FAB NEWS

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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gogogas
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Re: FAB NEWS

#5086 Mensagem por gogogas » Sáb Abr 03, 2021 11:53 am

O foco hoje é o centro do país , hoje os KC estão lá , Gripen , Astros 2020 , transferência da brigada paraquedista , formosa onde os CFN faz treinamentos , não duvido de nada de alguma divisão do exército seja transferido para o centro do país ....




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Re: FAB NEWS

#5087 Mensagem por Pablo Maica » Sáb Abr 03, 2021 4:03 pm

Apenas algumas observações:

Não contem mais com o A-1 como plataforma com capacidade de combate. A quantidade de aeronaves operacionais pode ser contabilizada com os dedos de uma mão, e ainda sobram, a função dessas poucas aeronaves hoje é apenas manter o mínimo de horas de voo para os pilotos dos dois esquadrões de SM. A FAB vai ter que dar um jeito de comprar mais Gripens, ou um FA-50/algo do gênero nem que seja para manter suas capacidades mínimas, afinal por mais que o ST seja o carregador de piano da FAB, ele ainda é uma aeronave de ataque leve e na sua versão pé de boi 1.0 8v sem ar nem vidro elétrico. Aqui a questão é se vamos ter uma FA ou se vamos fazer de conta que temos uma FA, afinal de contas para perdermos uma capacidade operacional a janela de tempo não precisa ser maior que 5 anos, para recuperar a mesma capacidade, e isso contando com um bom fluxo de recursos levaríamos no mínimo o dobro do tempo, em meio a um período onde o polo de poder do planeta está em franca mudança de eixo, por mais que hoje nossa maior preocupação seja um "worm spot" na nossa calha norte/noroeste, eu não me atreveria a fazer muitas previsões para os próximos 10 a 20 anos.

Também vale lembrar que não estamos na Suécia, com clima frio, infra estrutura preparada para guerra em rede e uma dimensão geográfica diminuta, e mesmo com essa doutrina de desdobramento o problema para um eventual inimigo não é achar os Gripens, e sim alcançar todos os pontos de dispersão. Como vocês devem saber, operar com o mínimo de segurança em rodovia não é nem de longe esse oba oba que se vê em vídeo do youtube. Aqui no RS por exemplo, praticamente a única alternativa para operação rodoviária seria a Free Way, de resto é asfalto do tipo quente, com pavimento ruim e com acostamentos que mal e porcamente abrigam um carro de passeio (isso quando existem), e nem vou entrar no mérito de achar um trecho sem buracos a cada 200 metros e com um nivelamento decente para operar um jato armado e com tanques cheios, no calor e umidade com uma pressão atmosférica abaixo dos 1004 hPa, isso se não for abaixo dos 1000. Seria bem mais interessante nesse caso a FAB apostar em pistas secundárias, mas preparadas para receber operação militar, afinal temos muitos aeródromos pequenos, mas raros com capacidade de receber aeronaves com mais de 10 ou 12 tons de peso máximo. É interessante ressaltar que deslocamentos não são baratos, no meu primeiro ano de FAB os deslocamentos haviam sido reduzidos a 1 anual por esquadrão, no segundo ano apenas o 4º/1º GCC foi desdobrado, e isso para cobrir eventuais gaps na cobertura dos radares do CINDACTA, e o Pantera fez um adestramento SAR em alto mar de 1 semana em floripa, de resto foi todo mundo em casa por falta de grana, e olha que nem foram anos tão ruins em termos de orçamento.

Outra coisa que torno a dizer, não importa aonde estejam, é necessário manter a capacidade de alguns esquadrões em realizarem missões especificas como é o caso do Poker, a não ser que o objetivo seja termos esquadrões do tipo "pato", ainda mais com o numero de horas de voo que um aviador da FAB dispõe, mesmo em épocas de vacas não tão magras.

Sobre a genialidade do EB manter quase 1/5 da sua forma blindada em uma só cidade, e o seu maior poderio concentrado em uma região onde o deslocamento regional e para outros estados, só é viável por meio rodoviário, isso é papo para batermos no terrestres.



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Re: FAB NEWS

#5088 Mensagem por FCarvalho » Sáb Abr 03, 2021 9:41 pm

FIGHTERCOM escreveu: Sáb Abr 03, 2021 7:37 am
FCarvalho,
Tirando essa parte dos caças navais, eu concordo com o exposto acima.1
Agora, com relação aos números apresentados, precisamos entender que existem duas partes interessadas no processo: FAB e as indústrias da cadeia produtiva. Se por um lado 54 unidades é o mínimo necessário para compor 3 frotas e proteger as partes mais importantes do país. Por outro lado, temos que perguntar: qual é o número mínimo para se manter a cadeia produtiva e fazer valer os recursos investidos com as ToTs? 2
Pode ter certeza que as pressões virão de todos os lados: FAB, indústrias (principalmente Embraer) e até mesmos de governadores e prefeitos. Quem aqui não se lembra do esforço de Luiz Marinho para emplacar o Gripen e, consequentemente, favorecer São Bernardo do Campo?
Muitos, talvez, queiram fazer o paralelo com o projeto AMX. Mas, para mim, os tempos são outros.
Abraços,
Wesley
1. Para mim é só uma questão de tempo. Acompanho a MB em seus movimentos e falas. Aviação Naval meia boca historicamente nunca foi uma opção. Acredite-me. Leve o tempo que for, a asa fixa da marinha veio para ficar. E as soluções pertinentes aos seus (muitos) problemas que forem possíveis serão envidadas quando, onde e como for. Cabe ao tempo me desmentir. Mas acho que ele está ao meu lado. :wink:

2. Penso que essa é a pergunta fulcral não apenas para a Embraer e todas as empresas envolvidas no projeto, mas principalmente para a SAAB. Acredito que a FAB e a força aérea sueca tenham ciência destes números. Pode até ser que ele seja os tais 108 propalados aos quatro ventos há anos, mas, salvo melhor juízo, nunca admitidos e confirmados pela própria FAB abertamente.

Se conseguirmos chegar neles, o que daria para formar 3 GAVCa a 36 undes, então já estaremos mais do que bem por muitos anos.

Mas caso contrário, é melhor tentar a sorte com o mínimo básico necessário do que esperar por um novo milagre que sugira um certo interesse político pelos problemas da Defesa outra vez.

Não faço ideia, mas, se o Gripen E/F vencer no Canadá e Finlândia, podemos ter certeza que um novo contrato deve ser assinado pela FAB no curto prazo. Objetivamente, a meu ver, entre 2024 e 2025, para não deixar as linhas da Embraer na mão. E se for uma encomenda conjunta com os suecos (60) vai ser o melhor dos mundos.

Espero poder estar aqui para ver. E os Gripen "navais" também. 8-]




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Re: FAB NEWS

#5089 Mensagem por Wolfgang » Sáb Abr 03, 2021 9:56 pm

Gripen já faz parte do orçamento/faturamento da FAB, Embraer, do ABC e muitas empresas. Virão mais.




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Re: FAB NEWS

#5090 Mensagem por Wolfgang » Sáb Abr 03, 2021 9:57 pm

O naval seria algo muito interessante a se somar com 2 unidades dos Naes espanhóis que a Austrália comprou. Tenho um certo feeling que dá jogo...😎




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Re: FAB NEWS

#5091 Mensagem por FCarvalho » Sáb Abr 03, 2021 10:12 pm

Túlio escreveu: Sáb Abr 03, 2021 11:44 am Assim, onde está esse perigo todo que exige que botemos Esquadrões de caça em posições fixas por todo o Brasil? Será possível que não sejamos capazes de aprender com a História?[/Justificar]
Aprender creio que aprendemos alguma coisa sim, mas bases aéreas são muito mais uma questão logística e administrativa do que propriamente estratégica. E como temos um país com 8.5 milhões de km2 penso que é basicamente impossível tentar defendê-lo a partir de um único lugar. Não dá para colocar tudo mundo em Anápolis e depois mandar o pessoal país afora e ver o que acontece a partir de supostas bases de deslocamento.

Manaus dista cerca de 1900 kms de Anápolis, enquanto há mais de 3 mil kms nos separando de Santa Maria/Canoas. Destas para Anápolis são +1500 kms. E se formos pensar, quase todas as capitais dos estados fronteiriços estão ao alcance da aviação dos vizinhos seja ela moderna ou não. E se dá para chegar nas capitais, pode-se cobrir efetivamente quase todas as cidades que sejam de interesse tático ou estratégico para a aviação deles.

Então, como a FAB nunca terá condições de fazer a defesa aérea de 17 mil kms de fronteira com seus caças sem ter o cmte defenestrado no dia seguinte, bases aéreas fixas espalhadas pelo país são uma necessidade que se coloca.

Aliás, é interessante. Com 12 caças por esquadrão, a FAB precisaria das mesmas 108 unidades para defender todas as capitais dos estados fronteiriços com exceção de Manaus. Ou seja, 9 esquadrões. Apenas 2 além do que temos hoje, e 1 se o Adelphi voltasse à ativa. Isto faz pensar que se Manaus, Anápolis e Santa Maria ficassem com 12 caças, teríamos uma demanda total de 144 undes, o mesmo número que seria necessário hoje para equipar todos os esquadrões com 18 unidades de Gripen E/F. Seria o caso de dispor de apenas 3 bases com 48 caças em cada uma. E uma capacidade de deslocamento e cobertura sem precedentes na história da aviação militar do Brasil.

Impossível? Eu acredito que não. Se tivermos uma economia que não tenha soluços a cada 4 ou 8 anos, fica mais fácil negociar tendo em vistas as vantagens de se produzir o próprio caça no país. Motivos para apoiar essa produção não faltam. Já vontade e interesse é algo que tem de ser conquistado a duras penas todos os dias.




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Re: FAB NEWS

#5092 Mensagem por FCarvalho » Sáb Abr 03, 2021 10:21 pm

Pablo Maica escreveu: Sáb Abr 03, 2021 4:03 pm Outra coisa que torno a dizer, não importa aonde estejam, é necessário manter a capacidade de alguns esquadrões em realizarem missões especificas como é o caso do Poker, a não ser que o objetivo seja termos esquadrões do tipo "pato", ainda mais com o numero de horas de voo que um aviador da FAB dispõe, mesmo em épocas de vacas não tão magras.
Um abraço e t+ :)
Os Gripen E/F poderão executar todas as missões dos diversos esquadrões de caça por meio de uma única plataforma estejam onde estiverem.
Neste aspecto, acredito que a era dos esquadrões especialistas está no fim. Se os pod Litenight e RecceLight forem também adotados, e devem ser, já que são de uso da FAB, isto possibilitará aos F-39 executar tudo e mais um pouco das missões do Poker e Centauro.
Agora, o número de horas que um caçador voa na FAB é menos uma questão técnica do que administrativa e institucional.
E se não estou enganado, o F-39 vai poder fazer voos de reconhecimento, ataque e caça ao mesmo tempo em uma mesma missão se assim for o caso. Depende do que nós quisermos colocar nele.




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Re: FAB NEWS

#5093 Mensagem por FCarvalho » Sáb Abr 03, 2021 10:23 pm

Wolfgang escreveu: Sáb Abr 03, 2021 9:57 pm O naval seria algo muito interessante a se somar com 2 unidades dos Naes espanhóis que a Austrália comprou. Tenho um certo feeling que dá jogo...😎
Gripen embarcado é pouco provável porque mesmo os 48 aventados no plano anterior da marinha talvez não sejam suficientes para pagar o projeto de desenvolvimento.
Quanto a Nae, duvido em qualquer coisa antes de 2040, pelo menos.




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Re: FAB NEWS

#5094 Mensagem por Pablo Maica » Sáb Abr 03, 2021 11:07 pm

FCarvalho escreveu: Sáb Abr 03, 2021 10:21 pm
Pablo Maica escreveu: Sáb Abr 03, 2021 4:03 pm Outra coisa que torno a dizer, não importa aonde estejam, é necessário manter a capacidade de alguns esquadrões em realizarem missões especificas como é o caso do Poker, a não ser que o objetivo seja termos esquadrões do tipo "pato", ainda mais com o numero de horas de voo que um aviador da FAB dispõe, mesmo em épocas de vacas não tão magras.
Um abraço e t+ :)
Os Gripen E/F poderão executar todas as missões dos diversos esquadrões de caça por meio de uma única plataforma estejam onde estiverem.
Neste aspecto, acredito que a era dos esquadrões especialistas está no fim. Se os pod Litenight e RecceLight forem também adotados, e devem ser, já que são de uso da FAB, isto possibilitará aos F-39 executar tudo e mais um pouco das missões do Poker e Centauro.
Agora, o número de horas que um caçador voa na FAB é menos uma questão técnica do que administrativa e institucional.
E se não estou enganado, o F-39 vai poder fazer voos de reconhecimento, ataque e caça ao mesmo tempo em uma mesma missão se assim for o caso. Depende do que nós quisermos colocar nele.
Ai é que está a questão, e não é o vetor e sim o fator humano. Tal como um pato que anda, nada e voa, mas não faz nenhuma dessas coisas direito, um esquadrão que se destina a fazer de tudo pode vir a não fazer nada com eficácia, e ai entra a questão da hora de voo, independentemente do vetor ser multi role com um excelente nivel de automatização, ainda sim o piloto precisa ser treinado, e muito bem treinado em tudo isso. Atualmente em um ano bom um piloto da FAB faz 250 a 300 horas por ano e isso é pouco para se treinar caça, intercepção, ataque, recon e guerra eletrônica abrangendo as minúcias e especificidades de cada uma dessas missões. Poderemos até ter esquadrões utilizando as mesmas aeronaves em escala, mas ainda sim a missão deles vai ter uma vocação.


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Re: FAB NEWS

#5095 Mensagem por FCarvalho » Sáb Abr 03, 2021 11:18 pm

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DIA DO AVIADOR
Saiba como é a formação do aviador da Força Aérea Brasileira
Para se tornar piloto, é necessário passar pela Academia da Força Aérea, fazer especialização em Natal (RN) e, então, atuar nos esquadrões operacionais
Publicada em: 22/10/2017

https://www.fab.mil.br/noticias/mostra/ ... Brasileira

É de 2017 mas vale ainda hoje. Na formação dos cadetes são voadas em média 100 horas por ano. Manter um caçador em dias com a sua "carteirinha" exige muito mais do que isto.
Mas historicamente a FAB nunca dispôs de recursos suficientes para os caçadores voarem tudo que devem e precisam para manter a sua proficiência.
Talvez com o advento dos simuladores de voo e do Gripen E/F isto possa mudar um pouco. Ou não.




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Re: FAB NEWS

#5096 Mensagem por Cassio » Dom Abr 04, 2021 8:40 am

FCarvalho escreveu: Sáb Abr 03, 2021 10:23 pm
Wolfgang escreveu: Sáb Abr 03, 2021 9:57 pm O naval seria algo muito interessante a se somar com 2 unidades dos Naes espanhóis que a Austrália comprou. Tenho um certo feeling que dá jogo...😎
Gripen embarcado é pouco provável porque mesmo os 48 aventados no plano anterior da marinha talvez não sejam suficientes para pagar o projeto de desenvolvimento.
Quanto a Nae, duvido em qualquer coisa antes de 2040, pelo menos.
Mas se a Marina quiser um Gripen Naval, ela ia pagar o projeto, independente de ia comprar uma ou 48 unidades...
Se a FAB não comprar um segundo lote, a EMBRAER não terá prejuízo, apenas deixará de ganhar mais...
O que da prejuízo para a Embraer são os contingenciamentos.




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Re: FAB NEWS

#5097 Mensagem por papagaio » Dom Abr 04, 2021 8:25 pm

Esqueçam Gripen Naval.
Simplesmente não tem a menor chance de ocorrer dentro da atual realidade.
Abraços,




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Re: FAB NEWS

#5098 Mensagem por FCarvalho » Seg Abr 05, 2021 10:52 am

papagaio escreveu: Dom Abr 04, 2021 8:25 pm Esqueçam Gripen Naval.
Simplesmente não tem a menor chance de ocorrer dentro da atual realidade.
Abraços,
Usei a expressão Gripen Naval sem maiores explicações. O "naval" é no sentido de pertencer à Marinha e não necessariamente que ele seja a versão Gripen M, como a SAAB chama este projeto.
E todo caso, os AF-1 modernizados não irão durar. Se muito no máximo e com muita sorte até o final desta década.
Para ser bem honesto, não vejo qualquer possibilidade real de a MB vir a encomendar um novo Nae ainda neste plano estratégico atual. Sendo assim, a perspectiva real é que o VF-1, se quiser continuar existindo enquanto tal, irá precisar obrigatoriamente escolher um novo caça para si antes de 2030 chegar. Do contrário, pode passar os próximos 20 anos apenas como mais um símbolo da desídia com que a Defesa é tratada no Brasil.
Como se alguém se importasse... :roll:




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Re: FAB NEWS

#5099 Mensagem por Túlio » Seg Abr 05, 2021 11:00 am

FCarvalho escreveu: Seg Abr 05, 2021 10:52 am
papagaio escreveu: Dom Abr 04, 2021 8:25 pm Esqueçam Gripen Naval.
Simplesmente não tem a menor chance de ocorrer dentro da atual realidade.
Abraços,
Usei a expressão Gripen Naval sem maiores explicações. O "naval" é no sentido de pertencer à Marinha e não necessariamente que ele seja a versão Gripen M, como a SAAB chama este projeto.
E todo caso, os AF-1 modernizados não irão durar. Se muito no máximo e com muita sorte até o final desta década.
Para ser bem honesto, não vejo qualquer possibilidade real de a MB vir a encomendar um novo Nae ainda neste plano estratégico atual. Sendo assim, a perspectiva real é que o VF-1, se quiser continuar existindo enquanto tal, irá precisar obrigatoriamente escolher um novo caça para si antes de 2030 chegar. Do contrário, pode passar os próximos 20 anos apenas como mais um símbolo da desídia com que a Defesa é tratada no Brasil.
Como se alguém se importasse... :roll:
Se existe um GRANDE MISTÉRIO no Brasil é para que diabos a MIRJ precisa tanto de caças (ou "caças", que é o que tem); se a FAB fosse de jogar dinheiro fora eu sugeriria que comprasse umas Fragatas e SSKs para defender a BAAM, BASC, etc... :roll: :roll: :roll: :roll:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: FAB NEWS

#5100 Mensagem por FCarvalho » Seg Abr 05, 2021 11:12 am

Túlio escreveu: Seg Abr 05, 2021 11:00 am
Se existe um GRANDE MISTÉRIO no Brasil é para que diabos a MIRJ precisa tanto de caças (ou "caças", que é o que tem); se a FAB fosse de jogar dinheiro fora eu sugeriria que comprasse umas Fragatas e SSKs para defender a BAAM, BASC, etc... :roll: :roll: :roll: :roll:
Não há mistério algum Túlio. O que existe é a imprevidência e a falta de importância do tema Defesa como assunto de Estado no Brasil. Só isso.
Em 1998 quando foram comprados nós tínhamos um Nae, o A-11 Minas Gerais, e a pretensão era de que teríamos finalmente a aviação embarcada de asa fixa de volta.
Foi-se o A-11, veio o A-12 São Paulo. Este por sua vez foi mais um problema do que uma solução. E foi-se também. Ficamos sem Nae e sem aviação embarcada de asa fixa.
Uma série de sucessões de erros e omissões do alto comando da MB, do Ministério da Defesa, dos governos à época e do poder público como um todo.
Não adianta nem falar em sociedade que soa risível.
Enfim, o AF-1 trouxe de volta a aviação embarcada de asa fixa para a MB, assim como é era a destinação do VEC-1. Mas não temos mais Nae. Mas nem por isso a missão da aviação naval embarcada deixa de existir. A doutrina e a expertise nas missões de caça naval, mesmo que operando de terra precisam continuar a serem desenvolvidas e mantidas.
De quem é a culpa dessa merda toda? De todo mundo que tem a reponsabilidade de gerir com zelo o tema Defesa como assunto de Estado, e não um programinha de governo qualquer.
Enfim, o VF-1 vai continuar a existir porque foi uma das maiores conquistas doutrinárias e operacionais para a aviação naval, permitindo a retomada a asa fixa. E não é porque não temos um Nae que ela deixa de ter importância e sentido para a MB.
Se o MD, o governo, o congresso e a sociedade não entendem isso ou fazem pouco do assunto, já é uma questão bem mais complicada de se resolver.
É a mesma coisa dos P-3 na FAB. O que a força aérea tem com patrulha naval?




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