PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército

#496 Mensagem por FCarvalho » Dom Jan 04, 2015 11:54 pm

jauro escreveu:Na realidade, Carvalho, o EB nunca teve Defesa Antiaérea, só na teoria com sua EsACosAAe. A tropa sempre foi provida, e mal, de meios defasados tecnologicamente para a sua época.
Mas existe uma tradição, um berço, um terreno fértil, então é só tratar com desvelo que resultados eficazes virão.
Amém. :)

abs.




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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército

#497 Mensagem por knigh7 » Seg Jan 05, 2015 12:41 am

RobsonBCruz escreveu:
jauro escreveu: Eu apostaria na 11ª, em detrimento da 8ª.
- a 11ª é completa, já a 8ª não.
- colocar uma Bda InfMec (8ª) junto de uma C Mec (3ª) é no mínimo redundante.
Mas por outro lado, a 11ª passou por uma grande mudança recente, com sua transformação de Bda Inf Bld para Bda Inf L.

A meu gosto, a 8ª seria transformada para L, a 11ª para Mec e teríamos uma quinta Bda Inf Mec no Nordeste, bem como transferiríamos uma Bda Cav Mec para Roraíma.
Como o EB planeja transferir o 2o BAvEx para Canoas, vai ter de haver uma Bda Inf. Leve naquela área.

Se no planejamento passado, todas as Bdas do RS eram para ser Mecanizadas ou Blindadas, a diminuição da quantidade de Bdas Mecanizadas de 6 (ou 5) para 4 vai afetar uma grande unidade dali.




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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército

#498 Mensagem por knigh7 » Seg Jan 05, 2015 1:03 am

jauro escreveu:
Jauro, na minha cabeça, as BiaAAAe deveriam ser orgânicas das OM's base, como os Btl's inf e Reg Cav Bda/Mec, e não a nível de Bgdas que são estruturas muito grandes para apenas uma única unidade AAe dar conta.

Ainda mais em se tratando de OM's que se muito irão utilizar Manpads e canhões. O caso do Pantsyr ainda está sendo pensado no EB, qual sua melhor organização.

A meu ver, com todo o respeito, é no mínimo patética a idéia de se usar mísseis de ombro naquele nível organizacional, quando se sabe que este tipo de armamento foi feito como defesa individual para undes de nível btl pra baixo. E no entanto, mesmo depois de duas décadas utilizando este material, não evoluímos praticamente nada neste quesito.
Os últimos acertos do EME, divulgados em suas palestras para o os Grandes Cmdos e para as escolas, em particular para a EsCEME, é que:
- uma Bda de arma base (Cav ou Inf) deverá ter seus três batalhões ou três regimentos; 01 Cia Cmdo e 01 Pel PE;01 Cia Com e 01 Btl Log.
- o apoio de fogo, GAC, e a defesa antiaérea BiaAAAe;
- o apoio de engenharia ou outro que se fizer necessário (Cia Intl, Elm de GElt, Esqd Cav) seriam dados como reforço ou integração.
As Brigadas que já são completas como é o caso das 02 Bld, 12ª e Pqdt serão mantidas íntegras. As demais (2ª e 3ª CMec; 3ª, 9ª; 10ª; e 11ª) serão sacrificadas em suas AAe que serão transformadas em Grupos e obviamente serão transferidas para um outro comando enquadrante.
Portanto quanto à Engenharia, Artilharia de Campanha e de Mss/Fog e principalmente quanto à AAAe a idéia é a do Apoio ao conjunto, direto ou do Reforço, ficando essas Armas com suas ações mais centralizadas.
Olá, Jauro.

Pelo menos no tocante a Artilharia de Campanha, esse modelo de organização que o EB está montando não seria devido as restrições orçamentárias?

Com exceção de uma Bda de Op. Especiais, eu não consigo entender como uma Bda poderia prescindir de uma Art de Camp. Se sempre seria necessário tê-la, esse elemento deveria continuar a ser orgânico da Bda, não concorda?




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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército

#499 Mensagem por general-lee » Seg Jan 05, 2015 5:52 pm

Na realidade,como nos casos dos pantsir,essa aae deivera ter pessoas especializadas em comunicaçâo via satelite e direçâo de tiro,sistema de armas etc.Pergunto: quem ira operar este sistema moderno,soldados rasos definitivamente nâo sera!




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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército

#500 Mensagem por jauro » Seg Jan 05, 2015 6:49 pm

Pelo menos no tocante a Artilharia de Campanha, esse modelo de organização que o EB está montando não seria devido as restrições orçamentárias?
Deveriam ter feito isso no período de 1975-2005, naquela época é que havia restrições orçamentarias.
Claro, haverá mais economia, mas o uso centralizado é mais racional, proveitoso e facilita o treinamento (preparo). Outro fator que não desmerece este tipo de emprego, é que todas as Brigadas, a com exceção da 18ª e 03 de Selva, têm artilharia orgânica.
Com exceção de uma Bda de Op. Especiais, eu não consigo entender como uma Bda poderia prescindir de uma Art de Camp. Se sempre seria necessário tê-la, esse elemento deveria continuar a ser orgânico da Bda, não concorda?
No combate convencional é imprescindível a presença da artilharia, mas nem todas as Brigadas são empregadas de uma só vez; se isso acontecer seria uma mobilização total de meios e pessoal. O País teria de parar para uma Guerra de proporções para a qual, na AS, ninguém está preparado.




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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército

#501 Mensagem por jauro » Seg Jan 05, 2015 7:08 pm

Na realidade,como nos casos dos pantsir,essa aae deivera ter pessoas especializadas em comunicaçâo via satelite e direçâo de tiro,sistema de armas etc.Pergunto: quem ira operar este sistema moderno,soldados rasos definitivamente nâo sera!
No caso destas compras de material no exterior, Pantsir, RBS 70, Gepards, Of e Sgt das unidades antiaéreas e da EsACosAAe são designados para irem ao país de origem do material para terem curso e se apropriarem intelectualmente do uso correto do MEM (armamento, direção de tiro, comunicações e medidas eletrônicas). Ao retornarem ao Brasil, eles após terem o material em mãos, difundem o conhecimento aprendido para outros Of e Sgt e para os Cb e Sd necessários ao funcionamento do armamento.
A EsACosAAe já domina o uso do IGLA, Gepard e do RBS.




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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército

#502 Mensagem por knigh7 » Seg Jan 05, 2015 9:18 pm

jauro escreveu: Outro fator que não desmerece este tipo de emprego, é que todas as Brigadas, a com exceção da 18ª e 03 de Selva, têm artilharia orgânica.
Mas vc sabe se irá ocorrer com a Art de Camp de parte das brigadas o que estão fazendo com as bias de AAAe, ou seja, retirando-as e as agrupando?




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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército

#503 Mensagem por RobsonBCruz » Ter Jan 06, 2015 8:14 am

knigh7 escreveu:
jauro escreveu: Outro fator que não desmerece este tipo de emprego, é que todas as Brigadas, a com exceção da 18ª e 03 de Selva, têm artilharia orgânica.
Mas vc sabe se irá ocorrer com a Art de Camp de parte das brigadas o que estão fazendo com as bias de AAAe, ou seja, retirando-as e as agrupando?
Ainda teremos as 3 novas brigadas previstas no PEEx - a 19ª (6ªRM), a 20ª (10ªRM) e a 22ª (Foz do Amazonas) - a mais adiante outras 3 (Acre, Manaus e Rio, essa última para o lugar da PQDT, conforme a EBF).

Acho que centralizar a artilharia em uma GU de Art na Amazônia razoável, para ser ter uns 3 GAC para as 8 brigadas (5 existentes e mais 3 previstas) e centralizar o desenvolvimento de doutrina.

No mais, deveríamos ter apenas uma GU de Art, com os GMF, ao invés das 3 existentes, que hoje somam 10 GAC.




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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército

#504 Mensagem por jauro » Ter Jan 06, 2015 12:40 pm

jauro escreveu:
Na realidade,como nos casos dos pantsir,essa aae deivera ter pessoas especializadas em comunicaçâo via satelite e direçâo de tiro,sistema de armas etc.Pergunto: quem ira operar este sistema moderno,soldados rasos definitivamente nâo sera!
No caso destas compras de material no exterior, Pantsir, RBS 70, Gepards, Of e Sgt das unidades antiaéreas e da EsACosAAe são designados para irem ao país de origem do material para terem curso e se apropriarem intelectualmente do uso correto do MEM (armamento, direção de tiro, comunicações e medidas eletrônicas). Ao retornarem ao Brasil, eles após terem o material em mãos, difundem o conhecimento aprendido para outros Of e Sgt e para os Cb e Sd necessários ao funcionamento do armamento.
A EsACosAAe já domina o uso do IGLA, Gepard e do RBS.
Um exemplo de capacitação de material nacional ainda desconhecido:
"Amambai (MS) – No período de 15 à 18 de dezembro, o 17º Regimento de Cavalaria Mecanizado, capacitou seis militares para operar o Radar M20 Sentir, produto de defesa que compõe a seção de Vigilância Terrestre do Esqd C Ap. A referida capacitação foi conduzida pelo CCOMGEX, através das empresas BRADAR e SAVIS. O Radar M20 Sentir, faz parte do projeto estratégico do Exército SISFRON."




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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército

#505 Mensagem por jauro » Ter Jan 06, 2015 4:08 pm

Mas vc sabe se irá ocorrer com a Art de Camp de parte das brigadas o que estão fazendo com as bias de AAAe, ou seja, retirando-as e as agrupando?
Na AAe está havendo a transformação de Bia para Grupos. Na Campanha está havendo a reunião para o preparo.
Na Artilharia de Campanha, o emprego será centralizado ou não, dependendo da missão da Bda. O local geográfico do grupo não mudará para o preparo, salvo alguns novos GAC que possam ser criados ou modificados, como o 16º GACAP.
Quanto a MEM novo, primeiro tem que se reestruturar para depois dizer o que quer.
Três fatores influenciam a aquisição de material de ArtCmp:
- A inexistência de MEM de ArtCmp nacional, obrigando à compra de velharias como esses M109;
- A renovação, criação e transformação das artilharias Antiaérea e de LM/Fog, até então inexistentes ou inócuas, e que tiveram seus projetos apresentados como prioritários;
- A indefinição de como vai apoiar as Armas Base (Inf e Cav), para então determinar-se qual material empregar e adquirir.
De tudo isso deve-se ressaltar que foi dado prioridade aos Mss e Fog e aos MEM antiaéreos, em detrimento dos materiais de ArtCmp.




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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército

#506 Mensagem por FCarvalho » Ter Jan 06, 2015 4:28 pm

Pelo jeito a Avibrás ainda vai ter que esperar, muito, para tentar engendrar seus projetos na área da ArtCmp com os franceses a fim de equipar o EB.

Vida de artilheiro no Brasil não é fácil.

abs.




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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército

#507 Mensagem por knigh7 » Ter Jan 06, 2015 10:25 pm

jauro escreveu: O local geográfico do grupo não mudará para o preparo, salvo alguns novos GAC que possam ser criados ou modificados, como o 16º GACAP.
Aliás, foi bom vc ter mencionado o 16º GAC AP, Jauro. O que vai ocorrer com ele já que a 6ª DE foi extinta?




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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército

#508 Mensagem por jauro » Ter Jan 06, 2015 10:55 pm

knigh7 escreveu:
jauro escreveu: O local geográfico do grupo não mudará para o preparo, salvo alguns novos GAC que possam ser criados ou modificados, como o 16º GACAP.
Aliás, foi bom vc ter mencionado o 16º GAC AP, Jauro. O que vai ocorrer com ele já que a 6ª DE foi extinta?
Está lá no Pln Estrt do EB:
Estratégia: 1.1 Ampliação da Capacidade Operacional. Ação Estratégica: 1.1.5 Rearticular e reestruturar a Artilharia de Mísseis e Foguetes.
Ano: 2017.
Atividades Impostas:
- 1.1.5.6 Concluir a implantação de um novo Grupo de Mísseis e Foguetes. (Em Formosa).
- 1.1.5.7 Transferir o 16º GAC AP de São Leopoldo-RS para Formosa-GO, transformando-o em 16º GMF.




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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército

#509 Mensagem por FCarvalho » Qui Jan 22, 2015 9:02 pm

A quem puder ajudar a constatar os números abaixo, aparentemente, apesar da pretensa mecanização do EB, ele ainda será, pelo que se pode perceber, uma força eminentemente de reação e leve por natureza.

Organização e Planejamento das Bgdas Inf Leve - 2016 a 2030

NORDESTE

19ª Bga Inf Lv – Fortaleza
20ª Bgda Inf Lv – Salvador
7ª Bga Inf Lv – Natal
10ª Bgda Inf Lv – Recife

SUL

14ª Bga Inf Lv – Florianópolis

CENTRO-OESTE

18a Bgda Inf Lv – Campo Grande
Bgda Inf Pqdt – Anápolis

SUDESTE

X ª Bgda Inf Lv – Rio de Janeiro
4ª Bgda Inf Mth (Lv) – Belo Horizonte
11ª Bga Inf Lv – Campinas
12ª Bgda Inf Lv (Amv) – Taubaté

NORTE

1ª Bga Inf Lv – Boa Vista
2ª Bgda Inf Lv – São Gabriel da Cachoeira
16ª Bgda Inf Lv – Tefé
17ª Bga Inf Lv – Porto Velho
22ª Bgda Inf Lv – Macapá
23ª Bgda Inf Lv – Itaituba
X ª Bga Inf Lv – Rio Branco
Y ª Bga Inf Lv – Manaus

Se eu não errei na conta, serão em torno de 19 Bgdas Inf Lv e apenas, e se muito, 4 Bgdas Cav Mec e 5 Bgdas Inf Mec e 1 Bgda Inf Blda

Acho esses números muito desequilibrados. Mas em se tratando de Brasil, é o que deve dar para fazer.

abs.




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Re: PROFORÇA - O Processo de Transformação do Exército

#510 Mensagem por Marechal-do-ar » Qui Jan 22, 2015 9:38 pm

FCarvalho, não falta uma Bgda Bld? Vão desativar a 5ª?

Também acho os números desequilibrados, mas só o número de brigadas pode enganar, qual a composição dessas brigadas? Não sei ao certo, mas, que eu me lembre, no norte e nordeste há brigadas com dois, ou as vezes, apenas um batalhão.

Talvez a quantidade de infantaria leve seja por causa da determinação do GF de aumentar o efetivo (em especial de conscritos) mas sem aumentar a verba, não acredito que essa receita seja militarmente eficiente.




"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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