Rodrigoiano escreveu:
Prezados b.verde, Orestes e demais colegas foristas, também tenho um pé atrás em relação a esse tal de Wikileaks. Além das "coincidências" já citadas pelos colegas, somam-se outras "surpreendentemente" relacionadas com temas atuais. É China falando mal(!) da CN. Irã aos montes. Paquistão etc etc. Por muito menos os EUA já proibiram declarações antes de se tornarem públicas. Mesmo o FOIA, limitava-se em vários assuntos, notadamente diplomáticos e de segurança nacional. Agora aparece esse Wikileaks, cheio de "divulgações" na net, a maioria substancialmente favorável aos interesses americanos, e consegue-se divulgar com relativa facilidade. Posso estar enganado, mas tenho, a priori, um pé atrás com esses "documentos" e essas "revelações" bombásticas. Primeiro "deixa-se" publicar, depois críticas apenas e agora o domínio do site proibido. Estranho.
Grande abraço!
Rodrigo, se entendi bem o que disse, confesso que fico mais assustado ainda. Corrija-me se estiver entendido tudo errado.
Teoria da Conspiração:
Uma leitura apressada diria que este escândalo produzido pelas divulgações do Wikileaks atingem em cheio os EUA, porém em uma segunda leitura, mais cuidadosa permitiria outras interpretações. Por exemplo, o escândalo sugere que o próprio EUA é a vítima, mas uma leitura cuidadosa do que está vindo à tona mostra algo diferente: o constrangimento dos demais citados, ou seja terceiros.
Exemplos:
1) Um embaixador americano afirmar que o governo Lula (não ele em si) é corrupto. Em princípio atinge a índole do embaixador, mas não dos EUA como país. Por outro lado, toda uma administração brasileira fica contagiada pelos comentários, de modo tal que desestabiliza um país como um todo.
2) Um embaixador americano revela, em hipotética conversa, que um ministro do Brasil lhe confidenciou que um presidente de um país vizinho ao nosso sofre de um grande mal. O embaixador pode ter seus métodos questionados, mas o país EUA não. Por outro lado, um ministro que pode ser reconduzido ao cargo no próximo governo, diante de importante decisões que tomará(ria), diga-se de passagem, fica na berlinda e sob suspeita; o país EUA não.
3) Revela-se que a China afirmou coisas indizíveis a respeito da Coreia do Norte. O governo chinês terá que dar explicações formais à Coreia do Norte, seu parceiro comercial; já os EUA não.
4) Exemplos, exemplos, exemplos...
Quem está ganhando com tudo isso e que ainda tem a oportunidade ímpar de se mostrar como vítima? Tem uma série de países e pessoas tendo que dar explicações por aí, mas "a vítima" silencia e exige silêncio, mas dos seus pares, não dos citados.
A teria da conspiração poderia se resumida como "complô maquiavélico"? Se sim, então a imprensa internacional tem que descobrir o viés da coisa, pois o caminho que está seguindo é outro. Se não, que "a vítima" se mostre como Vítima e comece, já, a dar explicações, pois vários países já estão entrando em crises (política e diplomática) e tendo que explicar até o que não se sabe se foi dito.
É por aí, Rodrigo? Se sim, confesso que assustei com sua ideia.
Abração!!!