NOTÍCIAS POLÍTICAS

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#5236 Mensagem por Marechal-do-ar » Sáb Abr 05, 2014 9:59 am

Bourne escreveu:Além de considerar que a maioria é raposa velha, de amador não tem nada e o pequeno é uma carteira de milhões para cima. Alegar inocência é incoerente com o mercado acionário.
A maioria são fundos de investimento, boa parte com carteira fixa onde os investidores são clientes de bancos tentando poupar alguma coisa.

Investidores que compram milhões em ações diretamente em geral são espertos demais para segurar a PETR4.

A Petrobras é o que o governo diz que as empresas não deveriam fazer, se é para o preço dos combustíveis ser controlado a Petrobras deveria permanecer 100% estatal com o monopólio do petróleo e recebendo dinheiro diretamente do tesouro, são mais barato que as aventuras em busca de capital.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#5237 Mensagem por Clermont » Sáb Abr 05, 2014 2:00 pm

É preciso investigar os obscuros negócios da Petrobras (Editorial).

Globo - 5.04.14.

Presos à quase monocórdica argumentação de que a convocação de uma CPI para investigar obscuras transações na Petrobras, a poucos meses das eleições, se trata de jogo político da oposição, o PT e seus aliados no Congresso e no governo federal escamoteiam a questão central do caso.

O foco, que tentam esmaecer, está no fato de que diretores da estatal foram apanhados em “malfeitos”. Um deles sugerido pela própria presidente Dilma Rousseff, em nota que julgou necessária para explicar como foram aprovadas as inusitadas condições de compra de uma refinaria em Pasadena (Texas). O fato ocorreu em 2006, no governo Lula, quando ela acumulava a chefia da Casa Civil e a presidência do Conselho de Administração da estatal. Segundo Dilma, a decisão foi tomada com base em relatório “técnica e juridicamente falho”.

Há evidências de que negócios nebulosos resultaram em prejuízos bilionário aos acionistas. Falta no mínimo bom senso quando se procura dar como positiva a compra da refinaria no Texas: primeiro, a Petrobras pagou US$ 360 milhões por metade de uma empresa que, pouco antes, fora adquirida, inteira, por US$ 42,5 milhões, pelo grupo belga Astra Oil; depois, adquiriu o controle, pagando US$ 1,2 bilhão. É questão que precisa ser esclarecida, porque põe em jogo a credibilidade da estatal. Mas não é caso único e isolado.

Estão à espera de explicações negócios igualmente exóticos, por obscuros, como a operação para a construção, em curso, da Refinaria Abreu e Lima (PE). Orçada em US$ 2 bilhões, a obra prospecta hoje uma sangria de US$ 18 bilhões — nove vezes o orçamento de partida.

O GLOBO publicou recentemente reportagem sobre outra compra, uma refinaria no Japão, pela qual foram pagos, em 2008, US$ 71 milhões, e onde já se enterraram US$ 200 milhões — sorvedouro do qual a estatal procura se livrar, sem sucesso.

Por essas transações perpassa o fio do tráfico de influência, outro aspecto a ser seriamente enfrentado nessa sucessão de negócios mal explicados na empresa controlada pelo Estado. Para variar, este é um ponto também escamoteado pelo PT e aliados, por eles tratado como “interesses eleitoreiros da oposição”. Mas as evidências são inquestionáveis.

Na compra de Pasadena estavam as digitais de Nestor Cerveró, à época diretor da área internacional da empresa, ungido por lideranças do PMDB e do PT. O ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, ligado à operação da Abreu e Lima, hoje recolhido à prisão por lavagem de dinheiro, foi outro protegido pelo PP, PMDB e PT.

O discurso lulopetista em defesa dessas ações, desqualificando qualquer crítica à Petrobras como parte de supostas campanhas “neoliberais” para “privatizar” a empresa-símbolo da recente industrialização brasileira, é tanto previsível quanto irreal, e até risível. É, sim, velho truque eleitoreiro, por sinal já usado pelo PT. O que importa são os fatos. Eles estão aí, são graves, e o país cobra sua apuração.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#5238 Mensagem por Bourne » Sáb Abr 05, 2014 5:34 pm

:roll:
Quem quebrou o Brasil foi o Geisel, afirma Delfim

05/04/2014 03h44

Fonte: Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014 ... lfim.shtml

A resistência do ex-presidente Ernesto Geisel em abrir a exploração do petróleo à iniciativa privada quando comandou a Petrobras, no governo Médici, levou a economia brasileira à falência no fim da década de 70.

A afirmação é do economista Antonio Delfim Netto, ex-ministro de diversas pastas da área econômica durante o regime militar. "Quem quebrou o Brasil foi o Geisel", diz Delfim.

Dependente da importação da commodity, o Brasil sofreu as consequências das fortes altas de preços ocorridas em 1973 e 1979.

Delfim nega que tenha produzido desequilíbrios, como pressões inflacionárias, durante sua gestão como ministro da Fazenda, quando a economia brasileira teve crescimento expressivo.

O economista admite, no entanto, que o descaso com a educação básica durante o regime militar foi um "erro mortal".

Karime Xavier - 2.jul.13/Folhapress

O ex-ministro Antonio Delfim Netto


Folha - Na sua opinião, o que levou ao golpe de 1964?
Antonio Delfim Neto - O Brasil estava uma balbúrdia tão grande que era claro que alguma coisa ia acontecer. Havia uma desorganização total, passeatas na rua, mentiras de toda a natureza, boatos. O Jango abandonou o governo. Essa é que é a verdade. Não foi uma surpresa o que aconteceu. As instituições todas estavam ameaçadas, sob enorme risco. Nem sei se o risco era verdadeiro ou não, é que o governo era uma balbúrdia.

Onde o senhor estava no dia 31/03/64?
Eu estava indo para a escola [Faculdade de Economia da USP] de manhã. Estávamos vivendo um momento muito difícil, uma agonia completa, uma desorganização muito grande, mas eu fiquei surpreendido. Você não sabia o que ia acontecer.

E depois do golpe?
As coisas ficaram normais. Foi cassado o Adhemar [de Barros, governador de São Paulo]. E o Laudo Natel, o vice-governador que foi empossado, me convidou para ser secretário da Fazenda. Eu gostei e fiquei. Isso foi em 1966. Fiquei até março de 1967, quando recebi uma carta do presidente Costa e Silva me convidando para ser ministro.
Eu tinha conhecido o presidente Costa e Silva. Ele estava se preparando para assumir e estava ouvindo algumas pessoas e pediu para o [Rui] Gomes de Almeida (ex-presidente da Associação Comercial do Rio) um nome para falar sobre agricultura no Brasil.
Naquele tempo, agricultura era café. E como eu tinha um trabalho sobre café, ele indicou meu nome. Fui lá, fiz uma palestra para ele numa manhã. Terminou, fui embora e nunca mais conversamos.

Qual foi sua reação quando recebeu o convite?
Aceitar. Nós tínhamos trabalhado toda a vida na universidade sobre desenvolvimento econômico. Então eu aceitei.

Havia algum tipo de condição?
Nenhum. No dia seguinte à carta, fui fazer uma visita para agradecer.

E qual era a situação econômica da época?
A situação econômica estava caminhando. O trabalho do [Otávio Gouveia de] Bulhões (ex-ministro da Fazenda) e do [Roberto] Campos (ex-ministro do Planejamento) foi muito bom. Fizeram um trabalho muito bom de arrumação. Criaram o mecanismo de correção monetária, o FGTS, o BNH. Você tinha na verdade uma grande modernização da economia. Mas tinha grandes problemas também. O comércio exterior era um problema sério.

Eles também criaram incentivos para a exportação?
Não. Tinha um sistema de cambio fixo, muito inconveniente porque à medida que você tem inflação, seu câmbio real vai caindo. Quando em 68, nós introduzimos o "crawling peg", era um sistema cambial em que você corrigia o câmbio praticamente toda semana, usando uma regra que era a diferença entre a inflação americana e a inflação brasileira. Isso deu um grande estímulo ao setor exportador.
O programa que apresentei para o presidente Costa e Silva era de que nós iríamos fazer crescer a participação de outros produtos, de forma que café não fosse mais câmbio.
Em 1966, 1967, café era câmbio. Essa era uma frase do velho [Eugênio] Gudin (ex-ministro da Fazenda) e é verdade. Cerca de 60%, 70% da receita cambial era café.
De forma que você passou praticamente 10 anos não cobrando nenhum imposto sobre a exportação. O que é o correto porque o imposto tem de ser cobrado no destino.

Por que vocês reverteram a decisão do governo Castelo de dar independência ao Banco Central?
Você estava com uma recessão profunda, um desemprego terrível e o Banco Central insistia em fazer uma política econômica restritiva com o seguinte objetivo: mudar a expectativa inflacionária. Tudo isso estava certo. Só que o custo disso era uma barbaridade. Então foi isso que acabou com a tal independência do Banco Central.
Só que foi uma boa coisa. O Banco Central não tem de ser independente, tem de ser autônomo, tem de prestar conta à autoridade que a urna elegeu, ou que está no poder. Tem de receber uma missão e cumprir com autonomia.
Tanto é verdade que mudou a política e de um crescimento negativo, de quase zero, você teve uma expansão enorme.

A que o senhor atribui o chamado milagre econômico?
Nunca houve milagre. Milagre é efeito sem causa. O crescimento do Brasil naquele período foi consequência do trabalho dos brasileiros, basicamente da grande arrumação que houve no setor econômico, produzido no governo Castelo Branco.
Você teve uma enorme arrumação das finanças públicas, você teve uma redução da taxa de inflação. O Brasil estava falido, essa é que é a verdade. De forma que você criou uma base para que os brasileiros pudessem trabalhar muito mais ativamente.

A nova política do Costa e Silva cumpriu a função de ganhar credibilidade em um momento em que a oposição ao regime tinha sido muito forte?
A credibilidade foi ganha. Você ganha credibilidade quando você cumpre a palavra que você dá. Então, os empresários sabiam que o que tinha sido prometido ia acontecer.

E o aumento da concentração de renda incomodava?
A distribuição de renda incomoda porque, no fundo, o homem tem alguns desejos, alguns valores que são fundamentais. Um deles é a liberdade de iniciativa. A segunda é que ele quer uma relativa igualdade. E a terceira é que uma sociedade razoável precisa ter igualdade de oportunidades. O que significa que todos têm de partir do mesmo ponto em uma sociedade competitiva. Isso significa, no fundo, educação e saúde, universais e gratuitas, que é o que está na Constituição na verdade.
Então, a desigualdade, ela incomoda. Como você não podia atacar outra coisa, o processo político transformou a desigualdade numa coisa muito mais significativa porque todos estavam melhorando. Todos melhoraram, só que uns melhoraram mais do que os outros e a distância entre nós estava crescendo. O que não é uma coisa agradável.

Havia uma cobrança nesse sentido?
Ah sim, o que se poderia fazer era aumentar enormemente a oferta de gente que tinha o beneficio da educação, principalmente os de universidade. E isso foi feito. Você teve um aumento dramático de vagas nas universidades. Mas isso não produz efeito instantâneo.

Por outro lado o ensino básico foi deixado de lado?
O ensino básico foi deixado de lado. Acho que aí houve um erro. Na verdade, acho que, desde o Império, nós deixamos o ensino básico na mão da prefeitura. Isso foi um erro mortal. As prefeituras nunca se comoveram com o ensino básico.
Houve um grande esforço de alfabetização com o Mobral, que o Mário Henrique Simonsen dirigia. Mas a gente descobriu depois que o alfabetizado virava analfabeto tão logo terminava o curso de alfabetização. Como ele não lia coisa nenhuma, só ouvia rádio, seis meses depois ele era incapaz de ler de novo.

Há críticas de que quando o senhor deixou o governo Costa e Silva já se acumulavam desequilíbrios, como pressões inflacionárias. Quais foram os fatores que levaram o país a quebrar após os choques do petróleo?
Em 1972, eu estava em Roma numa reunião do Fundo (Fundo Monetário Internacional). E o Giscard D´Estaing que era o ministro de finanças da França, tinha ficado muito amigo do Brasil. E ele me disse: olha Delfim, os árabes estão preparando um cartel. Eles vão elevar o preço do petróleo a US$ 6. Nós pagávamos US$ 1,20 o barril.
Quando voltei para o Brasil, comuniquei isso ao presidente, o presidente convocou uma reunião. Nossa proposta, minha e do [Antonio] Dias Leite (ex-ministro de energia) era: vamos abrir a exploração de petróleo. Vamos fazer contrato de exploração de petróleo com empresas privadas, que era para acelerar o processo.
O Geisel se opôs dramaticamente. Quem quebrou o Brasil foi o Geisel. O Geisel era o presidente da Petrobras. A Petrobras passou 20 anos produzindo 120 mil barris por dia. Quando houve a crise do petróleo, as reservas eram praticamente iguais a um ano de exportação, não tinha dívida. A dívida foi feita no governo Geisel.
O Geisel, na verdade, era o portador da verdade. O Geisel sempre tinha a verdade pronta.

Como foi seu conflito com o economista Mario Henrique Simonsen?
Nunca houve conflito com o Simonsen. Isso é uma tolice. Uma invenção. Primeiro, o Simonsen foi embora porque quis. O Simonsen tinha consciência clara de que o Brasil tinha quebrado. Tanto que ele não entregou o orçamento. Ele foi embora em agosto sem briga nenhuma.
Vou lhe contar mais. O Figueiredo soube que o Simonsen tinha ido embora quando contaram para ele que o Simonsen estava na praia tomando banho.

O quão importante foi o apoio dos empresários para o regime?
Na verdade, como o Brasil crescia, os empresários estavam satisfeitos. Não só os empresários. O Brasil estava satisfeito. Essa é que é a verdade. O governo criou condições amigáveis para o funcionamento de uma economia de mercado. O sujeito sabia o seguinte: palavra empenhada era palavra cumprida.

Como o senhor via a questão da repressão durante o governo militar?
No governo você não tinha a menor informação. Você tinha uma separação completa entre o governo e as instituições, as forças armadas. Nunca teve nenhuma interferência. Na verdade, nós víamos nos jornais alguma coisa.
Uma vez eu perguntei ao presidente Médici e ele disse: não, não há.
Ele me disse: "é uma guerra, Delfim. Mas não há tortura".
Tortura é uma coisa deplorável. Quando o sujeito está sob a guarda do Estado é que ele tem de ser protegido.

Mas em 1970 os que estavam dispostos para a guerra já não estavam todos mortos?
Não sei se estava todo mundo morto. É outra coisa. Hoje estamos longe. Precisa ver como eram as coisas. Seguramente, não tem um lado só. O importante é: o governo nunca teve a menor interferência militar. Nunca. Desde o começo, o governo tentou preservar as instituições de mercado. Não era por ideologia. Era por pragmatismo. Porque não tem como você construir de novo uma sociedade democrática sem que o mercado esteja funcionando razoavelmente bem.
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#5239 Mensagem por Clermont » Dom Abr 06, 2014 1:36 pm

Qual mudança?

Merval Pereira, O Globo - 06.04.14.

O problema específico de Eduardo Campos é que a senadora Marina Silva, às vésperas de ser anunciada como sua vice, surge novamente como a única capaz de levar, a esta altura, a disputa para o segundo turno, com 27% da preferência do eleitorado.

A presidente Dilma está perdendo a eleição, por enquanto, para ela mesma. A possibilidade de vencer no primeiro turno, ainda mantida, está se reduzindo: a diferença para o conjunto de seus adversários, que na pesquisa anterior do Datafolha estava em 14 pontos, hoje caiu para 6 pontos, sem que os adversários tenham crescido consistentemente.

O candidato do PSDB, Aécio Neves, ficou parado, Eduardo Campos, do PSB, cresceu apenas um ponto e o conjunto dos candidatos nanicos subiu um ponto. Se por um lado a tendência de estagnação dos candidatos mais fortes mostra que o eleitorado ainda não encontrou neles a alternativa que busca para substituir Dilma, por outro a pesquisa Datafolha confirma uma tendência de queda na popularidade da presidente Dilma e na avaliação de seu governo que é perigosa a seis meses da eleição, sem que haja notícia boa para a presidente no horizonte.

Ao contrário, Dilma tem uma série de problemas pela frente, desde a aceleração da inflação, já percebida pela população, à possibilidade de racionamento de energia, até questões imprevisíveis como as manifestações na Copa do Mundo. A expectativa negativa em relação à inflação cresceu 20 pontos percentuais em 12 meses, sendo que hoje 65% dos consultados acham que a inflação vai aumentar.

A sensação de insatisfação é revelada em uma série impressionante de indicadores, como já acontecera na pesquisa anterior do Ibope que mostrou queda no nível de avaliação do governo em todas as áreas pesquisadas, da saúde à segurança pública, atingindo até mesmo o emprego, que no momento tem um nível oficial positivo recorde.

Na pesquisa do Datafolha o medo do desemprego também subiu 14 pontos. Nada menos que 72% querem que o próximo presidente atue de maneira diferente de Dilma, e a frustração com sua administração está refletida no índice de 63% dos brasileiros que dizem que Dilma faz pelo país menos do que eles esperavam, aumentando em cerca de 80% o índice de um ano atrás.

O resultado de certa maneira representa um alívio para o candidato tucano Aécio Neves, que temia que, tendo a pesquisa sido feita durante o período em que estava na televisão a propaganda eleitoral do PSB de Eduardo Campos, o ex-governador de Pernambuco pudesse abrir uma vantagem.

Como isso não aconteceu, e Aécio permaneceu no mesmo patamar da última pesquisa, o tucano continua sendo o adversário mais próximo de Dilma, embora seja também até agora o candidato tucano com menor índice nas pesquisas de opinião no mês de abril anterior às eleições. A propaganda oficial do PSDB começa nesta segunda-feira, e o partido espera alavancar sua candidatura com o programa nacional na televisão.

Eduardo Campos continua sendo o menos conhecido dos candidatos, o que faz com que permaneça no horizonte a esperança de melhorar de posição à medida do desenvolvimento da campanha.

O problema maior está mesmo com Dilma Rousseff, que terá que lidar com o aumento da campanha pela volta de Lula dentro do PT.
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#5240 Mensagem por nveras » Seg Abr 07, 2014 1:39 pm

GustavoB escreveu:
nveras escreveu: Então me explica, por favor.
Te esforça um pouco mais, avisa se ainda não conseguir.
Não sou bom em teoria da conspiração. Só vejo a merda quando está bem aparente, o que é o caso.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#5241 Mensagem por Clermont » Ter Abr 08, 2014 12:54 pm

O Demóstenes do PT.

Ilimar Franco, O Globo - 08.04.14.

Imagem

A relação do vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), com o doleiro Alberto Youssef é muito semelhante à mantida pelo ex-senador Demóstenes Torres (DEM-GO) com o bicheiro Carlos Cachoeira. Ambos recebiam favores e dinheiro de cidadãos que atuam fora da lei. A opinião pública levou a cabeça de Demóstenes e agora quer a de Vargas.

Os petistas estão tensos. Eles podem ser forçados a abrir uma investigação própria. O partido não quer passar a imagem de leniência com condutas discutíveis do ponto de vista ético. Vargas pediu licença do mandato para ser esquecido. Agora, os deputados vão decidir se carregam ou não esse peso nas suas campanhas.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#5242 Mensagem por delmar » Ter Abr 08, 2014 1:22 pm

Este tal de Vargas é um "cristão novo" dentro do PT. Entrou no partido, como muitos outros, para usufruir dos benefícios do poder. Ele não participou da luta, inicialmente pela fundação do partido e depois pela consolidação dele. Não é um idealista, um abnegado pela causa, disposto aos maiores sacrifícios pelo partido. Está mais para um oportunista. Os petistas históricos estão sendo alijados do comando partidário por estes "cristãos novos". Como não há diferença de comportamento entre a maioria dos novos petistas e os partidos tradicionais, o PT agora é um partido tradicional, igual ao demais que existem.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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#5243 Mensagem por nveras » Ter Abr 08, 2014 1:35 pm

delmar escreveu:Este tal de Vargas é um "cristão novo" dentro do PT. Entrou no partido, como muitos outros, para usufruir dos benefícios do poder. Ele não participou da luta, inicialmente pela fundação do partido e depois pela consolidação dele. Não é um idealista, um abnegado pela causa, disposto aos maiores sacrifícios pelo partido. Está mais para um oportunista. Os petistas históricos estão sendo alijados do comando partidário por estes "cristãos novos". Como não há diferença de comportamento entre a maioria dos novos petistas e os partidos tradicionais, o PT agora é um partido tradicional, igual ao demais que existem.
Sempre foi. O que faltava, como diz o velho ditado, era a oportunidade. :wink:
E, infelizmente, tal pensamento carreia a mente da maior parte da população brasileira. " Quando eu estiver lá, vou me dar bem."
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#5244 Mensagem por Clermont » Ter Abr 08, 2014 1:53 pm

delmar escreveu:Os petistas históricos estão sendo alijados do comando partidário por estes "cristãos novos".
Sem dúvida, mas nunca é demais esquecer que José Genoíno e José Dirceu não são "cristãos novos".

Aliás, o patrão-supremo deles - e de André Vargas - também não é...
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#5245 Mensagem por nveras » Ter Abr 08, 2014 2:19 pm

Clermont escreveu:
delmar escreveu:Os petistas históricos estão sendo alijados do comando partidário por estes "cristãos novos".
Sem dúvida, mas nunca é demais esquecer que José Genoíno e José Dirceu não são "cristãos novos".

Aliás, o patrão-supremo deles - e de André Vargas - também não é...
x1000 Aliás, muito bem colocado o "também não é..."
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#5246 Mensagem por Clermont » Ter Abr 08, 2014 3:01 pm

delmar escreveu:Este tal de Vargas é um "cristão novo" dentro do PT. Entrou no partido, como muitos outros, para usufruir dos benefícios do poder.
Dei uma "zoiada" na biografia do distinto "cavalheiro" 8-] André Vargas e vi que não é bem assim.

Ele começou a vida política em 1983, não sei por qual partido. Porém, já em 1991 ele era o Presidente do Diretório Municipal do PT de Londrina. Então, é muito provável que ele tenha sido um petista desde o começo (o PT foi fundado em 1980).

De qualquer modo, ele é o que o Partido dos Trabalhadores Nacional-Socialista teria chamado de "Alter Kampfer", um "Velho Combatente". Eram assim classificados todos os integrantes do Partido Nazista que tinham a data de inscrição no partido como anterior a janeiro de 1933 - o mês da Tomada do Poder. Inclusive, usavam um distintivo na manga direita denotando seu "status".

Ora, como André Vargas já é militante do PT desde antes de janeiro de 2003 - o mês da Tomada do Pudê - então, ele também faz juz um distintivo na manga direita de "Alter Kampfer do Partido dos Trabalhadores...
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#5247 Mensagem por Agnaldo Marques » Ter Abr 08, 2014 3:02 pm

Engraçado que no nome do governador de Goiás , amigão do Cachoeira e de um certo ministro expert em habeas-corpus que adorava o jatinho do mesmo , nada , o maior silêncio .
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#5248 Mensagem por rodrigo » Ter Abr 08, 2014 4:34 pm

O PT perdendo para o DEM em ética. Quem diria...
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#5249 Mensagem por nveras » Qua Abr 09, 2014 9:52 am

rodrigo escreveu:O PT perdendo para o DEM em ética. Quem diria...
Santo Deus. Se fosse assim eu teria algum ânimo. Eu comparo a ética dos partidos brasileiros ao PCC ou ao Comando Vermelho, e eles sempre perdem.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#5250 Mensagem por prp » Qua Abr 09, 2014 6:12 pm

rodrigo escreveu:O PT perdendo para o DEM em ética. Quem diria...
O PT ainda tem que comer muito feijão com arroz para chegar ao nível do DEM.
Trancado