Operações Policiais e Militares

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: Operações Policiais e Militares

#4996 Mensagem por ZeRo4 » Sex Mai 14, 2010 1:11 pm

Outra questão levantada por alguns membros da Blogosfera Policial Carioca para o fato que aconteceu ontem... é que o comando da UPP poderia estar "fechado" com o tráfico de drogas local... via Twitter

@honestesio

Promiscúa demais essa relação da UPP pavãozinho e o tráfico, http://bit.ly/cXajF0 , será q o Capitão da UPP não sabia ou sabia e levava $$ ?

O que a gente sabe é que todos os comandantes de UPP estão "fechados" com outros tipos de criminalidade nos locais "pacificados", Maquininhas, Jogo do Bicho, Moto-Táxi e Gato-Net... todos estão "fechados", para quem não sabe o que significa "fechado", quer dizer ACERTADO pagasse uma propina e o serviço continua andando...

Como o tráfico continua andando bem debaixo do nariz dos Policiais lá lotados, havendo inclusive necessidade de a Polícia Civil deslocar 100 homens (que poderiam estar evitando arrastões, investigando invasões e outras modalidades de crime...), há uma forte suspeita que o tráfico tbm esteja "fechado" com esses comandos.

A seguir, cenas do próximo capítulo... ;)




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Re: Operações Policiais e Militares

#4997 Mensagem por ZeRo4 » Sex Mai 14, 2010 1:25 pm

tenso escreveu:Ao meu ver o único jeito de se acabar com tráfico no Brasil é ter uma fiscalização extremamente robusta com scaners e tudo mais do que entra no país, tanto por vias marítimas quanto pelas fronteiras. O problema é a extensão de nossas fronteiras e os vizinhos que também não ajudam nem um pouco.

O que fazemos atualmente é apenas remediar com força policial a entrada ilegal de armas e drogas no país, quando o que realmente deve ser feito é prevenir a entrada delas em nossas terras.
Concordo Tenso, mas isso é papel do DPF... é algo que o Estado não tem controle! O Estado pode fazer o possível com suas forças Policiais para evitar também que essas armas e drogas cheguem ao Estado do Rio de Janeiro.

Acontece que com esse programa eleitoreiro, todos Policiais que se formam acabam indo reforçar a fileira eleitoral de Sérgio Cabral, enquanto outros Batalhões estão enfraquecido a tempos.

Um belo exemplo é o BPRv, batalhão responsável por policiar as vias especiais (Antigo BPVE) no RJ! Num batalhão que patrolha a Av. Brasil e Linhas Vermelha e Amarela, o contingente é baixíssimo, chegando a ser menor do que o empregado na UPP da Tijuca...

Ai basta você pensar que é mais um daqueles programas que não fazem nada a não ser enxugar gelo... em vez de se investir num batalhão que patrulha as vias onde os traficantes fazem movimentação de armas e drogas, fazem arrastões e se movimentam para invadir favelas rivas...

Não... o Governo "investe" num programa, onde uma comunidade é ocupada com um número de Policiais absurdamente maior que a relação Policial/Cidadão proposta pela ONU e que mesmo assim não consegue acabar com o Crime!

Levando-se em consideração o investimento nas UPPs e o consequente enfraquecimento de outros batalhões importantes e vendo os resultados da UPP deve-se levar em consideração que o retorno, a relação custo-benefício, acaba sendo muito baixa! afinal de contas, a única coisa que a UPP faz é evitar que os traficantes andem armados e evitar que haja invasão por parte de outra facção rival.

Se levarmos em consideração que no RJ há cerca de 1.000 favelas controladas pelo Tráfico e que apenas 8 foram pacificadas e que se número provavelmente não vai chegar a 10% disso... você vê um programa de custo-benefício alto fadado ao fracasso ao longo tempo assim como fracassaram programas semelhantes e anteriores como PPC, DPO e GPAE (outra coisa que alguns fingem não enxegar quando eu posto).

A título de comparação, na Providência recentemente "pacificada" (no Pavão-Pavãozinho e Cantagalo tbm...) já havia uma unidade do GPAE com contingente de 90 Policiais... O GPAE do Morro do Cavalão, anteriormente modelo... hoje é um dos principais pontos de venda de Crack em Niterói.

E por ai vai... mas isso vai demandar tempo para as pessoas perceberam, só espero que tenham a ombridade de declararem que estavam equivocadas ou que foram muito enganadas pelas propagandas políticas subliminares. ;)




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Re: Operações Policiais e Militares

#4998 Mensagem por wagnerm25 » Sex Mai 14, 2010 2:58 pm

Hahahaha

Espetacular!





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Re: Operações Policiais e Militares

#4999 Mensagem por Skyway » Sex Mai 14, 2010 3:49 pm

Hahuahauhau, engraçado é o cara de capuz...depois que o cara desiste de correr e se entrega, vem o de capuz todo "se querendo" imobilizar o cara... :lol:




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Re: Operações Policiais e Militares

#5000 Mensagem por Glauber Prestes » Sex Mai 14, 2010 4:12 pm

Quantos tiros os policiais dispararam? Pra um ladrão de bicicletas!!!!!!!!!!




http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
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Re: Operações Policiais e Militares

#5001 Mensagem por ZeRo4 » Sex Mai 14, 2010 6:16 pm

Vergonha, vergonha, vergonhaaa!!!

Deu no Boca de Sabão:

# @casodepolicia Embucharam no estica munição .40 (munição da PMERJ) e UM projetil de .30. QUE VERGONHA! http://bit.ly/932LR9 about 1 hour ago via Echofon

Depois da vergonha, gol de mão
- RT: @CasodePolicia: Policiais da UPP do Pavãozinho prendem homem com drogas e munição http://bit.ly/932LR9 about 1 hour ago via Echofon

14 munições de .40 (mesma quantidade utilizada na pistola PT-100 em utilização na PMERJ... 13+1), 01 munição de .30M1 (Passou a ser utilizada pelos PMs nas UPPs), nossa que grande justificativa para a quantidade de homens!

Texto do Coronel Emir Laranjeira (Reformado, já comandou o 9o BPM, tbm não deve entender NADA de Polícia) criticando a questão do efetivo anteriormente levantada por mim:

Sobre as sete UPPs...

Discordando da exploração política das UPPs, levada a efeito em exagerado ufanismo como se fora uma particular “revolução messiânica” do atual governante, parecendo que a PMERJ não faz muitíssimas outras coisas, devo sublinhar meu estranhamento quanto à proporcionalidade (ou desproporcionalidade) entre moradores e PMs, entendendo, todavia, que as condições topográficas podem ter sido determinantes, dentre outros fatores que incidiram sobre o quantitativo supostamente ideal de PMs para cada comunidade atendida.

Por outro lado, o quantitativo pode também se basear na escala de serviço para atender a microambientes dentro de cada ambiente delimitado para a ação preventivo-repressiva das UPPs, já que esta modalidade de patrulhamento foge às regras do policiamento ostensivo rotineiro. Para nós, no entanto, importa mais o somatório de favelados atendidos e a totalização desses PMs para comparação com outros locais. Deste modo, temos sete comunidades com UPPs instaladas, perfazendo um total de 1068 PMs e 109.943 favelados atendidos, ou seja, 01 PM para cada 103 favelados.

Só para a observação do leitor, o Município do Rio de Janeiro acolhe 6.182.710 almas. Se tomarmos o efetivo global da PMERJ (número aproximado), sem considerar qualquer situação de afastamento do serviço operacional, nem mesmo o administrativo interno incluindo o quadro de saúde, não é exagero totalizar 40.000 PMs entre oficiais e praças. Daria como resultado 155 almas cariocas para cada PM. Ocorre que a realidade é outra, ou seja, a PMERJ está espalhada em todo o território fluminense, cuja população (16.010.429 almas) tem direito à mesma segurança destinada a quaisquer cidadãos ou conglomerados humanos, sendo desnecessário explicitar as prescrições constitucionais e legais que fundamentam esse direito genérico. Teríamos então, grosso modo, 01 PM para 400 almas menos privilegiadas.

Cálculo otimista, talvez... Mas ocorre que a realidade não é bem esta, a PMERJ não emprega todo o seu efetivo na atividade-fim e nem todos os PMs estão em condições de emprego operacional. Deste modo, devemos considerar para abater do “efetivo pronto” os PMs consumidos pela atividade-meio, talvez em torno de 18% no mais ou no menos; depois vêm os PMs afastados por doença, férias, licenças-prêmios, à disposição de outros órgãos, presos à disposição da Justiça etc. A verdade é que saber ao certo esses números é mais difícil que desvelar os mistérios da boceta de Pandora... Ah, deixei para o final da contagem as escalas de serviço, que, no mínimo, fracionam o efetivo em três. Se se considerar somente a escala de serviço, em imprudente otimismo poderíamos dividir aqueles supostos 40.000 PMs por três, resultando 13.000 PMs/dia, numa proporção população/PM de 1232 almas para 01 PM em contraposição àquelas 102 almas faveladas por cada PM de UPPs.

Ressalvo, todavia, que não devemos crer em cálculos tão simplórios, não é esta a minha intenção. Porque esses números são relativos, se não até absolutamente falsos, mesmo que muitos países civilizados acolham esta relação de proporcionalidade como referência em ambientes aparentemente uniformes. Ora, não existe um ambiente igual a outro, nem mesmo uma rua é igual à do lado: cada ambiente possui suas peculiaridades em todos os sentidos que seja observado. Portanto, espalhar o efetivo no terreno segundo a quantidade de população, sem verificar os reais objetivos e os respectivos resultados a alcançar é pura aleatoriedade. Bem... Por acaso é objetiva a distribuição do patrulhamento em áreas, subáreas, setores e roteiros de patrulhamento, tendo como base a radiopatrulha? Como pode ser objetiva a distribuição se o foco é a prevenção dos delitos pela simples frequência do patrulhamento inibindo oportunidades? Não seria subjetiva a prevenção (regra) e objetiva a repressão (exceção)?

Definir o que a PM faz no seu cotidiano de polícia administrativa não é simples. No caso da polícia judiciária (Polícia Civil) é só cobrar a elucidação de delitos já ocorridos e se tem uma forma objetiva de ação, embora a coirmã fuja disso como o diabo foge da cruz. Mas é sabido que a taxa de elucidação de delitos não se integra aos parâmetros estatísticos divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), estes que se resumem a informar se determinado delito aumentou ou diminuiu pela simples comparação do presente com o passado, o que é feito com o necessário estardalhaço (“A árvore impede de ver a floresta”). Enfim, avaliar a eficiência e a eficácia da polícia (PMERJ e PCERJ) é como medir o efeito da oração como precondição de ganhar o céu. Tem de esperar a morte (própria), não valendo a do outro, que não volta para contar, nem se sabendo se a morte própria servirá à elucidação da relação oração/salvação.

Tornemos às bem-sucedidas UPPs e ao fato concreto de que consomem efetivos fixos a atenderem a populações igualmente fixas. Esta é a regra, ou seja, raciocinamos com dois elementos numéricos reais ou aproximados da realidade. As variações, no caso, serão poucas. Deste modo, projetar os mesmos números para o ambiente geral (Unidades Especiais) e seus ambientes intermediários (Comando de Policiamento de Área) e de tarefa (Batalhões, Companhias Independentes e orgânicas, Destacamentos de Policiamento Ostensivo etc.) não é raciocínio complexo. E aqui emerge a cruciante indagação: como entender um Município como São Gonçalo (ambiente de tarefa do 7º BPM), com quase 1.000.000 (um milhão) de habitantes sendo atendidos por apenas 700 PMs? Ou de Niterói? Ou de qualquer outra localidade? Como destinar igual atenção das UPPs a mais de mil favelas dominadas pelo tráfico ou por milícias? E o asfalto?...

Ora bem, o limite é o efetivo, e nem mesmo seriam os meios porque estes não funcionam sem o toque das pessoas, o que nos remete ao PM. E aqui começa a aflorar a dura realidade de que as UPPs são uma espécie de policiamento privilegiado, contrariando o fim genérico da segurança pública no tocante às atividades da PMERJ (prevenção pela presença ostensiva como regra, de difícil mensuração, e repressão como exceção, que é de fácil mensuração). E se o fracionamento máximo do efetivo, que tem como base do policiamento ostensivo a dupla de radiopatrulha exatamente por isso, não é seguido no caso das UPPs, é possível supor a exceção (Policiamento Complementar ou Extraordinário) tornando-se regra (Policiamento Ostensivo Geral). Tratam-se, pois, as UPPs, de policiamento privilegiado, e toda vez que ocorre algum privilégio neste mundo de contrastes há de haver a discriminação. Eis o “x” da questão, porque, em sendo as bem-sucedidas UPPs um privilégio, quaisquer outras populações podem reclamar da discriminação, em especial os Municípios do RJ. Só para apimentar, e fugindo de São Gonçalo, meu torrão natal, vamos a São João de Meriti, cuja população é de 469.287 habitantes e possui um batalhão que talvez não acolha um efetivo acima de 300 PMs. E assim por diante... É só conferir!

Seguindo esta linha de raciocínio, não é difícil concluir que a inauguração de mais uma ou outra UPP, – aqui e ali e acolá, com pompas e circunstâncias de “salvação” por meio de “eficaz oração” (a UPP atende apenas ao seu reduzido universo comunitário), – a inauguração de mais uma ou outra UPP representa, sim, um ato político brilhantemente generalizado.E é muito perigoso quando uma polícia que deveria ser do Estado passa a ser do Governante, algo que lembra despotismo, ditadura e semelhantes regimes totalitários de direita ou de esquerda.
E dependendo do tempo em que essa manipulação política ocorrer, consertar depois será dificilíssimo. Trata-se de verdadeira “sinuca de bico” endereçada ao próximo governante, que, em sendo pessoa responsável, deverá rever essa prática casuística e arcar com seu ônus. Se ganhar o atual, nenhuma responsabilidade lhe será cobrada, e só Deus sabe o final dessa história...

-----------------------------------------------------

Perfeito texto do Coronel Reformado de Polícia Emir Larangeira! Como já havia falado ontem, enquanto você tem um número absurdo de Policiais ocupando uma favela para prender (embuchadas?) 14 munições de cal .40S&W e 01 munição de .30M1... as Ruas e outros importantes batalhões encontram-se desguarnecidos! Volto a frisar o caso do BPRv que tbm conta com menos de 300 PMs para patrulhar uma vastidão de rodovias, fracionando esse número em três, a realidade é que temos muito menos de 100 PMs por turno para Patrulhar:

58 km de Av. Brasil
20 km de Linha Vermelha
25 km de Linha Amarela

Isso sem contar as Rodovias do Interior: Região dos Lagos, Região Serrana e Região Norte e Sul Fluminense...

Deve ser por isso que temos bondes, arrastões, movimentação de armas e drogas, além de bondes para invadir favelas quase todos os dias nessas vias ;) enquanto isso temos 400 PMs na Tijuca, fazendo nada... e o tráfico (além do Gato-Net, Jogo do Bicho, Maquininhas, Moto-Táxi...) comendo solto!


É ou não é um contra-senso?




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Re: Operações Policiais e Militares

#5002 Mensagem por Skyway » Sex Mai 14, 2010 6:23 pm

Enquanto alguns vivem no passado, a PC se mantém bem equipada na medida do possível.

Helicóptero da polícia terá câmera que enxerga o calor do corpo

Imagem

O lince é um felino, primo do gato, capaz de ver tudo em ambientes escuros. Seu nome é uma homenagem a Linceu, personagem da mitologia grega com visão perfeita, que podia enxergar através de paredes de pedra e olhar o interior da terra para encontrar tesouros enterrados. Inspirada na realidade do mundo animal e nas lendas da civilização, a Polícia Civil está investindo em tecnologia de guerra para usar o poder do lince contra os traficantes do Rio de Janeiro. São mais de R$ 7,5 milhões para ter um sistema de captura e transmissão de imagens feitas por uma câmera com sensor infravermelho, capaz de identificar um bandido no escuro pelo calor de seu corpo. Os equipamentos serão usados pelo helicóptero blindado, o caveirão do ar, do Serviço Aeropolicial (Saer) da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

Imagem

A câmera termal modelo Flir, a mesma usada pelos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão, tem alcance de cinco mil metros e gera imagens noturnas em alta qualidade e resolução. Suas imagens serão transmitidas para monitores dentro do helicóptero em que estiver acoplada e para outras aeronaves que estiverem participando da ação. Também chegarão a receptores no solo, que podem estar em carros ou base montada em alguma unidade policial. A empresa que venceu a licitação, concluída em pregão eletrônico no último dia 10, foi a Aeroservice Ltda., de Belo Horizonte, Minas Gerais, mas a instalação será feita pela Aeromot Aeronaves e Motores S. A., de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que pertence ao mesmo grupo.

— É um investimento ousado, de primeiro mundo, que vai permitir à polícia fazer operações aéreas noturnas com a mesma precisão das ações que ocorrem durante o dia — afirmou João Cláudio Jotz, engenheiro mecânico e elétrico responsável pelo projeto da supercâmera.

Para possibilitar a transmissão, foi firmado outro contrato, no dia 11, com a empresa Ibitec Comércio e Serviços de Telecomunicações Ltda, de São Paulo, que vai receber R$ 6.618.389 pelas máquinas dos subsistemas de captação, que vão receber as imagens. Em 16 de abril, a polícia comprou ainda dois equipamentos de vídeo com controle à distância, sem fio, para atender às necessidades do Saer. A vencedora da licitação, com o valor de R$ 7.633, foi a Mago Comercial Ltda. - ME, da Ararangua, Santa Catarina.

Além do sistema de transmissão, a Core vai receber 20 rádios aeronáuticos, comprados por R$ 18 mil da Vitec 2005 Comércio Instalações de Equipamentos Industriais, de Ramos, na Zona Norte do Rio. Até o fim deste mês, será concluída a licitação 3047579, que entregará à unidade de elite da Polícia Civil 200 placas de proteção balística nível III, que são colocadas nos coletes e suportam até tiro de fuzil. Esses protetores devem ser feitos de polietileno — plástico ultraresistente — ou dyneema — considerada a fibra mais forte do mundo, ter forração mínima de 72 camadas, peso máximo de 1,6 kg e curvatura peitoral.

Fonte: EXTRA




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Re: Operações Policiais e Militares

#5003 Mensagem por brunodogg » Sáb Mai 15, 2010 12:03 am

ZeRo4 escreveu:A UPP não consegue evitar nem o tráfico de drogas e nem outros tipos de crime! volto a salientar, apesar de alguns simplesmente fingirem que não enxergam nos meus post, talvez porque não tem capacidade para refutar o que é óbvio, que outros tipos de crime continuam acontecendo nas favelas "pacificadas".

Ora, se a UPP não evita crime, se a UPP mal prende alguém e quando prende é preciso ser feito por Policiais de outras instituições inclusve, a perguntar que não quer calar: Para que servem as UPPs além de dar segurança oficial ao tráfico local?

Bem, eu sei que o índice de criminalidade na cidade, e isso é o que importa na hora de discutir segurança e não "sensação de segurança, vem subindo absurdamente na cidade do RJ... agora todos os dias temos arrastões, roubo de carga e etc...

Fora é claroooo invasões de outras comunidades:
ISP constata redução nos quatro indicadores estratégicos estabelecidos pela Secretaria de Estado de Segurança no mês de março

12/05/2010 10h14
Renata Fortes e Priscilla Diniz

O Instituto de Segurança Pública (ISP) divulga hoje (12.05.10) as incidências criminais e administrativas de segurança do Estado do Rio de Janeiro relativas ao mês de março de 2010.

O ISP constatou redução nos indicadores estratégicos, estabelecidos pela Secretaria de Estado de Segurança, quando comparados ao mesmo mês do ano anterior: homicídio (menos 95 vítimas), roubo de veículo (menos 523 casos), roubo de rua (menos 870 casos), sendo roubo em coletivo (menos 131 casos), roubo de aparelho celular (menos 89 casos), roubo a transeunte (menos 650 casos) e latrocínio (menos 14 vítimas).

Cabe destacar que, o primeiro trimestre deste ano foi o melhor em toda a série histórica disponível nos registros de homicídios dolosos, ou seja, desde 1991 o acumulado desses meses registrou o menor número de vítimas. O ISP constatou ainda que, no mês de março não houve registros de homicídio doloso, latrocínio e roubo de veículo na AISP 19 (Copacabana). A AISP 6 (Tijuca) também não registrou nenhuma vítima de homicídio doloso e latrocínio.

Vale lembrar que as metas desse semestre para redução dos delitos considerados estratégicos pela Secretaria de Estado de Segurança são:

Homicídio doloso – redução de 6,33%;
Latrocínio – manter o mesmo número de registros do primeiro semestre;
Roubo de veículo – redução de 4,37%;
Roubo de Rua – redução de 4,22%.

O Instituto informa que os 39 índices de março já podem ser consultados na página do ISP na internet – http://www.isp.rj.gov.br (Últimas Notícias ou Produtos e Serviços em Destaque – Estatísticas de Segurança Pública – Diário Oficial).

Os dados de março dos indicadores estratégicos foram:

*
Homicídio Doloso: Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou diminuição de 16,2% (menos 95 vítimas). Foram 493 vítimas em 2010 e 588 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar) houve redução de 16,6% (menos 281 vítimas) se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 1.414 vítimas em 2010 e 1.695 no mesmo período do ano passado.

*
Latrocínio (Roubo seguido de morte): Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou diminuição (menos 14 vítimas). Foram 16 vítimas em 2010 e 30 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar), houve menos 21 vítimas se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 41 vítimas em 2010 e 62 no mesmo período do ano passado.

*
Roubo de Veículo: Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou diminuição de 20,4% (menos 523 casos). Foram 2.041 casos em 2010 e 2.564 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar), houve redução de 23,7% (menos 1.778 casos) se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 5.726 casos em 2010 e 7.504 no mesmo período do ano passado.

*
Roubo de Rua (transeunte + celular + coletivo): Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou diminuição de 10,4% (menos 870 casos). Foram 7.524 casos em 2010 e 8.394 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar), houve redução de 13,9% (menos 3.317 casos) se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 20.495 casos em 2010 e 23.812 no mesmo período do ano passado.

*
Roubo a Transeunte: Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou diminuição de 9,7% (menos 650 casos). Foram 6.036 casos em 2010 e 6.686 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar), houve redução de 12,7% (menos 2.421 casos) se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 16.689 casos em 2010 e 19.110 no mesmo período do ano passado.

*
Roubo de Aparelho Celular: Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou diminuição de 11,4% (menos 89 casos). Foram 693 casos em 2010 e 782 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar), houve redução de 13,8% (menos 298 casos) se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 1.861 casos em 2010 e 2.159 no mesmo período do ano passado.

*
Roubo em Coletivo: Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou diminuição de 14,1% (menos 131 casos). Foram 795 casos em 2010 e 926 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar), houve redução de 23,5% (menos 598 casos) se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 1.945 casos em 2010 e 2.543 no mesmo período do ano passado.

*
Auto de Resistência: Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou diminuição de 21,4% (menos 22 casos). Foram 81 casos em 2010 e 103 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar), houve diminuição de 19,1% (menos 52 casos) se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 220 casos em 2010 e 272 no mesmo período do ano passado.

*
Apreensão de Drogas: Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou diminuição de 33,5% (menos 353 registros). Foram 700 casos em 2010 e 1.053 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar), houve redução de 29,4% (menos 836 registros) se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 2.010 casos em 2010 e 2.846 no mesmo período do ano passado.

*
Prisão: Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou aumento de 4,2% (mais 67 prisões). Foram 1.667 casos em 2010 e 1.600 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar), houve acréscimo de 9,5% (mais 406 casos) se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 4.659 casos em 2010 e 4.253 no mesmo período do ano passado.

*
Armas Apreendidas: Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou diminuição de 32,5% (menos 300 armas). Foram 623 casos em 2010 e 923 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar), houve redução de 23,0% (menos 538 registros) se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 1.805 casos em 2010 e 2.343 no mesmo período do ano passado.

http://www.isp.rj.gov.br/NoticiaDetalhe.asp?ident=242




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Re: Operações Policiais e Militares

#5004 Mensagem por brunodogg » Sáb Mai 15, 2010 12:36 am

Antigo quartel em Ramos abrigará Centro de Operações Especiais

Além do Bope, serão instalados no local a Companhia de Cães e o Grupamento Aéreo

Rio - O antigo 24º Batalhão de Infantaria Blindada do Exército, em Ramos, abrirá não só a sede do Bope, mas um grande centro de operações especiais. A informações foi confirmada nesta quinta-feira pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte. O anúncio foi feito durante a assinatura do contrato de cessão das instalações do 24º BIP, do qual também participou o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame.

"Vamos sediar no futuro, naquele quartel, o Centro de Operações Especiais, que vai abrigar ainda a Companhia de Cães e possivelmente o Grupamento Aéreo", afirmou Mário Sérgio. "Vamos fazer uma avaliação do local e realizar as obras necessárias para a acomodação do Bope. O local, no entanto, está com a estrutura e será preciso apenas algumas adaptações. Queremos trazê-los o mais rápido possível", disse.

A área foi comprada por R$ 40 milhões, incluindo outras duas áreas militares em Niterói e São Gonçalo. Estes outros quartéis serão usados para construção de moradias populares, que vão abrigar as vítimas das chuvas nestes municípios.

"É uma área maravilhosa. O Bope está muito feliz, era um sonho de 30 anos. Vamos construir uma área de treinamento modelo no local", informou o secretário de Segurança José Mariano Beltrame, que pretende buscar parceria com a iniciativa privada para financiar as obras no local. "Caso não seja assim, teremos que fazer licitação, depender de orçamento e submeter ao Tribunal de Contas, uma burocracia que nos custa tempo", argumentou Beltrame.

A antiga sede do Bope, localizada em Laranjeiras, abrigará em breve a Escola Nacional de UPPs, conforme o comandante-geral já anunciou.

"A aquisição desta área foi muito bem trabalhada, ali o Bope estará geograficamente bem posicionado, reproduzindo nas linhas Vermelha e Amarela e na Avenida Brasil o que aconteceu na Favela Tavares Bastos. É uma área grande que terá o devido espaço para o Bope treinar e se aperfeiçoar ainda mais nas técnicas que fazem deles uma das melhores - senão a melhor - tropas de combate urbano do mundo. Os setores de engenharia ainda irão analisar o que é necessário em termos de obras, por isso não temos ainda uma previsão de quando tudo ficará pronto", disse o comandante-geral da PM.

O comandante-geral da PM disse que a criação da Escola Nacional de Unidades de Polícia Pacificadora tem como objetivo atender não só à PM, como também às polícias militares de outros estados do Brasil e até mesmo corporações policiais - militares ou não - de outros países.

"O interesse no nosso modelo de pacificação tem sido muito grande, e por isso julgamos conveniente que este conhecimento possa ser espargido pelas pessoas e setores interessados", disse o coronel Mário Sérgio Duarte.

"O interesse surgiu recentemente inclusive de especialistas em Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que cogita adotar o modelo das UPPs em missões de paz que eles realizam mundo afora. A Escola Nacional vai ser um espaço importante de discussão e de ensino destes modelos de sucesso. E a comunidade no Morro Tavares Bastos poderá ficar tranquila, porque será um local em que o padrão será a segurança proporcionada pelas UPPs", concluiu o comandante-geral da PM.



'Caveirinha’ vai reforçar cinturão da Zona Norte

Blindado russo que vai patrulhar as vias expressas da cidade com os maiores índices de criminalidade entra em teste em junho


Rio - Um veículo blindado russo, usado por soldados americanos no Iraque, vai reforçar o cinturão de segurança da Zona Norte, intensificando o patrulhamento e o combate a criminosos que praticam assaltos e homicídios na região. Em teste a partir de junho, o ‘caveirinha’ da estatal Rosoboron será utilizado pelas tropas de elite das polícias Civil e Militar. Segundo o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, a ideia é colocar o miniblindado nas vias expressas e avenidas de maior incidência criminal, principalmente à noite.

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“Vamos usá-lo para patrulhar áreas como as avenidas Dom Hélder Câmara e Martin Luther King. Um blindado para patrulhamento, não para incursão em área conflagrada. Estamos fechando com os russos o teste. Eles deram um prazo, mas não devemos fechar a compra até o fim do semestre”, afirmou o secretário a O DIA.

O secretário admitiu que é difícil patrulhar adequadamente as vias expressas e outras de grande movimento. De acordo com Beltrame, o miniblindado Tiger e o policiamento com equipes de motos vão perseguir a mancha criminal.

Dados da Delegacia de Roubos e Furtos de Autos (DRFA) indicam que, em abril deste ano, a Av. Brasil foi a via na Zona Norte com maior incidência de roubos de carros. As avenidas Martin Luther King e Leopoldo Bulhões aparecem depois, com 17 e 14 casos.

“A Zona Norte reúne 60% das ocorrências de roubos de veículos na capital. Estamos reduzindo os números, mas todo tipo de patrulhamento é bem-vindo”, afirmou o titular da DRFA, Márcio Mendonça.

Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) serão os primeiros a fazer os testes do carro russo, aprovado pelo secretário Beltrame em visita à Rússia, no ano passado. Neste caso, o Tiger também será utilizado para transporte de tropa em incursões. Na Polícia Civil, o veículo deve ser usado pela Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

O veículo Tiger é um utilitário menor e mais leve que os blindados usados atualmente. Com capacidade para transportar até nove policiais, o ‘caveirinha’ tem mais mobilidade para transitar pelas ruas estreitas de comunidades, por exemplo. O mini blindado resiste a tiros de fuzil e custa cerca de US$ 200 mil.




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Re: Operações Policiais e Militares

#5005 Mensagem por Skyway » Sáb Mai 15, 2010 2:00 am

brunodogg escreveu:
ZeRo4 escreveu:A UPP não consegue evitar nem o tráfico de drogas e nem outros tipos de crime! volto a salientar, apesar de alguns simplesmente fingirem que não enxergam nos meus post, talvez porque não tem capacidade para refutar o que é óbvio, que outros tipos de crime continuam acontecendo nas favelas "pacificadas".

Ora, se a UPP não evita crime, se a UPP mal prende alguém e quando prende é preciso ser feito por Policiais de outras instituições inclusve, a perguntar que não quer calar: Para que servem as UPPs além de dar segurança oficial ao tráfico local?

Bem, eu sei que o índice de criminalidade na cidade, e isso é o que importa na hora de discutir segurança e não "sensação de segurança, vem subindo absurdamente na cidade do RJ... agora todos os dias temos arrastões, roubo de carga e etc...

Fora é claroooo invasões de outras comunidades:
ISP constata redução nos quatro indicadores estratégicos estabelecidos pela Secretaria de Estado de Segurança no mês de março

12/05/2010 10h14
Renata Fortes e Priscilla Diniz

O Instituto de Segurança Pública (ISP) divulga hoje (12.05.10) as incidências criminais e administrativas de segurança do Estado do Rio de Janeiro relativas ao mês de março de 2010.

O ISP constatou redução nos indicadores estratégicos, estabelecidos pela Secretaria de Estado de Segurança, quando comparados ao mesmo mês do ano anterior: homicídio (menos 95 vítimas), roubo de veículo (menos 523 casos), roubo de rua (menos 870 casos), sendo roubo em coletivo (menos 131 casos), roubo de aparelho celular (menos 89 casos), roubo a transeunte (menos 650 casos) e latrocínio (menos 14 vítimas).

Cabe destacar que, o primeiro trimestre deste ano foi o melhor em toda a série histórica disponível nos registros de homicídios dolosos, ou seja, desde 1991 o acumulado desses meses registrou o menor número de vítimas. O ISP constatou ainda que, no mês de março não houve registros de homicídio doloso, latrocínio e roubo de veículo na AISP 19 (Copacabana). A AISP 6 (Tijuca) também não registrou nenhuma vítima de homicídio doloso e latrocínio.

Vale lembrar que as metas desse semestre para redução dos delitos considerados estratégicos pela Secretaria de Estado de Segurança são:

Homicídio doloso – redução de 6,33%;
Latrocínio – manter o mesmo número de registros do primeiro semestre;
Roubo de veículo – redução de 4,37%;
Roubo de Rua – redução de 4,22%.

O Instituto informa que os 39 índices de março já podem ser consultados na página do ISP na internet – http://www.isp.rj.gov.br (Últimas Notícias ou Produtos e Serviços em Destaque – Estatísticas de Segurança Pública – Diário Oficial).

Os dados de março dos indicadores estratégicos foram:

*
Homicídio Doloso: Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou diminuição de 16,2% (menos 95 vítimas). Foram 493 vítimas em 2010 e 588 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar) houve redução de 16,6% (menos 281 vítimas) se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 1.414 vítimas em 2010 e 1.695 no mesmo período do ano passado.

*
Latrocínio (Roubo seguido de morte): Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou diminuição (menos 14 vítimas). Foram 16 vítimas em 2010 e 30 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar), houve menos 21 vítimas se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 41 vítimas em 2010 e 62 no mesmo período do ano passado.

*
Roubo de Veículo: Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou diminuição de 20,4% (menos 523 casos). Foram 2.041 casos em 2010 e 2.564 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar), houve redução de 23,7% (menos 1.778 casos) se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 5.726 casos em 2010 e 7.504 no mesmo período do ano passado.

*
Roubo de Rua (transeunte + celular + coletivo): Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou diminuição de 10,4% (menos 870 casos). Foram 7.524 casos em 2010 e 8.394 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar), houve redução de 13,9% (menos 3.317 casos) se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 20.495 casos em 2010 e 23.812 no mesmo período do ano passado.

*
Roubo a Transeunte: Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou diminuição de 9,7% (menos 650 casos). Foram 6.036 casos em 2010 e 6.686 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar), houve redução de 12,7% (menos 2.421 casos) se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 16.689 casos em 2010 e 19.110 no mesmo período do ano passado.

*
Roubo de Aparelho Celular: Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou diminuição de 11,4% (menos 89 casos). Foram 693 casos em 2010 e 782 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar), houve redução de 13,8% (menos 298 casos) se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 1.861 casos em 2010 e 2.159 no mesmo período do ano passado.

*
Roubo em Coletivo: Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou diminuição de 14,1% (menos 131 casos). Foram 795 casos em 2010 e 926 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar), houve redução de 23,5% (menos 598 casos) se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 1.945 casos em 2010 e 2.543 no mesmo período do ano passado.

*
Auto de Resistência: Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou diminuição de 21,4% (menos 22 casos). Foram 81 casos em 2010 e 103 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar), houve diminuição de 19,1% (menos 52 casos) se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 220 casos em 2010 e 272 no mesmo período do ano passado.

*
Apreensão de Drogas: Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou diminuição de 33,5% (menos 353 registros). Foram 700 casos em 2010 e 1.053 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar), houve redução de 29,4% (menos 836 registros) se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 2.010 casos em 2010 e 2.846 no mesmo período do ano passado.

*
Prisão: Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou aumento de 4,2% (mais 67 prisões). Foram 1.667 casos em 2010 e 1.600 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar), houve acréscimo de 9,5% (mais 406 casos) se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 4.659 casos em 2010 e 4.253 no mesmo período do ano passado.

*
Armas Apreendidas: Em comparação ao mês de março de 2010 com o ano anterior, este delito apresentou diminuição de 32,5% (menos 300 armas). Foram 623 casos em 2010 e 923 no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre (jan/fev/mar), houve redução de 23,0% (menos 538 registros) se compararmos com o mesmo período do ano anterior. Foram 1.805 casos em 2010 e 2.343 no mesmo período do ano passado.

http://www.isp.rj.gov.br/NoticiaDetalhe.asp?ident=242
Estava atras de uma matéria dessa, que reunisse esses dados que eu ja sabia por alto. Valeu! :D




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Re: Operações Policiais e Militares

#5006 Mensagem por ZeRo4 » Sáb Mai 15, 2010 9:54 am

Brunodogg, primeiro gostaria de agradecer a sua postar de trazer DADOS para o fórum. Isso que deixa o bate-bola mais gostoso, não há necessidade alguma de alguém ser "dono" da verdade, assim ganhamos todos, os participantes e o fórum que acaba enriquecendo, seria mto legal se atitude de todos fosse essa. Agora, vamos aos dados postados por você...

Infelizmente, são FABRICADOS...

Para quem não sabe, o ISP é um instituto ligado diretamente a Secretaria de Segurança (SESEG), isso por si só já serviria para desabonar e desacreditar os dados do Instituto, afinal, o instituto acaba trabalhando para divulgar índices da própria SESEG.

O próprio atual comandante da PMERJ já foi diretor-presidente do ISP. Em 2008, quando era presidido por uma antropóloga, o ISP divulgou dados que contrariavam a vontade da SESEG, aconteceu então que antropóloga e toda sua equipe foram exoneradas e substituídas por Policiais Militares... o resto eu não preciso nem dizer, certo?

Agora, ai vão alguns textos da Blogosfera Policial do Rio de Janeiro, infelizmente já é consenso que os índices apresentados pelo ISP são fabricados...




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Re: Operações Policiais e Militares

#5007 Mensagem por ZeRo4 » Sáb Mai 15, 2010 10:00 am

Os dados de criminalidade do ISP: Verdade ou ficção?

A surpreendente queda generalizada dos crimes no Rio de Janeiro tem sido recebida com muita festa pela imprensa carioca e, conseqüentemente, pelos mais variados setores da sociedade, inclusive por alguns especialistas na área de segurança pública.

A queda é surpreendente não só porque envolve os mais variados crimes (homicídios, roubos de rua, roubos de veículo etc.), mas principalmente porque os dados mostram uma redução generalizada, em todo o estado (e não apenas em regiões específicas), e com um índice de queda milagroso (em média de 20% nos principais crimes).

Para ser mais específico, a estatística que mais me surpreende é a relacionada à queda dos homicídios na cidade do Rio de Janeiro. No primeiro trimestre deste ano, os assassinatos na cidade teriam caído 22%, segundo os dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Isso mesmo 22% (segundo números absolutos).

Só para se ter uma ideia de como essa queda é assombrosa, vou fazer uma comparação singela. A cidade de Nova York (EUA) dos anos 90 é conhecida como um paradigma de sucesso na área de segurança pública, por ter conhecido passar de uma taxa de homicídios de 30,1 por 100 mil habitantes em 1991 para uma de 8,5 por 100 mil em 1998.

O período entre 1994 e 1995 foi aquele em que a cidade de Nova York teve a maior queda de homicídios naquela década. Nesse período de maior sucesso da redução dos assassinatos a taxa de queda foi de 24%.

Entenderam por que estou fazendo essa comparação? Nova York, no auge de sua luta contra o crime reduziu em 24% seus homicídios (depois de três anos com quedas sustentáveis). O Rio de Janeiro, segundo os dados do ISP, conseguiu, de repente, diminuir em 22% seus homicídios, depois de um 2009 com alta nos homicídios.

Uma queda tão assombrosa como essa (que, como se viu, se compararia à de Nova York dos anos 90) obviamente levanta suspeitas sobre a veracidade dos números apresentados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), principalmente porque, ao contrário do que aconteceu na cidade norte-americana, não houve nenhuma mudança significativa na essência das nossas políticas de segurança.


Devo dizer que eu sou um dos céticos quanto à veracidade desses dados. Comecei a desconfiar dos dados do ISP depois que os índices de criminalidade do segundo semestre do ano passado começaram a ser divulgados.

E vou explicar o porquê. O ano de 2009 foi um ano peculiar para a segurança pública no Rio de Janeiro. Entre 2005 e 2008, o Rio seguiu uma tendência nacional, experimentando quedas sucessivas variando entre 3% e 6% nos homicídios nesse período.

No primeiro trimestre de 2009, a tendência foi subitamente revertida com uma alta de 8% no número absoluto de homicídios. No segundo trimestre daquele ano, o aumento foi ainda maior: 16%.

Nesse período, a Secretaria de Segurança resolveu adotar uma nova medida, teoricamente para melhorar os índices de criminalidade do Rio de Janeiro: o estabelecimento de metas para a redução dos homicídios no estado.

Segundo essa medida, os policiais precisavam reduzir os índices de quatro crimes (entre eles, os homicídios em 11%). Em troca, as delegacias e batalhões com menos crimes ganhariam gratificações da Secretaria. Ou seja, o recado era claro: policiais que registrassem menos crimes a partir de julho de 2009 ganhariam mais dinheiro.

Então, começa o milagre. Sem qualquer mudança drástica na política de segurança do estado, os homicídios curiosamente caem 8% logo no terceiro trimestre de 2009 (o primeiro desde a implantação do sistema de metas). No quarto trimestre, queda milagrosa de 16%.

Ou seja: tivemos aumento de 16% no segundo trimestre de 2009. No quarto trimestre, a redução é de 16% (15,6% para ser mais exato). Em três meses, o estado do Rio opera um milagre semelhante ao que Nova York demorou três anos para conseguir.


Chega então o ano de 2010 (o ano da eleição, em que o atual governador busca se reeleger) e o milagre se mantém. Queda de 17% nos homicídios do estado do Rio e de 22% na capital fluminense. Reduções milagrosas também se operam nos crimes de roubo, por exemplo.

Tanto milagre acontecendo em tão pouco tempo... Isso foi me deixando com uma postura cada vez mais cética em relação aos dados do ISP, órgão ligado à Secretaria de Segurança do estado. Até porque a idoneidade do ISP já foi colocada em dúvida pela própria ex-presidente do Instituto, Ana Paula Miranda, que, em 2008, já fora do cargo, levantou suspeitas sobre a queda de homicídios apresentada na ocasião.

A própria saída de Ana Paula Miranda da presidência do ISP foi rodeada de uma série de especulações de que a Secretaria de Segurança queria ter mais controle sobre os dados que estavam sendo divulgados pelo instituto.

Quero deixar claro: não afirmo que o Instituto de Segurança Pública ou os policiais estejam forjando dados para melhorar a imagem do governador ou para melhorar seus salários.

Eu, como jornalista e analista da área de segurança pública, trabalho com dados, com fatos. Qualquer afirmação no sentido de manipulação dos dados pelas autoridades de segurança, nessa altura do campeonato, é mera especulação.

Mas suspeitar de que os dados estejam sendo manipulados é completamente legítimo. Até porque há indícios (como os mostrados acima) de que esses números podem estar errados. Não há provas (ainda), mas existem indícios de que há alguma coisa esquisita com as estatísticas de criminalidade do Rio de Janeiro.

Como disse, não houve mudança no paradigma de segurança do Rio, que possa explicar uma queda generalizada, na maioria das regiões do estado. Podem me perguntar: E as Unidades de Polícia Pacificadora?

As UPPs são uma política específica de alcance geográfico restrito (pelo menos enquanto houver pouquíssimas UPPs como há hoje), cujo resultado se sente apenas na favela onde ela está instalada e no entorno imediato.

O próprio secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, em coletiva à imprensa para apresentar os dados do segundo semestre de 2009, não quis atribuir a queda daquele período às UPPs (que na época eram ainda mais restritas do que são hoje). Até março deste ano, só havia UPPs na zona sul, que é justamente a área menos violenta da cidade, na Cidade de Deus e no Batam.

Podem me perguntar ainda: e o combate às milícias? Devo reconhecer que a atual gestão da Secretaria de Segurança foi a primeira a combater milícias (ainda que esse combate tenha sido restrito e voltado principalmente ao grupo chamado de Liga da Justiça).

Mas o combate às milícias também teria tido apenas um efeito geograficamente restrito à área onde a milícia era mais forte: Campo Grande. Não é possível explicar, por exemplo, a queda de homicídios apresentada, desde o segundo semestre de 2009, nas áreas do 16o Batalhão (Olaria, Penha e Complexo do Alemão) ou em Duque de Caxias.

Certo, e a nova Delegacia de Homicídio? A nova delegacia de homicídio teoricamente traria uma melhoria nas investigações e, conseqüentemente, na taxa de elucidação de assassinatos no Rio. Mas a nova DH só foi inaugurada em janeiro deste ano. Não explicaria as quedas das taxas do ano passado, que continuam neste ano.

Ok, e a implantação das Regiões Integradas de Segurança (RISP), que supostamente melhoraram a comunicação e a busca de objetivos comuns entre a Polícia Militar e a Polícia Civil? Bem, quanto a isso, eu concordo que poderia trazer benefícios para a segurança pública no Rio.

Mas acho que isso, por si só, não poderia explicar uma redução tão rápida e tão acentuada como a que aconteceu. O anúncio do sistema de metas e da criação das RISP foi feito no final de junho. Em julho, já havia tido uma queda de 4%, depois de uma alta de 9% registrada no mês anterior.

Nenhuma política de segurança diferente adotada pela Secretaria de Segurança pode explicar a queda meteórica dos homicídios e dos roubos.

Ou seja, ainda que a queda dos índices criminais seja verdadeira (e não uma manipulação do ISP ou dos policiais), ela não pode ser simplesmente explicada pelas políticas de segurança adotadas pelo governo do Rio de Janeiro.

Talvez seja apenas uma calmaria temporária provocada por um fator independente da vontade das autoridades de segurança pública, tais como, equilíbrio de forças entre as quadrilhas, acordo entre os criminosos, supremacia de uma quadrilha sobre outra, estabilidade da hierarquia dentro das quadrilhas ou até redução do ímpeto violento dos novos chefes de quadrilha.

Tréguas temporárias na violência não são incomuns e já aconteceram em locais como a Colômbia. Nesses períodos, em geral, tem-se a sensação de que a sociedade está em paz e que a violência não voltará a acontecer.

Mas basta que cesse um dos fatores garantidores da calmaria para que um novo ciclo de violência se inicie, geralmente com um banho de sangue.

Enfim, para terminar esse longo texto, gostaria de defender duas coisas. A primeira é que seja feita uma investigação sobre os dados de criminalidade divulgados pelo Instituto de Segurança Pública.

Meu segundo pedido é: caso os dados se comprovem verdadeiros, que as autoridades de segurança investiguem o motivo da redução do crime no Rio de Janeiro, para que se possa entender o que está acontecendo e evitar que a calmaria vire novamente um banho de sangue.

Fonte: Rio .40

-------------------------------------

O mais engraçado é que o Sérgio Cabral contratou o ex-Prefeito de NY como consultor na área de Segurança Pública, ora, se os índices milagrosos são verdade... é um dinheiro jogado fora, afinal de contas, fizemos de imediato o que NY demorou 03 anos consecutivos para fazer!




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Re: Operações Policiais e Militares

#5008 Mensagem por ZeRo4 » Sáb Mai 15, 2010 10:04 am

UPP para inglês ver?

Em dezembro de 2008 foi inaugurada a primeira Unidade de Polícia Pacificadora do Rio de Janeiro, na favela Santa Marta, em Botafogo, Zona Sul da cidade. Pouco mais de um ano depois da instalação das primeiras UPPs, o governo do Estado e a imprensa têm divulgado números promissores em relação à violência nessas localidades, dando como principal exemplo o morro Santa Marta.

A antropóloga e pesquisadora Ana Paula Miranda acredita que as UPPs podem se tornar uma política importante no campo da segurança pública, mas que “o que temos visto é a grande necessidade de dizerem que está dando certo. E dessa forma não estão tratando o tema com a seriedade necessária”.
Ana Paula fala do aumento de 2008 para 2009 do número de homicídios e de autos de resistência na Área Integrada de Segurança Pública que engloba a favela Santa Marta. O número de autos de resistência passou de oito em 2008 para 18 em 2009 e o de homicídios de 18 para 29 no mesmo período. Esse aumento se deu justamente no ano em que a UPP já estava instalada. “Numa região que os índices de homicídios e de autos de resistência têm baixíssima incidência, um crescimento desse nível é bem alto. Isso faz parecer que estão a todo custo querendo mostrar para a opinião pública que as UPPs são um sucesso”, explica a pesquisadora.

“Por exemplo - e acho que isso é forçar a barra desnecessariamente - como dizer que diminuiu o número de assaltos a coletivos no Santa Marta, se não trafegam ônibus por lá? Eles podem dizer que os dados são de ônibus assaltados na São Clemente, exatamente em frente ao Santa Marta, mas seria no mínimo exagerado”, completa Ana Paula.

Essa necessidade de mostrar que as ações de segurança estão dando certo pode ser exemplificada por matéria publicada no dia 9 de fevereiro deste ano, quando o jornal O Globo divulgou dados disponibilizados pelo Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP-RJ). O jornal estampou em chamada de capa que a taxa de homicídios no Estado havia caído, apresentando o menor índice dos últimos dez anos, quando na verdade sofreu uma oscilação para cima de 0,2%. “Eles dizem que todos os índices de violência estão caindo, mas os dados públicos não dizem isso”, comenta a pesquisadora.

Um outro exemplo citado por Ana Paula são pesquisas de opinião realizadas por institutos que não transmitem confiança. “Um instituto que não é sério tem realizado pesquisas de opinião a um custo baixíssimo e os jornais acabam comprando. Numa delas eles falam da aprovação da quase totalidade da população em relação à UPP. Mas eles fazem pesquisa por telefone fixo e sabemos que a grande maioria dos moradores de favelas não têm telefone fixo”, questiona a pesquisadora.

Para Ana Paula, “é preciso entrar e fazer uma pesquisa qualitativa na região para avaliar essa política. Não podem achar que entrou, melhorou e acabou. Em várias cidades, como Bogotá e Medelín, pelo fato de não ter sido feita nenhuma avaliação e de se dar continuidade ao processo, muita coisa está retrocedendo”. Outro detalhe colocado pela pesquisadora é que “a população não apóia a polícia da forma que tem agido ao longo do tempo. Se a UPP representa outras práticas, a população vai preferir. Mas o que parece é que não muda tanto assim”, diz, fazendo referência ao texto escrito recentemente pelo também pesquisador Antônio Machado sobre as Unidades de Polícia Pacificadora. No artigo, Machado afirma que é preciso ter cuidado para que as UPPs não sejam um “pretexto para a exclusão social e a submissão cultural e política das camadas populares”.

Ana Paula acha necessário um acompanhamento das ações das UPPs. Para ela, qualquer política séria deve ser avaliada regularmente. Ela lamenta ainda que as dúvidas levantadas em relação às Unidades Pacificadoras “são tidas como uma crítica de uma pessoa que torce para dar errado. Se você critica, você é contra. Essa lógica é péssima, a crítica serve também para melhorar o que tem sido feito”, conclui.


“Minha esperança é de que essa política seja avaliada, criticada e que se veja o que é necessário para aprimorar. Por enquanto a UPP é uma política de governo, mas eu estou pensando não nos próximos quatro anos, mas nos próximos dez. Quero que seja uma política pública, a população está preocupada com a continuidade. É preciso que se torne uma política de estado e não um projeto de governo. E vou ficar feliz se virar uma política de estado e funcionar”, finaliza.

Fonte: Arma Branca




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Re: Operações Policiais e Militares

#5009 Mensagem por ZeRo4 » Sáb Mai 15, 2010 10:08 am

A imprensa e o ISP. Quem manipula e quem é manipulado?

Depois de um tempo fora do ar, voltamos. E, dessa vez, para elogiar a reportagem do colega Mario Hugo Monken, do portal R7. O colega deveria servir de exemplo para os demais repórteres do Rio.

Ao contrário da maioria, Mário Hugo mostrou o que de fato é fazer jornalismo. Jornalista não deve aceitar as “verdades” das autoridades, mas apurar antes de assinar um texto e publicá-lo. Afinal, o jornalista é o responsável pelo que a população vai ler e encarar, na grande maioria, como verdade absoluta. Por isso somos chamados de formadores de opinião.

Mário Hugo/Portal R7, assim como todos os repórteres/veículos de comunicação cariocas, tiveram acesso aos dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) sobre o número de pessoas que morreram vítimas de balas perdidas no Rio em 2009 – 8, segundo o ISP. Todos os veículos e repórteres pegaram o material divulgado pelo ISP/Secretaria de Segurança Pública e o reproduziram praticamente na íntegra. O dado foi badalado por toda a imprensa como algo positivo.

Mas Mário Hugo/Portal R7 não aceitou isso. Ele dedicou seu tempo a fazer uma pesquisa sobre vítimas de balas com base apenas no que foi divulgado pela imprensa, o que nunca é a realidade, mas parte dela. Afinal, nem todos os casos se tornam de conhecimento público. Mesmo assim, apesar de saber que poderia ter um número aquém da realidade, Mário Hugo pesquisou e descobriu que foram noticiadas 24 mortes por balas perdidas em 2009 no Rio – três vezes mais do que o divulgado pelo Estado e por todos os demais veículos.

Essa matéria do portal R7 - sob o título “Número de mortes por balas perdidas no Rio
pode ter sido o triplo da estatística oficial” (http://noticias.r7.com/rio-e-cidades/no ... 00422.html) - deveria servir de exemplo para toda a imprensa carioca e ser suitada por todos. Todos, juntos, deveriam cobrar uma resposta das autoridades responsáveis. Mas não foi isso que aconteceu. Como na grande maioria das vezes, os repórteres e seus veículos colocam sua vaidade acima do interesse público. Preferem (como foi nesse caso) deixar o leitor com a informação errada ou sem a informação a dar o braço a torcer e dizer que errou ou que foi furado. Lamentável, principalmente quando estamos falando de vidas.

Alguns antecedentes criminais do ISP

Lá atrás, em 2008, o ISP já havia perdido a credibilidade e sido acusado de manipular os dados de acordo com o interesse do governo. Em fevereiro de 2008, sua então presidente, a socióloga Ana Paula Miranda, hoje pesquisadora do Instituto Pereira Passos, foi exonerada após divulgar número recorde de mortos pela polícia – contra o interesse das polícias e do governo. Depois disso, o governo resolveu seus problemas internos dispensando uma pesquisadora para colocar coronéis da PM a frente das pesquisas. Agora me digam, que credibilidade e isenção pode ter um órgão desse? Que coloca pessoas despreparadas para o serviço proposto e ainda envolvidas diretamente com o objeto de pesquisa.


Em 18 de setembro de 2008, uma reportagem da Agência Estado, publicada em diversos veículos, intitulada “Rio 'fabricou' queda de homicídio, diz ex-diretora do ISP”(http://noticias.uol.com.br/ultnot/agenc ... 30952.jhtm), jogou luz sobre o problema e deixou claro o que vinha ocorrendo no ISP.

No texto, Ana Paula Miranda e o então presidente do ISP e atual comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, debateram sobre a suposta manipulação dos dados no 2º Fórum Violência, Participação Popular e Direitos Humanos, ocorrido na PUC-Rio. "Após a minha exoneração houve um redirecionamento do ISP para o desmonte", disse Ana Paula à época.

A experiente pesquisadora explanou seguramente sobre sua acusação de que o governo estadual havia "fabricado" a comemorada queda de 8,8 no índice de homicídios. Enquanto Ana Paula apresentava dados e explicações, o coronel repetiu um discurso decorado e sem nenhuma consistência (leiam a reportagem cujo link apresentamos acima). Ela afirmou: "o governo não contabiliza os autos de resistência na soma final de homicídios dolosos". Além disso, disse, "alguns casos que são claramente homicídios, como os corpos carbonizados encontrados, estão sendo registrados como encontro de cadáveres e ossadas".

Já o oficial, negou que houvesse manipulação dos dados, mas não apresentou nenhum dado para desmentir a pesquisadora. Por que será? Será que não os tinha? Ou será que não havia como explicar o inexplicável?

Esse foi apenas um dos casos que surgiram na imprensa sugerindo a manipulação dos dados do ISP após o desmonte intencional do instituto. No entanto, de lá pra cá, a imprensa continuou reproduzindo seus dados (do ISP) como verdades absolutas – ao invés de cobrar que houvesse uma mudança no instituto ou que ele fosse extinto – o que ao nosso ver seria o mais correto. Afinal, não há como acreditar em dados produzidos por quem tem o interesse de mostrar que a segurança está aumentando e o crime diminuindo, mesmo que esta não seja a realidade. Não tem como pedir que um policial colocado no ISP por indicações políticas tenha isenção e disposição para ir contra o desejo do político que o colocou lá e tem o poder de tira-lo a qualquer momento.


Por isso, defendemos e achamos que a imprensa (se tivesse verdadeiramente interesse público em seu serviço) deveria defender a extinção do órgão. Com isso, o Estado poderia fazer convênio com Universidades públicas para que elas produzissem as pesquisas. Assim, sem que o Estado tivesse qualquer gerência sobre a equipe de pesquisadores e seus métodos de pesquisa, talvez chegássemos mais próximos da realidade.

Alguém se lembra de outros casos suspeitos do ISP? E alguém sabe nos responder por que a imprensa se faz de cega?

Fonte: Impressando




Editado pela última vez por ZeRo4 em Sáb Mai 15, 2010 10:17 am, em um total de 1 vez.
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Re: Operações Policiais e Militares

#5010 Mensagem por ZeRo4 » Sáb Mai 15, 2010 10:13 am

Bem, esses são apenas alguns textos mostrando que o ISP não é um instituto confiável, o motivo foi explado bem acima e mostra mais uma vez como tem colega no fórum que por vaidade não aceita que está equivocado ou no mínimo sendo enganado... Se procurasse de verdade alguns "dados", iria se contradizer! mas enfim, para coroar o que eu vinha falando do ISP:

Deputado quer abrir CPI para investigar estatísticas de violência no Rio

Reportagem do R7 motivou pedido de abertura da comissão na Alerj

"Estatísticas podem não contabilizar todos os casos, diz deputado"

O deputado estadual Rodrigo Dantas (DEM) pediu na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a metodologia utilizada pelo ISP (Instituto de Segurança Pública) na elaboração das estatísticas da violência do Estado.

Uma das razões que levou o parlamentar a pedir a CPI - a comissão foi protocolada no último dia 4 - foi uma reportagem do R7, publicada em 22 de abril, que mostra que o número de mortes por balas perdidas no Rio em 2009 pode ser o triplo da oficial. Pelo menos 24 casos em que houve mortes por balas perdidas são conhecidos publicamente, mas a estatística do ISP só informou oito.

O deputado diz desconfiar que muitos crimes não sejam contabilizados. Segundo ele, seis homicídios registrados em janeiro passado "sumiram" em fevereiro. De acordo com ele, os dados de janeiro indicavam 454 assassinatos. Entretanto, quando os números de fevereiro foram publicados, a planilha de janeiro mostrava 448 registros de homicídios dolosos, segundo o parlamentar.

- O ISP tem divulgado dados que claramente não condizem com a realidade. Está se tornando recorrente uma situação em que o instituto divulga um número de ocorrências que é menor do que aqueles registrados pela imprensa. Se imaginarmos que a imprensa também não consegue tomar conhecimento de todos os casos, concluiremos que a discrepância entre a realidade e os números apresentados pelo ISP é ainda maior, infelizmente.


O parlamentar questiona também os indicadores populacionais usados pelo ISP para calcular taxas dos crimes por cada 100 mil habitantes. Para ele, o órgão estaria estudando os níveis de criminalidade e insegurança dos dias atuais com uma estimativa de população que tem cerca de dez anos de idade, o que distorceria os resultados.

Dantas diz que já conseguiu 23 assinaturas para a abertura da CPI e que só falta o presidente da Assembleia aprovar a abertura da comissão.

Fonte: R7




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