GEOPOLÍTICA

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Re: GEOPOLÍTICA

#5101 Mensagem por Boss » Qua Set 12, 2012 11:22 pm

E parece que EADS e BAE irão se fundir (pelo menos a intenção há). Formariam de longe a maior do ramo.
Fusão de EADS e BAE resultaria em empresa de US$ 49 bi
12 de setembro de 2012 | 16h 13
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PRISCILA ARONE - Agencia Estado
LONDRES - A companhia britânica de defesa e segurança BAE Systems e a European Aeronautic, Defence & Space, controladora da Airbus, informaram nesta quarta-feira que negociam uma fusão que pode dar origem a uma gigante europeia do setor de defesa e aeroespacial, com valor de mercado de US$ 49 bilhões.

A proposta prevê que os acionistas da EADS ficarão com 60% da nova empresa, enquanto os detentores de papéis da BAE Systems ficarão com os 40% restantes. A EADS vai pagar 200 milhões de libras (US$ 321,4 milhões) para seus acionistas antes da conclusão do acordo.

Após a fusão, a nova companhia deve fornecer produtos que vão de jatos comerciais a veículos de transporte militar, tanques, jatos de combate e porta-aviões.

A EADS disse que não há certezas de que as conversações resultarão em negócio e afirmou que qualquer acordo terá de ser aprovado pelo conselho da empresa. As implicações do negócio já estão sendo discutidas com vários governos.

A BAE e a EADS preveem que certas atividades de defesa podem ser barradas, tendo em vista sua importância estratégica e no setor de segurança nacional, particularmente nos EUA, país que pode ser um importante mercado para a nova empresa.

A fusão das duas companhias resultaria numa líder mundial na fabricação de jatos civis e equipamentos militares, rivalizando com as norte-americanas Boeing Co., Lockheed Martin e Northrop Grumman.

As duas empresas já têm operações significativas nos EUA. A BAE é uma das principais fornecedoras do Pentágono. A Eurocopter, unidade da EADS, vende helicópteros civis e militares em território norte-americano e a Airbus anunciou, no início deste ano, um projeto de abrir um fábrica no Alabama.

Com base em dados de 2011, a empresa resultante da fusão teria receita de cerca de US$ 90 bilhões, igualmente divididos entre operações comerciais e de defesa, sendo que 40% dos negócios estão na Europa, 21% na América do Norte, 22% na Ásia e 11% no Oriente Médio.

As empresas têm até as 15h (de Brasília) de 10 de outubro para anunciar se chegaram ou não a um acordo de fusão. As informações são da Dow Jones.




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Re: GEOPOLÍTICA

#5102 Mensagem por Bourne » Qui Set 13, 2012 10:54 am

Pode indicar muita coisa com a intensificação dos projetos de cooperação nos projetos da área de defesa. Um possível caça única europeu? É provável.




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Re: GEOPOLÍTICA

#5103 Mensagem por Boss » Qui Set 13, 2012 5:05 pm

Faltaria só a Finmeccanica...




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Re: GEOPOLÍTICA

#5104 Mensagem por mmatuso » Qui Set 13, 2012 8:30 pm

O mercado se concentrando mais ainda.




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Re: GEOPOLÍTICA

#5105 Mensagem por Bourne » Sáb Set 15, 2012 6:04 pm

Enquanto se preocupam em tomar o Paraguai e/ou derrubar o governo elitista vendido. Leiam o que patriota diz no último paragrafo.

'Potências não estão fazendo seu papel diante da crise síria', diz Antonio Patriota
Chanceler brasileiro critica falta de consenso na ONU e ações unilaterais
15 de setembro de 2012 | 15h 20
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http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 1098,0.htm


Lisandra Paraguassu e Roberto Simon / O Estado de S. Paulo
A paralisia do Conselho de Segurança das Nações Unidas diante da crise síria passou dos limites até mesmo para o sempre moderado - ou, segundo os críticos, passivo - governo brasileiro. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, concorda que passou da hora de agir e afirma que, se o conselho conseguir chegar a um consenso que inclua a ameaça explícita de sanções, o Brasil apoiará a decisão. "Acho que há uma clara situação em que o Conselho de Segurança não está desempenhando satisfatoriamente seu papel", afirmou o chanceler. Nas últimas semanas, o Itamaraty tem feito contatos com pessoas ligadas aos rebeldes sírios. "Recolhemos elementos de análise e também sobre o que estão pensando personagens da oposição síria", afirmou Patriota. A seguir, os principais trechos da entrevista concedida na sexta-feira ao Estado.

Veja também:
Enviado internacional à Síria se encontra com Assad
Líbano devia ser modelo para Oriente Médio, diz papa ao visitar país


Dida Sampaio / AE
Para Patriota, relações no Mercosul voltarão ao normal no próximo ano
A ONU reconhece a o direito de intervenção externa quando há ameaças de violência em larga escala contra civis em um Estado. A Síria já não foi além desse ponto?
Há uma clara situação em que o Conselho de Segurança não está desempenhando satisfatoriamente seu papel. Eu concordo com isso. Tanto que o debate foi levado à Assembleia-Geral da ONU e foram adotadas duas resoluções. A resolução que designa um enviado especial foi da Assembleia-Geral. Idealmente, deveria ser do Conselho de Segurança. Então, sim, é legítimo criticar a inação do Conselho de Segurança e a polarização entre os membros permanentes. Houve um momento positivo, que despertou uma expectativa de que as Nações Unidas conseguiriam desenvolver uma estratégia, que foi a convocação do grupo de ação de Genebra pelo (ex-mediador da ONU e da Liga Árabe) Kofi Annan. Ali foi adotado um documento por consenso, apoiado por russos, chineses, americanos e europeus. Foi elaborado um tipo de estratégia e um programa de ação mais ou menos em torno dos seis pontos do plano de Annan. Mas, quando se tratou de homologar esse plano no Conselho de Segurança, mais uma vez as divisões tornaram impossível a adoção de uma resolução. Isso nos faz meditar sobre o funcionamento do multilateralismo e uma das conclusões inevitáveis é que se torna cada vez mais necessário e urgente uma reforma no Conselho de Segurança, para ampliá-lo e também para mudar seus métodos de trabalho.

Mas, objetivamente, o Brasil é favorável a uma resolução do Conselho com base no Capítulo 7, que contempla o uso de sanções e eventualmente da força? Não seria o caso de envolver o Tribunal Penal Internacional (TPI) na crise síria? Não chegamos a esse ponto?
O Brasil é favorável a tudo que leve ao fim da violência e ao desenvolvimento de uma estratégia diplomática que repercuta de forma favorável para a população síria e para o futuro da Síria. Agora, o Brasil também é favorável a estratégias que fortaleçam o multilateralismo. Então, se o Conselho de Segurança deliberar, chegar a um consenso e levar adiante uma resolução, inclusive com referência ao Capítulo 7, que permita desenvolver uma estratégia desse tipo, não seremos contra. O que nos parece que não contribui para pacificar a Síria, nem para fortalecer o multilateralismo, são ações individuais, à margem do direito internacional.

No caso da França, por exemplo, que agora está apoiando abertamente alguns grupos de oposição síria com recursos logísticos e financeiros, o sr. avalia que essa é uma interferência indevida?
A posição do Brasil, de maneira geral, é que só devem ser levadas adiante estratégias coordenadas multilateralmente, especialmente em casos de uso de força. Porque é isso que diz a Carta das Nações Unidas. Quando se trata da coerção, a ação militar só é justificada em legítima defesa ou quando autorizada pelo Conselho de Segurança. Então, medidas que são tomadas à margem de um debate multilateral são um complicador. Eu sei que Annan e agora o seu substituto, Lakhdar Brahimi, veem como problemáticas essas intervenções, incluindo a venda de armas por parte de outros países.

Aqui na América Latina, a Venezuela acabou de denunciar o protocolo de San José e deve deixar a Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA. O sr. acha que há uma fragilização do sistema de proteção dos direitos humanos nas Américas?
O sistema interamericano está passando por um momento de reflexão interna que o Brasil contribuiu para lançar. Desde o ano passado foi adotada uma resolução na Assembleia-Geral da OEA em El Salvador que determinou uma análise do sistema em seu conjunto, suas possíveis deficiências e falhas, para torná-lo mais satisfatório. Isso prosseguiu na assembleia de Cochabamba (Bolívia, em junho). A verdade é que há um nível razoavelmente disseminado de insatisfação com o funcionamento do sistema e isso se verifica em países de tipos muito diversos da região. As propostas visam tornar mais previsível e mais legítimo o sistema, deixando menos arbitrariedade aos membros da comissão e mais claras as atribuições da comissão e da corte.

O Brasil também compartilha essa insatisfação?
Sim, não há a menor dúvida. O Brasil ficou muito insatisfeito com a maneira como foi tratada a questão da hidrelétrica de Belo Monte, para dar um exemplo. Mas a Colômbia tem insatisfações, o Peru e a Venezuela, também. A saída da Corte Interamericana é uma decisão soberana da Venezuela e sobre isso não tenho comentários mais específicos a fazer. Mas posso dizer que o grau de insatisfação é manifesto e em função disso está sendo feita essa revisão, com vistas a fortalecer o sistema.

O sr. acredita que a proposta do Equador, de se criar um Conselho de Direitos Humanos da América Latina, fora da OEA, tem condições de prosperar?
A nossa região tem conhecido uma certa efervescência de fóruns regionais e sub-regionais, que vão desde a Unasul (União das Nações Sul-americanas) até a Celac (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos), criada mais recentemente, em dezembro do ano passado. Nesse contexto podem conviver diferentes mecanismos e instâncias. Na Unasul nós examinamos, por exemplo, o combate internacional às drogas, mas isso não significa que não possa haver também um esforço no âmbito da OEA ou das Nações Unidas. Eu acho que essas e outras iniciativas podem se fortalecer mutuamente.

O estado da democracia na Venezuela, agora que Caracas passou a fazer parte do Mercosul, preocupa o Brasil?
Acho que devemos partir do princípio que vivemos numa das regiões mais democráticas do mundo. A América do Sul se distingue entre as regiões do mundo em desenvolvimento por ser integrada por países onde todos os governos são democraticamente eleitos, onde todos os governos tentam lidar com a desigualdade social, a exclusão social e a exclusão dos processos políticos. Onde existe cooperação e onde agora, com a perspectiva que o último foco de conflito armado, na Colômbia, dê lugar a um acordo de paz. Isso é importante em si mesmo. Mas também devemos reconhecer que a democracia é imperfeita em todos os lugares do mundo. Você poderá aperfeiçoar a democracia em todos os lugares do mundo e é necessário haver vigilância para não termos derrapagens.

Mas o caso da Venezuela não chama a atenção?
Há sociedades que são mais polarizadas que outras. O Brasil, comparativamente, é uma sociedade onde o espectro político é pouco polarizado, até mesmo na comparação com os Estados Unidos. Em outros países da nossa região existe muita polarização, em função de evoluções históricas específicas. Na Venezuela a gente não pode esquecer o que aconteceu em 2002. A oposição venezuelana mostrou ser pouco democrática ao tentar um golpe de Estado contra um presidente democraticamente eleito, Hugo Chávez. Isso levou a uma série de iniciativas, dos amigos da Venezuela, etc. Hoje temos a Unasul, na qual foi criado um conselho de acompanhamento eleitoral. Serão designados observadores eleitorais para essa próxima eleição na Venezuela, no começo de outubro. E nossa expectativa é que a disputa eleitoral ocorra de maneira transparente e com credibilidade.

Depois da suspensão do Paraguai do Mercosul, fala-se muito na imprensa local na ‘morte do Mercosul’ como bloco comercial. Mesmo no Brasil essas análises aparecem com frequência. Como o senhor responde a essas críticas?
Considero que é uma crítica sem fundamento na realidade. Até mesmo porque o próprio presidente do Paraguai, Federico Franco, tem dito que valoriza muito a relação com Argentina e Brasil e a relação com os dois países se desenvolve no Mercosul. Não tem porque voltar atrás. Vamos estabelecer tarifas de novo? Seria um retrocesso. Isso não é do interesse regional. Acho que a gente tem de distinguir muito entre manifestações que tenham, talvez, um objetivo retórico imediato e a realidade. A realidade é que nós temos constatado manifestações moderadas, tanto do presidente Franco quanto do chanceler em exercício, José Félix Estigarribia, pela expectativa de que no ano que vem as coisas se normalizem.




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Re: GEOPOLÍTICA

#5106 Mensagem por Boss » Seg Set 17, 2012 3:39 pm

Gráficos sobre a fusão da EADS com a BAE.
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Re: GEOPOLÍTICA

#5107 Mensagem por Boss » Seg Set 17, 2012 3:47 pm

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Re: GEOPOLÍTICA

#5108 Mensagem por Paisano » Ter Set 18, 2012 10:24 am

Brasil testa papel de potência global em Angola

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... e_jf.shtml
João Fellet

Enviado especial da BBC Brasil à Angola


http://wscdn.bbc.co.uk/worldservice/assets/images/2012/09/17/120917185919_sp_angola_luanda_waterfront_afp_512x288_afp.jpg

Enquanto aguarda na fila de carros à entrada do único shopping de Luanda, capital de Angola, um motorista angolano abre as janelas de seu jipe. Os alto-falantes ecoam "Eu quero tchu, eu quero tchá", música da dupla sertaneja brasileira João Lucas e Marcelo.

Em instantes, após estacionar o veículo, ele entrará num edifício erguido por uma empreiteira brasileira (Odebrecht), cruzará com trabalhadores brasileiros, fará compras em lojas brasileiras (Ellus, Nobel) e, possivelmente, comerá numa rede de fast-food brasileira (Bob's).

O alto teor brasileiro do programa não é coincidência: nos últimos anos, Angola se tornou um dos maiores palcos externos do Brasil. Lá, a influência brasileira se alastrou em grande escala pela cultura, pela economia e até pela política local.

Em Talatona, bairro ao sul de Luanda que abriga o Belas Shopping, a presença brasileira alcança seu ápice. Luxuosos condomínios fechados abrigam boa parte dos engenheiros, médicos e consultores do Brasil em Angola. No bairro, eles vivem rodeados por supermercados, academias e restaurantes administrados por compatriotas.

Porém, a maioria dos brasileiros em Angola, estimados em até 25 mil, mora em alojamentos ou casas coletivas: são pedreiros, operadores de máquinas, motoristas e outros técnicos contratados por empreiteiras brasileiras para executar obras no país.

Fricções e proximidade

Embora não haja relatos de hostilidade contra brasileiros em Angola, o grupo começa a gerar desconforto em alguns círculos. "Nas empresas, os angolanos dizem que os operários brasileiros são privilegiados, que têm salários maiores. Isso já provoca algumas fricções", diz o jornalista Reginaldo Silva, autor do blog Morro da Maianga.

Ele diz, no entanto, que a relação entre operários brasileiros, que "gostam de brincar, têm comportamento parecido com o nosso" e angolanos costuma ser boa.

"Já os (brasileiros) mais privilegiados, da classe média, vivem isolados em seus condomínios e têm muito pouco contato conosco."

Se, para o jornalista, a convivência entre os brasileiros mais ricos e os angolanos ainda é fria, os governos dos dois países vivem período de grande proximidade. Entusiasta das relações Brasil-África, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Angola três vezes nos últimos cinco anos. A última visita ocorreu em 2011, ano em que a presidente Dilma Rousseff também viajou ao país.

Atribui-se a uma indicação de Lula a atuação do marqueteiro brasileiro João Santana na eleição angolana deste ano. Ele chefiou a campanha do presidente José Eduardo dos Santos, no poder há 33 anos. Vencedor com mais de 70% dos votos, ele estenderá seu mandato até 2017.

http://wscdn.bbc.co.uk/worldservice/assets/images/2012/09/17/120917184617_sp_campanha_angola_304x171_bbc.jpg
Marqueteiro brasileiro João Santana chefiou
campanha de José Eduardo dos Santos à reeleição


Independência

ornou independente de Portugal, em 1975. O Estado brasileiro foi o primeiro a reconhecer Angola como nação soberana, gesto que até hoje lhe rende agradecimentos de dirigentes angolanos.

As relações bilaterais, no entanto, só se intensificaram na última década, quando o governo brasileiro ampliou os financiamentos a obras de empreiteiras brasileiras no país africano.

Desde 2006, quando o BNDES (Banco Nacional para o Desenvolvimento Econômico e Social) passou a canalizar a maior parte desses empréstimos, foram criadas linhas de crédito de US$ 5,2 bilhões (R$ 10,5 bilhões) para essas companhias.

O montante é mais do que o dobro do custo inicialmente estimado para a transposição do rio São Francisco (R$ 4,8 bilhões), uma das maiores obras em curso no Brasil. Em 2011, Angola só foi superada pela Argentina entre os países estrangeiros que mais receberam empréstimos do BNDES.

Os financiamentos têm o petróleo angolano como garantia – o país ocupa o segundo posto entre os maiores produtores de petróleo da África Subsaariana, com extração ligeriamente inferior à do Brasil.

Após o fim da guerra civil angolana (1975-2002), as vendas do produto ampararam um amplo programa de reconstrução conduzido pelo governo em parceria com empreiteiras brasileiras, portuguesas e chinesas.

'Caminho aberto'

As construtoras abriram o caminho para consultorias, comerciantes e companhias de variados setores: de acordo com o banco sul-africano Standard, atraídas pelo elevado ritmo de crescimento de Angola, ao menos 200 empresas brasileiras abriram filiais no país. Em 2007, o então embaixador do Brasil em Angola, Afonso Pena, disse que elas eram responsáveis por 10% do PIB angolano.

No auge do programa de reconstrução, entre 2004 e 2008, Angola cresceu em média 14% ao ano. A crise econômica mundial, porém, derrubou a cotação das commodities e suspendeu a evolução do PIB.

Espera-se, contudo, que nos próximos anos a recuperação nos preços do petróleo alavanque um novo ciclo de crescimento. Segundo a Economist Intelligence Unit, até 2016, a economia de Angola deverá ultrapassar a da África do Sul, hoje a maior do continente.

'Colonização cultural'

Na cultura, como na economia, Angola mantém laços sólidos com o Brasil. Três canais de TV brasileiros (Globo, Record e, mais recentemente, Band) transmitem sua programação no país.

A grande audiência das emissoras faz com que crimes com grande repercussão no Brasil sejam acompanhados pela imprensa angolana. Brigas de casais brasileiros famosos, por sua vez, acabam nas páginas da Caras Angola, filial da revista de celebridades.

E como revela a cena à entrada do shopping, músicas que estouram no Brasil em pouco tempo ganham as rádios angolanas.
"A cultura brasileira domina completamente Angola", diz Reginaldo Silva.

Segundo o jornalista, a influência do Brasil nesse campo é tão grande que já altera o modo de falar dos angolanos, que passaram a incorporar gírias e expressões brasileiras.

"Pela via cultural, há uma colonização absoluta de Angola pelo Brasil".




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Re: GEOPOLÍTICA

#5109 Mensagem por akivrx78 » Qua Set 19, 2012 2:33 pm

19/09/2012 10h04 - Atualizado em 19/09/2012 10h07
Ásia tem pela primeira vez mais ricos que América do Norte, diz pesquisa

Relatório é das empresas RBC Wealth Management e Capgemini.
Região da Ásia-Pacífico abriga atualmente 3,37 milhões com alta renda.

O número de ricos asiáticos superou no ano passado o de norte-americanos pela primeira vez, mas suas fortunas encolheram ligeiramente e ainda ficam atrás da riqueza total na América do Norte, afirmaram as empresas RBC Wealth Management e Capgemini, em relatório divulgado nesta quarta-feira.

A região da Ásia-Pacífico abriga atualmente 3,37 milhões de pessoas com alta renda - as quais têm US$ 1 milhão ou mais para investir - em comparação com 3,35 milhões na América do Norte e 3,17 milhões na Europa, disseram as companhias em um relatório.

Os ricos da Ásia - 54% dos quais estão concentrados no Japão, quase 17% na China e mais de 5% na Austráliax - viram suas fortunas totais decaírem de US$ 10,8 trilhões em 2010 para 10,7 trilhões de dólares no ano passado. No total, ficaram atrás da América do Norte, que tem US$ 11,4 trilhões.
A riqueza caiu mais significativamente no ano passado em Hong Kong (20,1%) e na Índia (18%) e cresceu mais fortemente na Tailândia (9,3%) e Indonésia (5,3%)

O Relatório de Riqueza da Ásia-Pacífico, compilado pela Capgemini e RBC Wealth Management, é acompanhado de perto por gestores de riqueza, agentes de propriedade de alto nível, varejistas de bens de luxo e outras empresas, que seguem sinais de como e onde o ultra-ricos estão investindo e como estão suas fortunas.

Muitos dos ricos da Ásia fizeram seus milhões e bilhões por meio de empresas familiares e de propriedades.

A riqueza caiu mais significativamente no ano passado em Hong Kong (20,1%) e na Índia (18%) e cresceu mais fortemente na Tailândia (9,3%) e Indonésia (5,3%). O crescimento foi mais modesto no Japão (2,3%) e na China (1,8%).

A fraqueza na Europa e outras tendências mundiais tiveram sua parte na ligeira queda na riqueza asiática total, segundo o relatório, mas a "região teve de lidar com os próprios desafios econômicos, incluindo a inflação, a desaceleração do crescimento e saídas de capital".

"No entanto, a Ásia-Pacífico deve continuar mostrando crescimento mais forte do que outras regiões daqui para frente, e sua população de alta renda e riqueza devem continuar expandindo", diz o texto.

Como parte disso, os afluentes da Ásia estão olhando mais para os centros de riqueza nas regiões offshore próximas, como Cingapura e Hong Kong - segundo o relatório -, em busca de maior acesso a produtos e serviços, vantagens fiscais e de sigilo financeiro.

Desafios para a indústria de gestão de fortunas offshore incluem a escassez de talentos qualificados, a baixa rentabilidade, e os custos de conformidade e restrições sobre serviços por causa do maior escrutínio regulatório.

A diversidade de origens e expectativas dos clientes ricos significa que há mais demanda por produtos personalizados e maior desejo de desempenhar um papel ativo na gestão de suas carteiras, acrescentou o relatório.

http://g1.globo.com/economia/noticia/20 ... quisa.html




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Re: GEOPOLÍTICA

#5110 Mensagem por akivrx78 » Qua Set 19, 2012 2:45 pm

Investimentos agressivos da China no exterior
Autor: Heide B. Malhotra Data: setembro 19, 2012
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Uma visão do Centro Comercial em Pequim em 3 de setembro de 2012. (Mark Ralston/AFP/Getty Images)

Especialistas do mercado e gurus de investimento têm alertado ao longo do tempo que o regime chinês está investindo agressivamente no exterior, em sua busca para se tornar o número 1 no ambiente de negócios mundial e por meio disso dominar o mundo a partir de sua sede em Pequim.

“A ascensão econômica da China, casos crescentes de sua intervenção em assuntos asiáticos e globais e percepções de que os EUA estão economicamente debilitados têm inspirado teorias de que a China inevitavelmente ‘dominará o mundo’ em breve”, afirma um artigo de 2010 no website Daily News & Analysis.

Para suavizar a mensagem, o artigo observou que o Dr. Robert Sutter, um ex-funcionário do Departamento de Estado dos EUA e da CIA, disse que a China dominar o mundo, incluindo os mercados mundiais, não está no horizonte. Declarações sobre dominar o mundo foram feitas no passado sobre a União Soviética e o Japão, que também não se concretizaram.

O debate continua em 2012, com um artigo de fevereiro publicado pelo Conselho das Relações Exteriores no website Foreign Affairs sugerindo que a China dominar o mundo só ocorreria se a economia dos EUA continuar em queda livre.

“O status de credor da China não compensa o fato de que sua economia é atualmente menos da metade da norte-americana e seu povo é apenas tão rico quanto um décimo dos norte-americanos”, disse o artigo da Foreign Affairs.

Sem mais seletividade de indústrias estratégicas

“A Europa está experimentando o início de uma onda estrutural no investimento estrangeiro direto em economias avançadas por empresas chinesas. A decolagem foi apenas recente”, segundo um relatório de junho no website Grupo Rhodium LLC.

Parece que, entre 2006 e 2009, o investimento estrangeiro direto (IED) anual de empresas chinesas aumentou três vezes mais rápido do que nos anos anteriores. Entre 2004 e 2008, o IED atingiu quase 1 bilhão de dólares anualmente, aumentando para um total combinado de 3 bilhões anuais em 2009 e 2010. Em 2011, o IED totalizou 10 bilhões de dólares.

A maioria dos investimentos ocorreu na França, Alemanha e Reino Unido. O relatório Rhodium assume que a maioria dos investimentos nesses três países são orientados a investimentos comerciais e não em campos técnicos ou de recursos naturais. Por outro lado, a maioria dos investimentos do leste europeu está na área de energia, bem como em empresas completamente novas.

Investidores chineses não são mais “seletivos a um punhado de indústrias estratégicas. [...] A mistura setorial do investimento chinês na Europa nos diz que uma mudança está em curso. Negócios chineses são menos dominados por recursos naturais e objetivos de facilitação comercial e mais preocupados com a ampla gama de indústrias e ativos espalhados em toda a Europa”, segundo o relatório do Grupo Rhodium.

Mais empresas privadas do que estatais fecham acordos, mas quando se trata do valor dos investimentos, as empresas estatais assumem a liderança.

“Na Europa, a esmagadora maioria dos negócios são feitos por jogadores privados, que definimos como tendo 80% ou maior propriedade não-governamental. [...] A dimensão média dos acordos é, naturalmente, muito menor do que para empresas estatais”, sugere o relatório do Grupo Rhodium.

A questão permanece, são as empresas ditas privadas realmente de propriedade privada? Pesquisadores, economistas e especialistas do mercado notaram em muitos artigos que é difícil determinar se uma empresa é de exclusiva propriedade particular ou se há alguma conexão com o governo local ou estadual.

“Muitas empresas privadas operam formalmente sob a proteção jurídica de empresas estatais ou coletivas. Por isso, é difícil calcular as ações das economias estatais e privadas”, disse um artigo de agosto no website da Biblioteca de Economia e Liberdade.

Consequências futuras do IED chinês

“O investimento chinês na Europa pode ser positivo e negativo ao mesmo tempo, dependendo de quem você é”, afirma o relatório do Grupo Rhodium.

Por exemplo, a Huawei Technologies Sweden AB, uma fabricante de equipamentos de telecomunicações, vende equipamentos móveis na Escandinávia, mas se tornou “uma nova competição perturbadora para empresas europeias e seus funcionários”, segundo o relatório do Grupo Rhodium.

O Grupo Rhodium também afirma que a China Ocean Shipping Group, um provedor de serviços de transporte oceânico internacional na Grécia a um custo muito baixo “pode ameaçar os privilégios do trabalho sindicalizado grego, mas fornecerá centenas de milhões de euros para modernizar e expandir terminais de contêineres e expandir o tráfego de mercadorias e trabalhos relacionados”.

Os europeus suspeitam seriamente das intenções chinesas e estão preocupados que investidores chineses estejam à procura de investimentos em empresas que têm operações que eles possam mover para a China e que não estariam interessados em como isso afetaria o trabalho e o mercado no país-sede dessas empresas.

A comunidade empresarial da Europa não se esqueceu de quando o Grupo Yankuang Co. Ltd. comprou a fábrica alemã Kaiserstuhl no Vale do Ruhr da Alemanha, desmontou-a usando trabalhadores chineses em 2003 e remontou-a na província de Shandong.

“As empresas chinesas são mais propensas do que investidores de outros locais a adquirir ativos europeus, mover tecnologia e ativos valiosos para casa e encerrar operações na Europa”, sugere o relatório do Grupo Rhodium.

Forças competitivas entram em jogo também. O regime chinês poderia conceder empréstimos de baixo custo para o IED e, portanto, concorrentes sem acesso a tais empréstimos podem ser levados à falência.

Em suma, as distorções do mercado chinês comprometem um sistema baseado no mercado competitivo e não permitem que o mercado estabeleça um preço justo para os produtos. Esta distorção de mercado pode destruir a capacidade de um concorrente para competir de forma justa.

Além disso, o regime chinês tem “controle efetivo sobre empresas estatais (por meio da posse e nomeação de executivos) e privadas (por meio da dominação do sistema financeiro, controles de capital e controle regulatório)” e, portanto, é difícil prever o que acontecerá a uma empresa uma vez que esteja em mãos chinesas.

Tem sido observado que éticas comerciais chinesas desleais são trazidas para o Ocidente e criam problemas no mercado ocidental. Violações da legislação trabalhista, evasão fiscal e outras violações de empresas de propriedade chinesa foram trazidas à luz na cidade italiana de Prato e na Suécia.

“Se empresas chinesas que tem bens na Europa não internalizam as normas de negócios ocidentais, elas serão mais vulneráveis a processos judiciais em tribunais da UE, algo que elas eram imunes ao servirem os mercados da UE unicamente por meio de exportações”, adverte o relatório do Grupo Rhodium.

Um novo problema é a atitude dos políticos europeus que estão de olho nos investimentos chineses sem levar em conta as muitas atividades distorcidas de mercado que poderiam prejudicar os mercados locais em curto prazo e os mercados mundiais em longo prazo.

“A promessa de novo investimento chinês já está cativando a imaginação dos políticos europeus e alguns já estão cochichando sobre moderar seu comportamento em relação à China para melhorar suas perspectivas”, segundo o relatório do Grupo Rhodium.

Empresas chinesas investem nos EUA

Os investimentos chineses nos Estados Unidos subiram novamente depois de tomarem uma trajetória descendente na segunda metade de 2011. Durante o último trimestre de 2011, os investimentos chineses chegaram a 69 milhões de dólares, enquanto que durante o primeiro semestre de 2012 os investimentos chineses nos Estados Unidos chegaram a 3,6 bilhões de dólares.

Os Estados Unidos têm aprendido algumas lições ao longo do caminho pela forma como o Estado chinês lida com as negociações e mostrou que usará regulamentos para promover mudanças políticas na China que sejam favoráveis às empresas norte-americanas.

“Num discurso de março de 2012, a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton também sugeriu que as autoridades dos EUA estão cada vez mais prontas para usarem interesses de investimentos chineses nos EUA como alavanca para atingir objetivos mais amplos nas relações econômicas EUA-China”, segundo um relatório de julho do Grupo Rhodium.

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Re: GEOPOLÍTICA

#5111 Mensagem por NettoBR » Sex Set 21, 2012 4:14 pm

Brasileiro tenta roubar arma de segurança 'para matar rei da Suécia'
Atualizado: 21/09/2012 13:15 | Por BBC, BBC Brasil

Um brasileiro de 24 anos foi preso pelas autoridades suecas após atacar um dos seguranças da sede do governo sueco e tentar tomar sua arma com o intuito declarado de assassinar o rei da Suécia, Carl Gustaf 16, segundo informa nesta sexta-feira o jornal sueco 'Aftonbladet'.

A embaixadora Leda Letícia Camargo, em entrevista à BBC Brasil, confirmou a nacionalidade do homem, que seria de Mato Grosso, mas disse que não recebeu informações oficiais da polícia sueca sobre o caso.
Camargo afirmou ainda que pediu ao setor consular que prestasse assistência ao brasileiro.

O incidente aconteceu no último dia 6 de agosto, mas só veio à tona nesta sexta-feira, depois que o diário sueco publicou em sua página na internet o vídeo do ataque, gravado pelas câmeras de segurança. Uma faca, que pertenceria ao agressor, foi encontrada perto do local.

Imagem

A polícia sueca confirmou a autenticidade do vídeo, mas não revelou a identidade do brasileiro. O jovem teria admitido todas as acusações no primeiro julgamento do caso, realizado com discrição no último dia 24 de agosto.
Segundo o 'Aftonbladet', o brasileiro está sendo agora submetido a testes psiquiátricos antes que seja dado prosseguimento ao julgamento.

'O vídeo é autêntico. Mas nossas normas de sigilo não nos permitem fazer qualquer tipo de comentário', disse à BBC Brasil a porta-voz da polícia de Estocolmo Lena Torberg. O repórter Anders Johansson, um dos autores da reportagem publicada no 'Aftonbladet', também preferiu não revelar a identidade do brasileiro.

'Sei que é o brasileiro, mas devido às regras de sigilo estou impedido de publicar ou informar sua identidade', disse o jornalista à BBC Brasil.

Luta corporal

O vídeo do ataque mostra o momento em que o homem - que seria o brasileiro de 24 anos - caminha tranquilamente pela calçada em frente à sede do governo, mas subitamente apressa o passo, se joga sobre o segurança e tenta tomar sua arma.

A luta corporal entre os dois se deu a poucos metros da entrada principal de Rosenbad, a sede do governo, onde está situado o gabinete do primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt.
'Percebi imediatamente que ele tentava pegar a minha arma', relatou o segurança no interrogatório policial.

Naquele momento, dois funcionários de uma empresa de construção que passavam de carro pelo local pararam para tentar socorrer o segurança.
'Vi o homem atacar o segurança e reagi instintivamente', contou Peter Becker, que estava ao volante do carro.

Peter, que já treinou lutas marciais, agarra o homem pelas costas e consegue em seguida imobilizá-lo.
'O homem então desistiu de lutar e ficou em silêncio, olhando para o céu', disse Peter Becker.

Outros seguranças do governo sueco chegam então à cena do incidente, onde foi encontrada uma faca que pertenceria ao homem e que, no tumulto, teria sido chutada para longe pelo colega de Peter Becker.


Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/ ... uecia.html




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Re: GEOPOLÍTICA

#5112 Mensagem por NettoBR » Seg Set 24, 2012 11:01 am

Disputa por ilhas afeta economias da China e do Japão
Por BBC Brasil | Atualizado: 24/09/2012 08:48

A briga pelas ilhas Senkaku (ou Diaoyu, como são conhecidas na China) já afetou de forma intensa as duas maiores economias da Ásia e deve se agravar ainda mais, já que a China deu sinais de que pode impor sanções econômicas ao vizinho.
A mídia chinesa diz que a solução acalmaria a opinião pública e que o país não seria afetado, já que a balança comercial pesa mais do lado japonês.

Em 2011, o comércio bilateral gerou cerca de US$ 343 bilhões (cerca de R$ 692,4 bilhões), o que representou apenas 9,4% da balança comercial chinesa. As exportações para o Japão chegaram a quase 8% do total e as importações atingiram 11%. Em contrapartida, as exportações japonesas para a China chegaram a quase 20% do total comercializado pelo país em 2011.

Imagem
"Manifestantes pró-Japão protestam na ilha de Senkaku"

Mas, no domingo, o primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, alertou a China que essa briga poderá ter um efeito negativo sobre a própria economia chinesa.

''A China deveria se desenvolver através dos vários investimentos estrangeiros que recebe'', disse Noda, em entrevista concedida ao Wall Street Journal, ao citar que os protestos e aparentes sanções comerciais podem afastar os investidores estrangeiros.
A opinião de analistas ouvidos pela mídia japonesa também é a mesma. Para eles, medidas econômicas repressivas seriam uma ''faca de dois gumes'' para ambos os países.

Perdas

Na semana passada, fabricantes de carros japonesas anunciaram uma perda estimada em cerca de US$ 250 milhões (cerca de R$ 504,7 bilhões) por causa dos protestos violentos antinipônicos realizados em várias cidades chinesas.
As montadoras temem agora uma queda nas vendas, já que há uma onda de boicote aos produtos japoneses na China.

Imagem
"A disputada ilha de Senkaku"

As três maiores fabricantes do país, Nissan, Honda e Toyota, interromperam temporariamente as operações em fábricas chinesas.
O turismo também foi gravemente afetado. Segundo a All Nippon Airways (ANA), cerca de 15 mil passagens foram canceladas na China entre os meses de setembro e novembro.

Já do lado japonês, a Organização Nacional de Turismo do Japão (JNTO) calculou uma queda de 20% no número de chineses que visitam o país. Estes turistas respondiam por 25% do total de estrangeiros que chegam ao arquipélago.

Neste fim de semana, a China cancelou a participação na maior feira de turismo realizada no Japão. Para o fragilizado setor de turismo, foi um duro golpe, já que o país ainda tenta se recuperar da tragédia do tsunami, de 11 de março de 2011.
Lojas de departamentos, redes de supermercados e restaurantes também contabilizam os prejuízos.

Solução a caminho

Para tentar reatar os laços que foram rompidos por causa da disputa, o Japão enviou nesta segunda-feira a Pequim o vice-ministro das Relações Exteriores japonês, Chikao Kawai, para uma rodada de dois dias de conversas com o lado chinês.

Mas a reconciliação está cada vez mais complicada. Nesta segunda-feira de manhã, três barcos da guarda costeira chinesa invadiram as águas territoriais do Japão pela terceira vez em menos de duas semanas.
Tóquio fez um protesto formal, já que, enquanto o problema não se resolve, é o país quem tem o controle administrativo das ilhas.

''É claro que, se entrarem em nossas águas territoriais, vamos levantar objeções ao mais alto nível'', disse o porta-voz do governo japonês Osamu Fujimura durante uma entrevista coletiva.

A recente tensão entre os dois países por causa das ilhas também levou ao cancelamento de um evento que seria realizado na próxima quinta-feira em Pequim para marcar o aniversário de 40 anos de normalização das relações entre os dois países.

''É muito decepcionante'', comentou Fumijura a repórteres, se referindo ao cancelamento do cerimonial.
Um grupo de empresários japoneses, que se encontra anualmente com colegas chineses desde 1975, também cancelou a visita deles ao país.

Disputa

A disputa pelo pequeno arquipélago localizado ao extremo sul do Japão já dura mais de duas décadas, mas a tensão entre chineses e japoneses aumentou depois que Tóquio anunciou a compra de três das ilhas, no começo de setembro.

Milhares de manifestantes protestaram nas ruas de cidades chinesas contra a compra das ilhas pelo Japão. Prédios de fábricas e escritórios de empresas japonesas foram atingidos pelos manifestantes, que também atacaram consulados japoneses na China.

As ilhas nacionalizadas pelo Japão pertenciam a investidores privados japoneses, e a compra foi feita para evitar que o governador nacionalista de Tóquio, Shintaro Ishihara, comprasse o arquipélago e construísse instalações no local, o que irritaria ainda mais o governo chinês.

Fonte: http://noticias.br.msn.com/mundo/disput ... jap%C3%A3o




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Re: GEOPOLÍTICA

#5113 Mensagem por rodrigo » Seg Set 24, 2012 11:41 am

Brasileiro tenta roubar arma de segurança 'para matar rei da Suécia'
Tanto político aqui pra ser atacado e o cara vai pra Suécia?




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Re: GEOPOLÍTICA

#5114 Mensagem por jumentodonordeste » Seg Set 24, 2012 12:22 pm

Tanto FDP dando mole aqui e o cara tem essa maravilhosa idéia no país errado. :lol:




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Re: GEOPOLÍTICA

#5115 Mensagem por Quiron » Seg Set 24, 2012 12:32 pm

Não é bem assim. Outro dia aqui em Brasília um maluco tentou agarrar aquele canhão chamado Dilma.




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