Fórum Defesa Brasil

Justin Case escreveu:Amigos,

Como disse o Sapão, essa tem sido a prática nos últimos anos.
Não creio que haja impedimento legal, no entanto, para que o atual CMTAER seja chamado para comandar a FAB por mais tempo, mesmo que na reserva. Acho que foi o caso do Brig Baptista, que deixou o STM para assumir o COMAER.
Abraços,

Justin

Mas aquele foi um caso especifico, porque o comandante que estava foi exonerado devido a uma entrevista para uma revista.
Como disse, segurar o comandante segura a fila de todo mundo, isso só ocorreria em uma situação especial, o que não acredito ser o caso.
E mais importante, a rotatividade devido a idade e tempo no posto foi uma coisa acertada que tivemos apos 1988, não acho que o ministro iria contra.

Sapão, só para deixar claro: ANTIGUIDADE vale mais do que POSTO? Porque o nosso Saito é TENENTE-BRIGADEIRO e há MAJORES-BRIGADEIROS por aí...

Sapão,

Também sou favorável à rotatividade, à renovação, em qualquer cargo.
Principalmente nesse caso específico, onde substitutos capazes não faltam.
Tempo excessivo no cargo pode causar vícios no processo formal e "calo no olho", que dificulta a identificação e assunção dos erros.
É ruim quando as pessoas são promovidas de "experientes" para "papas".
Abraço,

Justin

E mais ou menos por ai Justin, esse é o espirito. Toda pessao que chega vem com mais disposição, com outros olhos. E assim em todas as unidades das FFAA, a carreira tem que seguir, por isso as pessoas tem que passar os cargos para seguirem adiante.

Tulio, ele é um dos oficiais generais 4 estrelas da FAB, obviamente o mais antigo.
Ao atingir o tempo maximo no posto, ele em tese vai para reserva e o na sequencia assume.


ps: acho que agora que entendi Tulio, Major-brigadeiro tem 3 estrelas e Tenente-brigadeiro 4.

VALEWS, eu estava levando para o lado do EB, em que Major é Superior a Tenente, daí a confusão. Obrigado por aclarares tudo.

Os 3 comandantes das FA ao serem designados pelo presidente passam, automaticamente, para a reserva.
Todos os 3 atuais são da reserva.

E na FAB tambem Tulio, entre os oficiais o posto de Major é mais antigo que o Tenente, ja nos oficiais generais é o inverso.

Entendi então no que atrapalha sua permanência: se ficam, outros deixam de ir para a reserva e os que estão na linha para promoção não levam, confere?

Vcs estão falando de Major???? rsrs
Saudações Coloradas!

AlbertoRJ escreveu:Acho que ele quis mostrar que o "Poder Gripeiro" agora estaria falando bem do Rafale. Só que o texto do blog é obviamente irônico.

[]'s

Mesmo que seja irônico confesso que não entendi. Até fui dar uma olhada se nos espaços de anúncio que eles ofereceram na cara dura para a Boeing e a Dassault já não estava rolando uma animação...

Túlio escreveu:Entendi então no que atrapalha sua permanência: se ficam, outros deixam de ir para a reserva e os que estão na linha para promoção não levam, confere?

Mais ou menos, os que estão na sequencia vão passando para a reserva a medida que o tempo no posto ou a idade os alcança, independente do atual comandante sair ou não. Essa regra foi criada para se evitar esse "engarrafamento", mais comum nas forças estaduais.

Como o Marino bem lembrou, o comandante da força é exercido por oficial da reserva, não existe essa limitação; mas nos ultimos anos essa tem sido a regra respeitada: o comandante passa o cargo para o mais antigo na ativa.

Jonas Rafael escreveu:

AlbertoRJ escreveu:Acho que ele quis mostrar que o "Poder Gripeiro" agora estaria falando bem do Rafale. Só que o texto do blog é obviamente irônico.

[]'s

Mesmo que seja irônico confesso que não entendi. Até fui dar uma olhada se nos espaços de anúncio que eles ofereceram na cara dura para a Boeing e a Dassault já não estava rolando uma animação...

Eu diria que é um texto "enigmático" deles. Também não entendi.

[]'s

Túlio escreveu:Entendi então no que atrapalha sua permanência: se ficam, outros deixam de ir para a reserva e os que estão na linha para promoção não levam, confere?

Túlio, não quero entrar no mérito da "rotatividade", mas tempos atrás (e faz muito tempo) criou-se a cultura das FFAA brasileiras de tirar a continuidade de comandos, pois a liderança gerou problemas dos grandes (com a palavra nossos nobres amigos militares) e isto surgiu entre os próprios militares (coisa antiga mesmo, insisto).

No caso presente a coisa me parece muito diferente, trata-se da continuidade de vários processos "menores" que objetivam o projeto maior e único. Desta forma, me parece mais do que natural que, supondo a permanência do ministro NJ (e torço muito para tal coisa), implique na continuidade, mesmo que por tempo determinado, dos atuais comandantes das FFAA. É importante lembrar que o cargo é mais político do que técnico, até porque, como explicado pelo Marino, os três já "colocaram pijamas" ao assumir o cargo.

Muitos pensariam, acredito, que a defesa pela rotatividade está relacionada clássica frase de natureza humana "agora é a minha vez", mas não é bem assim. A tradição militar brasileira no que diz respeito a este assunto é antiga e mais do que plausível, então a frase acima não se aplica.

Mas independentemente da forma que se aborda este importante assunto vejo que a importância dos fatos não está relacionada aos nomes em si, mas em algo maior e que precisa ser a tônica daqui por diante: projeto único e continuidade para cada Força, não importando o nome daquele que assume o status maior. A MB tem seguido este caminho, espero que as demais também, se bem que...


Abração!!!

Exatamente por serem os projetos maiores que as pessoas que acho que a rotatividade deve acontecer Orestes.

A continuidade tem muito mais a ver com projetos de estado, ou neste caso da força. Essa é a grande tonica dos atuais comandantes, convencer os que estão abaixo da importancia dos projetos ao inves de apenas mandar.

Se voce manda, no dia que voce sai do comando a coisa deixa de ser feita; se voce convence a coletividade que deve ser feito daquela maneira a coisa se perpetua, independente do comandante; e acho que é isso que tem sido feito.

Não acho que seja necessario manter os atuais comandantes para que os projetos sigam no seu rumo, e o medo que tenha e de abrir um precedente que se leve a antigos habitos.

A defesa da rotatividade não está tão ligada assim apenas a historia do ser minha vez, e sim com não perpetuação no poder, ou no comando, como acontecia em outros tempos. Acredito que isso seja saudavel para as FFAA e deve ser mantido.

Sapao, embora concorde com o que disse, entendo o que o Orestes colocou. Inclusive isso foi a tonica do meu ultimo post, numa pag. anterior. Manda uma mensagem para a tropa, que estamos todos juntos, fechados. É um recado político. Acabar com os bizus, com os disse-me -disse. Que pode ser nem de dentro das forças e sim "plantado".

abração!