moura escreveu:Sapão,
eu não entento porque mesmo com todo histórico de embargo por parte dos EUA a produtos militares para o Brasil ainda tem gente querendo defender, justificar, essa atitude americana.
Se fosse um processo as provas já teriam condenado o EUA a prisão perpetua e isso porque eu não acredito em pena de morte.
Sei que seus equipamentos são bons em sua maioria mas não queremos mais pratileiras e com a nova politica de compras do MD ou eles se enquadram ou estão fora.
Se essa politica( MD) for séria não tem chance para gripen, SH, F35, F4, F15, ou seja lá o que os americanos nos queira vender.
Não precisamos ver o relatorio da FAB o PROSUB é a maior prova que o Brasil mudou sua politica de defesa e que os EUA não estão em sintonia com a mesma.
Veja, trabalho em um orgão estratégico para segurança publica e praticamente todos os equipamentos que estão sendo comprados são de origem europeia ou israelense, armas, inteligencia, aeronaves, comunicações.
A politica de compras para equipamentos estratégicos está em direção oposta aos americanos, pelo menos enquanto eles não mostrarem garantias sobre seus contratos e ToT.
E ainda temos uma turma que está no comando, MD, PR, Itamaraty, que não topa nada com o pessoal no norte.
Moura, vou tentar sintetizar minha opnião.
A compra dos USA está baseada em 2 aspectos: a operacional e a politica.
Operacional: Não adianta querer mudar 70 anos de historia operacional em 7 anos. Quer um exemplo?
Aposto que ai na PF já está todo mundo usando Linux e OpenOficce como manda a diretriz, não é mesmo?
A utilização da frota (entenda como logistica, ferramental, ciclo de planejamento, etc...) americana ainda é a maioria nas FFAA brasileiras, não so na FAB.
E tem certos equipamentos que so eles fornecessem, como os OVN para pilotos. Até existem similares, mas como o nome ja diz, são similares...
Então existe a escolha entre a necessidade HOJE de cumprir a missão e a FUTURA de possuir independencia, so que não existe verba para as duas. O que eu até acho justificavel em um pais tão injusto como o nosso.
Por isso certas aereas são definidas como estrategicas e sofrem investimentos que levem a desenvolver tecnologia (KC-390), outras gerar emprego (EC-725, com a perspectiva de gerar tecnologia) e algumas manter a operacionalidade da força (C-295). Dentro desta ultima, os produtos de qualquer pais podem ser aceitos, na minha opinião.
Politica: Qual o peso dos USA na nossa vida politica?
Em que medida somos dependentes da boa vontade deles em varias areas, indo desde a Defesa até a economia?
Qual o peso do lobbie das armas na politica americana?
Veriam esses lobistas a perda do mercado brasileiro com bons olhos, diante da situação atual?
Teriam os USA instrumentos politicos para um aumento na venda de seus produtos para o Brasil?
E interessante politicamente contar com a má vontade deles, principalmente na area de Defesa?
Da uma refletida, porque eu so vou responder a ultima:qual a diferença dos USA nesse sentido dos demais paises?
Para mim, nenhuma. Basta ver as ultimas compras...
E para mim Moura, se a Europa esta vendendo este tipo de equipamento é com o aval dos EUA, e Israel com a permissão deles...