ARTILHARIA DA F TERRESTRE
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Temos duas maneiras de pensar no que diz respeito aos dois programas de Artilharia AR e AP-SR:
O Exército propositalmente colocou o requisito absoluto de carregamento semiautomático para aproveitar o obuseiro que for o vencedor do programa AP-SR, assim mantendo uma linha comum de peças e manutenção. Com a quantidade a ser adquirida, o bônus seria ToT e produção licenciada no Brasil. Considerando a Short-List, o único capaz de cumprir isso é o ATMOS, que muitos dizem ser o favorito dentro do EB, junto ao CAESAR. O Obuseiro do CAESAR possui versão AR, mas não é produzido desde 1992; ou
O Exército irá querer adquirir diferentes obuseiros, mesmo que isso diminua as chances de ToT e elimine a produção licenciada no Brasil.
Se for o segundo caso, é um erro de planejamento gritante, não faz o menor sentido. O custo inferior do ATMOS frente ao CAESAR talvez proporcionaria um aumento em 12 na quantidade de Autopropulsados e mais Autorrebocados, se considerar a compra de um outro equipamento de outra origem.
O Exército propositalmente colocou o requisito absoluto de carregamento semiautomático para aproveitar o obuseiro que for o vencedor do programa AP-SR, assim mantendo uma linha comum de peças e manutenção. Com a quantidade a ser adquirida, o bônus seria ToT e produção licenciada no Brasil. Considerando a Short-List, o único capaz de cumprir isso é o ATMOS, que muitos dizem ser o favorito dentro do EB, junto ao CAESAR. O Obuseiro do CAESAR possui versão AR, mas não é produzido desde 1992; ou
O Exército irá querer adquirir diferentes obuseiros, mesmo que isso diminua as chances de ToT e elimine a produção licenciada no Brasil.
Se for o segundo caso, é um erro de planejamento gritante, não faz o menor sentido. O custo inferior do ATMOS frente ao CAESAR talvez proporcionaria um aumento em 12 na quantidade de Autopropulsados e mais Autorrebocados, se considerar a compra de um outro equipamento de outra origem.
- stan
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Prezados,
A questão do resultado, na minha opinião, está vinculado a politica atualmente.
A princípio, parece o ATMOS é o que responde a muitas das questões relcionadas a concorrência, ou seja, tecnicamente é o favorito.
Porém, pensa o "Lula comprando canhões que estão matando civis em Gaza"....nesse aspecto, da política e da narrativa, acho muuuuito dificil ATMOS levar.....
A questão do resultado, na minha opinião, está vinculado a politica atualmente.
A princípio, parece o ATMOS é o que responde a muitas das questões relcionadas a concorrência, ou seja, tecnicamente é o favorito.
Porém, pensa o "Lula comprando canhões que estão matando civis em Gaza"....nesse aspecto, da política e da narrativa, acho muuuuito dificil ATMOS levar.....
"ad sumus""
- gabriel219
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Vou dizer o que ouço internamente em relação ao Lula vs Israel: as empresas nacionais, subsidiárias e as Israelenses estão nem ai. A ideia da Rafael e Elbit Systems é continuar trazendo seus equipamentos para serem produzidos no Brasil, por questões de segurança e custos. Há um movimento dentro de Israel para que até 70% da capacidade de produção de MEM seja exclusivamente para a IDF, o que compromete a produção para exportação.stan escreveu: ↑Dom Mar 17, 2024 11:59 am Prezados,
A questão do resultado, na minha opinião, está vinculado a politica atualmente.
A princípio, parece o ATMOS é o que responde a muitas das questões relcionadas a concorrência, ou seja, tecnicamente é o favorito.
Porém, pensa o "Lula comprando canhões que estão matando civis em Gaza"....nesse aspecto, da política e da narrativa, acho muuuuito dificil ATMOS levar.....
Se o Exército decidir pelo ATMOS e ATHOS, que é realmente o caminho mais lógico se olharmos pelos dois programas, a probabilidade do Lula ter que engolir isso seco é alta, pois dizem as más línguas que o Assis Brasil está sendo pressionado de forma mais incisiva pela ofensiva judicial que está ocorrendo contra Militares e ele não seria doido agora de bancar uma posição do Lula em não adquirir sistemas Israelenses.
Do lado de Israel, embargar é a última coisa que pensam, pois possuem programas importantíssimos aqui, inclusive pensam em importar soluções nossas para suas terras, uma delas é o WAD.
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- gabriel219
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
O Zuzana só está entre os quatro pois a lista final precisava ter quatro competidores e os demais não estavam sendo produzidos, não há a menor chance dele aparecer em algo, é ATMOS ou CAESAR e os requisitos absolutos do Obus AR indica que será o ATMOS.
Zuzana nem se encaixa bem na mesma categoria que os outros, é muito mais da categoria de um M109, Msta e K9, apesar de possuir rodas. O peso de combate dele pode passar das 35 toneladas.
Zuzana nem se encaixa bem na mesma categoria que os outros, é muito mais da categoria de um M109, Msta e K9, apesar de possuir rodas. O peso de combate dele pode passar das 35 toneladas.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Se olhares os requisitos do obuseiro 155 AR recém emitidos, é possível verificar pelo extremo resumo do mesmo (diria que se trata de um documento escrito de forma quase simplória) que este documento apresenta em relação a outros iguais de programas do exército, que este processo todo é apenas para oferecer ao público externo um ar de legalidade, publicidade e moralidade sobre uma suposta escolha meritória entre diversos candidatos, quando na verdade, para o EB, já havia um vencedor decidido desde sempre na forma do ATMOS.gabriel219 escreveu: ↑Sáb Mar 16, 2024 7:57 pm Temos duas maneiras de pensar no que diz respeito aos dois programas de Artilharia AR e AP-SR:
O Exército propositalmente colocou o requisito absoluto de carregamento semiautomático para aproveitar o obuseiro que for o vencedor do programa AP-SR, assim mantendo uma linha comum de peças e manutenção. Com a quantidade a ser adquirida, o bônus seria ToT e produção licenciada no Brasil. Considerando a Short-List, o único capaz de cumprir isso é o ATMOS, que muitos dizem ser o favorito dentro do EB, junto ao CAESAR. O Obuseiro do CAESAR possui versão AR, mas não é produzido desde 1992; ou
O Exército irá querer adquirir diferentes obuseiros, mesmo que isso diminua as chances de ToT e elimine a produção licenciada no Brasil.
Se for o segundo caso, é um erro de planejamento gritante, não faz o menor sentido. O custo inferior do ATMOS frente ao CAESAR talvez proporcionaria um aumento em 12 na quantidade de Autopropulsados e mais Autorrebocados, se considerar a compra de um outro equipamento de outra origem.
A meu ver, tudo desde o início destes processos levam a crer que a escolha do ATMOS foi acordada há muito tempo, interna corporis, e que se seguirá o caminho burocrático e legal apenas para fazer com que a compra não pareça um negócio de cartas marcadas ou isolado, uma vez que poderia haver contestações aqui caso ela fosse feita sem uma licitação aberta e pública, e indicar assim o melhor entre vários candidatos.
Dificilmente o exército vai abrir mão do ATMOS\ATHOS em favor de escolhas políticas, vide que a proposta israelense é até hoje a que mais se aproxima de atender a integridade dos requisitos para ambos obuseiros. E os investimentos feitos até aqui pelas indústrias israelenses na BIDS, e sua participação nos projetos estratégicos das ffaa's, não apenas do EB, tornam a oferta de material israelense pouco questionável e amplamente vantajosa para a BIDS e o EB.
A ver como os políticos vão reagir. Essa é outra parte da história que ainda terá de ser contada, e como os generais do exército pretendem contrapor ações e argumentos a fim de defender sua decisão.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
O PR hoje tem muito menos propensão a questionar as decisões e escolhas dos militares do que ano passado. Ele quer, e precisa, de um bom relacionamento com as ffaa's.stan escreveu: ↑Dom Mar 17, 2024 11:59 am Prezados,
A questão do resultado, na minha opinião, está vinculado a politica atualmente.
A princípio, parece o ATMOS é o que responde a muitas das questões relcionadas a concorrência, ou seja, tecnicamente é o favorito.
Porém, pensa o "Lula comprando canhões que estão matando civis em Gaza"....nesse aspecto, da política e da narrativa, acho muuuuito dificil ATMOS levar.....
Se ele vai querer bancar uma briga interna por causa de ideologia só para fazer o que uma parte pequena e medíocre da sua militância eleitoral quer, então, a rusga vai ser grande. E muito provavelmente não vai valer a pena.
Saber a hora de fazer a diferença entre presidente militante e presidente do país vem em boa hora.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
O exército precisa de uma carta na manga, inclusive para ter opções, caso o processo seja travado de alguma forma.gabriel219 escreveu: ↑Dom Mar 17, 2024 8:37 pm O Zuzana só está entre os quatro pois a lista final precisava ter quatro competidores e os demais não estavam sendo produzidos, não há a menor chance dele aparecer em algo, é ATMOS ou CAESAR e os requisitos absolutos do Obus AR indica que será o ATMOS.
Zuzana nem se encaixa bem na mesma categoria que os outros, é muito mais da categoria de um M109, Msta e K9, apesar de possuir rodas. O peso de combate dele pode passar das 35 toneladas.
E o Zuzana 2 pode ser esta, visto que os franceses já são conhecidos por aqui em suas relações comerciais conosco.
Mas creio que isto não será necessário.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Dos sistemas 155 AR da Kalyani Group abaixo, preenchem o requisito de carregamento semi-automático do EB.
1. ATAGS - automático\semiautomático > 155mm e 52 calibres
2. Bharat 52 - automático\semiautomático > 155mm e 52 calibres
3. Bharat 45 - semiautomático\manual > 155mm e 45 calibres
4. Bharat ULH - manual > 155mm 39 calibres
https://www.kssl.in/our-business-artillery
Se o EB estiver pensando no que estou pensando, um dos requisitos postos no RO do obuseiro AR 105mm é para fazer caber esse sistema indiano aqui, que pode ser visto no link acima.
A meu ver, tal como está posto no RO dos obuseiros AR, existe a possibilidade de não podendo optar pelo mesmo fornecedor da VBCOAP SR, os obuseiros da Kalyani podem cair como uma luva para o que o exército pretende em termos de reequipamento, e ainda abre brecha para negociações de off set com os indianos, caso eles peçam no KC-390.
Este modelo montado sobre rodas para mim seria adequado às brigadas leves que o exército não irá transformar em mecanizada, quais sejam: 7a bda, 8a bda, 10a Bda, 13a bda, 14a bda e 18a Bda.
No caso, como no RO do obuseiro 155 AR um dos requisitos obrigatórios é que a peça tenha, no mínimo, 39 calibres, sendo desejável possuir 52 calibres, nada impede o EB, se quiser, adquirir ambos modelos da Kalyani a fim de dotar as bda Pqd, a 12a Bda Amv e as Bdas Inf Sl com obuseiros 105mm e 155mm. Tanto o ATAGS quanto o Bharat UHL atendem aos requisitos impostos no documento emitido recentemente.
Hoje a demanda para obuseiros 105mm AR do exército é, a priori, para o preenchimento dos GAC nas bda: Pqd, 12a Amv, 4a Mth, bem como as bdas inf sl, sendo a 1a e 23a com GAC operacionais, e a 2a, 16a, 17a e 22a mas sem GAC operacionais. A demanda inicial a 18 peças por GAC, conforme o manual, é de 90 unidades. Se acrescidas as 4 bdas sl com seus GAC orgânicos, temos mais 72 peças a serem compradas. As escolas e centros de instrução somam, talvez, mais 36 a 54 peças. Um total de 198(216) peças.
A mim me parece que comprar as 198 peças de que se precisaria de uma única vez não é um negócio proibitivo, ou além das capacidades orçamentárias do EB. Mas, infelizmente, não veremos isso acontecer no curto prazo, por mais que a aquisição em maiores quantidades nos trouxessem algum benefício na hora de negociar. O EB, para variar, parece continuar fazendo suas compras como quem vai à praia, ao invés da guerra.
Uma última nota, caso o EB resolva implementar obuseiros 155 AR nas bdas, presumo que esta possibilidade não passe dos GAC da bda Pqdt e 12a Bda Amv. Dificilmente veremos estas peças fora da realidade circundante àquelas grandes OM. Porém, há de se notar que os indianos também possuem opções em 155mm AP leve o suficiente para serem empregadas nas bdas leves, o que não pode deixar de ser notado, com uma significativa atratividade para os pensadores doutrinários por aqui.
A ver.
1. ATAGS - automático\semiautomático > 155mm e 52 calibres
2. Bharat 52 - automático\semiautomático > 155mm e 52 calibres
3. Bharat 45 - semiautomático\manual > 155mm e 45 calibres
4. Bharat ULH - manual > 155mm 39 calibres
https://www.kssl.in/our-business-artillery
Se o EB estiver pensando no que estou pensando, um dos requisitos postos no RO do obuseiro AR 105mm é para fazer caber esse sistema indiano aqui, que pode ser visto no link acima.
A meu ver, tal como está posto no RO dos obuseiros AR, existe a possibilidade de não podendo optar pelo mesmo fornecedor da VBCOAP SR, os obuseiros da Kalyani podem cair como uma luva para o que o exército pretende em termos de reequipamento, e ainda abre brecha para negociações de off set com os indianos, caso eles peçam no KC-390.
Este modelo montado sobre rodas para mim seria adequado às brigadas leves que o exército não irá transformar em mecanizada, quais sejam: 7a bda, 8a bda, 10a Bda, 13a bda, 14a bda e 18a Bda.
No caso, como no RO do obuseiro 155 AR um dos requisitos obrigatórios é que a peça tenha, no mínimo, 39 calibres, sendo desejável possuir 52 calibres, nada impede o EB, se quiser, adquirir ambos modelos da Kalyani a fim de dotar as bda Pqd, a 12a Bda Amv e as Bdas Inf Sl com obuseiros 105mm e 155mm. Tanto o ATAGS quanto o Bharat UHL atendem aos requisitos impostos no documento emitido recentemente.
Hoje a demanda para obuseiros 105mm AR do exército é, a priori, para o preenchimento dos GAC nas bda: Pqd, 12a Amv, 4a Mth, bem como as bdas inf sl, sendo a 1a e 23a com GAC operacionais, e a 2a, 16a, 17a e 22a mas sem GAC operacionais. A demanda inicial a 18 peças por GAC, conforme o manual, é de 90 unidades. Se acrescidas as 4 bdas sl com seus GAC orgânicos, temos mais 72 peças a serem compradas. As escolas e centros de instrução somam, talvez, mais 36 a 54 peças. Um total de 198(216) peças.
A mim me parece que comprar as 198 peças de que se precisaria de uma única vez não é um negócio proibitivo, ou além das capacidades orçamentárias do EB. Mas, infelizmente, não veremos isso acontecer no curto prazo, por mais que a aquisição em maiores quantidades nos trouxessem algum benefício na hora de negociar. O EB, para variar, parece continuar fazendo suas compras como quem vai à praia, ao invés da guerra.
Uma última nota, caso o EB resolva implementar obuseiros 155 AR nas bdas, presumo que esta possibilidade não passe dos GAC da bda Pqdt e 12a Bda Amv. Dificilmente veremos estas peças fora da realidade circundante àquelas grandes OM. Porém, há de se notar que os indianos também possuem opções em 155mm AP leve o suficiente para serem empregadas nas bdas leves, o que não pode deixar de ser notado, com uma significativa atratividade para os pensadores doutrinários por aqui.
A ver.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
https://tecnodefesa.com.br/vbcoap-155-s ... -zuzana-2/
Os tchecos foram de cavalo paraguaio para cavaleiro do cavalo branco
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
É uma boa proposta, mas acho que não vai rolar. Por causa da situação da fronteira norte, creio que o requisito de aerotransportabilidade esteja no topo das prioridades. No mais, a República Tcheca é um país "exótico" demais para os padrões do EB. A ver...Aim For The Top escreveu: ↑Qua Mar 20, 2024 3:48 pm https://tecnodefesa.com.br/vbcoap-155-s ... -zuzana-2/
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Os tchecos deixaram de ser exóticos quando os caminhões TATRA se alistaram no EB, e entraram de sola nas suas fileiras, deixando todo mundo de queixo caído pelo ótimo desempenho e características off road; ainda mais com a proposta da fábrica no Paraná, que não foi, e não é, uma ideia isolada e puramente comercial deles.
Para quem sempre esteve acostumado às tranqueiras meia boca civis adaptadas que sempre se usou por aqui, aqueles caminhões foram, e estão sendo, uma verdadeira pequena grande revolução para o EB, mesmo que em quantidades miúdas. E os tchecos provaram que o seu apoio pós venda e logístico funciona e é muito bom. E o alto comando do exército notou isso desde a adoção dos chassis T815-7 nos caminhões do Astros 2020. Não se comprou mais porque são cotados em Euros, e portanto, muito caros para o orçamento verde-oliva, que tem outras prioridades na mesa.
Mesmo que o Zuzana II sendo o primo-irmão do Dana tcheco, que também recebeu um bom pacote de mordenização, e seja fabricado na Eslováquia pela Construkta, ele é basicamente sustentado comercialmente pela Excalibur Army da Rep Checa, e como os dois países são unha e carne em quase tudo no campo da defesa, eu não ficaria de todo surpreso se o modelo eslovaco fosse escolhido, embora a meu ver o exército já tenha batido o martelo pelo obuseiro israelense.
Esse Mou reforça a posição do Zuzana II como back up para qualquer eventualidade na decisão do processo da VBCOAP SR, caso o governo resolva meter o dedo. E como os franceses não oferecem preços aceitáveis pelo Caesar, mesmo na versão Mk I, então, o Zuzana II aparece como uma boa solução de oportunidade. A entrada da Avibras neste negócio não foi por mero acaso. Muito pelo contrário. Nada em concorrências públicas acontece por acaso. Lembrar também que o MD está em contato direto nos últimos dias com a sua contraparte checa em relação a negócios entre as respectivas BIDS. Isso foi semana passada.
Por fim, esqueçam artilharia de campanha em Roraima para além dos M-56 e L-118, além dos indefectíveis morteiros 120mm, que já estão por lá ou podem ser enviados junto com os GAC pqdt e Amv. Nada mais pesado do que isso chega lá em tempo de fazer diferença para nós. E o exército sabe disso. Vai levar muito tempo para por em operação qualquer um dos obuseiros escolhidos. E ainda que algo nesse meio tempo aconteça que justifique a sua presença aqui no norte, eles não estarão disponíveis para emprego em tempo.
Enfim, como diria o cito popular, pouca farinha, meu pirão primeiro. Cada um se vira como pode com o que tem.
Para quem sempre esteve acostumado às tranqueiras meia boca civis adaptadas que sempre se usou por aqui, aqueles caminhões foram, e estão sendo, uma verdadeira pequena grande revolução para o EB, mesmo que em quantidades miúdas. E os tchecos provaram que o seu apoio pós venda e logístico funciona e é muito bom. E o alto comando do exército notou isso desde a adoção dos chassis T815-7 nos caminhões do Astros 2020. Não se comprou mais porque são cotados em Euros, e portanto, muito caros para o orçamento verde-oliva, que tem outras prioridades na mesa.
Mesmo que o Zuzana II sendo o primo-irmão do Dana tcheco, que também recebeu um bom pacote de mordenização, e seja fabricado na Eslováquia pela Construkta, ele é basicamente sustentado comercialmente pela Excalibur Army da Rep Checa, e como os dois países são unha e carne em quase tudo no campo da defesa, eu não ficaria de todo surpreso se o modelo eslovaco fosse escolhido, embora a meu ver o exército já tenha batido o martelo pelo obuseiro israelense.
Esse Mou reforça a posição do Zuzana II como back up para qualquer eventualidade na decisão do processo da VBCOAP SR, caso o governo resolva meter o dedo. E como os franceses não oferecem preços aceitáveis pelo Caesar, mesmo na versão Mk I, então, o Zuzana II aparece como uma boa solução de oportunidade. A entrada da Avibras neste negócio não foi por mero acaso. Muito pelo contrário. Nada em concorrências públicas acontece por acaso. Lembrar também que o MD está em contato direto nos últimos dias com a sua contraparte checa em relação a negócios entre as respectivas BIDS. Isso foi semana passada.
Por fim, esqueçam artilharia de campanha em Roraima para além dos M-56 e L-118, além dos indefectíveis morteiros 120mm, que já estão por lá ou podem ser enviados junto com os GAC pqdt e Amv. Nada mais pesado do que isso chega lá em tempo de fazer diferença para nós. E o exército sabe disso. Vai levar muito tempo para por em operação qualquer um dos obuseiros escolhidos. E ainda que algo nesse meio tempo aconteça que justifique a sua presença aqui no norte, eles não estarão disponíveis para emprego em tempo.
Enfim, como diria o cito popular, pouca farinha, meu pirão primeiro. Cada um se vira como pode com o que tem.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
PORTARIA – EME/C Ex Nº 1.283, DE 13 DE MARÇO DE 2024
Aprova a Diretriz de Iniciação do Projeto de Transformação do 27º Grupo de Artilharia de Campanha em grupo autopropulsado.
http://www.sgex.eb.mil.br/sistemas/bole ... tas_be.php
Aprova a Diretriz de Iniciação do Projeto de Transformação do 27º Grupo de Artilharia de Campanha em grupo autopropulsado.
http://www.sgex.eb.mil.br/sistemas/bole ... tas_be.php
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Ainda coçando a cabeça para tentar entender o porquê do exército querer revitalizar M-109A3 com mais 20 anos de serviço só no EB, quando recebeu 60 M-10A5 e, mesmo assim, não quis aproveitar todos fazendo as atualizações e revitalizações necessárias, ou até mesmo elevá-los ao padrão A5BR+.RobsonBCruz escreveu: ↑Sex Mar 22, 2024 1:53 pm PORTARIA – EME/C Ex Nº 1.283, DE 13 DE MARÇO DE 2024
Aprova a Diretriz de Iniciação do Projeto de Transformação do 27º Grupo de Artilharia de Campanha em grupo autopropulsado.
http://www.sgex.eb.mil.br/sistemas/bole ... tas_be.php
O que será que se passa pela cabeça dos generais do exército, quando os A3 mais antigos poderiam ser muito melhor aproveitados, a meu ver, nas escolas e centros de instrução, onde seriam menos exigidos, sendo mais adequados às barbeiragens naturais do processo de formação discente com o "material didático" em mãos.
Enfim, agora a AD3 passa a 2 GAC AP, e 1 GAC AR ainda equipado com os vetustos M-114AR do tempo do ronca.
Carpe Diem