Re: UCRÂNIA
Enviado: Qua Set 03, 2014 5:00 pm
Penso que essa decisão francesa vai apenas motivar Putin a expandir seu domínio.
Saudações
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Concordo. Estaria seguindo a tendência dos últimos conflitos que a Rússia entrou na Europa, justamente para defender os cidadãos Russos.
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... mas, falando sério, não seria "Novaya Moskva", não, e por um bom motivo: Putin já declarou, diversas vezes, que não quer isso. E eu acho que ele não está mentindo. Ele me dá a impressão de um homem extremamente inteligente, que deve ter a compreensão perfeita de que uma absorção de territórios ucranianos ocidentais (de maioria russófoba) colocará a Rússia numa situação de potência ocupante. A conseqüência, inevitável, seria uma guerra infindável de guerrilhas, alimentada pelas potências ocidentais, que acabaria arruinando a Rússia, e colocando o povo russo contra o próprio Putin. Portanto, ele já deve estar mais do que feliz com a posse definitiva da Criméia (onde a maioria é russa); e com alguma espécie de autonomia dos territórios ucranianos orientais (com sua vasta população russa e russófona).
(deduzo que quisesse dizer russófona, já que caso contrário seria maioria anti-russa)E eu acho que ele não está mentindo. Ele me dá a impressão de um homem extremamente inteligente, que deve ter a compreensão perfeita de que uma absorção de territórios ucranianos ocidentais (de maioria russófoba) colocará a Rússia numa situação de potência ocupante.
Ucrânia Multiplicam-se testemunhos sobre a presença de soldados russos
Multiplicam-se os testemunhos e depoimentos de familiares de soldados russos que combatem na Ucrânia, numa guerra que nunca foi declarada, e que para a maior parte dos cidadãos da Rússia nem sequer existe.
Mundo
Multiplicam-se testemunhos sobre a presença de soldados russos
Lusa
19:05 - 03 de Setembro de 2014 | Por Lusa
Nikolai Kozlov, paraquedista russo, ficou ferido depois de ter sido enviado para a Crimeia onde participou nas operações de controlo da península ucraniana, há seis meses.
"O pai dele telefonou-me ontem e disse-me que Kolka (diminutivo de Nikolai) ficou ferido na Ucrânia. Perdeu uma perna", disse aos jornalistas Serguei Kozlov, tio do soldado russo que continua hospitalizado.
Os testemunhos de familiares de soldados feridos ou desaparecidos multiplicam-se nas redes sociais.
As páginas na Internet como o LostIvan.ru surgiram logo após as primeiras notícias, publicadas na semana passada, sobre os alegados funerais secretos de militares russos mortos em combate na Ucrânia.
Segundo a Comissão das Mães dos Soldados, uma organização não governamental russa de defesa de direitos humanos, entre sete a oito mil militares das Forças Armadas da Rússia podem estar atualmente na região Leste da Ucrânia onde apoiam os separatistas ucranianos.
Um conselheiro do ministro ucraniano da Defesa, Oleksandr Danylyuk, disse através da página da rede social Facebook que pelo menos dois mil soldados russos já foram abatidos na Ucrânia.
Mesmo assim, dois em cada três russos não acreditam que a Rússia está em guerra contra a Ucrânia, de acordo com uma sondagem do centro de pesquisas independente Levada.
O mesmo estudo indica igualmente que são cada vez menos numerosos os russos a favor de uma guerra contra Kiev: 41% em julho, contra 74% em março.
Moscovo enviou soldados para a Crimeia no passado mês de março, mantendo uma força significativa no terreno durante os primeiros tempos da anexação mas as informações militares têm sido desmentidas por Moscovo, à semelhança dos desmentidos do tempo da invasão soviética do Afeganistão, em 1979.
N altura, a ex-União Soviética também recusou, durante meses, reconhecer que se encontrava em guerra no Afeganistão.
Atualmente, escreve a France Presse, os segredos são mais difíceis de guardar e não apenas devido à ação das comissões de mães de soldados que passaram a ter expressão social na Rússia, sobretudo após a guerra da Chechénia.
Inicialmente, na Rússia verificou-se uma vaga patriótica logo após a anexação da Crimeia mas pouco depois começaram a aparecer páginas na rede social Facebook em que, nomeadamente, se pede o julgamento do presidente Vladimir Putin pela "morte de ucranianos e russos, na guerra contra a Ucrânia".
"Nós não devemos interferir nos assuntos internos dos outros Estados", lamenta Irina Chteinman, uma sexagenária de Moscovo que se prepara para se manifestar contra uma guerra "fratricida".
Apesar da indignação de algumas pessoas, sobretudo de familiares de soldados, as ruas de Moscovo não conhecem protestos contra a guerra.
No domingo, apenas 15 pessoas manifestaram-se na capital russa com cartazes com inscrições como "a guerra contra a Ucrânia é uma vergonha e um crime" mas a população manteve-se indiferente e não aderiu ao protesto.
De acordo com o humorista e comentador político russo, Viktor Chenderovitch, que participou na pequena manifestação de domingo, entre dois a três milhões de moscovitas estão contra a política do Kremlin em relação à Ucrânia mas receiam manifestar-se, sobretudo após a repressão contra protestos que se verificaram em 2011 e 2012.
"O estado de espírito em relação à guerra vai mudar quando as pessoas começarem a ter consciência da realidade e do sangue derramado, como aconteceu ao paraquedista que perdeu uma perna", disse Chenderovitch.
Mesmo assim, o pai do paraquedista Kozlov deixou "cair" o próprio filho, disse o humorista à France Press, sublinhando que o familiar do soldado que combateu na Ucrânia defendeu abertamente a política do presidente Putin.
"O meu filho cumpriu os compromissos com honestidade", disse Vladislav Kozlov aos microfones da rádio Echos de Moscovo.
"Não importa o que ele fez porque o que fez foi bem feito", disse o pai do militar ferido há seis meses na Crimeia.
Por outro lado, no mesmo programa de rádio o jornalista Valeri Paniouchkine, conhecido pela oposição ao Kremlin afirmou que "pelo menos, a guerra deveria ser declarada".
Otan acusa Rússia de atacar a Ucrânia
"Estamos diante de uma mudança dramática no âmbito da segurança", disse o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen; "A leste, a Rússia está atacando a Ucrânia"; declaração elevou a retórica ocidental contra Moscou e definiu o tom para a cúpula de dois dias, marcada pelo retorno do confronto Leste-Oeste 25 anos após a queda do Muro de Berlim
4 de Setembro de 2014 às 08:31
Por Adrian Croft e Kylie MacLellan
NEWPORT País de Gales (Reuters) - A principal autoridade da Otan acusou a Rússia, nesta quinta-feira, de atacar a Ucrânia, enquanto os líderes dos países membros da aliança se reuniram numa cúpula com o objetivo de reforçar o apoio ao governo ucraniano e fortalecer as defesas contra a Rússia, que agora veem como hostil pela primeira vez desde o fim da Guerra Fria.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seus 27 aliados reunidos em um clube de golfe no País de Gales, na Grã-Bretanha, também vão discutir como lidar com o Estado Islâmico -que ocupa partes do Iraque e da Síria e emergiu como uma nova ameaça ao flanco sul da aliança- e como estabilizar o Afeganistão quando forças da Otan deixarem o país no final do ano.
"Estamos diante de uma mudança dramática no âmbito da segurança", disse o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, a jornalistas na chegada à cúpula. "A leste, a Rússia está atacando a Ucrânia."
Sua declaração elevou a retórica ocidental contra Moscou e definiu o tom para a cúpula de dois dias, marcada pelo retorno do confronto Leste-Oeste 25 anos após a queda do Muro de Berlim.
Rasmussen disse ainda que os aliados da Otan vão analisar seriamente qualquer pedido do Iraque de ajuda para enfrentar a crescente insurgência de militantes sunitas.
Rússia adverte Ucrânia sobre adesão à Otan
Agência Lusa - Agência Brasil 04.09.2014 - 08h23 | Atualizado em 04.09.2014 - 08h46
A Rússia advertiu hoje (4) a Ucrânia de que o seu projeto de relançar o processo de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pode atrapalhar a busca de uma solução para o conflito no país. O pedido da Ucrânia para iniciar a adesão à Aliança Atlântica “é uma tentativa evidente de fazer descarrilar todos os esforços visando a iniciar um diálogo para garantir a segurança nacional”, considerou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, durante encontro com o secretário-geral do Conselho da Europa, Thorbjorn Jagland.
A Rússia espera que Kiev e os rebeldes pró-russos do Leste da Ucrânia aproveitem o plano proposto nessa quarta-feira (3) pelo presidente russo, Vladimir Putin, para “chegar a um acordo” em uma reunião em Minsk na sexta-feira, adiantou Lavrov. O presidente ucraniano, Petro Porochenko, deve dirigir-se hoje aos líderes da Otan, durante a cúpula da organização no País de Gales.
O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Iatseniuk, anunciou na semana passada a intenção da Ucrânia de reiniciar o processo de adesão à Aliança Atlântica face à “agressão” russa. Em abril de 2008, na cúpula de Bucareste, os dirigentes dos países da Otan concordaram que a Ucrânia poderia juntar-se à Aliança, o que irritou a Rússia. Mas, em 2010, o governo pró-russo do presidente Viktor Ianukovitch abandonou esse objetivo, embora mantivesse a cooperação com a organização militar.
NATO Aliança apoiará militarmente Ucrânia
O Presidente ucraniano afirmou que será assinado na sexta-feira um plano de cessar-fogo para terminar o conflito com os separatistas pró-russos no leste, indicando que a NATO está disponível para apoiar militarmente a Ucrânia.
Mundo
Aliança apoiará militarmente Ucrânia
Lusa
14:15 - 04 de Setembro de 2014 | Por Lusa
"Amanhã [sexta-feira] será assinado em Minsk um documento que prevê a introdução gradual do plano de paz para a Ucrânia", afirmou Poroshenko à margem da cimeira da NATO que começou hoje no País de Gales.
Poroshenko, que se reuniu com os líderes dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Itália e França, afirmou que "é muito importante" que o primeiro passo num plano de paz garanta um cessar-fogo.
Representantes das autoridades ucranianas, da Rússia, dos rebeldes separatistas pró-russos e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) sentam-se à mesma mesa na sexta-feira na capital da Bielorrússia.
"Se a reunião se realizar, darei instruções à liderança do Estado-Maior sobre um cessar-fogo bilateral", disse Poroshenko à televisão ucraniana.
Os dirigentes separatistas pró-russos do leste da Ucrânia anunciaram pouco depois a sua disposição para ordenar um cessar-fogo, se houver acordo sobre um plano de paz na reunião de sexta-feira em Minsk.
Numa declaração divulgada na página oficial dos separatistas na internet, os dirigentes pró-russos dizem-se "preparados para ordenar um cessar-fogo sexta-feira às 15:00 locais (13:00 em Lisboa) se houver um acordo e se os representantes da Ucrânia assinarem um plano de resolução política".
Poroshenko afirmou também que os membros da Aliança Atlântica deverão adotar uma declaração defendendo mais apoio militar a Kiev para enfrentar o que a NATO considera uma agressão russa.
"Na sua declaração, a NATO apoiará ações firmes bilaterais por parte dos seus membros para apoiar uma ajuda militar e tecnológica à Ucrânia", indicou.
"Era exatamente isto que estávamos à espera", referiu.
O presidente russo, Vladimir Putin, apresentou na quarta-feira um plano de paz de sete pontos, que prevê a retirada das tropas ucranianas e a cessação das hostilidades pelas forças pró-russas.
Instrutores militares e material bélico não são tropas oficiais da OTAN.augustoviana75 escreveu:Acabou de passar na GloboNews que a reunião da OTAN no País de Gales autorizou a criação de uma força específica para atuar no Iraque (para combater o Estado Islâmico) e na Ucrânia.
... Pode dar algo mais grave que uma Guerra Civil...
EDSON escreveu:Instrutores militares e material bélico não são tropas oficiais da OTAN.augustoviana75 escreveu:Acabou de passar na GloboNews que a reunião da OTAN no País de Gales autorizou a criação de uma força específica para atuar no Iraque (para combater o Estado Islâmico) e na Ucrânia.
... Pode dar algo mais grave que uma Guerra Civil...
Deduziu errado, ele quis dizer "russófobo" no sentido de "anti-rússia" que é a maioria no ocidente.pt escreveu:(deduzo que quisesse dizer russófona, já que caso contrário seria maioria anti-russa)