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Re: NOTICIAS

Enviado: Qui Set 16, 2010 7:53 am
por ELSONDUARTE
Brasil assina com o Reino Unido acordo de cooperação nos moldes dos fechados com EUA, França e Itália. E pode comprar navios britânicos

Isabel Fleck

Depois de França, Estados Unidos e Itália, ontem foi a vez de o Reino Unido fechar com o governo brasileiro um acordo de cooperação militar. No mesmo molde dos textos assinados com os outros dois países, o acordo “guarda-chuva” prevê a troca de experiência e a cooperação entre os países em questões relacionadas à defesa, incluindo a aquisição de produtos e serviços. Para o governo britânico, o acordo, assinado na visita ao Brasil do ministro adjunto de Defesa, Gerald Howarth, poderia fazer pender a favor de Londres a compra de fragatas e navios patrulha para a Marinha do Brasil. De acordo com o jornal britânico Financial Times, o valor do negócio seria de US$ 4,475 bilhões, quase R$ 8 bilhões.

Diferentemente da compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), a Marinha não abriu uma concorrência para definir a compra de até 30 embarcações, entre fragatas e patrulhas. Até agora, o governo já recebeu propostas da França e da Itália, no marco dos acordos de defesa fechados. A oferta francesa, contudo, foi considerada muito cara pelo governo brasileiro, que parece ter se interessado bastante pela oferta britânica.

De acordo com o Programa de Reaparelhamento da Marinha (PRM), de agosto de 2009, a força precisa de 18 fragatas para substituir as nove que possui hoje, todas de fabricação britânica. Elas têm a finalidade de escoltar navios maiores, como os porta-aviões. Em relação aos navios-patrulha, a Marinha estima precisar de até 12 unidades, com capacidade para 1,8 mil toneladas — o Brasil não tem hoje embarcações dessa classe, fundamentais para a segurança das jazidas petrolíferas na camada do pré-sal.

Os valores estimados inicialmente pelo governo eram de 450 milhões de euros (cerca de R$ 995 milhões) para cada fragata e R$ 230 milhões para cada navio-patrulha.

A oferta britânica, que envolveria a princípio a aquisição de seis patrulhas e cinco ou seis fragatas Tipo 26 (nome provisório da embarcação), produzidas pela gigante britânica BAE Systems, sairia por R$ 8 bilhões — valor aproximado ao orçado pelo governo brasileiro. Esse preço, no entanto, é para a produção das embarcações no Reino Unido. Segundo o Financial Times, o valor tende a cair se o Brasil optar pela produção no próprio país, o que já é uma das intenções do governo para desenvolver a indústria militar naval (leia abaixo). A oferta da BAE Systems foi entregue à Marinha pelo diretor da empresa para o Ocidente, Dean McCumiskey, que acompanha Howarth em visita ao Rio de Janeiro(1) e Brasília — a delegação britânica chega hoje à capital.

Imagem

Desvinculado
O Ministério da Defesa confirmou o acordo com o governo britânico, assinado por Howarth e pelo almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto, representando o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que está em viagem oficial à Europa. O ministério fez questão de destacar que o texto “não está vinculado a qualquer negociação comercial específica entre as duas nações”, em referência à associação feita pelo Financial Times com a compra das fragatas.

(O acordo) tem por base a vontade mútua de desenvolver a cooperação em longo prazo na área de defesa, envolvendo parcerias industriais, transferência de tecnologia, educação e treinamento, entre outros (itens), sempre que houver mútuo interesse”, afirma o comunicado. O texto, no entanto, inclui “parcerias em aquisição de produtos e serviços de defesa”. Segundo Howarth, a intenção é fortalecer as relações bilaterais, “que sempre foram fortes”. Reino Unido e Brasil têm procurado estreitar as ligações com vistas à troca de experiência para as próximas edições dos Jogos Olímpicos (2012 em Londres e 2016 no Rio) e da Copa do Mundo (2014 no Brasil). De acordo com o Ministério da Defesa, em sua passagem pela República Tcheca e pela Ucrânia Jobim também assinou acordos semelhantes com os dois países.

De olho no HMS Ocean
A primeira iniciativa do acordo de cooperação em Defesa entre Brasil e Reino Unido começou antes mesmo de o texto ser assinado. O navio de assalto anfíbio e porta-helicópteros HMS Ocean — o maior da frota da Marinha Real britânica — chegou ao Rio de Janeiro na última quinta-feira para participar de exercícios conjuntos com a força naval brasileira.

Por três dias, fuzileiros navais brasileiros estiveram a bordo do Ocean, que despertou a atenção do governo brasileiro para uma eventual troca dos nossos atuais porta-helicópteros. É que o Ministério da Defesa britânico deve sofrer uma redução de até 15% em seu orçamento no plano de austeridade que será anunciado em 20 de outubro. Uma das possibilidades vislumbradas é de que o HMS Ocean, que retorna hoje ao Reino Unido, seja desativado por conta dos custos de manutenção.

E o Brasil ficará de olho na embarcação, relativamente nova, que permitiria ao país também economizar em manutenção, já que é mais moderna e econômica que os atuais porta-helicópteros da Marinha.

Tecnologia no centro
Assim como o processo de compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), a escolha das fragatas e patrulhas para a Marinha vai priorizar as diretrizes apontadas pela Estratégia Nacional de Defesa, de dezembro de 2008. Nela, um dos pontos principais é o desenvolvimento da indústria militar brasileira, tanto no campo aeronáutico como no naval, o que faz da transferência de tecnologia o grande centro das discussões. E, assim como na concorrência FX-2, uma das propostas para o reequipamento da Marinha traz o projeto não finalizado de um navio que poderá ser produzido em parceria com o Brasil. Outra semelhança está nos valores das ofertas: também para as fragatas e patrulhas, a França apresentou a proposta mais cara.

Para o especialista Alexandre Galante, editor do site Poder Naval, por apresentarem propostas equivalentes em termos de tecnologia, o que deve ser levado em conta pelo Brasil entre as três propostas oferecidas — por França, Itália e Reino Unido — é o custo-benefício. “A questão é quem oferece o pacote mais atraente em termos financeiros e de transferência de tecnologia. É bem diferente se o Brasil comprar um navio que já está pronto ou uma proposta da fragata Tipo 26 (britânica), que o país pode aprender a terminar de projetar. Isso é um diferencial”, observa. Entre as propostas, apenas a BAE Systems oferece a fragata ainda no papel — o navio pode levar até cinco anos para ficar pronto.

De qualquer forma, o governo terá de correr contra o tempo. “O Brasil já está atrasado 20 anos ou mais nessa troca de navios, porque todas as nossas frotas principais são da década de 1970. Apesar de terem recebido uma modernização de meia-vida, os navios estão cansados, são equipamentos que não aguentam mais”, alerta Galante. Segundo o especialista, as embarcações brasileiras podem operar, no máximo, por mais 15 anos. “E, para começar a substituí-los daqui a 15 anos, já passou a hora de comprá-los e começar a construí-los.” (IF)

Tradição britânica
Se depender da história, a BAE Systems sai com vantagem na disputa pelo negócio das fragatas. Basta olhar a origem da esquadra brasileira para ver que a preferência sempre foi pelos ingleses. A espinha dorsal da frota são seis fragatas desenvolvidas especialmente para o país pelos britânicos. Dessas, quatro foram produzidas no Reino Unido e duas no Rio de Janeiro.

“A gente reaprendeu a fazer navio de guerra com os ingleses. Foi essa produção, no Arsenal de Marinha, que modernizou a construção naval do Brasil, na década de 1970”, lembra o especialista Alexandre Galante. Mesmo na época em que a produção do Brasil ficou estagnada, foi do Reino Unido que o governo FHC comprou quatro fragatas usadas, em 1995.

Até mesmo no uniforme, a força naval brasileira mostra traços da tradição britânica. A chamada “volta de Nelson”, representada por um círculo junto da última divisa do uniforme, pode ser vista por aqui como herança da Marinha portuguesa, que adotou a tradição na era napoleônica. Galante acredita que a afinidade histórica possa ajudar. “A Marinha de guerra do Brasil foi criada por ingleses. Nossa Marinha nasceu da britânica. A tradição é um fator que pode pesar.”

FONTE: Correio Braziliense

Re: NOTICIAS

Enviado: Qui Set 16, 2010 9:40 am
por alex
Não acreditei quando li...
Não vamos amarrar nosso rabo com os americanos, mas sim com os primos(ingleses) que tem a mesma politica externa?

Olha, mesmo que não se compre nada dos ingleses por que o Brasil não tem peito para não assinar este tipo de acordo?

Re: NOTICIAS

Enviado: Qui Set 16, 2010 10:18 am
por GustavoB
O Brasil é amigo até do Irã, por que não seria dos ingleses? Qual é o medo?

Re: NOTICIAS

Enviado: Qui Set 16, 2010 10:32 am
por Sterrius
Inglaterra querendo ou não é parte do grupo de paises chaves da UE e é de interesse brasileiro manter essas relações amigaveis.

Não so com a inglaterra mas com França, Italia e Alemanha tb.

São esses 4 paises que giram a UE. Sem eles ou com a inimizade de um deles não sai nenhum acordo. (So ver como a frança sozinha ta peitando a UE e atrasando o acordo do mercosul, ou mesmo fazendo-o fracassar).

Re: NOTICIAS

Enviado: Qui Set 16, 2010 3:39 pm
por Marino
ELSONDUARTE escreveu:Brasil assina com o Reino Unido acordo de cooperação nos moldes dos fechados com EUA, França e Itália. E pode comprar navios britânicos

Isabel Fleck

Depois de França, Estados Unidos e Itália, ontem foi a vez de o Reino Unido fechar com o governo brasileiro um acordo de cooperação militar. No mesmo molde dos textos assinados com os outros dois países, o acordo “guarda-chuva” prevê a troca de experiência e a cooperação entre os países em questões relacionadas à defesa, incluindo a aquisição de produtos e serviços. Para o governo britânico, o acordo, assinado na visita ao Brasil do ministro adjunto de Defesa, Gerald Howarth, poderia fazer pender a favor de Londres a compra de fragatas e navios patrulha para a Marinha do Brasil. De acordo com o jornal britânico Financial Times, o valor do negócio seria de US$ 4,475 bilhões, quase R$ 8 bilhões.

Diferentemente da compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), a Marinha não abriu uma concorrência para definir a compra de até 30 embarcações, entre fragatas e patrulhas. Até agora, o governo já recebeu propostas da França e da Itália, no marco dos acordos de defesa fechados. A oferta francesa, contudo, foi considerada muito cara pelo governo brasileiro, que parece ter se interessado bastante pela oferta britânica.

De acordo com o Programa de Reaparelhamento da Marinha (PRM), de agosto de 2009, a força precisa de 18 fragatas para substituir as nove que possui hoje, todas de fabricação britânica. Elas têm a finalidade de escoltar navios maiores, como os porta-aviões. Em relação aos navios-patrulha, a Marinha estima precisar de até 12 unidades, com capacidade para 1,8 mil toneladas — o Brasil não tem hoje embarcações dessa classe, fundamentais para a segurança das jazidas petrolíferas na camada do pré-sal.

Os valores estimados inicialmente pelo governo eram de 450 milhões de euros (cerca de R$ 995 milhões) para cada fragata e R$ 230 milhões para cada navio-patrulha.

A oferta britânica, que envolveria a princípio a aquisição de seis patrulhas e cinco ou seis fragatas Tipo 26 (nome provisório da embarcação), produzidas pela gigante britânica BAE Systems, sairia por R$ 8 bilhões — valor aproximado ao orçado pelo governo brasileiro. Esse preço, no entanto, é para a produção das embarcações no Reino Unido. Segundo o Financial Times, o valor tende a cair se o Brasil optar pela produção no próprio país, o que já é uma das intenções do governo para desenvolver a indústria militar naval (leia abaixo). A oferta da BAE Systems foi entregue à Marinha pelo diretor da empresa para o Ocidente, Dean McCumiskey, que acompanha Howarth em visita ao Rio de Janeiro(1) e Brasília — a delegação britânica chega hoje à capital.

Imagem

Desvinculado
O Ministério da Defesa confirmou o acordo com o governo britânico, assinado por Howarth e pelo almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto, representando o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que está em viagem oficial à Europa. O ministério fez questão de destacar que o texto “não está vinculado a qualquer negociação comercial específica entre as duas nações”, em referência à associação feita pelo Financial Times com a compra das fragatas.

(O acordo) tem por base a vontade mútua de desenvolver a cooperação em longo prazo na área de defesa, envolvendo parcerias industriais, transferência de tecnologia, educação e treinamento, entre outros (itens), sempre que houver mútuo interesse”, afirma o comunicado. O texto, no entanto, inclui “parcerias em aquisição de produtos e serviços de defesa”. Segundo Howarth, a intenção é fortalecer as relações bilaterais, “que sempre foram fortes”. Reino Unido e Brasil têm procurado estreitar as ligações com vistas à troca de experiência para as próximas edições dos Jogos Olímpicos (2012 em Londres e 2016 no Rio) e da Copa do Mundo (2014 no Brasil). De acordo com o Ministério da Defesa, em sua passagem pela República Tcheca e pela Ucrânia Jobim também assinou acordos semelhantes com os dois países.

De olho no HMS Ocean
A primeira iniciativa do acordo de cooperação em Defesa entre Brasil e Reino Unido começou antes mesmo de o texto ser assinado. O navio de assalto anfíbio e porta-helicópteros HMS Ocean — o maior da frota da Marinha Real britânica — chegou ao Rio de Janeiro na última quinta-feira para participar de exercícios conjuntos com a força naval brasileira.

Por três dias, fuzileiros navais brasileiros estiveram a bordo do Ocean, que despertou a atenção do governo brasileiro para uma eventual troca dos nossos atuais porta-helicópteros. É que o Ministério da Defesa britânico deve sofrer uma redução de até 15% em seu orçamento no plano de austeridade que será anunciado em 20 de outubro. Uma das possibilidades vislumbradas é de que o HMS Ocean, que retorna hoje ao Reino Unido, seja desativado por conta dos custos de manutenção.

E o Brasil ficará de olho na embarcação, relativamente nova, que permitiria ao país também economizar em manutenção, já que é mais moderna e econômica que os atuais porta-helicópteros da Marinha.

Tecnologia no centro
Assim como o processo de compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), a escolha das fragatas e patrulhas para a Marinha vai priorizar as diretrizes apontadas pela Estratégia Nacional de Defesa, de dezembro de 2008. Nela, um dos pontos principais é o desenvolvimento da indústria militar brasileira, tanto no campo aeronáutico como no naval, o que faz da transferência de tecnologia o grande centro das discussões. E, assim como na concorrência FX-2, uma das propostas para o reequipamento da Marinha traz o projeto não finalizado de um navio que poderá ser produzido em parceria com o Brasil. Outra semelhança está nos valores das ofertas: também para as fragatas e patrulhas, a França apresentou a proposta mais cara.

Para o especialista Alexandre Galante, editor do site Poder Naval, por apresentarem propostas equivalentes em termos de tecnologia, o que deve ser levado em conta pelo Brasil entre as três propostas oferecidas — por França, Itália e Reino Unido — é o custo-benefício. “A questão é quem oferece o pacote mais atraente em termos financeiros e de transferência de tecnologia. É bem diferente se o Brasil comprar um navio que já está pronto ou uma proposta da fragata Tipo 26 (britânica), que o país pode aprender a terminar de projetar. Isso é um diferencial”, observa. Entre as propostas, apenas a BAE Systems oferece a fragata ainda no papel — o navio pode levar até cinco anos para ficar pronto.

De qualquer forma, o governo terá de correr contra o tempo. “O Brasil já está atrasado 20 anos ou mais nessa troca de navios, porque todas as nossas frotas principais são da década de 1970. Apesar de terem recebido uma modernização de meia-vida, os navios estão cansados, são equipamentos que não aguentam mais”, alerta Galante. Segundo o especialista, as embarcações brasileiras podem operar, no máximo, por mais 15 anos. “E, para começar a substituí-los daqui a 15 anos, já passou a hora de comprá-los e começar a construí-los.” (IF)

Tradição britânica
Se depender da história, a BAE Systems sai com vantagem na disputa pelo negócio das fragatas. Basta olhar a origem da esquadra brasileira para ver que a preferência sempre foi pelos ingleses. A espinha dorsal da frota são seis fragatas desenvolvidas especialmente para o país pelos britânicos. Dessas, quatro foram produzidas no Reino Unido e duas no Rio de Janeiro.

“A gente reaprendeu a fazer navio de guerra com os ingleses. Foi essa produção, no Arsenal de Marinha, que modernizou a construção naval do Brasil, na década de 1970”, lembra o especialista Alexandre Galante. Mesmo na época em que a produção do Brasil ficou estagnada, foi do Reino Unido que o governo FHC comprou quatro fragatas usadas, em 1995.

Até mesmo no uniforme, a força naval brasileira mostra traços da tradição britânica. A chamada “volta de Nelson”, representada por um círculo junto da última divisa do uniforme, pode ser vista por aqui como herança da Marinha portuguesa, que adotou a tradição na era napoleônica. Galante acredita que a afinidade histórica possa ajudar. “A Marinha de guerra do Brasil foi criada por ingleses. Nossa Marinha nasceu da britânica. A tradição é um fator que pode pesar.”

FONTE: Correio Braziliense
viewtopic.php?f=2&t=10650&start=3195

Re: NOTICIAS

Enviado: Qui Set 16, 2010 7:14 pm
por ELSONDUARTE
Governo britânico e BAE Systems oferecem pacote para impulsionar o comércio com o Brasil

Rio de Janeiro, Brasil – Como respaldo a um Contrato de Cooperação de Defesa, anunciado nesta data pelos governos britânico e brasileiro, a BAE Systems confirmou seu compromisso com o Brasil e seu programa de reequipamento naval com uma ação que prepara para a realização de novas parcerias industriais com o Brasil.

Como parte de uma missão comercial no Brasil liderada por Gerald Howarth, Ministro de Estratégia de Segurança Internacional da Grã Bretanha, Dean McCumiskey, o Diretor Gerente de BAE Systems para o Ocidente, disse: “Dentro do acordo de hoje entre os governos, estamos oferecendo um comprovado pacote de aquisição de navios de guerra para o Brasil. Ele está baseado em projetos versáteis de navios de guerra e inclui um convite para tornar-se um parceiro internacional em nosso novo programa global ‘Global Combat Ship’.

“Se a BAE Systems for selecionada para dar suporte ao Brasil em seu ambicioso programa de reequipamento naval, os navios que desenvolvemos serão construídos no estaleiro de um parceiro no Brasil, com o máximo de conteúdo oriundo da indústria brasileira. Isto ajudará a manter empregos e a apoiar o desenvolvimento de capacidades e tecnologia de ponta entre os dois países.”

A oferta, apresentada às autoridades do governo brasileiro nesta data, visa a atender os objetivos determinados na Estratégia Nacional de Defesa Brasileira, melhorando sua capacidade industrial local e permitindo ao Brasil que desenvolva uma capacidade naval independente, sustentável, de construção naval e de suporte marítimo permanente.

“A BAE Systems tem uma longa trajetória de trabalho com a Marinha Brasileira,” acrescentou Ben Palmer, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da divisão de Navios de Superfície da BAE Systems. “Nosso envolvimento pode ser detectado desde a venda das fragatas da Classe Niterói do Brasil, fornecidas por nossa organização legada VT Shipbuilding nos anos 70”.

O programa Global Combat Ship deverá entregar uma nova geração de navios de guerra, de custo acessível, múltiplas funções, com uma plataforma básica suficientemente aberta para permitir a integração de equipamento e sistemas sob medida, de forma a atender às necessidades individuais dos clientes. A primeira classe de navio em desenvolvimento neste programa é a de variedade Tipo 26 para a Marinha Real Britânica, que deve entrar em serviço no início da próxima década. O envolvimento do Brasil neste estágio inicial dará ao país a oportunidade de influenciar o desenvolvimento do projeto. O design resultante, a construção e o processo de aquisição também deverão reduzir o custo por unidade e gerar economia ao longo da vida do equipamento tanto ao Brasil como à Grã Bretanha em treinamento, manutenção e suporte.

A curto prazo, a BAE Systems acredita que seu Ocean Patrol Vessel de 90 metros será uma opção atraente para a Marinha Brasileira. Com capacidade total para águas profundas, pode cuidar da inspeção e dissuasão em instalações de gás e óleo nas águas territoriais do Brasil, bem como de segurança marítima mais ampla e operações de busca e resgate. O projeto está baseado nos barcos River Class de eficiência comprovada e em uso pela Marinha da Grã Bretanha, utilizando a mesma plataforma central que os navios que a BAE Systems construiu para a Guarda Costeira de Trinidad & Tobago, com sistemas e equipamentos feitos sob medida para as necessidades da Marinha Brasileira. A companhia já tem acordo de transferência de tecnologia semelhante firmado com o Bangkok Dock na Tailândia, que está construindo um navio desta classe para a Marinha Real Tailandesa (Royal Thai Navy).

Outros elementos da oferta incluem projetos comprovados de Navio de Suporte Logístico e de Porta Avião, bem como suporte para melhorar o sistema de combate naval brasileiro, fazendo uso de tecnologias adquiridas ao desenvolver o CMS-1 Combat Management System e o radar Artisan para a Marinha Real Inglesa. Tudo isto será complementado com administração abrangente por todo o ciclo de vida do equipamento e treinamento dos envolvidos na construção e operação dos navios, entregando uma solução de baixo risco, com retorno maximizado do investimento em equipamento do Brasil.

Re: NOTICIAS

Enviado: Qui Set 16, 2010 7:54 pm
por Marino
Perdeu Majestade, PERDEU!

Re: NOTICIAS

Enviado: Qui Set 16, 2010 7:57 pm
por ELSONDUARTE
INS ‘Vikramaditya’ vai custar US$ 2,23 bilhões à Índia
16 de setembro de 2010, em Noticiário Internacional, Sistemas de Armas, Tecnologia, por Galante


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O navio-aeródromo INS Vikramaditya, ex-Almirante Gorshkov, comprado da Rússia terá um custo final de US$ 2,33 bilhões para a Índia, dos quais US$ 29 milhões foram pagos para os serviços prestados por especialistas indianos e outros US$ 85 milhões para a documentação técnica.

A Índia no início deste ano concordou em pagar US$ 2,33 bilhões, mais de três vezes os 974 milhões dólares do contrato assinado pelo navio de 45.000 toneladas em 2004, após uma negociação de três anos.

A documentação técnica foi comprada como um conjunto completo, porque o Gorshkov, rebatizado INS Vikramaditya, é um navio de guerra único em sua classe. Sua entrega está programada para o final de 2012.

“Com esses documentos, a Índia pode continuar com o reparo e manutenção do navio de guerra na Índia independentemente, sem ter que enviar o porta-aviões para a Rússia, como fazemos no caso dos submarinos da classe Kilo”, disse um oficial da Marinha Indiana.

O custo de documentação seria muito inferior ao custo de manutenção e reparação do navio de guerra, se este tivesse que ir para a Rússia para reparos.

O INS Vikramaditya vai operar jatos MiG-29K e Tejas Naval, além de helicópteros.

FONTE: Bharat Rakshak

NOTA DO PODER NAVAL: a título de comparação, o Navio-Aeródromo São Paulo (ex-PA Foch) foi comprado da França por US$ 12 milhões e os 23 jatos Skyhawk A-4KU foram adquiridos do Kuwait por cerca de US$ 70 milhões. A reforma total do NAe São Paulo irá custar até 2012, R$ 146 milhões (cerca de US$ 80 milhões) e a modernização de 12 jatos A-4KU pela Embraer custará US$ 140 milhões. A Índia pagou 1,5 bilhão de dólares por 12 monopostos MiG-29Ks e quatro bipostos MiG-29KUBs.

Somando os valores, o Brasil terá o NAe São Paulo e 12 jatos AF-1M Skyhawk, modernizados com aviônica e armas de 4a. geração, por cerca de US$ 300 milhões. A Índia gastará US$ 3,73 bilhões com o INS Vikramaditya e seu grupo aéreo de 16 jatos MiG-29K.

O Brasil terá um navio-aeródromo operacional por menos de 1/10 do valor que a Índia gastou.

Fonte: http://www.naval.com.br/blog/

Re: NOTICIAS

Enviado: Qui Set 16, 2010 8:35 pm
por Boss
Nossa, a seção de comentários do Poder Naval reúne todos os pessimistas da Federação e mais alguns, pqp...

Re: NOTICIAS

Enviado: Sex Set 17, 2010 7:50 am
por Enlil
Russia to honor deal to sell P-800 anti-ship missiles to Syria

07:14 17/09/2010
Russia will honor the contract to sell the P-800 Yakhont supersonic anti-ship cruise missiles to Syria, Russian Defense Minister Anatoly Serdyukov said.

"It is the 2007 contract. The issue of selling the missiles to Syria was raised during the talks with U.S. Defense Secretary Robert Gates... Undoubtedly, it [the contract] would be fulfilled by the Russian side," the Russian minister said.

Israeli media said in late August that the country was working to thwart Syria's plans to get the highly accurate missiles, which Israel considers a threat to its navy vessels in the Mediterranean Sea. Kremlin aide Sergei Prikhodko dismissed the media reports.

The P-800 Yakhont missiles (known as P-800 Oniks in Russia) have a range of 300 kilometers, carry a 200-kilogram warhead and feature a unique ability to cruise several meters above the surface, making it difficult to detect and intercept them.

WASHINGTON, September 17 (RIA Novosti)

http://en.rian.ru/mlitary_news/20100917/160619506.html

Re: NOTICIAS

Enviado: Sex Set 17, 2010 2:13 pm
por cabeça de martelo
Luso-Efe escreveu:Primeiro pelotão de fuzileiros de Timor recebeu boinas.

A cerimónia de imposição foi apadrinhada pelo amlirante CEMA Melo Gomes tendo em pano de fundo o Navio Escola Sagres.

O primeiro pelotão de fuzileiros de Timor foi formado pela Marinha Portuguesa.

A função dos fuzileiros navais de Timor Leste é o combate ao terrorismo e pirataria e a defesa das águas timorenses, tendo sido administradas técnicas de operação anfibias, abordagens e tácticas militares terrestres.

São as primeiras forças especiais de Timor-Leste.

A cooperação na vertente da formação militar é para continuar.


Estamos ajudar um pais irmão.

in rtp.pt

Ver video: http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t= ... 76069&tm=7

Re: NOTICIAS

Enviado: Sex Set 17, 2010 6:14 pm
por ELSONDUARTE
Inglaterra Apresenta Proposta ao Governo Brasileiro

O ministro-adjunto britânico para Segurança e Estratégia Nacional chegou nesta terça-feira ao Brasil para uma visita de três dias. Gerald Howarth veio ao país entregar pessoalmente a oferta britânica para a construção conjunta de novos navios para a Marinha brasileira e a assinar um amplo acordo de cooperação na área de Defesa entre os dois países.

Após entregar a oferta de governo a governo ao Comandante da Marinha do Brasil, Almirante Júlio Soares de Moura Neto, Howarth concedeu uma entrevista coletiva no HMS OCEAN, o maior navio de guerra da marinha britânica, que na semana passada realizou exercícios conjuntos com a Marinha do Brasil e e está agora ancorado no Pier Mauá, no Rio de Janeiro.

O segundo ministro britânico a visitar o país em um prazo de duas semanas, Howarth enfatizou que o acordo de cooperação de defesa foi ?projetado para reforçar o compromisso de longo prazo do Reino Unido com o Brasil?.

"Estamos falando de programas práticos para colocar consistência a este tratado em torno de parceria para a construção de um novo navio global de combate. É um momento muito instigante para nós do Reino Unido e espero que também para o Brasil", concluiu.

Segundo o ministro, a Marinha brasileira requer cinco navios de patrulha da costa, um navio de apoio logístico e cinco navios de escolta. A proposta governo a governo entregue em seu primeiro compromisso no Brasil, inclui um novo navio de combate global, com defesa anti-aérea, com o qual o Brasil poderá se beneficiar de transferência de tecnologia.

"Ao contrário de outros países, temos uma experiência real de transferir tecnologia, como fazemos com a Índia no setor aéreo. E esperamos que este navio poderá ser construído de forma modular, similar aos nosso Type 45 (Destroyer) sendo construído em vários estaleiros britânicos, que poderá ser benéfico para o Brasil, porque diferentes estaleiros poderão construir diferentes partes no Brasil", acredita Howarth.

O ministro também chamou atenção para a confiabilidade dos navios britânicos, muitos dos quais foram comprados no passado pela marinha brasileira: ?Temos uma história de prover fragatas ao país e temos também uma necessidade no Reino Unido de construir novas fragatas para nosso uso. Acreditamos que através de um acordo de governo a governo com a participação da BAE Systems, podemos oferecer uma solução na qual os brasileiros podem confiar. Não é um ato de fé. Os brasileiros sabem que podem confiar no que entregamos?. A BAE Systems construiu o HMS OCEAN, um porta-helicópteros de assalto anfíbio, que participou na semana passada de exercícios conjuntos com o Brasil na Base Naval da ilha de Marambaia, no sul do litoral fluminense. (Nota DefesaNet - Nos próximos dias apresentaremos exclusiva reportagem do treinamento do Corpo de Fuzileiros Navais com os Royal Marines)

Quando questionado sobre as ofertas anteriores, já apresentadas por outros países, para equipar a Marinha brasileira com novos navios, Howarth admitiu que o Reino Unido está atrás de outros países na oferta, mas fez questão de ressaltar que "um dos benefícios chave para os brasileiros é que eles serão capazer de influenciar o projeto, ao invés de receber um pacote dado a eles. E estamos oferecendo um projeto governo a governo. Minhas discussões com o embaixador do Brasil em Londres, na semana passada e com o Almirante Moura Neto esta manhã, indicam que o Brasil está aberto para estudar nossa proposta. O que ilustra que os brasileiros consideram válido receber esta proposta do Reino Unido".

Acordo de defesa

Em relação ao acordo, que o ministro assinará em nome do governo britânico e o Comandante da Marinha, Almirante Julios Soares Moura Neto, nesta terça-feira, Howarth lembrou que o ambiente marítimo é absolutamente crítico e apontou para os atos de pirataria que acontecem atualmente no Oceano Índico: "Cerca de 90% do comércio do Reino Unido e do Brasil é realizado pelo mar, o que torna extremamente importante manter as linhas marítimas abertas."

O acordo guarda-chuva estabelece um arcabouço de cooperação na área de defesa para os campos de tecnologia, informação, logística e treinamento, dentre outros.

Para o embaixador do Reino Unido no Brasil, Alan Charlton, "este tratado de defesa que vai ser assinado hoje é parte de um esforço muito maior do governo britânico de coalizão para fortalecer o relacionamento com países emergentes chave como o Brasil. É por isto que tivemos há duas semanas uma outra visita de um ministro, Vince Cable, de Negócios e Inovação, que esteve com o ministro Nelson Jobim ? há bastante ligação entre o ministério da Defesa do Brasil e o ministério de Negócios e Inovação britânico."

O embaixador fez questão de lembrar que "há muitas outras áreas em que o governo britânico quer estreitar as relações com o Brasil nos próximos meses e anos: nas relações políticas, econômicas, militares, culturais, educacionais e tenho que mencionar, como estou no Rio "em esportes. Teremos as Olimpíadas acontecendo em Londres em 2012, no Rio em 2016, a próxima Copa no Brasil e contamos com o voto do Brasil para realizar a Copa de 2018 no Reino Unido."

Ainda segundo Charlton, "este é um tratado de defesa muito importante e o próximo passo será trabalhar os detalhes em áreas chave que iremos desenvolver a parceria. O ministro mencionou algumas delas, mas o importante é que ele é um acordo guarda-chuva que estabelece um arcabouço para a relação forte que queremos ter no futuro e não tenho dúvidas que poderei falar nisto em mais detalhes em alguns meses."

A assinatura do acordo bilateral de Defesa acontece em cerimônia fechada, às 20h30 desta terça-feira (14 de Setembro), antes do jantar oferecido pelo ministro Howarth no HMS OCEAN para 150 convidados. Do Rio, o ministro segue para Brasília.

Re: NOTICIAS

Enviado: Sex Set 17, 2010 8:58 pm
por Túlio
ELSONDUARTE escreveu:INS ‘Vikramaditya’ vai custar US$ 2,23 bilhões à Índia
16 de setembro de 2010, em Noticiário Internacional, Sistemas de Armas, Tecnologia, por Galante


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O navio-aeródromo INS Vikramaditya, ex-Almirante Gorshkov, comprado da Rússia terá um custo final de US$ 2,33 bilhões para a Índia, dos quais US$ 29 milhões foram pagos para os serviços prestados por especialistas indianos e outros US$ 85 milhões para a documentação técnica.

A Índia no início deste ano concordou em pagar US$ 2,33 bilhões, mais de três vezes os 974 milhões dólares do contrato assinado pelo navio de 45.000 toneladas em 2004, após uma negociação de três anos.

A documentação técnica foi comprada como um conjunto completo, porque o Gorshkov, rebatizado INS Vikramaditya, é um navio de guerra único em sua classe. Sua entrega está programada para o final de 2012.

“Com esses documentos, a Índia pode continuar com o reparo e manutenção do navio de guerra na Índia independentemente, sem ter que enviar o porta-aviões para a Rússia, como fazemos no caso dos submarinos da classe Kilo”, disse um oficial da Marinha Indiana.

O custo de documentação seria muito inferior ao custo de manutenção e reparação do navio de guerra, se este tivesse que ir para a Rússia para reparos.

O INS Vikramaditya vai operar jatos MiG-29K e Tejas Naval, além de helicópteros.

FONTE: Bharat Rakshak

NOTA DO PODER NAVAL: a título de comparação, o Navio-Aeródromo São Paulo (ex-PA Foch) foi comprado da França por US$ 12 milhões e os 23 jatos Skyhawk A-4KU foram adquiridos do Kuwait por cerca de US$ 70 milhões. A reforma total do NAe São Paulo irá custar até 2012, R$ 146 milhões (cerca de US$ 80 milhões) e a modernização de 12 jatos A-4KU pela Embraer custará US$ 140 milhões. A Índia pagou 1,5 bilhão de dólares por 12 monopostos MiG-29Ks e quatro bipostos MiG-29KUBs.

Somando os valores, o Brasil terá o NAe São Paulo e 12 jatos AF-1M Skyhawk, modernizados com aviônica e armas de 4a. geração, por cerca de US$ 300 milhões. A Índia gastará US$ 3,73 bilhões com o INS Vikramaditya e seu grupo aéreo de 16 jatos MiG-29K.

O Brasil terá um navio-aeródromo operacional por menos de 1/10 do valor que a Índia gastou.

Fonte: http://www.naval.com.br/blog/


Credo, está ficando parecido com o Área Militar, aquele do colega PT... :shock: :shock: :shock: :shock:


Alguns detalhes que NÃO aparecem no texto do amigo Galante:

:arrow: O agora-NAe Indiano da classe Kiev NÃO nasceu para ser NAe mas sim um híbrido, uma espécie de cruzador capaz de operar aeronaves VTOL; a última unidade produzida - a em questão - seria uma grande modificação da original. Detalhe: completado em 1987, o Admiral Gorshkov sofreu um acidente em suas máquinas em 1992 e um grande incêndio no ano seguinte. Em fevereiro de 1994, uma de suas caldeiras explodiu, retirando-o de serviço. O navio foi reparado mas não voltou a navegar desde então, permanecendo no porto Severomorsk. Imagino como devem ter cuidado bem dele. Aliás, problemas na planta propulsora dessa classe foram herdados do projeto original e TODOS OS QUATRO navios da classe Kiev sofreram pelo menos um grande incêndio durante sua vida operacional...

:arrow: Já o Foch é um NAe de nascença. Estava em operação quando a França o vendeu ao Brasil por doze milhões (muito multiplicados pelos retrofits e updates e upgrades necessários).

:arrow: Mas, mal ou bem, comparar um NAe capaz de botar no céu MiGs-29 e eriçado de AAAe com outro capaz de fazê-lo com Skyhawks e uns MANPADS Mistral me parece meio que...forçado. Além disso, fica difícil entender o fulcro do artigo: comparar os custos de um NAe 'puro' e comprovado por décadas de uso contra os de uma modificação de uma classe originalmente problemática? A que conclusão isso leva?

Nas buenas, não entendi... :? 8-]

Re: NOTICIAS

Enviado: Sex Set 17, 2010 9:18 pm
por Corsário01
Túlio escreveu:
ELSONDUARTE escreveu:INS ‘Vikramaditya’ vai custar US$ 2,23 bilhões à Índia
16 de setembro de 2010, em Noticiário Internacional, Sistemas de Armas, Tecnologia, por Galante


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O navio-aeródromo INS Vikramaditya, ex-Almirante Gorshkov, comprado da Rússia terá um custo final de US$ 2,33 bilhões para a Índia, dos quais US$ 29 milhões foram pagos para os serviços prestados por especialistas indianos e outros US$ 85 milhões para a documentação técnica.

A Índia no início deste ano concordou em pagar US$ 2,33 bilhões, mais de três vezes os 974 milhões dólares do contrato assinado pelo navio de 45.000 toneladas em 2004, após uma negociação de três anos.

A documentação técnica foi comprada como um conjunto completo, porque o Gorshkov, rebatizado INS Vikramaditya, é um navio de guerra único em sua classe. Sua entrega está programada para o final de 2012.

“Com esses documentos, a Índia pode continuar com o reparo e manutenção do navio de guerra na Índia independentemente, sem ter que enviar o porta-aviões para a Rússia, como fazemos no caso dos submarinos da classe Kilo”, disse um oficial da Marinha Indiana.

O custo de documentação seria muito inferior ao custo de manutenção e reparação do navio de guerra, se este tivesse que ir para a Rússia para reparos.

O INS Vikramaditya vai operar jatos MiG-29K e Tejas Naval, além de helicópteros.

FONTE: Bharat Rakshak

NOTA DO PODER NAVAL: a título de comparação, o Navio-Aeródromo São Paulo (ex-PA Foch) foi comprado da França por US$ 12 milhões e os 23 jatos Skyhawk A-4KU foram adquiridos do Kuwait por cerca de US$ 70 milhões. A reforma total do NAe São Paulo irá custar até 2012, R$ 146 milhões (cerca de US$ 80 milhões) e a modernização de 12 jatos A-4KU pela Embraer custará US$ 140 milhões. A Índia pagou 1,5 bilhão de dólares por 12 monopostos MiG-29Ks e quatro bipostos MiG-29KUBs.

Somando os valores, o Brasil terá o NAe São Paulo e 12 jatos AF-1M Skyhawk, modernizados com aviônica e armas de 4a. geração, por cerca de US$ 300 milhões. A Índia gastará US$ 3,73 bilhões com o INS Vikramaditya e seu grupo aéreo de 16 jatos MiG-29K.

O Brasil terá um navio-aeródromo operacional por menos de 1/10 do valor que a Índia gastou.

Fonte: http://www.naval.com.br/blog/


Credo, está ficando parecido com o Área Militar, aquele do colega PT... :shock: :shock: :shock: :shock:


Alguns detalhes que NÃO aparecem no texto do amigo Galante:

:arrow: O agora-NAe Indiano da classe Kiev NÃO nasceu para ser NAe mas sim um híbrido, uma espécie de cruzador capaz de operar aeronaves VTOL; a última unidade produzida - a em questão - seria uma grande modificação da original. Detalhe: completado em 1987, o Admiral Gorshkov sofreu um acidente em suas máquinas em 1992 e um grande incêndio no ano seguinte. Em fevereiro de 1994, uma de suas caldeiras explodiu, retirando-o de serviço. O navio foi reparado mas não voltou a navegar desde então, permanecendo no porto Severomorsk. Imagino como devem ter cuidado bem dele. Aliás, problemas na planta propulsora dessa classe foram herdados do projeto original e TODOS OS QUATRO navios da classe Kiev sofreram pelo menos um grande incêndio durante sua vida operacional...

:arrow: Já o Foch é um NAe de nascença. Estava em operação quando a França o vendeu ao Brasil por doze milhões (muito multiplicados pelos retrofits e updates e upgrades necessários).

:arrow: Mas, mal ou bem, comparar um NAe capaz de botar no céu MiGs-29 e eriçado de AAAe com outro capaz de fazê-lo com Skyhawks e uns MANPADS Mistral me parece meio que...forçado. Além disso, fica difícil entender o fulcro do artigo: comparar os custos de um NAe 'puro' e comprovado por décadas de uso contra os de uma modificação de uma classe originalmente problemática? A que conclusão isso leva?

Nas buenas, não entendi... :? 8-]
Túlio, a idéia era mostrar que teremos um PA, alias, já temos, ele saiu anteontem e voltou com todos os problemas resolvidos e já vai sair de novo semana que vem já operando os esquadrões a bordo.
A idéia era mostrar que temos um PA e ele irá operar.
Se o indiano é. será melhor ou não, pouco importa. Ele custará os olhos da cara e tentamos chamar a atenção justamente para isso.

Não se pode ter o melhor gastando apenas o que gastamos. Eles os indianos estão gastando o que nós deveriamos também.
Mas não é isso que acontece. Porém, teremos um PA com aviões AEW e eles NÃO. Pelo menos até agora.
Teremos os A4 modernizados que são aeronaves velhas sim, mas com uma assinatura radar infima e usando o jargão( é um ossinho duro de roer).

Mas nunca será a última bolacha do pacote.

Apenas isso meu amigo, apenas isso. Quem sabe os 20.000 leitores que acessam o Poder Naval todo dia não acabem entendendo que é preciso gastar para ter o melhor e não apenas criticar!

Apenas multiplique por 30 e veja o porque dos comentários as vezes não serem Tão embasados quanto os daqui do DB.

São universos completamente diferentes. Mas, acessados por todos, incluso ai, quem interessa ao PN. 8-]

Forte abraços Véio Túlio!

Vou dormir. :D

Re: NOTICIAS

Enviado: Sex Set 17, 2010 9:22 pm
por Túlio
Bueno, pelo menos agora eu entendi, acho...

Valews aí, Padilha véio!!! :D :D :D :D