá as contribuições das atividades de manutenção da paz da ONU (PKO) que não estão incluídas no atual orçamento de defesa e o custo do apoio às antigas famílias militares japonesas. Os gastos de defesa do Japão são de cerca de 0,9% do produto interno bruto este ano e, se esse método de cálculo for usado, será 1,15% do produto interno bruto.

Parece haver duas razões para o governo japonês mudar o método de cálculo do custo de defesa. Primeiro, é por causa da administração dos EUA de Donald Trump. A administração Trump está colocando pressão sobre os membros da OTAN para aumentar os gastos com defesa, e as consequências também podem afetar o Japão. Em segundo lugar, parece ter o objectivo de aumentar drasticamente o orçamento da defesa, abolindo completamente a política de "dentro de 1%". A Sociedade de Assistência à Segurança do Partido Liberal Democrata propôs em maio elevar o orçamento de defesa para 2% da meta nacional, a meta da OTAN.

O Japão seguiu esse princípio após 1976, quando o primeiro-ministro Miko Takeo disse que proporia o nível de gastos com defesa dentro de 1% do PIB, a fim de limitar o orçamento militar do Japão. O gabinete de Nakasone Yasuhiro aboliu oficialmente este princípio em 1986, mas o orçamento de defesa superou 1% do produto interno bruto em 2010 depois dos anos 90. O orçamento de defesa do Japão este ano é de 5.191,1 bilhões de ienes (cerca de 48 bilhões de dólares). É aproximadamente 5,747.6 bilhão iene (aproximadamente 54 bilhões de dólares) quando se soma o que não é incluída agora em despesas de defesa. Se o orçamento de defesa for elevado para 1,3% do produto interno bruto até 2023, os custos de defesa aumentarão para 7 trilhões de ienes (cerca de 69 bilhões de dólares). O chefe de gabinete do governo, Sugaya Yoshihide, disse em uma entrevista coletiva na terça-feira que "não existe uma estrutura atual de 1% para o orçamento de defesa".

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F35B que faz uso de um equipamento pneumático na hora de renovação de porta-aviões de classe de Izumo. Wikipedia Commons

Por outro lado, o Sankei Shimbun informou que o governo japonês planeja especificar a expressão "revisão da operação de aeronaves em navios" no final do ano. Significa anunciar oficialmente planos para reformar o porta helicópteros da frota da classe Izumo. O Japão está considerando tirar proveito do F35B, que é capaz de decolagens de curto alcance, como um sistema de influxo, disse o jornal.

https://translate.google.co.jp/translat ... 71800.html
O aumento do orçamento de defesa era esperado, além da necessidade de renovar as escoltas eles vão ter de resolver o que fazer com os 100 F-15 mais antigos que não foram modernizados, tem o programa F-3 e a substituição de 90 heli de ataque AH-1, fora a construção de 2 bases de lançamento do aegis Ashore que esta orçado em quase 10 Bilhões de dólares.

Eu tenho duvidas de se vão mesmo reformar a classe Izumo a Msdf disse que o Izumo é essencial para caça de submarinos e se for para operar o F-35B ela quer 2 navios dedicados tipo Wasp.

Re: japão

Enviado: Seg Dez 03, 2018 6:54 am
por akivrx78
Japão protesta desenvolvimento de campo de gás pela China

O governo japonês fez um protesto com a China por causa de aparente teste de perfuração em um campo de gás perto da linha mediana dos dois países no Mar da China Oriental.

Japão e China em 2008 concordaram em desenvolver conjuntamente os campos de gás da região. Enquanto as negociações para um tratado relacionado permanecem estagnadas, a China continuou unilateralmente a desenvolver os campos, incluindo a construção de estruturas perto da linha mediana.

O Ministério das Relações Exteriores do Japão disse que o Japão soube que um navio chinês estava envolvido no que parecia ser uma perfuração experimental de recursos no lado chinês da linha mediana, em meados de novembro.

Yoshihide Suga, secretário-geral do gabinete, disse a repórteres na segunda-feira que é extremamente lamentável que a China continue a desenvolver unilateralmente os campos de gás, apesar dos repetidos pedidos do Japão para que parem. Ele acrescentou que os dois países ainda precisam estabelecer uma fronteira marítima no Mar da China Oriental.

Suga também disse que os líderes do Japão e da China disseram que trabalharão para retomar as negociações em breve sobre a implementação do acordo para o desenvolvimento conjunto de recursos no Mar da China Oriental.

Ele acrescentou que o governo continuará a incentivar fortemente a China a retomar as negociações.

https://www3.nhk.or.jp/nhkworld/en/news/20181203_25/

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Plataformas chinesas.

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Linha vermelha a fronteira revindicada pelo Japão e os pontos são os locais que a China esta explorando.

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Como alguns poços ficam na fronteira a exploração deveria ser conjunta.

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Porem o local onde fica o maior deposito fica do lado do Japão próximo a Okinawa.

Re: japão

Enviado: Dom Dez 09, 2018 7:08 am
por akivrx78
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O Japão vai vender para Filipinas radares FPS-3 vai ser a primeira exportação de hardware militar japonês para um pais estrangeiro (excluindo Eua).

Re: japão

Enviado: Dom Dez 09, 2018 7:58 am
por akivrx78
Japão planeja usar mísseis hipersônicos e porta-aviões atualizado
Publicado em 9 de dezembro de 2018, em Sociedade
O Ministério da Defesa vem trabalhando ostensivamente para defender ilhas remotas.

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Há também uma proposta para reequipar o porta-helicópteros Izumo no que seria na verdade um pleno porta-aviões.

O governo japonês está buscando usar mísseis hipersônicos e de longo alcance como parte de diretrizes que serão lançadas neste mês, embora alguns críticos dizerem que tais equipamentos vão além do mandato puramente defensivo das Forças De Autodefesa.

O Ministério da Defesa vem trabalhando no novo equipamento, ostensivamente para defender ilhas remotas, incluindo mísseis de alta velocidade capazes de viajar mais de 300Km e mísseis hipersônicos guiados que voam mais de cinco vezes a velocidade do som para evadir redes de radares.

O ministério também visa desenvolver submarinos de vigilância não tripulados sob as novas diretrizes. Todos poderão estar utilizáveis até meados de 2020.

Há também uma proposta para reequipar o porta-helicópteros Izumo no que seria na verdade um pleno porta-aviões – um tipo de navio que o país não tinha desde a 2ª Guerra Mundial. A ideia é fazer com que ele transporte caças furtivos F-35B, os quais requerem apenas uma curta decolagem e podem pousar verticalmente. O Japão quer comprar mais F-35s, incluindo F-35As já usados nacionalmente.

No dia 12 de dezembro o governo apresentará uma proposta do Programa de Diretrizes de Defesa Nacional e Programa de Defesa de Meio Termo a um painel de especialistas, assim como equipes de trabalho sob o dominante Partido Liberal Democrático e o Komeito.

Isso vai refletir o feedback na versão final, a qual o governo visa ter aprovação do gabinete em meados de dezembro.

Contudo, alguns críticos veem os mísseis de longo alcance e porta-aviões como mais que uma capacidade ofensiva, que vão contra o Artigo 9 de renúncia de guerra da constituição do Japão. O governo espera convencê-los que o novo equipamento será usado apenas para fins de defesa.

http://www.portalmie.com/atualidade/not ... tualizado/

Re: japão

Enviado: Dom Dez 09, 2018 10:14 am
por Bourne
O Japão está sendo empurrado para mudar a constituição e elevar a capacidade de combate das forças de defesa.

E coerente com a visão norte-americana de que "defender vocês é muito caro, se virem". Não é só o Trump que forma espalhafatosa que disse, mas o Obama e até Bush desenhavam essa nova visão norte-americana em relação aos antigos aliados e futuras ameaças.

Re: japão

Enviado: Qui Dez 13, 2018 8:34 am
por akivrx78
1 Trilhão de ienes são aproximadamente 10 Bilhões de dólares então o orçamento vai ser ampliado em 20 Bi.

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Re: japão

Enviado: Qua Jan 09, 2019 9:04 am
por akivrx78
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O Japão vai construir uma nova base aeronaval em Mageshima, a base sera utilizada em conjunto entre o Japão e Eua, o governo comprou a ilha por US$150 milhões.

Re: japão

Enviado: Qua Jan 09, 2019 8:56 pm
por FCarvalho
Se o Japão quiser fazer frente as aspirações chinesas na Ásia, ou retoma as rédeas da sua própria defesa e esquece isso de constituição pacifista empurrada goela abaixo há quase 80 anos, ou será engolido pelo tempo e pelos acontecimentos.

Até 2030 os chineses terão pelo menos 5 a 6 Nae's com grupos embarcados capazes de fazer muito mais que apenas barulho ou ameaças.

Creio que os japoneses têm muito melhor memória que nós. É mais. Costumam aprender com a História.

Abs

Re: japão

Enviado: Qui Jan 10, 2019 7:25 am
por Sterrius
Difícil demais pro japão contestar a china geograficamente fora do seu entorno em direção ao pacifico. Independente do número de NAe´s e equipamento simplesmente porque faltam bases e locais para operar além do seu território criando "hotzones" que não da pra navegar sem problemas.

E nem precisa também. Diferente da China o japão tem toda a rota do pacifico liberada e "atrás" do seu país. Logo suas rotas comerciais em caso de conflito com a China estão bem protegidas. E no fim é esse o objetivo japonês.
Japão não quer nem precisa ser a policia do pacifico enquanto os EUA for pelo menos neutro em relação ao Japão.

Logo o foco do Japão contra a China sempre foi apenas possuir os meios para impedir uma invasão da ilha de Kyoshu que é a ilha mais ao sul e onde começa de verdade o país.

Pra chegar a Kyoshu a China precisa obrigatoriamente tomar todas as pequenas ilhas japonesas antes. Até pra fornecer mais suporte naval e aéreo e diminuir a distancia que os navios precisam percorrer.

Se tentar ignora-las e ir direto pra Kyoshu não vai dar certo tb. A distancia é absurda e não a como dar um suporte aereo/naval consistente pra uma invasão naval.



Obvio que o video acima não é pra levar super a sério. Mas demonstra relativamente bem as limitações chinesas devido a geografia.


Agora é obvio que Japão precisará dar um upgrade na sua força militar nas próximas décadas. Mas isso não é necessariamente contra sua constituição ou modelo atual de defesa.
Isso tem mais haver com a armadilha de gasto público que o japão possui hoje do que real vontade politica. Já que a economia japonesa está a 1 grande erro de derreter sob o peso de sua divida pública.

Re: japão

Enviado: Dom Jan 13, 2019 10:21 am
por akivrx78
Como Trump forçou o Japão a tomar a segurança com suas próprias mãos

Este pode ser o ano em que o Japão finalmente chegar a um acordo com sua própria defesa, depois de anos tomando pistas dos EUA.
Mas uma política de longa data de proteger o seu povo das realidades da aliança dos EUA é susceptível de rasgar a sociedade japonesa em dois

De Lully Miura
13 de janeiro de 2019

Uma década ou mais a partir de agora, as pessoas podem olhar para trás em 2019 como um ponto de viragem para o Japão - o momento em que finalmente chegou a um acordo com a sua própria segurança no século 21.

Dois anos da administração de Donald Trump nos Estados Unidos abalaram o público japonês, mas depois de um pouco de choque, eles aceitaram uma nova realidade. Este é um mundo pós-guerra do Iraque e o Japão, pela primeira vez desde o fim da Segunda Guerra Mundial, está enfrentando o desafio de prover sua própria segurança.

No quarto de século desde o final da Guerra Fria, que não terminou com um “dividendo de paz” para a Ásia Oriental, o Japão teve que lidar com os tempos em mudança. Ao longo da década de 1990, sua aliança com os EUA foi redefinida e Tóquio teve que confirmar que tal aliança ainda é relevante. Também procurou normalizar sua política de segurança, continuando sua tradição pacifista. A capacidade de enviar suas Forças de Autodefesa para missões de paz no exterior e exercer autodefesa coletiva com os EUA foram passos importantes durante esse período.

Mas o Japão está agora enfrentando a dura realidade de que seu ambiente de segurança mudou, mais do que os passos incrementais que ele até agora tomou para reforçar suas defesas poderiam sugerir.

A Ásia enfrentou a sua justa quota de desafios de segurança no passado - desde a construção militar soviética dos anos 50 e 60, até a China se tornar uma potência nuclear em 1964 e a crise nuclear norte-coreana que ainda ronda até hoje - mas nenhuma Essas crises mudaram os fundamentos da segurança do Leste Asiático, uma vez que a relativa superioridade e a determinação militar dos EUA nunca foram questionadas.

Enquanto a região pudesse contar com o compromisso dos EUA, outros fatores eram de preocupação secundária.

O que mudou na era Trump é a determinação americana. Seu surgimento dentro do Partido Republicano, espelhado na esquerda por um renovado entusiasmo pelo desengajamento dentro do Partido Democrata, é um sinal claro da mudança de prioridades nos EUA sobre a manutenção de seu “império” informal no exterior.

Naturalmente, a América não vai simplesmente entregar seu domínio mundial à China. Seu foco recente em pressionar economicamente a China e reconstruir sua proeminência tecnológica são sinais claros de que ela não pretende fazê-lo. Do ponto de vista da segurança, a modernização dos EUA do seu arsenal nuclear, os investimentos em inteligência artificial e cibersegurança e o aperfeiçoamento da guerra no espaço são sinais de sua determinação imperial. Mas isso não se traduz necessariamente em hegemonia regional no leste da Ásia.

As conversações entre os EUA e a Coréia do Norte também sinalizaram uma mudança simbólica na política externa dos EUA na região.

O apaziguamento dos EUA em relação a Pyongyang foi enfrentado por sentimentos de desapontamento e desamparo na mídia japonesa, especialmente quando Trump mencionou o Japão como um dos principais portadores de custos da desnuclearização, apesar de nenhum acordo concreto ter sido feito. Mais uma vez, o Japão estaria pagando por algo que tem pouca influência.

O país encontra-se em uma posição desconfortável, já que não tem capacidade ofensiva para tirar concessões da Coréia do Norte, mas os EUA não compartilham seu medo de Pyongyang. Tóquio só pode tentar influenciar a situação, influenciando os EUA.

As conversas também expuseram uma questão mais fundamental: a lacuna de percepções entre Tóquio e Washington sobre sua aliança. A administração Trump incorpora uma desconfiança do Japão como um "free-rider" que não contribui o suficiente para sua própria defesa. Esta não é uma visão amplamente compartilhada no Japão. O público japonês tem mais medo de “armadilha” dos EUA e se entrelaça em suas guerras. Essa lacuna de percepção existe porque o público japonês foi em grande parte protegido das realidades da aliança por um governo que temia ser abandonado pelos EUA, mas não quis transmitir sua hospitalidade para o superpovo.

As conversas também expuseram uma questão mais fundamental: a lacuna de percepções entre Tóquio e Washington sobre sua aliança. A administração Trump incorpora uma desconfiança do Japão como um "free-rider" que não contribui o suficiente para sua própria defesa. Esta não é uma visão amplamente compartilhada no Japão. O público japonês tem mais medo de “armadilha” dos EUA e se entrelaça em suas guerras. Essa lacuna de percepção existe porque o público japonês foi amplamente protegido das realidades da aliança por um governo que temia ser abandonado pelos EUA, mas não queria transmitir sua hospitalidade para a superpotência por medo de uma reação pacifista.

Nos dois anos desde que Trump chegou ao poder, o público japonês tornou-se cada vez mais cético em relação ao apoio dos EUA no caso de uma crise limitada, como a que envolve as disputadas Ilhas Diaoyu, que o Japão chama de Ilhas Senkaku. Os progressistas japoneses - tanto na oposição quanto na mídia - tornaram-se mais isolacionistas. Eles estão empenhados em enfraquecer a aliança, mas não necessariamente construir capacidades militares independentes. Nem os progressistas recentes vêem a China favoravelmente, em comparação com o período da guerra fria.

Da mesma forma que o Japão é cauteloso com os EUA, também é cauteloso com a Coréia do Sul, dado seus problemas históricos, com os laços se enfraquecendo novamente agora por causa de um desacordo sobre a compensação trabalhista em tempo de guerra.

Os conservadores no poder, entretanto, estão gradualmente se adaptando a uma nova realidade. O Japão reforçou suas relações militares com outros, como os membros do Quad, e planeja aumentar os gastos com defesa nos próximos cinco anos com equipamento militar avançado dos EUA.

No entanto, essas diretrizes, ao mesmo tempo em que defendem a resiliência e a autossustentabilidade, também continuam com a filosofia básica do pacifismo. Os anos restantes da era Trump provavelmente verão a sociedade japonesa ainda mais dividida entre isolacionismo e realismo.

Lully Miura é professora do Instituto de Pesquisa de Alternativas de Políticas da Universidade de Tóquio
https://www.scmp.com/week-asia/geopolit ... -own-hands
Eu não duvido que foi o próprio Abe que pediu ao Trump que colocasse mais pressão sobre gastos em defesa justamente para ajudar na reforma da constituição japonesa, porem por incrível que pareça pelo menos ainda 40% da população japonesa acredita que ao invés de os próprios japoneses assumirem suas responsabilidades é mais comodo pagar ao Eua a quantia que eles pedirem não importando o valor.

Os jovens pensão diferente, mas eles não tem interesse em politica e não vão as urnas votar, (pois não é obrigatório) a grande maioria das pessoas que vão as urnas são da geração de 50 anos para cima.

Re: japão

Enviado: Dom Jan 13, 2019 10:25 am
por akivrx78
Chefe da defesa do Japão para manter conversações com a contraparte dos EUA esta semana
Hoje às 05:05 am
TÓQUIO

O ministro da Defesa do Japão, Takeshi Iwaya, visitará os Estados Unidos nesta semana para discutir com seu colega, o secretário interino de Defesa Patrick Shanahan, a aliança entre os dois países e as novas diretrizes de defesa do Japão, informou o Ministério da Defesa.

O encontro acontece no momento em que o Japão reforça sua capacidade de defesa, incluindo novos domínios de guerra, como ciberespaço e espaço, além de um plano para buscar a instalação de porta-aviões, com vistas à crescente capacidade militar da China e à ameaça nuclear norte-coreana. .

Iwaya fará uma visita de seis dias aos Estados Unidos a partir de terça-feira e deve se encontrar com Shanahan na quarta-feira.

Este será o primeiro encontro entre Iwaya e Shanahan, que assumiu a posição em 1º de janeiro após a saída abrupta do secretário da Defesa, Jim Mattis.

O ministro deve informar Shanahan sobre as novas Diretrizes do Programa Nacional de Defesa adotadas por Tóquio em dezembro. Eles definiram as metas de capacidade de defesa em um período de cerca de 10 anos.

Espera-se também que Iwaya discuta o Programa de Defesa Intermediária do Japão, que especifica um plano de gastos e aquisições de cinco anos para a defesa, a partir do ano fiscal de 2019.

Depois de visitar Washington, o chefe da defesa japonesa viajará para o quartel-general do Comando Indo-Pacífico dos EUA e um complexo de testes para o sistema terrestre de mísseis Aegis Ashore, no Havaí. O Japão planeja instalar dois desses sistemas de mísseis.

Uma reunião entre Iwaya e o conselheiro de segurança nacional dos EUA, John Bolton, também está sendo coordenada, disseram fontes próximas ao assunto.

https://japantoday.com/category/politic ... -next-week