Geopolítica Energética

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Re: Geopolítica Energética

#526 Mensagem por FoxHound » Sex Jul 06, 2012 10:16 am

Política energética dos EUA vai revolucionar preços do petróleo
6/07/2012
Iúlia Kalachíkhina, Vladímir Pavlov, RBC Daily
Decisão do presidente norte-americano Barack Obama de reduzir as importações do Oriente Médio pode afetar negativamente a Rússia com a queda dos preços de petróleo.
Durante os próximos oito anos, os EUA pretendem reduzir 50% das importações de petróleo do Oriente Médio. Em 2035, os líderes norte-americanos devem cessar todas as importações dessa região.



De acordo com especialistas, essa estratégia pode prejudicar a Rússia. A diminuição das importações de petróleo nos EUA vai baixar os preços de vários exportadores, incluindo a Rússia.



De acordo com as previsões do governo dos Estados Unidos, o país vai restringir importações do Oriente Médio, da África e da Europa.



As exportações dos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEC, na sigla em inglês) vai cair de 1,6 milhões a 860 mil de barris por dia.



Investimento em tecnologia A produção de petróleo nos EUA foi impulsionada por investimentos. Segundo a Sociedade de Investigação em Energia IHS de Cambridge, 48% de todos os investimentos globais em produção de petróleo (cerca de 320 bilhões de dólares) foram aplicados nos EUA e no Canadá. As novas tecnologias que reduziram o custo de extração também vão introduzir grandes mudanças na política energética.



“Esperamos que o setor de transportes dos EUA (o principal consumidor de petróleo nacional) comece a consumir gás natural”, afirma o economista do Instituto de Estudos Energéticos de Oxford, Willy Olsen. “Os Estados Unidos e o Canadá têm reservas consideráveis de gás de xisto. Isso ajudará a desenvolver o setor de transportes nos EUA, uma das prioridades do presidente Obama”, completa.



Segundo Olsen, desde o presidente americano Richard Nixon, todos os seus sucessores tentaram diminuir a dependência das importações de petróleo, “mas Obama tem pela primeira vez em quarenta anos uma oportunidade real de alcançar esse objetivo”.
http://nl.media.rbth.ru/web/br-rbth/ima ... il_468.jpg
“Obama priorizou o desenvolvimento da produção nacional associado à redução da dependência de recursos energéticos importados”, explica o diretor do Instituto de Estimativas e Análise Estratégica Vagif Guséinov. “Também o controle da região do Oriente Médio como um mecanismo de pressão econômica sobre os principais importadores de petróleo e presença da Marinha dos EUA nas principais rotas comerciais da Ásia”, completa.


Os EUA aparentemente alcançaram sucesso significativo em seu programa de independência energética. “A tal chamada ‘revolução do xisto’ já está gerando um impacto significativo sobre o mercado global de gás.



Os norte-americanos criaram um mercado de energia autônomo e não dependem dos preços flutuantes do cenário global”, afirma Guséinov. Vencedores e perdedores Apesar da redução das importações de petróleo do Oriente Médio, o governo dos EUA declarou que a região continuará sendo foco da política externa do país.


Segundo o representante da seção de energia do Departamento de Estado dos EUA, Carlos Pascual, o país precisa de mercados mais estáveis. Atualmente, um barril de petróleo nos EUA custa cerca de 83 dólares, mas esse preço pode cair até US$ 65 em 2013.



Os exportadores de petróleo do Oriente Médio não perderão nada. A demanda por recursos energéticos está crescendo tanto no Oriente Médio como na Ásia. A Arábia Saudita e o Kuwait estão investindo na construção de novas refinarias de petróleo, das quais os chineses se tornarão os principais consumidores.



“No entanto, a redução significativa de cotações pode ser desastrosa para vários países, como Irã, Venezuela e Rússia, que calculam seus orçamentos se baseando em preço do petróleo entre 100 e 120 dólares por barril”, finaliza Guséinov.
http://gazetarussa.com.br/articles/2012 ... 14757.html




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Re: Geopolítica Energética

#527 Mensagem por rodrigo » Sex Jul 06, 2012 12:02 pm

De acordo com especialistas, essa estratégia pode prejudicar a Rússia. A diminuição das importações de petróleo nos EUA vai baixar os preços de vários exportadores, incluindo a Rússia.
Se vai prejudicar a Rússia, imagine os árabes. Já deveriam investir em pesquisas para saber como transformar areia em comida.




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Re: Geopolítica Energética

#528 Mensagem por Sterrius » Sex Jul 06, 2012 12:31 pm

ja é dificil prever a geopolitica energetica daqui a 10 anos. Quanto + daqui a 20.

So acredito vendo.




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Re: Geopolítica Energética

#529 Mensagem por pampa_01 » Sex Jul 06, 2012 12:53 pm

Dubai está fazendo a sua parte.




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Re: Geopolítica Energética

#530 Mensagem por NettoBR » Sex Jul 06, 2012 4:24 pm

rodrigo escreveu:Já deveriam investir em pesquisas para saber como transformar areia em comida.
Só investem em armas e conflitos. Quem sabe se acharem o gênio da lâmpada, e mesmo assim é capaz de pedirem morte aos inimigos ao invés de comida e água. :roll:
Certos estão Dubai e Abu Dhabi que estão transformando deserto em enormes pólos financeiros e turisticos investindo tudo o que tem.




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Re: Geopolítica Energética

#531 Mensagem por NettoBR » Qua Jul 11, 2012 7:45 pm

Petrobras investirá US$ 700 milhões em exploração de gás na Colômbia
Por EFE Brasil, EFE Multimedia, Atualizado: 11/07/2012 18:52

Bogotá, 11 jul (EFE).- A Petrobras investirá na Colômbia US$ 700 milhões até 2016 na prospecção de uma plataforma marinha na busca de gás, informou nesta quarta-feira em Bogotá o diretor corporativo da estatal brasileira, Luiz Gustavo Primo de Siqueira.
O executivo da Petrobras fez o anúncio no sexto Fórum Andean Energy Summit sobre petróleo, gás, energia elétrica e renovável nos Andes e na América Central, realizado até quinta-feira na capital colombiana, onde explicou os objetivos da companhia petrolífera.

'Esses US$ 700 milhões que correspondem à Colômbia estão focados em projetos de prospecção offshore visando encontrar gás que possa nos servir tanto no mercado colombiano como também como complemento das necessidades de gás no Brasil a partir de 2013 ou 2014', destacou.
O empresário argumentou que este foco faz parte de um 'redirecionamento estratégico dos projetos onshore (em terra) para o offshore (em águas marítimas profundas)' que se apoiará na 'liderança' da Petrobras em perfurações dessas características.

Do orçamento para as operações na Colômbia, segundo ele, US$ 562 milhões serão destinados à prospecção, US$ 66 milhões ao desenvolvimento dos projetos, US$ 67 milhões à comercialização e downstream e US$ 14 milhões a projetos corporativos.
A Petrobras começou a operar na Colômbia em 1972, embora com outro nome. Desde então, sua presença evoluiu graças à compra das ações de outras empresas, como a americana Esso e a britânica Lasmo Oil. EFE

Fonte: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx? ... =252227635




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Re: Geopolítica Energética

#532 Mensagem por NettoBR » Qua Jul 11, 2012 9:16 pm

Índios desocupam canteiro de obras de Belo Monte
11/07/2012 - 16h08

Brasília - O grupo de indígenas que ocupava um dos canteiros de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), deixou o local após negociação com a Norte Energia, responsável pelo empreendimento. A informação foi divulgada pelo consórcio no começo da tarde de hoje (11).

Cerca de 350 índios de nove etnias ocupavam desde o dia 21 de junho o Sítio Pimental, o maior dos três canteiros de obras da usina. O grupo reivindicava a criação de um comitê indígena para monitoramento da vazão do rio, a criação do Comitê Gestor Indígena, estudos complementares do Rio Bacajá, que é um afluente do Rio Xingu, e plano de proteção das terras das tribos.

De acordo com a Norte Energia, após negociações entre a empresa e as lideranças indígenas, ficou decidido que parte das demandas será atendida imediatamente e outras continuarão a ser discutidas.

Ficou acertada a criação de um comitê para monitorar a vazão à jusante do Rio Xingu e outro para acompanhar as condicionantes do Projeto Básico Ambiental, ligadas às populações indígenas. Os dois comitês terão representantes dos índios, que deverão indicar os nomes nos próximos 15 dias.

A Norte Energia também se comprometeu a reapresentar o sistema de transposição do Rio Xingu e um novo cronograma para atendimento de demandas emergenciais das populações atingidas. Entre os compromissos negociados para a desocupação, também está a entrega de cinco bases operacionais e dois postos de vigilância até setembro para segurança das terras indígenas afetadas pela obra da usina.

Além de representantes da empresa e lideranças indígenas, a negociação também foi acompanhada por representantes da Secretaria-Geral da Presidência e da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia ... belo-monte




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Re: Geopolítica Energética

#533 Mensagem por FoxHound » Sex Jul 13, 2012 2:25 pm

Aumenta atuação de petrolíferas russas em Cuba
13/07/2012
Natália Juravleva, Vzgliad

Durante os próximos 13 anos a empresa russa de petróleo Zarubejneft investirá cerca de US$ 3 bilhões em projetos na República de Cuba. Apesar da triste experiência de empresas espanholas na Argentina e na Bolívia, cujos ativos foram afetados pela expropriação e estatização, a companhia russa afirma não temer os riscos.
Imagem
Vice-presidente do Conselho de Ministros da República de Cuba Ricardo Cabrisas (à esq.) visitou "Zarubezhneft" , onde se reuniu com o Diretor-Geral Nikolai Brúnitch (à dir.). Foto: Divulgação

Na última quarta-feira (11), o conselheiro do Kremlin para política exterior, Iúri Uchakov, declarou que a empresa russa de petróleo Zarubejneft investirá cerca de 3 bilhões de dólares em projetos cubanos até 2025.

Segundo Uchakov, a maioria dos depósitos de petróleo em Cuba foram descobertos por especialistas soviéticos.

“Em 2009, a Zarubejneft injetou cerca de US$ 40 milhões em Cuba, e o volume total dos investimentos na região até 2025 alcançará US$ 2,9 bilhões”, disse Uchakov à agência de notícias russa Interfax.

No ano passado, a Zarubejneft assinou quatro contratos com a empresa cubana de exploração e produção de hidrocarbonetos Cuba?etroleo.

Esses foram os primeiros acordos entre a Rússia e Cuba na área durante os últimos 20 anos e preveem a participação dos russos na exploração e produção de hidrocarbonetos em dois blocos marítimos.

A Zarubejneft começará a perfurar o poço de exploração no Bloco L, em Cuba, a partir de novembro.

Uchakov acrescentou que a empresa russa de energia Inter RAO UES também entrou no mercado cubano em 2009. Durante os últimos três anos a empresa fechou 10 contratos de fornecimento de equipamentos de energia elétrica no valor de US$ 11,6 milhões.

A Inter RAO UES planeja ainda criar uma joint venture com a empresa cubana Unión Eléctrica, que será responsável pela modernização da usina termoelétrica na cidade de Mariel.

Risco sob controle

De acordo com especialistas, os benefícios da participação de empresas russas em projetos cubanos superam os riscos.

"É óbvio que observadores externos vão associar os riscos de investir em Cuba com a expropriação recente de 51% da YPF, que pertencia à empresa espanhola Repsol", diz o codiretor do departamento de análise da empresa de investimentos Investkafe, Grigóri Birg.

“No entanto, Cuba precisa de investimentos no setor de petróleo e gás, e não vai agir do mesmo modo”, completou.

A Rússia investiu relativamente pouco na exploração de petróleo na região ao longo dos últimos anos. “Porém, como as reservas podem conter mais de 20 bilhões de barris de petróleo, as empresas estão prontas para assumir os riscos”, arrematou Birg.
FONTE




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Re: Geopolítica Energética

#534 Mensagem por NettoBR » Sex Jul 13, 2012 3:21 pm

Ações da Petrobras disparam após anúncio de reajuste no diesel
13/07/2012 - 13h15.

As ações da Petrobras dispararam nesta sexta-feira, um dia após a empresa anunciar reajuste de 6% no diesel a partir de segunda-feira. Sinal de que o mercado reagiu bem à medida.
As ações ordinárias da empresa (ON, com direito a voto) subiam 7,79%, a R$ 20,09 por volta das 13h12. No mesmo horário, as ações preferenciais (PN) tinham alta de 4,89%, a R$ 19,49.

O Ibovespa, principal índice da Bovespa, operava em alta de 1,37%, com a ajuda da empresa, aos 54.151 pontos. O giro financeiro era de R$ 2,86 bilhões, dos quais cerca de R$ 719 milhões apenas das ações preferenciais da Petrobras.
O dólar, por sua vez, operava em baixa de 0,14%, cotado a R$ 2,037.

Os papéis da estatal vêm registrando sucessivas quedas e acumularam perdas de 13% no primero semestre para as ações preferenciais e de 15,9% para as ordinárias, período em que o Ibovespa registrava queda de 4,2%.
Na avaliação do analista da SLW Corretora Erick Scott, a alta deve se sustentar até o final do dia, mesmo que em um nível menor.
Segundo ele, os dados da China que poderiam atrapalhar o desempenho dos papéis da estatal vieram dentro do esperado e estão sendo considerados positivos pelo mercado.

O governo do país asiático anunciou na manhã desta sexta-feira (noite de quinta em Brasília) a desaceleração de seu PIB no segundo trimestre do ano, com um crescimento de 7,6%.
"A alta é por conta do reajuste, e também tem vencimento de opções na segunda-feira, o que sempre puxa o papel. Os dados da China também não decepcionaram, o que ajuda", disse o analista.

Ele observou que mesmo com o aumento, o diesel ainda mantém uma defasagem de cerca de 16% em relação aos preços do mercado internacional.
Scott não acredita em um novo aumento do produto e nem para a gasolina, cujo preço também continua defasado em relação aos preços externos.

"Se mexer mais na gasolina vai refletir na inflação, não acho que vão mexer mais", afirmou.

Imagem
Editoria de Arte/Folhapress

REAJUSTE

A Petrobras anunciou ontem que irá reajustar em 6% o diesel nas refinarias --é o segundo reajuste em menos de um mês.
A estatal estima que o impacto nas bombas será de 4%, mas os postos afirmam que o repasse para o consumidor será integral.

"Que vai aumentar mais de 6%, ninguém tem dúvida disso", diz José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro (sindicato dos postos do Estado de São Paulo). "Nós não temos mais condição de absorver mais nada de reajuste nos postos. O que vier de aumento da distribuidora, nós vamos repassar".
Gouveia diz que o aumento de 6% na base, na refinaria, se torna maior ao longo da cadeia de distribuição do combustível. "Em cima desse valor tem toda a carga de impostos, como PIS/Cofins e ICMS, por exemplo."

A estatal disse, em nota, que o aumento foi definido "levando em consideração a política de preços da companhia", que busca "alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional".

DEFASAGEM INTERNACIONAL

Antes do reajuste, estudo do Centro Brasileiro de Infraestrutura divulgado na quinta apontou que a defasagem de preço do diesel vendido pela Petrobras em relação às refinarias dos EUA chegava a 23%. No caso da gasolina, a defasagem é de 14,7%.
Os dados foram calculados com base na cotação do petróleo e do câmbio de ontem.

"A defasagem do diesel é o grande problema da Petrobras, maior mesmo que o problema da gasolina", disse o diretor do centro, Adriano Pires. "A economia do Brasil é movida a diesel."

IMPORTÂNCIA DO COMBUSTÍVEL

O diesel é o produto com maior participação no faturamento da Petrobras: cerca de 27% da receita total da estatal, segundo a corretora Planner.
Para atender à crescente demanda interna por combustíveis, a companhia importa combustível --tanto diesel quanto gasolina-- pelo preço internacional e revende a preços mais baixos no país.

De acordo com a corretora, o prejuízo chega a R$ 17,4 bilhões por ano. "Estimamos ainda que esta perda de receita tenha um impacto de R$ 2,4 bilhões no lucro líquido por ano da companhia", disse a Planner.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/11 ... esel.shtml




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Re: Geopolítica Energética

#535 Mensagem por FoxHound » Qua Jul 18, 2012 3:06 pm

Cooperação econômica com destaque para energia.
http://m.ruvr.ru/data/2012/07/18/129949 ... review.jpg.
Foto: RIA Novosti

Imprimir enviar por E-mail Postar em blog
A cooperação energética será um dos temas principais das conversações russo-turcas em Moscou. Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan discutirão não apenas a interação na esfera do petróleo e do gás, mas também a construção da usina de energia atómica em Akkuyu, o maior projeto de investimento russo na Turquia.

A agenda da visita do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, à Rússia é muito rica em conteúdo. O tema principal das conversações será a regularização da situação na Síria. Não é casual que Recep Tayyip Erdogan visita Moscou um dia passado após as conversações de Vladimir Putin com o enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan. Anteriormente, o diálogo complexo entre Moscou e Ancara sobre este problema agravara-se ainda mais após o incidente com o avião turco abatido na Síria.

Apesar disso, as relações econômicas entre os dois países são praticamente desanuviadas. A Rússia é o segundo parceiro comercial da Turquia após a Alemanha. No ano passado, os países acordaram elevar os indicadores de antes da crise do intercâmbio comercial dos atuais 32 para 100 mil milhões de dólares americanos. Este objetivo está sendo realizado inclusive através dos mecanismos do Conselho de Cooperação do Mais Alto Nível, que deve reunir-se pela terceira vez no próximo outono.

A cooperação energética entre os dois países é considerada energética. A Rússia fornece gás à Turquia diretamente, através do gasoduto Blue Stream, que atravessa o Mar Negro. Para além disso, são alcançados os entendimentos de princípio sobre a construção do gasoduto South Stream nas águas territoriais da Turquia.

Contudo, hoje, o maior projeto energético russo na Turquia é a construção da usina atómica em Akkuyu, cujo custo, segundo os últimos dados, constituirá 22 bilhões de dólares. O respetivo contrato com a corporação estatal russa de energia atómica Rosatom foi concluído no ano passado. O projeto de usina nuclear de Akkuyu deve elevar a cooperação energética entre os dois países a um nível novo, disse em entrevista exclusiva à Voz da Rússia o ministro da Energia da Turquia, Taner Yildiz:

"Estamos muito satisfeitos com o desenvolvimento atual da nossa cooperação energética e planeamos alarga-la. Ambas as partes estão interessadas em manter um nível alto de interação tanto na esfera estatal, como empresarial. Gostaria que a nossa cooperação na área da energia atómica seja mais intensa, tal como no setor do gás. Espero que isso aconteça mais cedo ou mais tarde."

A cooperação da usina atómica na Turquia está a ser efetuada segundo um esquema novo para a Rosatom. Em conformidade com o contrato de longo prazo, a corporação compromete-se a projetar, a encarregar-se de manutenção técnica e a explorar a central em Akkuyu.

Para 2015, Ancara tenciona elevar o consumo de energia em 150% e construir não menos de 12 blocos de energia atómica. A Rússia pode tornar-se um dos parceiros principais da Turquia na realização destes planos.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_18/Co ... a-Turquia/




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Re: Geopolítica Energética

#536 Mensagem por FoxHound » Qua Jul 18, 2012 3:10 pm

Forbes colocou a Gazprom em segundo lugar e Putin em primeiro.
A revista americana Forbes classificou a Gazprom como a segunda maior companhia de gás do mundo e o presidente Vladimir Putin como a figura mais influente no mercado mundial de petróleo e gás.

Entretanto os especialistas advertem que a crescente concorrência no mercado do combustível azul pode abalar seriamente a posição do monopolista russo do gás. Para que isto não aconteça a Gazprom deve mudar seriamente sua política de marketing.

Por que motivo os analistas da Forbes deram ao presidente russo o status de “eminência parda” da energia mundial? A Gazprom é a segunda maior companhia de gás, em primeiro lugar está a saudita Saudi Aramco. A principal companhia de petróleo russa – a Rosneft- na classificação da Forbes ocupa apenas o 15º lugar. Mas, como salienta o diretor do Fundo Nacional de Segurança energética, Konstanttin Simonov, a Rússia tem boas posições tanto no petróleo como no gás.

“A Rússia é jogador dominante no mercado mundial de hidrocarbonetos, apesar de a Arábia Saudita ter passado à frente em extração de petróleo, e em extração de gás os Estados Unidos estarem na frente. Mas no total, em exportação, quanto ao papel no mercado, nós somos um jogador bastante influente. Putin, como homem que governa o país, tem especial atenção “.

O especialista considera que um papel importante na escolha foi o carisma do presidente russo. Pois no olimpo do petróleo e gás poderiam estar também o emir do Qatar e o rei da Arábia Saudita. Sem falar já dos acionistas de grandes fundações americanas de pensões e investimentos – as outras “eminências pardas” dos hidrocarbonetos. Pois são justamente eles que definem o preço do petróleo, financiando os futuros do petróleo. Mas a Forbes conscientemente não lhes dá atenção.

Aliás, é melhor que os fornecedores russos de hidrocarbonetos pensem não no status corrente mas sim em como manter as posições no mercado energético mundial. Os especialistas assinalam o aumento brusco da concorrência, justamente no segmento do combustível azul. O Qatar, os EUA, o Canadá entram nos mercados com propostas mais baratas e condições flexíveis. Se o monopolista russo do gás não reagir a tempo à situação atual, o honroso segundo lugar estará ameaçado.

Hoje no mundo aumenta a pressão da parte dos produtores de gás de xisto. Alguns especialistas falam até mesmo em revolução do xisto. Mas, por enquanto, não se extrai assim tanto gás de xisto e seu custo é muito alto. É mais um tema de especulação.

Ainda assim, a Gazprom deve preparar-se para sérias mudanças no mercado. Segundo muitas previsões, o consumo de gás no mundo irá aumentar, mas também a oferta aumentará. Para manter as posições de liderança, a companhia russa deverá mudar a política de preços. A Gazprom está acostumado a trabalhar nas condições de contratos a longo prazo e, quando o comprador garante por um longo período o volume e os preços dos fornecimentos. Isto simplificava o planejamento dos investimentos. Os especialistas consideram que em breve a Gazprom terá de planejar os investimentos de capital nas condições de contratos de curto prazo e preços constantemente a mudar.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_18/fo ... n-gazprom/




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Re: Geopolítica Energética

#537 Mensagem por NettoBR » Sex Jul 20, 2012 3:51 pm

Refinaria pernambucana da Petrobras caminha para ser a mais cara do mundo
Abreu e Lima pode custar mais de US$ 20 bilhões e superar projeto do Kuwait com capacidade quase duas vezes maior
Dubes Sônego | 19/07/2012 05:00:00

Imagem
Abreu e Lima: investimento previsto de US$ 17,1 bilhões para processar 230 mil barris de óleo por dia

Um dos projetos mais ambiciosos da Petrobras nas últimas décadas na área de refino de combustíveis, a usina Abreu e Lima, que está sendo construída em Pernambuco, caminha para se tornar uma das refinarias mais caras do mundo. Orçada inicialmente em US$ 2,3 bilhões, a obra, que já foi paralisada algumas vezes pelo Tribunal de Contas da União por suspeitas de irregularidade, tem custo estimado, hoje, de US$ 17,1 bilhões. Apesar do incrível aumento de 643% no orçamento, a Abreu e Lima pode custar ainda mais. Estimativas da própria Petrobras dão conta que os valores podem superar a casa dos US$ 20 bilhões.

Até hoje, na história, nenhuma refinaria de petróleo, independente do combustível que irá produzir, custou tanto dinheiro. O recorde até o momento pertence à refinaria Al Zour, um projeto que ainda não foi tirado da gaveta pela estatal petrolífera do Kuwait (KNP, na sigla em inglês). Pelas estimativas da KNP, a refinaria está avaliada em US$ 19 bilhões. Já a refinaria mais cara já construída é a de Jamnagar, na Índia. Trata-se do maior complexo de refino de petróleo do mundo, com capacidade de processar mais de 1,2 milhão de barris por dia, cinco vezes a capacidade projetada para a Abreu e Lima.

Há quem diga, no entanto, que números absolutos não são os melhores indicadores para definir se uma refinaria é cara ou não. Em geral, o mercado usa a relação do custo da refinaria com o número de barris de petróleo que ela é capaz de processar. Usando esse parâmetro, a Abreu e Lima também é recordista. No projeto do Kuwait, o custo de processamento por barril é de US$ 30 mil. Na refinaria indiana, ele cai para US$ 10 mil. Na Abreu e Lima, o custo para se refinar um barril de petróleo já esta na casa dos US$ 75 mil e subindo.

Envolta em críticas, polêmicas e muitas denúncias, a refinaria pernambucana é quase um tabu na estatal brasileira. Procurada pela reportagem do iG, a Petrobras informou que não teria como se manifestar até a publicação desta notícia sobre a disparidade dos valores entre a Abreu e Lima e suas pares espalhadas pelo mundo.

Em seu favor, no entanto, a Petrobras pode argumentar que avaliar o custo de uma refinaria de petróleo e gás é um processo complexo. Essa é a tese corrente entre especialistas do setor. De acordo com eles, o valor final do investimento necessário varia de acordo com os produtos que serão produzidos (no caso da Abreu e Lima, principalmente óleo diesel) a densidade do petróleo (alta, no caso brasileiro, o que dificulta o refino) e quanto de enxofre e de impurezas precisarão ser retirados no processo de refino.

É uma conta complexa. “Às vezes é difícil comparar custos, porque cada grupo inclui diferentes itens em sua composição”, diz Dave Geddes, um economista e consultor de planejamento que trabalhou por mais de 20 anos em uma das maiores construtoras americanas, a Bechtel, avaliando a viabilidade econômica de projetos de refinarias nos Estados Unidos, na Ásia, no Oriente Médio e na América Latina. “De qualquer forma, é o valor mais alto que eu já vi”, diz, referindo-se a Abreu e Lima.

Hoje uma boa referência de relação entre preço de construção de refinarias e capacidade de processamento é justamente o da usina de Al Zour, na faixa dos US$ 30 mil. Para Tadeusz Patzek, professor e membro do conselho do departamento de petróleo e engenharia de geossistemas da Universidade do Texas, em Austin, um dos principais polos dessa indústria no mundo, o valor da usina do Kuwait tende a ser uma referência mundial. “Dificilmente veremos refinarias custando o que custavam no passado”, diz ele. O valor atual chega a ser o dobro do padrão predominante há poucos anos, de US$ 15 mil a US$ 20 mil. Ainda assim, está bem abaixo do que a Petrobras vem conseguindo em Pernambuco.

Até o final de abril, a Petrobras havia investido em Abreu e Lima US$ 8,35 bilhões, o suficiente para que pouco mais de 55% das obras fossem concluídas. O investimento total planejado, por ora, é de US$ 13,4 bilhões, até setembro de 2014. Mas o valor projetado e considerado realista, para conclusão em 2016, é de US$ 17,1 bilhões e pode aumentar em US$ 3 bilhões, caso sejam aceitas as solicitações de ajustes já feitas por epecistas (US$ 2 bilhões), e outras potencialmente identificadas pela Petrobras.

Em ocasiões passadas, a Petrobras alegou que os custos foram revisados para cima em função de uma série de fatores, de chuvas na fase de terraplanagem a incorporação de novas tecnologias para o tratamento de gases e a alta nos preços de serviços e equipamentos. Mas a própria Maria das Graças Foster, presidente da companhia, declarou na apresentação do plano de negócios da Petrobras para o período de 2012 a 2016, que a história de Abreu e Lima deveria ser escrita e lida para não ser repetida. É o que os contribuintes brasileiros e os milhares de acionistas da Petrobras espalhados pelo mundo esperam.

Fonte: http://economia.ig.com.br/empresas/indu ... mundo.html




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Re: Geopolítica Energética

#538 Mensagem por joao fernando » Sex Jul 20, 2012 3:58 pm

Mas comparar uma refinaria do Kwait, que deve rifinar oleo leve, é diferente de uma nosa, preparada pro Pré Sal. Alias, ou estamos vendo um assalto a mão armada, ou o pré sal é gigantesco mesmo. Pra que tantos petroleiros, e refinarias para oleo pesado como o nosso?




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Sterrius
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Re: Geopolítica Energética

#539 Mensagem por Sterrius » Sex Jul 20, 2012 6:29 pm

A de pernambuco nao é pro pré-sal. È pro petroleo pesado venezuelano.

Apesar de achar caro 2 coisas.

1-> Nao tenho base nenhuma pra afirmar se esta ou não caro. Tenho tanto conhecimento em refinarias quanto engenharia nuclear.
2-> Para a obra significará engolir o prejuízo. Funcionando ela ira se pagar. È apenas questão de quando!




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Re: Geopolítica Energética

#540 Mensagem por delmar » Sex Jul 20, 2012 9:29 pm

Sterrius escreveu:A de pernambuco nao é pro pré-sal. È pro petroleo pesado venezuelano.

Apesar de achar caro 2 coisas.

1-> Nao tenho base nenhuma pra afirmar se esta ou não caro. Tenho tanto conhecimento em refinarias quanto engenharia nuclear.
2-> Para a obra significará engolir o prejuízo. Funcionando ela ira se pagar. È apenas questão de quando!
Agora passar de 2,3 bilhões para 20 bilhões, um pequeno aumento, deveria custar a cabeça de muitos dos técnicos que fizeram o projeto inicial. Vão ser incompetentes assim lá no Dubai.




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