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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Enviado: Qua Ago 25, 2010 12:52 pm
por Viktor Reznov
varj escreveu:PARABÉNS
ao Governo Federal pela lei que proíbe estrangeiro e/ou empresas Nacionais com maioria de capital estrangeiro a comprarem mais de 5.000 hectares de terra.Bem como limitar estas propriedades a 25% da área do município em que estão instaladas.Medida eficaz para diminuir o risco a nossa soberania.
PARABÉNS!PARABÉNS!PARABÉNS!PARABÉNS!PARABÉNS!PARABÉNS!PARABÉNS!PARABÉNS!
Essa lei é retroativa?
Re: Ameaça REAL ao Brasil
Enviado: Qui Ago 26, 2010 12:30 am
por knigh7
Publicado no “Jornal do Comércio de Porto Alegre”
Autor: Paulo Ricardo da Rocha Paiva
Coronel de Infantaria e Estado-Maior
Para o Plano Brasil
O ALERTA DO DIA DO SOLDADO
Nada contra negociar caças, helicópteros e submarinos com a França ou outro país qualquer. Afinal de contas, não produzimos nada mesmo em termos de armamento convencional que seja capaz de fazer frente ao aparato bélico, de última geração, dos atores com potencial para representar alguma ameaça ao País, o que nos impede tiranicamente de partir do zero.
Todavia, os invejáveis recursos naturais do País: riquezas minerais, mananciais hídricos, energéticos, flora, fauna, biodiversidade enfim aí estão, esbanjando fartura sem par, incomensurável mesmo, em um mundo cada vez mais carente, sem que disponhamos das mínimas condições de seu repasse incólume para as novas gerações de brasileiros.
Que não se duvide, os caprichos dos cinco grandes encastelados no Conselho de Segurança da ONU são cada vez mais imprevisíveis. Uma tendência natural, entretanto, já está a se delinear, não escapando à percepção do observador mais arguto. Um desiderato acomodatício está envolvendo o grupelho de poderosos, ganhando contornos de um “colegiado ditatorial” de molde a mantê-los, de comum acordo, ad eternum, impondo as regras do jogo.
Governantes, políticos, intelectuais, o povo deste País como um todo, porém, ainda não se deu conta de que os butins para o regalo daquele “quinteto de leviatãs” são os pisados pelos nossos pés! Ninguém ainda atinou que necessitamos, para ontem, de um poder de dissuasão definitivo e imediato. As impertinências do tão propalado “eixo do mal” não são nada se comparadas à mortandade das duas guerras do Iraque e a do Afeganistão. Afinal de contas, quem matou mais até agora, Bush ou Sadam, Barak ou Ahmadinejad?
Deve ser dito, só a 4ª Frota/USA: dispõe de 60 helicópteros e queremos negociar 50 com os franceses; conta com mais de 100 caças em seus porta-aviões e se pretende adquirir 36 na mesma fonte. Em sendo assim, a única arma capaz de evitar desatinos por parte da “santa aliança” é um artefato bélico definitivo, por mais rudimentar que seja, com capacidade para desencorajar a concentração de forças de uma “coalizão de soldados universais imbuídos de desígnios humanitários e em nome da tão invocada comunidade de internacional”. A Coréia do Norte sabe disso e o Irã está correndo atrás, só o Brasil continua “dormindo em berço esplêndido”.
Paulo Ricardo da Rocha Paiva
Coronel de Infantaria e Estado-Maior
Re: Ameaça REAL ao Brasil
Enviado: Qui Ago 26, 2010 2:37 am
por brunodogg
Cross escreveu:varj escreveu:PARABÉNS
ao Governo Federal pela lei que proíbe estrangeiro e/ou empresas Nacionais com maioria de capital estrangeiro a comprarem mais de 5.000 hectares de terra.Bem como limitar estas propriedades a 25% da área do município em que estão instaladas.Medida eficaz para diminuir o risco a nossa soberania.
PARABÉNS!PARABÉNS!PARABÉNS!PARABÉNS!PARABÉNS!PARABÉNS!PARABÉNS!PARABÉNS!
Essa lei é retroativa?
Infelizmente não.
Re: Ameaça REAL ao Brasil
Enviado: Qui Ago 26, 2010 6:56 am
por varj
Cross escreveu:varj escreveu:PARABÉNS
ao Governo Federal pela lei que proíbe estrangeiro e/ou empresas Nacionais com maioria de capital estrangeiro a comprarem mais de 5.000 hectares de terra.Bem como limitar estas propriedades a 25% da área do município em que estão instaladas.Medida eficaz para diminuir o risco a nossa soberania.
PARABÉNS!PARABÉNS!PARABÉNS!PARABÉNS!PARABÉNS!PARABÉNS!PARABÉNS!PARABÉNS!
Essa lei é retroativa?
Infelizmente não.Mas considero uma vitória em prol de nossa Soberania.Passo importante e obviamente pouco divulgado pela mídia.
Re: Ameaça REAL ao Brasil
Enviado: Qui Ago 26, 2010 7:00 am
por varj
knigh7 escreveu:Publicado no “Jornal do Comércio de Porto Alegre”
Autor: Paulo Ricardo da Rocha Paiva
Coronel de Infantaria e Estado-Maior
Para o Plano Brasil
O ALERTA DO DIA DO SOLDADO
Nada contra negociar caças, helicópteros e submarinos com a França ou outro país qualquer. Afinal de contas, não produzimos nada mesmo em termos de armamento convencional que seja capaz de fazer frente ao aparato bélico, de última geração, dos atores com potencial para representar alguma ameaça ao País, o que nos impede tiranicamente de partir do zero.
Todavia, os invejáveis recursos naturais do País: riquezas minerais, mananciais hídricos, energéticos, flora, fauna, biodiversidade enfim aí estão, esbanjando fartura sem par, incomensurável mesmo, em um mundo cada vez mais carente, sem que disponhamos das mínimas condições de seu repasse incólume para as novas gerações de brasileiros.
Que não se duvide, os caprichos dos cinco grandes encastelados no Conselho de Segurança da ONU são cada vez mais imprevisíveis. Uma tendência natural, entretanto, já está a se delinear, não escapando à percepção do observador mais arguto. Um desiderato acomodatício está envolvendo o grupelho de poderosos, ganhando contornos de um “colegiado ditatorial” de molde a mantê-los, de comum acordo, ad eternum, impondo as regras do jogo.
Governantes, políticos, intelectuais, o povo deste País como um todo, porém, ainda não se deu conta de que os butins para o regalo daquele “quinteto de leviatãs” são os pisados pelos nossos pés! Ninguém ainda atinou que necessitamos, para ontem, de um poder de dissuasão definitivo e imediato. As impertinências do tão propalado “eixo do mal” não são nada se comparadas à mortandade das duas guerras do Iraque e a do Afeganistão. Afinal de contas, quem matou mais até agora, Bush ou Sadam, Barak ou Ahmadinejad?
Deve ser dito, só a 4ª Frota/USA: dispõe de 60 helicópteros e queremos negociar 50 com os franceses; conta com mais de 100 caças em seus porta-aviões e se pretende adquirir 36 na mesma fonte. Em sendo assim, a única arma capaz de evitar desatinos por parte da “santa aliança” é um artefato bélico definitivo, por mais rudimentar que seja, com capacidade para desencorajar a concentração de forças de uma “coalizão de soldados universais imbuídos de desígnios humanitários e em nome da tão invocada comunidade de internacional”. A Coréia do Norte sabe disso e o Irã está correndo atrás, só o Brasil continua “dormindo em berço esplêndido”.
Paulo Ricardo da Rocha Paiva
Coronel de Infantaria e Estado-Maior
Concordo com a forca capaz de desencorajar até o mais irresponsável e inconsequente "soldado universal".Mas temos capacidade para não ter uma rudimentar e sim as que se fizerem necessárias, montadas e belos vetores.Acredito ser esta a única forma a curto prazo de equilibrarmos esta balança desigual de força.
Re: Ameaça REAL ao Brasil
Enviado: Qui Ago 26, 2010 7:14 am
por varj
Lembre-sem sempre:
Orinduike próximo de Uiramutã na nossa fronteira Norte. Conhecida por alguns dias nos idos de 1.993 como Cratenia.Palco de Surumu que ocorreu gracas a que Doné viu atrás de Cuano-Cuano.
Não não fiquei louco ou me tornei escritor de ficção.
Conheçam um pouco mais de nossa história recente e reflitam.
Re: Ameaça REAL ao Brasil
Enviado: Qui Ago 26, 2010 9:07 am
por LeandroGCard
varj escreveu:knigh7 escreveu:
Deve ser dito, só a 4ª Frota/USA: dispõe de 60 helicópteros e queremos negociar 50 com os franceses; conta com mais de 100 caças em seus porta-aviões e se pretende adquirir 36 na mesma fonte. Em sendo assim, a única arma capaz de evitar desatinos por parte da “santa aliança” é um artefato bélico definitivo, por mais rudimentar que seja, com capacidade para desencorajar a concentração de forças de uma “coalizão de soldados universais imbuídos de desígnios humanitários e em nome da tão invocada comunidade de internacional”. A Coréia do Norte sabe disso e o Irã está correndo atrás, só o Brasil continua “dormindo em berço esplêndido”.
Paulo Ricardo da Rocha Paiva
Coronel de Infantaria e Estado-Maior
Concordo com a forca capaz de desencorajar até o mais irresponsável e inconsequente "soldado universal".Mas temos capacidade para não ter uma rudimentar e sim as que se fizerem necessárias, montadas e belos vetores. Acredito ser esta a única forma a curto prazo de equilibrarmos esta balança desigual de força.
Hum, mas o raciocínio do coronel é falho.
Se a questão é dissuadir idéias de que se montem forças internacionais para garantir a independência de partes do território brasileiro, e de que estamos vulneráveis porque potenciais inimigos tem mais aviões, helicópteros, etc... do que nós, então a construção de armas atômicas para nós seria pouco eficiente em termos de custo-benefício.
Se ao invés de 36 rafales comprássemos 150 ou mais (o que inclusive garantiria a construção local), se realmente nacionalizássemos a produção de helicópteros e desenvolvêssemos versões de ataque (como fizeram África do sul, Índia, etc...), se acelerássemos nossos programas de mísseis anti-navio, anti-aéreos, etc... e por aí vai, também estaríamos dissuadindo aventuras "libertatórias" em nosso território, e o custo provavelmente seria menor que o de construir armas atômicas, principalmente o custo político/diplomático.
Deve-se levar em conta que armas atômicas só produzem dissuasão eficaz se puderem ser utilizadas em território inimigo. Irã e Coréia do Norte precisaram apenas desenvolver mísseis de médio alcance (2000 Km) para colocar Israel e o Japão na mira de suas eventuais ADM's, criando uma ameaça crível com efeito dissuasório (pois os EUA se importam com a possibilidade de ataques contra Israel ou o Japão). Mas nós ameaçaríamos quem com bombas nucleares em nossos AMX, a Argentina ou a Venezuela? Quem se importaria com isso (além deles próprios, é claro, e a Argentina pelo menos muito rapidamente nos daria o troco, armando seus A-4 e Mirage-III com bombas atômicas também)? Para ter poder dissuasório teríamos que ter mísseis de alcance intercontinental, e somando o custo da produção das bombas, dos mísseis, dos problemas diplomáticos, etc..., duvido muito que a opção convencional não fique bem mais barata.
A única outra opção seria ameaçarmos entregar estas armas nucleares a grupos terroristas, que as contrabandeariam para os países centrais. Mas aí o custo diplomático seria inaceitável, nos tornaríamos de fato uma nação do "eixo do mal", sujeita a todas as sanções possíveis e imagináveis (até um ataque preventivo).
Leandro G. Card
Re: Ameaça REAL ao Brasil
Enviado: Qui Ago 26, 2010 10:36 am
por suntsé
LeandroGCard escreveu:Leandro G. Card
è camarada, você esta certo.
Re: Ameaça REAL ao Brasil
Enviado: Qui Ago 26, 2010 11:08 am
por pampa_01
varj escreveu:Lembre-sem sempre:
Orinduike próximo de Uiramutã na nossa fronteira Norte. Conhecida por alguns dias nos idos de 1.993 como Cratenia.Palco de Surumu que ocorreu gracas a que Doné viu atrás de Cuano-Cuano.
Não não fiquei louco ou me tornei escritor de ficção.
Conheçam um pouco mais de nossa história recente e reflitam.
Seria a hitória de movimentação de soldados yankees, e descoberta por brasileiros. Estes alertaram o AC e mudou-se o local de uma manobra militar para aquelas bandas?
[]s
Re: Ameaça REAL ao Brasil
Enviado: Qui Ago 26, 2010 11:33 am
por Marino
ESP:
Governos submissos, Nação conivente
Luiz Eduardo Rocha Paiva
"...se não te apercebes para integrar a Amazônia na tua civilização, ela, mais cedo ou mais tarde, se distanciará, naturalmente, como se desprega um mundo de uma nebulosa - pela expansão centrífuga de seu próprio movimento"
Euclides da Cunha
Um princípio fundamental à boa condução do Estado é a coerência entre políticas, estratégias e ações efetivamente adotadas, mas não é assim no Brasil. Ao mesmo tempo que anunciam a Amazônia como prioridade nacional e bravateiam - "a Amazônia é nossa" -, os governos tomam decisões que comprometem a soberania e a integridade territorial na região, submetendo-se a pressões externas. Isso ficou claro quando o príncipe Charles, filho do presidente de honra da WWF, se envolveu pessoalmente na questão da Terra Indígena (TI) Raposa-Serra do Sol, realizando reuniões na Europa e visitas ao Brasil antes das sessões decisórias do Supremo Tribunal Federal sobre a demarcação daquela TI, chegando a ser recebido pelo presidente da República na véspera da última sessão do tribunal. O resultado dessa pressão explícita demonstra a submissão da liderança nacional, iniciada na demarcação da TI ianomâmi em 1991, imposta pelos EUA e aliados. O interesse inglês em Roraima vem da Questão do Pirara (1835-1904) e ressurge como ameaça.
A perda do Acre pela Bolívia, em 1903, é um alerta ao Brasil, pois as semelhanças entre o evento passado e o presente amazônico são evidentes, em particular no tocante às TIs. A Bolívia no Acre, por dificuldade, e o Brasil na Amazônia, por omissão, exemplificam vazios de poder pela fraca presença do Estado e de população nacional em regiões ricas e cobiçadas. O Acre, vazio de bolivianos, era povoado por seringalistas e seringueiros brasileiros, respectivamente líderes e liderados, sem nenhuma ligação afetiva com a Bolívia. No Brasil, ONGs internacionais lideram os indígenas e procuram conscientizá-los de serem povos e nações não-brasileiros, com o apoio da comunidade mundial. Assim, no século 19 uma crescente população brasileira estava segregada na Bolívia e hoje o mesmo ocorre com a crescente população indígena do Brasil nas TIs, ambas sob lideranças sem compromisso algum com os países hospedeiros, e sim com atores externos. Ao delegarem autoridade e responsabilidades a ONGs ligadas a atores alienígenas, nossos governos autolimitaram sua soberania, como fez a Bolívia ao arrendar o Acre ao Bolivian Syndicate, binacional anglo-americana com amplos poderes e autonomia para administrá-lo. Décadas de erros estratégicos enfraqueceram a soberania boliviana no Acre, direito não consumado, pois aqueles brasileiros se revoltaram e o separaram da Bolívia, que o vendeu ao Brasil. Não é que a História se repita, mas situações semelhantes em momentos distintos costumam ter desfechos parecidos, para o bem ou para o mal, se as decisões adotadas forem similares. Um cenário de perda, semelhante à sofrida pela Bolívia, desenha-se na calha norte do Rio Amazonas, na faixa de fronteira, com destaque para Roraima.
A História tem outros exemplos semelhantes. Na ex-província sérvia do Kosovo, cerca de 90% da população não era nacional, mas albanesa separatista. Em 1974 o Kosovo recebera autonomia, cuja cassação em 1999 revoltou sua população. Ante a violenta reação da Sérvia, e não tendo seu aval para entrar com forças de paz na região, a Otan moveu uma campanha aérea arrasadora, dobrando aquele país. O direito de soberania sérvia, reconhecido no mandato da ONU que autorizou a intervenção de uma força de paz, não impediu a independência do Kosovo em 2008.
Conclusão: num país onde uma região rica é um vazio de poder, sem população nacional, ocupada por população segregada, considerada estrangeira e sob liderança alienígena ligada a outros países, projeta-se um cenário de perda de soberania e integridade territorial, a despeito do direito internacional. Ao contrário de Bolívia, Brasil e Sérvia, a China povoou Xinjiang com etnia han, neutralizando o separatismo dos uigures. Sua liderança aprendeu com a História a resistir a pressões estrangeiras.
A Amazônia brasileira nos pertence por direito, mas só a ocupação e a integração efetivarão a sua posse. Em poucas décadas haverá grandes populações indígenas desnacionalizadas e segregadas, ocupando imensas terras e dispostas a requerer autonomia com base na Declaração de Direitos dos Povos Indígenas, aprovada na ONU com apoio do Brasil. Se não atendidas, solicitarão a intervenção das Nações Unidas com base na Responsabilidade de Proteger, resolução de 2005. Um sem-número de TIs, com mais autonomia que os Estados da Federação, comprometerão a governabilidade e a integridade territorial num país ainda em formação, pois a Amazônia não está totalmente integrada.
Hoje, é forte a pressão para transformar TIs em territórios autônomos administrados por índios, iniciativa que reúne atores externos e a quinta-coluna de órgãos governamentais e da sociedade, agindo em consonância com interesses alienígenas. Há indícios de omissão e acomodação de órgãos dos Poderes da União à constituição de polícias indígenas nas TIs. Ou seria apoio implícito? Essa polícia ilegal, paralelamente às ações ditas de segurança pública, já está achacando os índios nas aldeias, sendo possível que, em breve, façam aliança com grupos ilícitos transnacionais, o narcotráfico ou a narcoguerrilha das Farc. Poderão, ainda, compor a milícia indígena dos pretensos territórios autônomos supracitados, não como forças policiais, mas sim embrião de uma guerrilha separatista com reconhecimento internacional.
Povo e nação em território com organização política, social, jurídica e militar, haja vista a Declaração de Direitos dos Povos Indígenas, e com autonomia reconhecida nacional e internacionalmente é Estado-nação independente. Assim seja! Só merece um bem quem o ama e defende.
GENERAL DA RESERVA, MEMBRO DA ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL, PROFESSOR EMÉRITO E EX-COMANDANTE DA ESCOLA DE COMANDO E ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO
Re: Ameaça REAL ao Brasil
Enviado: Qui Ago 26, 2010 12:37 pm
por Marino
RORAIMA
Índios querem BNDES na Raposa Serra do Sol
Fim da monocultura não criou alternativa à comunidade
Cristiane Agostine, de Normandia (RR)
A Vila Surumu, porta de entrada da reserva indígena Raposa Serra do Sol, no norte de Roraima,
já não é mais a mesma. A começar pelo nome: Comunidade do Barro. Nada mais de vila, bairro ou
município. Depois que os arrozeiros saíram das terras demarcadas e homologadas, os indígenas
resgataram a denominação original da comunidade transformada em vila. Os moradores das primeiras
casas também mudaram. Todos têm cabelo liso, pele morena e traços indígenas, diferente do que era há
dois anos, quando os produtores rurais, eram os donos. Onde antes era monocultura de arroz na reserva
indígena Raposa Serra do Sol agora existem pequenas roças de mandioca, milho, feijão e de arroz. Há
também criação de gado, galinha, porco e cavalos. E imensas áreas vazias, sem plantação.
Um ano e cinco meses depois da saída de não indígenas da reserva, por decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF), a tensão que marcou a relação entre fazendeiros e índios nos últimos 30 anos,
enfim, teve uma trégua.
Os indígenas não deram continuidade à monocultura de arroz nas terras em que estavam os
fazendeiros e ainda sofrem com a falta de recursos e de planejamento para ampliar uma produção que
não seja a de subsistência. A reclamação mais comum é que depois da retirada dos produtores rurais
eles foram esquecidos pelos governos estadual e federal. Quem está no comando das ações pelo
desenvolvimento da Raposa Serra do Sol é o Conselho Indígena de Roraima (CIR), principal entidade na
luta pela demarcação contínua das terras. Segundo a coordenadora de projetos do CIR, Marizete de
Souza Macuxi, a entidade pedirá financiamento de R$ 20 milhões ao BNDES. A proposta inicial era mais
ambiciosa, de R$ 73 milhões. O projeto está sendo finalizado e deve ser apresentado até o fim deste
ano.
Os fazendeiros que estavam na reserva mantiveram a produção de arroz no Estado, a maioria
em terras arrendadas. Só um optou por investir fora de Roraima, Paulo Cesar Quartiero, líder dos
produtores rurais da Raposa Serra do Sol e candidato a deputado federal pelo DEM. Quartiero produziu
na Guiana por seis meses, mas preferiu a Ilha do Marajó, no Pará, e hoje tem mais terras do que possuía
em Roraima: de 9 mil hectares foi para uma propriedade de 12 mil hectares. Lá ele tem 3 mil cabeças de
gado, 1 mil búfalos e 900 cavalos. As reclamações dos produtores rurais são inúmeras. Entre elas, dizem
que não foram reassentados pelo governo federal, nem receberam indenização condizente com as
fazendas que deixaram.
Assim que acabou o prazo para saída dos produtores da área, os indígenas compuseram uma
federação para partilhar as fazendas. Participaram não só os índios ligados ao Conselho Indígena de
Roraima, mas também aqueles vinculados à Sociedade de Defesa dos Índios Unidos de Roraima
(Sodiur), que militaram junto aos fazendeiros e queriam a demarcação em ilhas. "A demarcação foi um
erro e não queríamos que os agricultores saíssem da área", diz Silvio da Silva, presidente da Sodiur.
"Mas agora já passou. Minimizamos as brigas. O que iria sobrar para nós? Matar ou morrer. Ninguém
quer viver de briga", explica Silva sobre a pacificação entre os indígenas.
Nas imensas fazendas em que a monocultura de arroz predominava hoje só restam escombros e
pequenas plantações. Na fazenda Canadá, que era de Genor Luis Faccio, a casa em que ficavam os
funcionários, o depósito, o curral e o hangar foram destruídas. "É um cenário de destruição. Parecia que
tinha morrido um monte de gente", lembra Cristovão Galvão Barbosa, tuxaua (líder) da Comunidade do
Barro. Ao lado de um curral destruído, os índios fizeram outro, para o gado deles. Em outra fazenda
próxima, há uma casa de taipa e plantações de milho, banana e macaxeira ocupando parte do que era a
Fazenda Guanabara, também de Faccio. É um exemplo das plantações em que foram divididas as terras
dos arrozeiros.
O tuxaua Gonçalo comemora: "Antes alguns fazendeiros não nos deixavam caçar, pescar nem
produzir nas nossas terras. Tínhamos que fazer escondido. Eles foram colocando parente contra
parente", diz. Os desafios, no entanto, são enormes, ressalta. Os indígenas perderam boa parte da
produção com períodos de seca e com o de chuva, que marcam o verão e o inverno. "A questão da terra
foi resolvida. Nossa preocupação agora é com o trabalho".
Muitos índios que trabalhavam nas fazenda ficaram desempregados. Nas comunidades da
Raposa Serra do Sol a maioria das famílias participa de programas de transferência de renda dos
governos federal e estadual, como o Bolsa Família e o Vale Solidário. "Houve uma redução drástica dos
conflitos na reserva. O que falta hoje é um projeto de melhoria da qualidade de vida", comenta o
procurador Rodrigo Timóteo da Costa e Silva, da Procuradoria da República em Roraima. Outro
problema destacado pelas comunidades é o avanço do alcoolismo.
O governo estadual nega que tenha deixado de cuidar dos indígenas. A Funai, por meio do
coordenador no Estado, Gonçalo Teixeira, reconhece que há graves problemas na saúde e na educação,
mas informa que tem cuidado da reserva.
Fora da reserva, os produtores reclamam até do nome do processo de retirada dos não
indígenas da área, chamado de desintrusão. "Não sou intrusa, não sou grileira. Compramos e pagamos
por nossa terra", reclama Regina Barilli. "O governo não cumpriu sua parte. Não nos reassentou e pagou
só pelas benfeitorias, não pela terra", diz. "É o correto. Não é um processo de desapropriação", contesta
o procurador Rodrigo Timóteo da Costa e Silva. A Funai diz que pagou indenização aos arrozeiros em
depósito judicial. A briga pelo valor recebido está na Justiça.
As multas do Ibama aos fazendeiros foram milionárias e referem-se à degradação das terras, que
são de proteção ambiental. A maioria dos arrozeiros recorreu à Justiça para não pagá-las. "O governo
nos multou para justificar o que fez. Não cumpriram nada do que prometeram e ainda nos tratam como
invasores de terra", diz Ivalci Centenário.
O preço do arroz não se alterou em Roraima, nem o impacto sobre o PIB foi significativo.
Segundo o secretário de Planejamento, Haroldo Amora, a produção de arroz correspondia a 2% do PIB e
agora é de 1,2%. A leitura do governo estadual é que a expulsão dos arrozeiros afastou investidores. "O
que nos restou foi a insegurança jurídica", resume Amora.
Re: Ameaça REAL ao Brasil
Enviado: Qui Ago 26, 2010 12:37 pm
por Marino
Produtores temem mais demarcações
O destino escolhido por parte dos produtores rurais que saíram da reserva indígena Raposa
Serra do Sol está na mira do governo federal. Parte do município do Bonfim, em Roraima, pode ser
transformada em unidade de conservação ambiental e, dessa forma, não poderá ser habitada nem ter
exploração agrícola. Um estudo do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), autarquia do
Ministério do Meio Ambiente, prevê a criação do Parque Nacional do Lavrado na região. Moradores da
cidade reagiram e o governo federal recuou, ao afirmar que o projeto ainda está sob análise. Os
proprietários rurais, no entanto, temem que a proposta seja retomada após as eleições deste ano.
Quatro dos seis maiores arrozeiros que estavam na Raposa Serra do Sol têm plantações no
Bonfim, município próximo à reserva indígena: Nelson Itikawa, Ivo Barilli e Genor Faccio e Tiaraju Faccio.
O governo federal, por meio de estudos do Ibama e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia,
detectou quatro áreas na cidade onde poderia ser criado o Parque Nacional do Lavrado. As duas
principais são a Serra da Lua e a Serra do Tucano.
A Serra do Tucano, onde o Exército tem terras, foi descartada e o governo federal, por meio do
Instituto Chico Mendes, aprofundou os estudos sobre a unidade de conservação na Serra da Lua. Os
moradores da região tomaram conhecimento do projeto antes da fase de audiências públicas e
articularam-se junto ao governador de Roraima, José de Anchieta Junior (PSDB), para tentar impedir a
criação do parque do Lavrado. O protesto teve repercussão negativa para o governo federal. Com a
proximidade das eleições e o desgaste político que a proposta poderia trazer, foi postergada.
O fazendeiro Genor Faccio teme ser afetado novamente por decisão do governo. "Sempre tive
consciência de que a máquina de demarcação de terras iria continuar depois da Raposa", diz. "Estou
correndo atrás de políticos para tentar barrar esse processo." Em situação semelhante, Regina Barilli
comenta: "Tenho 500 hectares de plantação no Bonfim. Se me pegar "tô" lascada", afirma.
A criação da unidade de conservação ambiental afetaria mais de 200 produtores da Serra da
Lua, que vivem em 155 mil hectares. A região fica na fronteira do Brasil com a Guiana. A justificativa do
governo federal é que as savanas de Roraima podem vir a ser alvo de especulação imobiliária, grilagem
de terra e forte avanço da soja, arroz irrigado e da silvicultura. A criação da unidade de conservação está
prevista em decreto presidencial que repassou 6 milhões de hectares de terras federais para o Estado,
em 2009. Procurado, o Instituto Chico Mendes não se manifestou oficialmente.
O estudo preocupa também pequenos e médios produtores da região, como a família de Alceu
da Silva Thomé. "Mal acabou o problema na Raposa Serra do Sol já aparece esse no Bonfim", reclama a
filha de Alceu, Cristiane. "Nossa família está na região há 106 anos. Estamos na sexta geração e agora
nos tratam como grileiros. Estamos indefesos. Se perdemos a terra, para onde vamos?", questiona. Na
entrada de uma das fazendas da família Thomé, na Serra da Lua, uma faixa estampa o protesto
recorrente entre os moradores da região: "Ontem a Serra do Sol, hoje a Serra da Lua. Amanhã qual
será?"
Re: Ameaça REAL ao Brasil
Enviado: Qui Ago 26, 2010 1:16 pm
por varj
LeandroGCard escreveu:varj escreveu:
Concordo com a forca capaz de desencorajar até o mais irresponsável e inconsequente "soldado universal".Mas temos capacidade para não ter uma rudimentar e sim as que se fizerem necessárias, montadas e belos vetores. Acredito ser esta a única forma a curto prazo de equilibrarmos esta balança desigual de força.
Hum, mas o raciocínio do coronel é falho.
Se a questão é dissuadir idéias de que se montem forças internacionais para garantir a independência de partes do território brasileiro, e de que estamos vulneráveis porque potenciais inimigos tem mais aviões, helicópteros, etc... do que nós, então a construção de armas atômicas para nós seria pouco eficiente em termos de custo-benefício.
Se ao invés de 36 rafales comprássemos 150 ou mais (o que inclusive garantiria a construção local), se realmente nacionalizássemos a produção de helicópteros e desenvolvêssemos versões de ataque (como fizeram África do sul, Índia, etc...), se acelerássemos nossos programas de mísseis anti-navio, anti-aéreos, etc... e por aí vai, também estaríamos dissuadindo aventuras "libertatórias" em nosso território, e o custo provavelmente seria menor que o de construir armas atômicas, principalmente o custo político/diplomático.
Deve-se levar em conta que armas atômicas só produzem dissuasão eficaz se puderem ser utilizadas em território inimigo. Irã e Coréia do Norte precisaram apenas desenvolver mísseis de médio alcance (2000 Km) para colocar Israel e o Japão na mira de suas eventuais ADM's, criando uma ameaça crível com efeito dissuasório (pois os EUA se importam com a possibilidade de ataques contra Israel ou o Japão). Mas nós ameaçaríamos quem com bombas nucleares em nossos AMX, a Argentina ou a Venezuela? Quem se importaria com isso (além deles próprios, é claro, e a Argentina pelo menos muito rapidamente nos daria o troco, armando seus A-4 e Mirage-III com bombas atômicas também)? Para ter poder dissuasório teríamos que ter mísseis de alcance intercontinental, e somando o custo da produção das bombas, dos mísseis, dos problemas diplomáticos, etc..., duvido muito que a opção convencional não fique bem mais barata.
A única outra opção seria ameaçarmos entregar estas armas nucleares a grupos terroristas, que as contrabandeariam para os países centrais. Mas aí o custo diplomático seria inaceitável, nos tornaríamos de fato uma nação do "eixo do mal", sujeita a todas as sanções possíveis e imagináveis (até um ataque preventivo).
Leandro G. Card
Ei de concordar em parte mas não me esqueceria no caso dos armamentos convencionais dos S300 ou S500, Iglas, Blindados de primeira linha além de uma tropa bem preparada e remunerada.Mas mesmo assim ainda estaríamos longe de termos um poderoso e inquestionável poder de dissuasão.Veja que citei vetores modernos que também podem e devem ser utilizados com explosivos convencionais.Explosivos atômicos podem ser dimensionados para por exemplo por a pique uma frota invasora ou uma grande concentração de tropas.Não falo da utilização como pelos Americanos no Japão ou cogitadas pela Tatcher na Argentina.A questão do poderio atômico na minha opinião é de que se tornou necessário, quase que como um passaport para entrarmos no fechado clube dos países com poder político na esfera internacional.Não é a opção que me agrada mas cada vez mais se torna a única opção viável.Nas próximas décadas se a escassez de recursos se agravar como previsto, o custo do não preparo atual nos será demasiadamente caro.
Re: Ameaça REAL ao Brasil
Enviado: Qui Ago 26, 2010 1:19 pm
por varj
pampa_01 escreveu:varj escreveu:Lembre-sem sempre:
Orinduike próximo de Uiramutã na nossa fronteira Norte. Conhecida por alguns dias nos idos de 1.993 como Cratenia.Palco de Surumu que ocorreu gracas a que Doné viu atrás de Cuano-Cuano.
Não não fiquei louco ou me tornei escritor de ficção.
Conheçam um pouco mais de nossa história recente e reflitam.
Seria a hitória de movimentação de soldados yankees, e descoberta por brasileiros. Estes alertaram o AC e mudou-se o local de uma manobra militar para aquelas bandas?
[]s
O diferencial de hoje é que a princípio não dependeríamos de Donés para o alerta antecipado.A movimentação de tropas Brasileiras se mostrou eficaz no momento.E felizmente sem maiores desdobramentos.
Re: Ameaça REAL ao Brasil
Enviado: Qui Ago 26, 2010 1:29 pm
por varj
Sobre a aberração Raposa Serra do Sol torna-se necessário um forte movimento da sociedade organizada com apoio de estudos sérios para desculpe-mem o termo consertar aquela..........