Re: Carros: marcas, nacionalidade, qualidades e defeitos
Enviado: Ter Mai 20, 2014 12:12 pm
Opinião do autoentusiastas sobre o Hyundai i30
É claro que consideram um carro fantástico, um grande produto da Hyundai, gostoso de dirigir, preços muito atrativos para o segmento, e uma opção ideal para você e sua família usarem.
É claro que consideram um carro fantástico, um grande produto da Hyundai, gostoso de dirigir, preços muito atrativos para o segmento, e uma opção ideal para você e sua família usarem.
Para esses caras não existe carro ruim. Não sei o motivo. Ainda leio por que tecnicamente são interessante, mas nunca criticar nada em carro nenhum é um pecado.HYUNDAI i30, TUDO O QUE SE QUER NUM CARRO
Postado por Bob Sharp
Fotos e vídeo: Paulo Keller
Fonte: http://autoentusiastas.blogspot.com.br/ ... .html#more
Há pouco mais de dois anos avaliei o Hyundai i30, 2-litros manual, pouco antes da chegada do 2ª-geração e a conclusão foi que estava explicado o sucesso do carro no mercado brasileiro. Agora é a vez da versão atual com motor 1,8-litro, chegada há relativamente pouco tempo (dezembro) em substituição à de motor 1,6-L de 128 cv, o mesmo do HB20 e Veloster, que não agradou muito, segundo ouvi dizer e ler. Pena, pois gostaria de tê-lo dirigido por não acreditar que fosse lento e desagradável como se dizia, mas não houve oportunidade.
Esse agora com motor de 1.797 cm³, 150 cv a 6.500 rpm e 18,2 m·kgf a 4.700 rpm, está na medida certa para quem procura um hatchback médio eficiente, espaçoso e confortável. Tudo o que considerei de positivo na versão testada antes — 1.975 cm³, 145 cv a 6.000 rpm e 19 m·kgf a 4.600 rpm — se repetiu nesse, mesmo tendo perdido a suspensão traseira multibraço em favor do eixo de torção, justamente um dos pontos elogiados antes.
O motor é estado da arte, com tudo o que existe de melhor tecnologicamente falando, como duplo comando acionado por corrente, bloco e cabeçote de alumínio, 4 válvulas por cilindro com variador na admissão e no escapamento, e coletor variável. Só fica faltando mesmo a injeção direta.
Seu preço público sugerido de R$ 91.900 — exatos R$ 20 mil mais que a versão básica — recompensa o comprador com praticamente tudo que se procura cada vez mais nos automóveis, de bolsa inflável até para os joelhos do motorista até câmera de ré (sob o emblema-logotipo, como no Golf) que mostra o que se passa atrás no monitor de 7 pol., por onde se navega pelo GPS e se controla o áudio. Considero espaço interno fundamental — não vejo motivo para quem se senta atrás ficar mal acomodado — e nisso o i30 atende muito bem, reflexo evidente do entreeixos de 2.650 mm (não mudou) e da boa largura de 1.780 mm, praticamente a mesma, apenas 5 mm mais. Essa grande largura logo se percebe visualmente, um traço marcante do modelo. E quem vai atrás notará o baixo túnel do assoalho e será alvo do ar-condicionado. Se quiserem tomar ar fresco, os vidros descem totalmente. Pena o passageiro do meio não dispor de cinto de três pontos, só subabdominal.
É muito agradável de dirigir. O câmbio automático epicíclico de seis marchas "da casa", da própria Hyundai (transeixo A6GF1) funciona com total precisão, a sexta é bem longa (v/1000 de 45,9 km/h) e a 120 km/h o motor está a apenas 2.600 rpm. A essa velocidade de estrada regulada pelo controlador o consumo esteve em 12,3 km/l, usando o ar-condicionado. Na cidade, sempre em torno de 9 km/l. Apesar do tanque de 53 litros, vai-se longe. Nada de botão "S", podendo-se trocar marchas manualmente pela alavanca trazida para o lado do motorista. Como não poderia deixar de ser (e deveria), sobe marcha para frente, reduz para trás — com nos controles remotos de TV e botoeira de um elevador.
Tudo simples, é possível trocar marchas manualmente pela alavanca
Notável, o motor "inflex" com taxa de compressão relativamente baixa, 10,3:1, requerer octanagem de apenas 91 RON, uma gasolina que nem temos mais no Brasil, em que o mínimo é 95 RON tanto na comum quanto na comum aditivada.
Rodas e pneus não mudaram, a mesma medida 225/45R17V (sul-coreanos Hankook Venus Prime) permanece e certamente contribuem para o bom comportamento nas curvas, apesar da perda da suspensão traseira multibraço. Agora o estepe é 100% operacional, até a roda é de alumínio (antes era temporário, fino, 125 mm de seção). A direção já tinha assistência elétrica, mas agora o grau de assistência é selecionável entre Normal, Conforto e Esporte. A relação baixa, 14,2:1 e o volante de 370 mm, mais o diâmetro mínimo de curva de 10,6 m, fazem do guiar na cidade ou andar (bem) rápido num trecho sinuoso um arranca-sorriso do autoentusiasta — até ao apoiar o cotovelo esquerdo na porta, graças à espuma macia ali.
Estepe 100% operacional e ferramenta bem alojadas
Bancos (de couro) com ajuste elétrico no do motorista são muito bem conformados e há uma verdadeira prancha onde deixar o pé esquerdo quieto. Os instrumentos são "Wolfsburg" na sua essência, até com os traços a 30 e 50 km/h, e o velocímetro perdeu a escala interna em milhas por hora, uma medida acertada, aquilo polui o visual e não há país de mph por perto. E o conta-giros está no nosso "off-side", ou seja, na esquerda.
Wolfsburg andou por aqui...
Há pequenos detalhes que sempre agradam. Por exemplo, ao ajustar a intensidade da iluminação dos instrumento há um sinal sonoro indicando que os limites forte e fraco foram atingidos. É uma bobagem, mas agrada. No centro do teto próximo ao conjunto de iluminação interna, um porta-óculos. Faixa degradê, claro que tem. Cinzeiro, naturalmente, e com uma eficiente tampa. Cinzeiro lembra cigarro e cigarro lembra teto solar inclinante-deslizante, um sempre útil equipamento até para não fumantes. Nesse i30 até a cortina sob o vidro se desloca eletricamente, e ela é dividida, uma parte recolhe para frente e outra, para trás.
A chave é de presença, com partida por botão. Não que eu aprecie isso, mas muitos gostam, é moderno. Mas há uma coisa que gosto pela praticidade, o freio de estacionamento elétrico, que solta ao acelerar, não é preciso fazer nada.
O dirigir é tranqüilo. O motor é bastante suave e vai a 6.500 rpm nas trocas, quer automáticas ou manuais, com corte limpo. O rodar é firme sem ser desconfortável e ao trafegar sobre paralelepípedos o isolamento é dos melhores, mesmo com pneus de perfil 45. O carro não aparenta ter sido levantado para "maus caminhos", o que merece aplausos. O único senão, apenas questão de incômodo, é não haver batente hidráulico de distensão nos amortecedores dianteiros, ocorrendo a pancada seca quando a roda "cai" ao transpor uma lombada mais rapidamente.
Há controle de estabilidade e tração, que pode ser desligado, e o controlador de velocidade fica no volante, à direita, simples de usar; a noite vira dia com os faróis de xenônio. A lamentar não ter luz traseira de neblina, que considero indispensável, mas há repetidoras das setas nos espelhos (veja a lista completa de equipamentos, bem como a ficha técnica, no final).
O coeficiente aerodinâmico é dos melhores na classe, 0,300, resultando num bom valor final, considerando a área frontal (calculada, não informada) de 2,13 m². O porta-malas acomoda 378 litros, bom tamanho, bem próximo, por exemplo, do porta-malas do três-volumes Chevrolet Classic (ex-Corsa sedã), de 390 litros.
Acho que o i30 tem mesmo atributos de sobra para ser "adotado" por muitos, por mim inclusive.
BS