Geopolítica Energética

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Re: Geopolítica Energética

#511 Mensagem por mmatuso » Sex Jun 08, 2012 10:01 pm

Interessante esse artigo.

Ainda tinha "forista" planejando uma coalizão para deter a China. [003]




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Re: Geopolítica Energética

#512 Mensagem por Boss » Sáb Jun 09, 2012 10:11 am

Justamente por isso que a tal coalizão é necessária. 8-]

Claro que tem gente que coloca o seu antiamericanismo na frente do patriotismo pelo Brasil, aceitando que viremos colônia, capacho ou babaca de qualquer país que peite os EUA (China, Rússia, etc), mas isso não vem ao caso...




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Re: Geopolítica Energética

#513 Mensagem por mmatuso » Sáb Jun 09, 2012 10:48 am

Coalizão necessária para combater investimentos externos? :roll:

Essa é a grande lição de como não se fazer uma economia de livre mercado, lógico que também não pode ir ao extremo e o governo tem que regulamentar bem o mercado para não levar uma rasteira de algum investidor estrangeiro.

Menos "ideologice" e mais realidade. Mas como tem algumas pessoas que ainda vivem na era Top Gun/Guerra fria "travestida" de patriotismo, mas também não vem ao caso. 8-]




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Re: Geopolítica Energética

#514 Mensagem por NettoBR » Sex Jun 15, 2012 10:49 am

Petrobras deve investir US$ 236,5 bilhões até 2016 para aumentar produção de petróleo
14/06/2012 - 18h38

Brasília – A Petrobras divulgou hoje (14) que pretende investir US$ 236,5 bilhões (R$ 487,2 bilhões a preços atuais) no Plano de Negócios 2012-2016, aprovado na véspera pelo Conselho de Administração da empresa. Vai dar uma média de US$ 47,3 bilhões por ano em aplicações, mas o calendário detalhado só deve sair no próximo dia 25, segunda-feira da semana que vem.

A empresa antecipou, porém, que vai enfatizar a recuperação da produção de óleo e de gás natural. E que os projetos de exploração das reservas naturais terão foco no atendimento e alinhamento das metas físicas de cada um deles, de modo a garantir indicadores financeiros sólidos no desenvolvimento dos negócios da empresa.

A maior parte dos recursos será destinada a atividades de exploração e produção (E&P) no total de US$ 141,8 bilhões, ou 60% dos investimentos aprovados. Em seguida, na ordem decrescente, vêm os gastos com refino, transporte e comercialização (US$ 65,5 bilhões, ou 27,7%), gás e energia (US$ 13,8 bilhões, ou 5,8%), petroquímica (US$ 5 bilhões, ou 2,1%), biocombustíveis (US$ 3,8 bilhões, ou 1,6%), distribuição (US$ 3,6 bilhões, ou 1,5%) e despesas corporativas (US$ 3 bilhões, ou 1,3%).

Com esses investimentos, a Petrobras estima chegar a 2016 com produção de 3,3 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/dia), dos quais 3 milhões no Brasil, e de 2,5 milhões de barris por dia (bpd) de gás natural. A expectativa é que a produção se acelere a partir de 2014, com crescimento entre 5% e 6% por ano. Até o final de 2013 os níveis de produção devem continuar estáveis.

De acordo com o informe da Petrobras, a sistemática de implementação de projetos exige o desenvolvimento prévio das fases de identificação da oportunidade, projeto conceitual e projeto básico. Passos necessários para que o projeto se viabilize e demonstre capacidade de agregação de valores ao portfólio da empresa. Só então, os financiamentos serão efetivamente contratados.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia ... e-petroleo




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Re: Geopolítica Energética

#515 Mensagem por NettoBR » Dom Jun 17, 2012 4:58 pm

Japão reativa reatores nucleares pela 1ª vez após crise de Fukushima
16/06/2012 - 00h29

Tóquio - O Governo do Japão decidiu neste sábado (16) reativar dois reatores nucleares pela primeira vez desde o acidente na central de Fukushima em março de 2011, que levou à parada gradual de todas as centrais atômicas do país.
O primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, tomou esta decisão após uma reunião com o governador da província de Fukui (centro), que lhe deu seu sinal verde para o início das atividades de duas unidades da usina nuclear de Oi, nessa região.

O Governo já deu instruções à empresa Kepco, operadora dessa usina nuclear, para que comece as operações para a reativação das duas unidades, segundo a agência local "Kyodo".
O acidente na central de Fukushima provocado pelo devastador tsunami de março de 2011 levou à parada gradual de todas as centrais atômicas japonesas, seja por segurança ou por causa de revisões rotineiras que a legislação local impõe.

Os reatores 3 e 4 de Oi já receberam em março a aprovação da Comissão de Segurança Nuclear do Japão, após serem submetidos a testes de resistência que certificaram que estão preparados para suportar fortes tremores e um tsunami de até 11,4 metros de altura.
Este tipo de teste, simulações em computador que comprovam a resistência dos reatores a desastres naturais, foram impostos pelo Governo para garantir a segurança de todas as centrais, após o desastre de Fukushima.


Fonte: http://economia.uol.com.br/ultimas-noti ... shima.jhtm




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Re: Geopolítica Energética

#516 Mensagem por marcelo l. » Sáb Jun 23, 2012 4:47 pm

Achei interessante a saída ser vista do ponto de vista militar de conseguir apoio na população

http://www.michaelyon-online.com/gobar-gas.htm

Michael Yon

A Gurkha Idea

Among the more interesting coalition forces fighting in Afghanistan are the legendary Nepalese Gurkhas. Trained and fielded by the British, as they have been since colonial days, Gurkhas are a fascinating admixture: today, they are elite soldiers used to traveling the world. But many of them grew up barefoot and poor in remote and primitive mountain villages in the high Himalayas—places that closely resemble parts of Afghanistan, geographically and culturally. Forefathers of some of today’s Ghurkas fought in the Afghan region during earlier wars. Gurkhas understand impoverished life in a harsh environment, though Nepal has enjoyed material progress in recent decades that is mostly unrealized in Afghanistan. Unlike forces from Europe or America, who often regard Afghanistan as an outpost of 13th Century life, Gurkhas can provide a link between primitive Afghan standards of development, and the possibilities for progress, with insights and connections that might elude most Westerners.

The insights of a Gurkha veteran named Lalit, whom I met in the jungles of Borneo, at a British Army man-tracking school, were particularly valuable. One day in the jungle Lalit began a conversation by announcing that many of Afghanistan's household needs could be solved if Afghans would adopt "Gobar Gas" production. Gobar Gas could improve the lives of Afghans as it had that of the Nepalese, he said, as he began to explain with great enthusiasm.

During Lalit’s time in Afghanistan, he found nobody who had heard of Gobar Gas—even though Gobar Gas has been a quiet engine of ground-level economic transformation in Nepal and numerous other poor Asian nations.

After the man-tracking course ended I returned to Afghanistan, this time to the desert-like areas of Ghor, Helmand and Kandahar provinces, where most people have no electricity and often spend hours daily scrounging for bits of wood or whatever other fuel they can find on the deforested plains. Lalit was right about two things: No Afghan I met had heard of the Gobar Gas – by any name. Nor had most American development people on the ground. Second, Gobar Gas looked like a serious solution in some areas to the lack of available fuel to meet daily needs. Given its track record and its perfect applicability to Afghanistan's state of development, this was a match made in heaven. I flew back to Nepal to talk with Gobar Gas experts and users. (A full explanation follows shortly.)

cont;




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Re: Geopolítica Energética

#517 Mensagem por Matheus » Sáb Jun 23, 2012 4:49 pm

Semana passada inauguraram um grande pq eólico em Santa do Livramento/RS. Atualmente é uma das energias mais baratas e menos poluentes.




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Re: Geopolítica Energética

#518 Mensagem por FoxHound » Seg Jun 25, 2012 7:22 pm

Rússia e Israel pretendem realizar projetos de energia conjuntos.
Rússia e Israel estão aumentando as relações económicas através da promoção de grandes projetos conjuntos, incluindo na energia, anunciou o Presidente russo Vladimir Putin depois das negociações com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

"Também as iniciativas conjuntas na esfera agro-industrial têm boas perspectivas", acrescentou o líder russo, notando que os projetos de construção de explorações pecuárias já estão sendo realizados em regiões russas.

No campo das novas tecnologias já foram obtidos resultados concretos, nomeadamente a Rusnano criou uma filial em Israel e efetua a seleção de projetos promissores com os parceiros israelenses.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_06_25/Ru ... -conjunto/




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Re: Geopolítica Energética

#519 Mensagem por NettoBR » Sex Jun 29, 2012 10:36 am

Parlamentares do Japão consideram perigosos 24 de 50 reatores
DA FRANCE PRESSE, EM TÓQUIO, 29/06/2012 - 08h35

Parlamentares japoneses que examinaram o estado dos 50 reatores do arquipélago concluíram que 24 devem ser desmantelados o mais rápido possível por falhas ou outros riscos importantes.

De acordo com o grupo "Genpatsu zero" ("zero central nuclear"), que reúne deputados e senadores de vários partidos, quase metade dos reatores do país são vulneráveis ao ponto de precisarem de uma paralisação definitiva e uma demolição.

Entre os 24 reatores em questão figuram duas unidades (5 e 6) consideradas ainda objetos de potenciais explosões na central acidentada de Fukushima Daiichi e as quatro da vizinha Fukushima Daini, dois complexos atômicos afetados pelo terremoto e tsunami de 11 de março de 2011.

Os 26 reatores restantes são analisados de acordo com a idade, tecnologia, natureza do terreno, meios de combate a terremotos e população próxima.

Atualmente, 48 dos 50 reatores do arquipélago estão paralisados por tempo indefinido em consequência de terremotos ou para manutenção após as medidas suplementares de precaução adotadas depois do acidente de Fukushima.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1112 ... ores.shtml




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Re: Geopolítica Energética

#520 Mensagem por rodrigo » Seg Jul 02, 2012 6:24 pm

O inimigo interno avança, primeiro mentindo sobre auto suficiência, depois com resultados pífios. O apadrinhamento político cobra seu preço, só torço que não fiquemos sucateados como os venezuelanos.


Produção estagnada há três anos leva Petrobrás a criar plano de emergência

Principais áreas da Bacia de Campos têm excesso de água no petróleo extraído e resultados da estatal não acompanham alta do consumo

RIO - A produção nacional de petróleo está estagnada há três anos e desde 2003 a Petrobrás fracassa em atingir as suas metas de extração de petróleo e gás. A origem do problema está na queda de eficiência operacional da Bacia de Campos, a principal do País, responsável pela produção de até 85% do petróleo consumido internamente. O nível de eficiência na bacia caiu de 90% para 70% em três anos, de acordo com diagnóstico reservado da própria Petrobrás.

A constatação levou a nova direção da estatal a montar um plano emergencial na tentativa de recuperar os níveis perdidos. Além da queda de eficiência na capacidade de processamento e produção, grandes áreas produtoras da Bacia de Campos, como o Campo de Marlim, passaram a produzir uma quantidade maior de água. É normal, na produção de petróleo, serem extraídos água, óleo e gás. Mas o ideal é uma proporção menor de água. Os técnicos da Petrobrás estão avaliando o que está ocorrendo em Campos.

A produção de petróleo na bacia, que se estende por cerca de 100 mil quilômetros quadrados, do litoral sul do Espírito Santo ao norte do Estado do Rio, estancou em 2009, quando atingiu 1,69 milhão de barris diários, contra 1,54 milhão no ano anterior. Desde então, esse recorde não foi superado.

A derrocada produtiva em Campos pode ser apontada como uma das causas da crise que atinge a Petrobrás. As metas de produção estipuladas pela estatal não são atingidas há nove anos, em parte porque desabou o índice de eficiência das unidades de Campos.

Incômodo. A queda da eficiência operacional pode ser traduzida da seguinte forma: as unidades da bacia que historicamente produziam até 90% da capacidade passaram a produzir 70%, sem que a petroleira tenha conseguido reverter esse decréscimo ao longo dos últimos anos.

O tema incomoda tanto a cúpula da estatal que, ao tomar posse, no início de fevereiro, a presidente Graça Foster determinou como prioridade número um de sua gestão a recuperação da Bacia de Campos.

Foi implementado o Programa de Aumento da Eficiência Operacional (Proef), específico para a bacia. Uma das tarefas do programa é reduzir a produção de água em campos importantes como Marlim Leste e Roncador, dois dos cinco chamados "campos gigantes" da bacia. Sob essa denominação a estatal classifica campos com reservas acima de 1 bilhão de barris.

Em maio, quando foi divulgado o balanço da Petrobrás referente a 2011, os diretores José Formigli (Exploração e Produção) e Almir Barbassa (Finanças) referiram-se em pronunciamentos públicos, teleconferências e entrevistas ao que chamaram de "ineficiência" da companhia e às providências tomadas com o objetivo de reverter esse quadro.

A presidente Graça voltou a falar na última segunda-feira, em explanação sobre o Plano de Negócios 2012-2016, recém-lançado pela Petrobrás, sobre os problemas da produção em Campos. "É preciso urgentemente que aumentemos a eficiência operacional da Bacia de Campos", disse ela.

A quantidade de óleo extraído na bacia em maio passado (1,67 milhão de barris diários), divulgada pela Petrobrás, confirma a estagnação, justamente no momento em que o País mais precisa de petróleo, por causa do crescimento do consumo no mercado interno e o consequente aumento das importações dos derivados, especialmente gasolina, como forma de evitar o desabastecimento.

http://economia.estadao.com.br/noticias ... 7901,0.htm




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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Re: Geopolítica Energética

#521 Mensagem por marcelo l. » Qua Jul 04, 2012 10:59 am

Autor(es): Rodrigo Polito
Valor Econômico - 04/07/2012

energia solar está mais barata do que a tarifa aplicada por dez distribuidoras brasileiras, entre elas Cemig (MG), Ampla (RJ) e Cemar (MA). De acordo com estudo apresentado ontem pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o custo médio da energia para residências que utilizam painéis solares é de R$ 602 por megawatt-hora (MWh), abaixo da tarifa residencial cobrada por essas empresas, que respondem por 15% do consumo residencial do país.

Os cálculos da EPE consideram o investimento inicial de R$ 38 mil na compra e instalação de um sistema solar com capacidade para cinco quilowatt-pico (kWp) - unidade que mede a potência de equipamentos solares fotovoltaicos - e período de vida útil de 20 anos.

Segundo a estatal, essa capacidade seria suficiente para fornecer cerca de 550 quilowatts-hora (kWh) por mês e atender ao consumo médio de uma família de cinco pessoas de classe média. A conta de luz dessa família, sem o equipamento, na área da Cemig, por exemplo, seria da ordem de R$ 335 por mês.

A comparação considera todos os tributos e encargos aplicados nas tarifas das distribuidoras de energia hoje. O cálculo também leva em conta a isenção atual do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para painéis fotovoltaicos. O valor também não inclui custos de transmissão e distribuição, pois o equipamento solar está localizado na área de consumo final.

As outras distribuidoras que possuem tarifa residencial superior aos R$ 602 MWh são Energisa Minas Gerais (MG), Celtins (TO), Nova Palma (RS), Sulgipe (SE), Companhia Luz e Força Mococa (SP/MG), Cepisa (PI) e Eletroacre (AC).

Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, o custo dos sistemas solares fotovoltaicos caiu em média 56% em apenas cinco anos, de € 5 mil por kWp, em 2006, para € 2,2 mil, em 2011. "A tendência é continuar caindo muito", disse o executivo.

O estudo, intitulado "Análise da Inserção da Geração Solar na Matriz Elétrica Brasileira", também analisou o custo de usinas termelétricas movidas a energia solar. Nesse caso, a tecnologia ainda não é competitiva.

De acordo com a EPE, a energia solar fotovoltaica de uma usina tem custo médio estimado de R$ 405/MWh, valor muito superior ao preço médio obtido no último leilão de energia, realizado em novembro de 2011, de R$ 100/MWh e da média dos leilões de energia anteriores, de R$ 151/MWh.

O estudo, divulgado agora para o mercado, foi detalhado há duas semanas ao Ministério de Minas e Energia. O ministério vai analisar agora quais medidas podem ser adotadas para estimular o setor de energia solar no Brasil.

Entre as alternativas em estudo, as principais são a realização de um leilão específico para a energia solar ou permitir que as usinas participem dos leilões convencionais do setor. "Podemos deixá-las competir com outras fontes, mesmo sabendo que é pouco provável que ganhem para mapear os preços", disse Tolmasquim.




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Re: Geopolítica Energética

#522 Mensagem por marcelo l. » Qui Jul 05, 2012 1:03 pm

A redução dos custos da energia elétrica no Brasil
Autor(es): Nivalde J. de Castro, Roberto Brandão e Rubens Rosental
Valor Econômico - 05/07/2012



A presidente Dilma declarou que "a questão dos custos da energia é prioritária para o governo, sendo tão importante quanto os juros para a competitividade do país" (Valor, 6/6, página B8) colocando a energia elétrica em destaque na agenda da política econômica. Essa prioridade deve-se ao fato de a energia elétrica estar presente na estrutura de custos de todos os bens e serviços e do orçamento das famílias, sendo uma variável que influencia a competitividade da economia e o nível interno de preços.

Para avaliar as possíveis alternativas do governo é necessário analisar os três grandes componentes da estrutura de custo da energia elétrica e suas respectivas participações no faturamento médio do setor: 1) custos da indústria de energia elétrica: geração (32,4%), transmissão (6,4%) e distribuição (24,1%); 2) encargos setoriais (10,2%); e 3) impostos federais e estadual (21,7% e 5,2%).

Provável estratégia é a queda, mesmo em pequenos percentuais, dos componentes da estrutura tarifária

Na indústria de energia elétrica o custo da geração e transmissão é repassado diretamente às tarifas refletindo contratos firmados no passado, que preveem repasses anuais automáticos da inflação. No curto prazo não há margem para o governo alterar estes custos. Mas, no médio prazo, o vencimento de 21,5 GW de concessões de hidrelétricas e de 73 mil quilômetros de linhas de transmissão em 2015 abre possibilidade para redução dos custos nesses segmentos. O governo já decidiu pela renovação, e está definindo a fórmula para o corte nas receitas dos concessionários e sua apropriação a favor da modicidade tarifária. Nos novos contratos da renovação das concessões deverá alterar a indexação automática ao IPCA, determinando menos aumentos no futuro e queda da inflação inercial vinculada às tarifas.

Nos custos de distribuição há condições para reduzir as tarifas. No curto prazo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que fixa as tarifas do mercado regulado, onde predomina o consumo residencial e de pequenas e médias empresas, aprovou nova metodologia de cálculo da remuneração das distribuidoras no 3º Ciclo de Revisão Tarifária, que vai reduzir a remuneração média das distribuidoras, determinando diminuição de tarifas. Outra possibilidade de redução são os subsídios cruzados embutidos nas tarifas.

Trata-se de subvenções pagas pelos consumidores da distribuidora para: geração de fontes alternativas, consumidores de fontes de energia incentivada, irrigação, cooperativas, pequenas distribuidoras, autoprodutores e consumidores de baixa renda. Estes subsídios certamente têm méritos vinculados às políticas de incentivo e de transferência de renda. Mas, encarecem a conta de luz, diminuindo a competitividade das empresas e o poder aquisitivo dos consumidores. A questão que se coloca é saber em que medida a conta de luz deve financiar a solução de tantos problemas. Uma alternativa adotada por outros países é financiar os subsídios via recursos fiscais.
Image Source/Bjarte Rettedal/Folhapress

O segundo componente da estrutura tarifária é o conjunto de nove encargos de diferentes tipos e objetivos. Como nos subsídios, os encargos são a forma encontrada para resolver problemas ou custear ações estratégicas no setor. A título de exemplo, pode-se destacar três deles. A Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) custeia o programa de universalização dos serviços de energia elétrica: Luz para Todos. Esse programa criado em 2003 conseguiu levar eletricidade para 3 milhões de famílias, faltando ainda incorporar cerca de 600 mil famílias. Quando essa meta for concluída, o encargo poderá ser reduzido.

A Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) subsidia as tarifas de eletricidade dos consumidores que vivem na Região Amazônica em sistemas isolados atendidos por termelétricas com custos por MW muito acima da média nacional. Em 2013 serão concluídas as linhas de transmissão integrando Manaus e Macapá ao Sistema Interligado Nacional, quando o custo do CCC será reduzido de forma substancial. Outro encargo que pode diminuir é a Reserva Geral de Reversão (RGR), originalmente criado para indenizar os investidores pelos ativos não amortizados ao final do prazo de concessão. Com a decisão de renovar as concessões este encargo deixa de ter sentido formal.

O último componente da estrutura tarifária são os impostos federais (PIS/Cofins) e estadual (ICMS) que incidem, sobretudo o consumo residencial e pequenas empresas, pois as grandes empresas são reembolsadas via crédito fiscal. Há grande facilidade de arrecadar o ICMS no setor elétrico, pois o grau de cobertura da energia elétrica é superior 99% e a sua arrecadação compete basicamente às distribuidoras. Assim o setor elétrico acaba sendo o preferido da política fiscal dos Estados. Dada a alta dispersão do ICMS nas alíquotas estaduais, o governo federal pode reduzir este imposto buscando firmar acordo análogo à "guerra dos portos", onde foi possível ordenar a cobrança do ICMS. Como o governo federal afirmou que não fará uma reforma fiscal, mas ajustes cirúrgicos, um acordo poderia reduzir as alíquotas do ICMS. A redução do PIS-Cofins poderia ser usada como uma contraparte do governo federal nestas negociações pró-redução das tarifas elétricas, podendo começar alterando o status do PIS para cumulativo, como é aplicado às contas telefônicas permitindo redução de 25%.

Portanto, o governo federal poderá iniciar um consistente processo de redução do custo da energia elétrica numa perspectiva de curto, médio e longo prazo. A estratégia mais adequada e provável é reduzir, mesmo que em pequenos percentuais, todos os componentes da estrutura tarifária. Dessa forma, o governo daria sinal concreto à sociedade brasileira de que está empenhado com o aumento da competitividade industrial, o fortalecimento do poder aquisitivo das famílias, redução da inflação e da taxa de juros, atingindo estes objetivos estratégicos atuando direta e unicamente sobre setor de energia elétrica.




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Re: Geopolítica Energética

#523 Mensagem por Algus » Qui Jul 05, 2012 2:06 pm

Esta queda já vem acontecendo.
Houve redução de 8,5% mês passado (embora haja reajuste de uns 5% até o final do ano) e no ano que vem parece que ocorrerá outra.
As ações da eletropaulo caíram uns 30% este ano por causa desta redução. As empresas do setor de energia são as que dão dividendos mais elevados na bolsa, sendo a eletropaulo a menina dos olhos de qualquer carteira defensiva.




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Re: Geopolítica Energética

#524 Mensagem por Sterrius » Qui Jul 05, 2012 4:03 pm

Se conseguirem deixar a energia barata as coisas começam a andar.

È dificil industrializar quando os materiais de construção e manutenção (Energia) são altos. Ninguem quer construir uma fabrica de alumínio ou aço se o preço no mercado ficará fora do padrão mundial.

"Custo Brasil" sempre se chamou gargalos. Basta remove-los que muita coisa vai andar por inercia.




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Re: Geopolítica Energética

#525 Mensagem por FoxHound » Sex Jul 06, 2012 10:15 am

TNK-BP participará de construção de Nord Stream
5/07/2012
Lenta.ru
Companhia russo-britânica estuda possibilidade de parceria com Nord Stream AG na construção de quarto ramal.
A companhia russo-britânica TNK-BP declarou nesta terça-feira, 3, que vai estudar a possibilidade de participar da construção do gasoduto Nord Stream.



O projeto pode se tornar para a TNK-BP um mecanismo de monetização das reservas de gás na Península de Iamal, no norte da Sibéria.



Os diretores da companhia declararam que vão estabelecer relações de trabalho com o consórcio Nord Stream AG, responsável pela construção e operação do gasoduto, para realizar uma análise mais detalhada das perspectivas do projeto.



A Gazprom, proprietária de 51% da ações da Nord Stream AG, já havia comentado sobre a necessidade de construção do quarto ramal do gasoduto no dia 29 de junho. Segundo o presidente da empresa, Aleksêi Miller, um dos quatro ramais poderá chegar ao Reino Unido.



Atualmente, o gás é fornecido somente através do primeiro ramal do Nord Stream, que começou a funcionar em novembro de 2011. O segundo ramal foi concluído em abril de 2012.
http://gazetarussa.com.br/articles/2012 ... 14753.html




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