Fórum Defesa Brasil

Waaalll! Nem parece mais aquele tópico medonho! Parabéns!

O Bender toca em um ponto interessante! Seria interessante ler um comentário a respeito de algum componente da Força, que possa trazer a visão (ou sentimento, sei lá...) da tropa.

[]'s

At the initial stage, two Mistral-class helicopter carriers will be built jointly by France and Russia with another two to be constructed later in Russia.

Vocês acham que pode haver alguma relação entre essa aproximação da França X Rússia, Brasil X Rússia, Brasil X França ????

A quem interessa que isso NÃO aconteça?

Túlio escreveu:E que tale a gente deixar o feliz natal para mais tarde, mais perto da hora e, de preferência, para o tópico apropriado?

Eu não ia responder mas acho que isso é uma p* grosseria, ainda mais porque outros já fizeram o mesmo poucos posts antes do meu, sem dizer que é off-topic.

Num torra, Projeto, nem te quotei, foi para TODOS e não foi em verde, tri? Feliz Natal na manhã da véspera chega a ser TÉTRICO, parece até que a gente não vai durar até a meia-noite, POWS!!!

Muito bom Bender!
Estamos precisando arranjar uma guerrinha real para podermos clarear a mente e nos posicionarmos corretamente!

Sun Tzu:
"Conheça o inimigo e a si mesmo e você obterá a vitória sem qualquer perigo"

Realmente conhecemos o nosso inimigo? Ao menos sabemos quem ele(s) é(são)?
As vezes fico curioso como uma estratégia de defesa pode ser efetiva sem uma claridade quanto a essa questão.
As potências militares todas possuem essa clareza: OTAN, EUA, Índia, China, Russia, Japão, Israel, Irã, Coréias, etc.
Isso talvez explique nossa "malemolência" em relação ao tema defesa e outros de cunho estratégicos relacionados comparado com outras potências militares.

De qq forma, o 1o passo é conhecer o(s) inimigo(s), mesmo os potenciais. E a si mesmo (sem auto-enganação).

Feliz Natal a todos!

[]s

Tulio,
sua tese historica seria corretissma se você não tivesse esquecido um ponto muito importante: a FAB não foi preenchida com civis livres de influencia militar, e sim por MILITARES oriundos da MB e do EB!
Concordo que houveram outras correntes que se criaram dentra da força, como a ala pro-Mal Eduardo Gomes e a ala pro-Mal Motenegro; mas dizer que não houve influencia da historia militar que sofreram o EB e a MB acho que seria um exagero. Quantos anos tinha o Mal Eduardo Gomes em 1964?
Alias, se não me engano o Ministro da Força naquela epoca era um heroi de guerra, formada no EB!
A força foi criada do dia para a noite, mas seus militares não.

As correntes internas existem em todos as forças, e tambem fora delas em outras esferas de poder federal, estadual e municipal.
Sobre as vertentes, como em qualquer lugar vai depender da cupula e da sua visão, exatamente o comandante da força e seu estado maior.

Eles ja definiram a opinião da força e assessoraram o MD sobre isso, não existe esse "desconforto" que tanto se fala em ser subordinado a um civil ( mais uma lenda como a da eterna rixa entre as aviações), se existiu foi muito mais com a postura das pessoas que ocupavam o cargo do que com o fato da subordinação; mas quem gosta de um chefe ruim?

Sobre a mesma munição e mesmo rifle, pode ate ser, desde que não se perca o obejtivo, que é o de cumprir a missão! Meu medo maior é esse, de comprar tudo igual sem entender que a infantaria na FAB tem um papel completamente diferente da infantaria do EB, que é diferente da infantaria da MB e assim por diante.
Esses tempos mesmos estavam pagando colete nivel III para os pilotos poderem voar sobre o Rio, que é o mesmo que o infante usa, esse é meu medo!
Vamos lembrar que o Canada tentou unificar tudo e deu merd*, essa não é a solução, pelo menos eu acho que ele esteja no meio do caminho!

Sobre a famosa rivalidade das forças, como disse isso é muito mais lenda do que verdade, não é preciso ensinar isso porque os militares ja perceberam isso a muito tempo, ate porque é o deles que esta na reta!

Exemplos: A FAB formando os pilotos e controladores da MB, o EB formando o pessoal de guerra eletronica e da CAAD da FAB, o pessoal da FAB sendo formado pelo pessoa de guerra eletronica da MB; sem contar as operações em conjunto.
Todo mundo com o mesmo objetivo, mas preservando as suas peculiaridades.

Alias, sobre o COCAR é frescura se sentir "incomodado" com cada força tendo o seu, não é não? Cada um deles tem sua historia e motivo, e ainda atrapalha o inimigo.

Túlio escreveu:Interessantíssima a tese que contrapõe Força Aérea de Guerra a Força Aérea de Treinamento, excelentes argumentos, CONGRATZ!!!-]

O R1 da FAB Gilberto Schittini (da caça e de ensaios) escreve uma coluna na Revista Força Aérea com o nome de " Visão de um piloto vivido".
Estou procurando a edição do início deste ano em que ele trata exatamente disso. Desde a quebra de paradigmas até pontos como, preparação, gestão de recursos (humanos principalmente), estou catando aqui e não acho. Enfim, é uma visão de uma pessoa que dedicou toda a sua vida ao assunto. E vai de encontro exatamente ao que foi citado. Com ênfase numa racionalização do ensino básico conjunto entre as FAs que irão dispor dos MESMOS VETORES.
Vou caçar aqui, se alguém estiver com a prateleira mais organizada me socorre aí. Vou procurar no site da RFA também.

Hader escreveu:Waaalll! Nem parece mais aquele tópico medonho! Parabéns!

O Bender toca em um ponto interessante! Seria interessante ler um comentário a respeito de algum componente da Força, que possa trazer a visão (ou sentimento, sei lá...) da tropa.

[]'s

Mais aí o vivente tem que ser da reserva recente Maestro, pra não dar zebra, visita à casa de Irene, ou margem para comentários diversos...

Bender,

Se estamos falando de FORÇA AEREA, acredito que se ater apenas a uma aeronave de caça é um erro, concorda?
Sendo assim, a unica Força Aerea nos moldes que você citou existe apenas nos USA, o UNICO capaz de projetar, montar e bancar SOZINHO TODOS os seus vetores e seus armamentos atualmente sem depender de ninguem.
Vamos decidir por esse caminho?
O GF, que é quem manda, claramente decidiu que não, então a hipotese de independencia externa, pelo menos por enquanto esta descartada.

Sobre a experiencia de combate, da maneira que você colocou acredito que você esteja englobando todas as 3 forças, considerando que nosso ultimo conflito tenha sido na II WW (mas não nosso ultimo combate).

Sobre a juventude da força, compara aos centenarios EB e MB, vale a mesma coisa que falei para o Tulio: a força nasceu do dia para a noite, mas não seus militares.

Sobre os equipamentos americanos X russos, eu ja tenho uma visão diferente: por serem os americanos os UNICOS capazes de manter, por conta propria, toda a cadeia produtiva dos seus equipamentos, seriam eles os mais imunes a decisões politicas que dependessem apenas deles; diferentemente dos russos.

Na minha opinião dizer que estamos mais distantes da esfera politica russa tambem é um engano no mundo de hoje, como vimos recentemente no caso do embargo de carnes.

A questão da grande maioria gostar do armamento russo é que, em tese, eles não teriam restrições de vender o que tem de melhor para nós, diferente dos americanos.

Mas isto está longe de nos livrar de dependencia de outra pais, so vamos mudar de esfera.
E pela sua observação ainda assim não nos daria um Força Aerea.

Se a posição da FAB ( e do governo, diga-se de passagem) para você foi omissa, sabonete e covarde infelizmente não ha o que se fazer; talvez se você tivesse todas as variaveis que influenciaram na escolha tivesse tomado a mesma decisão, mas isso nunca iremos saber.

Acho que você tem todo o direito de se sentir "traido" como cidadão pelo rumo do processo, mas como em todas as decisões sempre haverão os contrariados e os satisfeitos, dai a dizer que houve omissão e covardia eu acho um exagero desproporcional, mas se esta é a sua opinião e não sou eu que vou mudar..

Sobre ser a força voltada para o treinamento, acho que todos aqui viram TOP GUN, mas mesmo assim vamos a alguns fatos: cerca de 90% dos pilotos abatidos na II WW o eram nas primeiras 15 missões, e cerca de 5% dos pilotos que voaram naquele conflito foram responsaveis por cerca de 93% da vitorias em combate.
Qual a diferença?
Experiencia, coisa que não se compra com dinheiro nenhum!
Destes ensinamentos nasceram as escolas de treinamento espalhadas pelo mundo, e em consequencia os exercicios conjuntos, que visam simular com a maior precisão possivel um cenario provavel de conflito.
Hoje somos capazes de realizar um exercicio com todos nossos vizinhos e paises da OTAN, simulando uma operação em coalizão, anualmente realizamos manobras que simulam conflitos convencionais e assimetricos com paises fronteiriços, que seriam outras 2 hipoteses de conflito.
Se com isso não estamos nos preparando para o futuro, então não sei como deveriamos fazer!


Só que tudo isso tem um custo, e é muito facil ficar aqui julgando quando alguem diz que prefere a solução mais barata; o dificil e explicar isso para um tenente que voa 60 HORAS NO ANO, dizer que vamos comprar maquinas ainda mais caras mas que a verba vai aumentar para que ele voe 150, 200 horas no ano. Então peço um pouco mais de EMPATIA com a ala do mais barato porque ela tem suas razões tambem.

Sobre as frases se não engano uma é um ditado romano que nos lembra que termos que estar sempre prontos para o combate, que inevitavelmente vai acontecer.

O Sun Tzu teria dito algo assim:Lutar e vencer todas as batalhas não é a glória suprema. A glória suprema consiste em quebrar a resistência do inimigo sem lutar.

Como se faz isso? Treinando sozinho, e depois chamando todo mundo para mostrar que você sabe fazer.
Então espero que continuemos por muito tempo uma FAB de treinamento, porque so deseja a guerra quem nunca a presenciou...

Price Induction anuncia a abertura de uma filial no Brasil para o desenvolvimento de turboreatores aeronáuticos

São José dos Campos - 22 de dezembro de 2010 – Com o apoio e a expertise tecnológica da Snecma (Grupo Safran), parceiro chave do GIE Rafale International, a empresa francesa Price Induction S.A, implantada na região Aquitaine em Anglet, abre a sua filial brasileira Price Induction Brasil em São José dos Campos para desenvolver e fabricar turboreatores aeronáuticos.

Considerando o dinamismo do mercado brasileiro e a existencia de uma indústria aeronáutica de qualidade, a Price Induction afirma assim a sua vondade de dar contuidade aos seus desenvolvimentos tecnológicos para co-desenvolver e fabricar produtos inéditos na sua categoria, apoiando-se sobre altas tecnologias desenvolvidas pela Snecma e a Turbomeca (Grupo Safran), fabricantes de motores de nível mundial.

Essa iniciativa, que se inscreve no contexto do programa de transferência de tecnologias proposta pela Rafale International em resposta as necessidades exprimidas pelo governo brasileiro para aquisição de aviões caças (Programa FX-2), vem reforçar a cooperação industrial e tecnológica já existentes entre a indústria brasileira e os parceiros do Consórcio.

Assim sendo, a Price Induction oferece ao Brasil a possibilidade de desenvolver turboreatores aptos a responder a necessidades fundamentais da vigilância aérea e transporte aéreo privado.

Sobre a Price Induction S.A. :

Empresa pioneira, a Price Induction desenvolve turboreatores destinados a motorização de PLJ (Personal Light Jet) e de VANT’s, bem como equipamentos de simulação e bancos de turboreatores para necessidades de formação e de pesquisa. A Price Induction tem hoje 40 funcionários, com mais de 30 engenheiros, principalmente estabelecidos em Anglet e Tarnos. PRICE abriu recentemente duas filiais, uma em Atlanta, Georgia, USA, e a outra em São José dos Campos, SP, Brasill.

sapao escreveu:Bender,

Se estamos falando de FORÇA AEREA, acredito que se ater apenas a uma aeronave de caça é um erro, concorda?
Sendo assim, a unica Força Aerea nos moldes que você citou existe apenas nos USA, o UNICO capaz de projetar, montar e bancar SOZINHO TODOS os seus vetores e seus armamentos atualmente sem depender de ninguem.
Vamos decidir por esse caminho?
O GF, que é quem manda, claramente decidiu que não, então a hipotese de independencia externa, pelo menos por enquanto esta descartada.

Sobre a experiencia de combate, da maneira que você colocou acredito que você esteja englobando todas as 3 forças, considerando que nosso ultimo conflito tenha sido na II WW (mas não nosso ultimo combate).

Sobre a juventude da força, compara aos centenarios EB e MB, vale a mesma coisa que falei para o Tulio: a força nasceu do dia para a noite, mas não seus militares.

Sobre os equipamentos americanos X russos, eu ja tenho uma visão diferente: por serem os americanos os UNICOS capazes de manter, por conta propria, toda a cadeia produtiva dos seus equipamentos, seriam eles os mais imunes a decisões politicas que dependessem apenas deles; diferentemente dos russos.

Na minha opinião dizer que estamos mais distantes da esfera politica russa tambem é um engano no mundo de hoje, como vimos recentemente no caso do embargo de carnes.

A questão da grande maioria gostar do armamento russo é que, em tese, eles não teriam restrições de vender o que tem de melhor para nós, diferente dos americanos.

Mas isto está longe de nos livrar de dependencia de outra pais, so vamos mudar de esfera.
E pela sua observação ainda assim não nos daria um Força Aerea.

Se a posição da FAB ( e do governo, diga-se de passagem) para você foi omissa, sabonete e covarde infelizmente não ha o que se fazer; talvez se você tivesse todas as variaveis que influenciaram na escolha tivesse tomado a mesma decisão, mas isso nunca iremos saber.

Acho que você tem todo o direito de se sentir "traido" como cidadão pelo rumo do processo, mas como em todas as decisões sempre haverão os contrariados e os satisfeitos, dai a dizer que houve omissão e covardia eu acho um exagero desproporcional, mas se esta é a sua opinião e não sou eu que vou mudar..

Sobre ser a força voltada para o treinamento, acho que todos aqui viram TOP GUN, mas mesmo assim vamos a alguns fatos: cerca de 90% dos pilotos abatidos na II WW o eram nas primeiras 15 missões, e cerca de 5% dos pilotos que voaram naquele conflito foram responsaveis por cerca de 93% da vitorias em combate.
Qual a diferença?
Experiencia, coisa que não se compra com dinheiro nenhum!
Destes ensinamentos nasceram as escolas de treinamento espalhadas pelo mundo, e em consequencia os exercicios conjuntos, que visam simular com a maior precisão possivel um cenario provavel de conflito.
Hoje somos capazes de realizar um exercicio com todos nossos vizinhos e paises da OTAN, simulando uma operação em coalizão, anualmente realizamos manobras que simulam conflitos convencionais e assimetricos com paises fronteiriços, que seria outras 2 hipoteses de conflito.
Se com isso não estamos nos preparando para o futuro, então não sei como deveriamos fazer!


Só que tudo isso tem um custo, e é muito facil ficar aqui julgando quando alguem diz que prefere a solução mais barata; o dificil e explicar isso para um tenente que voa 60 HORAS NO ANO, dizer que vamos comprar maquinas ainda mais caras mas que a verba vai aumentar para que ele voe 150, 200 horas no ano. Então peço um pouco mais de EMPATIA com a ala do mais barato porque ela tem suas razões tambem.

Sobre as frases se não engano uma é um ditado romano que nos lembra que termos que estar sempre prontos para o combate, que inevitavelmente vai acontecer.

O Sun Tzu teria dito algo assim:Lutar e vencer todas as batalhas não é a glória suprema. A glória suprema consiste em quebrar a resistência do inimigo sem lutar.

Como se faz isso? Treinando sozinho, e depois chamando todo mundo para mostrar que você sabe fazer.
Então espero que continuemos por muito tempo uma FAB de treinamento, porque so deseja a guerra quem nunca a presenciou...

Amigos,

Creio que não devemos tratar essas posturas das forças armadas como mutuamente exclusivas ou de forma bipolar.

Entre uma Força voltada para o tempo de paz e outra em preparação exclusiva para a guerra há muito espaço.

Descendo do muro, eu acho que, nessa equação, estamos demasiadamente posicionados no lado menos operacional.

A atual ênfase às ações de polícia de fronteira, ao combate ao crime organizado, ao transporte, à saúde dos ribeirinhos, à construção de estradas é que me sugerem que a postura tem que mudar.

Todos esses assuntos são de extrema importância e devem ser priorizados, mas estão muito distantes dos objetivos principais das forças armadas. Há outras entidades com atribuições primárias nessas áreas.

Acho que uma mudança de foco, visando o treinamento operacional e preparação para um indesejado conflito seria bem-vinda.

Bom natal,

Justin

Estamos chegando lá... a coisa é progressiva... hoje diversos projetos mostram que a coisa está melhorando e as "impressões" que antes determinadas posturas dos nossos militares nos passavam (pelo menos para mim) estão se desfazendo e fico feliz toda vez que estou errado quando assumia coisas erradas!

Enfim, eu acho que o post dos amigos foram ultra-relevantes e mostram bem que até do nosso lado de observadores e entusiastas estamos dando uma guinada para discussões melhores

É só um reflexo da evolução que estamos vivenciando.

[]s
CB_Lima

Em minha opinião, esta mudança de foco está começando a acontecer, com o advento da END e das licitações atuais de nossas Forças Armadas, adquirindo tecnologias em prol da capacitação de nossa indústria, para, em um futuro não muito distante (assim espero), desenvolver as nossas necessidades.
Os treinamentos estão, cada vez mais, se adequando ao que lhes serão exigidos em um campo de batalha atual. Mas, ainda falta atingir a quantidade de horas ideal para manter a operacionalidade afiada e plena.
Falta-nos ainda adequá-las aos novos vetores que, ainda não muito breve, farão parte do espólio de nossas Forças Armadas.
Acho que acabamos de abrir as portas para esta nova realidade de nossas Forças Armadas.