Fórum Defesa Brasil

Para os que querem entender um pouco mais de Marinha.
Este tópico é subsídio para a compreensão das diferenças entre uma Marinha e as outras FA.

Pessoal, levantando uma questãö:


Os NAes, assim como Navios de Propósitos Múltiplos/Anfíbios, costumam ser poucos, e portanto importantíssimo, em marinhas como a nossa.

Eles são alvos prioritários para o adversário.

Embora as marinhas desenvolvam a estratégia de risco zero de impacto, não se deve considerar a possibilidade de falha.

Na minha opinião, uma solução mais segura para a proteção, seria envolver esses meios importantes com navios de grande porte (por exemplo colocando 2 petroleiros de cada lado do NAe, com uma escolta na frente e outra atrás) servindo como uma barreira, em especial, a torpedos. Esses grandes navios, de quebra, serviriam também como apoio logístico.

Eu não sei se a MB possui estratégias como essa, ou seja, que não fiquem apenas no conceito tradicional de velocidade, rota, deteccão do adversário, etc.

O que vcs acham?

Eu acho que é pelo mesmo motivo que não se coloca aquelas redes antsubmarino/torpedos ao redor do NA.

Mas no caso das redes, elas dificultariam a locomoção, o que não seria o caso de manter 2 navios grandes ladeando o NAe.

knigh7 escreveu:Mas no caso das redes, elas dificultariam a locomoção, o que não seria o caso de manter 2 navios grandes ladeando o NAe.

O uso de petroleiros ou outros navios de carga como "barreiras" ao lado de PA´s provavelmente iria restringir-lhes em muito a velocidade, pois NA´s são navios rápidos. Principalmente nos momentos críticos de lançamento e recolhimento de aviões eles precisam navegar em velocidades acima de 27 nós ou mesmo mais para gerar vento relativo, e poucos navios de carga /petroleiros atingiriam os 22-25 nós. Já com relação aos BPE´s talvez fosse uma idéia.


Leandro G. Card

Estou de volta.
Navios tanque são considerados prioritários, pois sem eles a esquadra não fica no mar, não possui permanência.
Para esta função, existem os navios que fazem o papel de goalkeeper. Na MB as Greenhalgh cumprem este papel, inclusive como defesa AA cerrada do NAe, mesmo papel cumprido nas Malvinas.

E essa função de goalkeeper das fragatas também se refere a servir de alguma forma como barreira ou "barreira" antitorpedo?

Me intrometendo...

Creio que sim... infelizmente não aconteceu com o Frankfurt diversas vezes na Unitas porque as nossas escoltas... #%$%#%#%$.

Coisas do outro mundo ocorrem quando o povo fica nervoso e sob pressão.

Crédito para o pessoal da Am. do Sul que com navios bem menos sofisticados tentaram bravamente nos proteger contra aeronaves, helis e P-3 Orions da vida.

Show de bola acompanhar uma operação ASW com os Helis passando de um lado para o outro e todas aquelas formações.

[]s
CB_Lima

Carlos Lima escreveu:Me intrometendo...


CB_Lima

A conversa é em público justamente para se intrometerem

Aliás, foi uma boa intromissão.

Tá, mas não dava para botar navios mais leves e rápidos porém 'pelados' nos flancos do NAe, talvez até drones navais?

Já pensaram numa marinha que tem 1 NAe, com toda a articulação da esquadra contando com ele, e este é afundado?Como é que fica a projeção?

Quanto a MB, é justamente a minha maior preocupação (a segunda maior é com relacão ao tempo que virão os outros subs nucleares)

Tá, vão dizer que vamos ter 2 NAes de 50 Ton. Mas na boa, quando isso acontecer, e se acontecer, vai tempo para chegar o segundo... É por isso que eu raciocino a MB com apenas 1 NAe.

Rapaz... quando eu estava lá com os caras, nós éramos o 'meio' mais importante... (assim como um PA), e quando fomos afundados (com direito a traje de 'crash', ração de emergência e tudo mais , - os alemães levam a coisa muito a sério ) quem deveria nos proteger saiu correndo para a costa da Flórida a ponto de ficarmos olhando... e comm no rádio dizendo:

O que é que vocês estão fazendo?

Ou seja... como dira o jogo do bicho:

Colocaram 5 contos no coelho e sairam vazados!! (Full Turbine Ahead ).

Quanto aos navios mais 'leves' foi isso o que acontecia conosco, os navios sul americanos eram mais leves e ficam a nossa volta junto com a Lubeck que é um Sr navio por sinal.

Os nossos amigos Sul Americanos não tinham equipamento ASW nos seus Navios e por isso estavam nos dando proteção e utilizavam os seus helis para ASW, mas a coisa é bem distribuída e tem todo o esquema de velocidade dos navios, mudança de formação para confundir os Subs e os Helis pingando o sonar aqui e ali.

A coisa é bem complexa mesmo.

[]s
CB_Lima

É, cada vez mais concordo com o Walter véio...subs e alvos...

Pois é...

Mas é aquela históra... sub convencional ele tem que praticamente estar na sua rota para fazer algum estrago... já sub nuclear...

... Vai caçar você!!!

[]s
CB_Lima

Carlos Lima escreveu:Rapaz... quando eu estava lá com os caras, nós éramos o 'meio' mais importante... (assim como um PA), e quando fomos afundados (com direito a traje de 'crash', ração de emergência e tudo mais , - os alemães levam a coisa muito a sério ) quem deveria nos proteger saiu correndo para a costa da Flórida a ponto de ficarmos olhando... e comm no rádio dizendo:

O que é que vocês estão fazendo?

Ou seja... como dira o jogo do bicho:

Colocaram 5 contos no coelho e sairam vazados!! (Full Turbine Ahead ).

Quanto aos navios mais 'leves' foi isso o que acontecia conosco, os navios sul americanos eram mais leves e ficam a nossa volta junto com a Lubeck que é um Sr navio por sinal.

Os nossos amigos Sul Americanos não tinham equipamento ASW nos seus Navios e por isso estavam nos dando proteção e utilizavam os seus helis para ASW, mas a coisa é bem distribuída e tem todo o esquema de velocidade dos navios, mudança de formação para confundir os Subs e os Helis pingando o sonar aqui e ali.

A coisa é bem complexa mesmo.

[]s
CB_Lima

E você tem como dizer que pais foi esse que, em vez de proteger, bateu retirada ao perder o principal meio da sua frota?