Existem no atual PAC 2023 duas linhas de ação que incluem a Avex.
1. Programa HX-BR com o recebimento de 5 H225M;
2. Projeto Aviação do Exército - Modernização de 6 helicópteros PANTERA e aquisição de 10 helicópteros de emprego Geral e 9 Veículos Aéreos Não Tripulados.
A Avex recebeu 11 unidades do Jaguar até agosto de 2020, enquanto a a FAB totaliza o recebimento de 13 aeronaves até 2023, com previsão de recebimento de mais dois vetores, em 2024 e 2025, enquanto a marinha possui 14 H225M entregues até este ano, com o último a ser incorporado ao acervo da Aviação Naval em 2024. A perda do UH-15 esta semana deixou a MB com apenas 13 helos operacionais. Somando, temos entregues até o presente momento 40 helos, sendo 2 VH36 no GTE, com 37 H225M em operação em todas as forças.
As 5 unidades citas dentro do projeto HX-BR devem ser as últimas a serem entregues, e que completariam a frota de 47 helos operacionais, considerando-se que cada força abriu mão de 1 unidade em favor dos Esquilo de treinamento e serviços de peças e manutenção no caso da Avex. Eu não consegui identificar nenhuma entrega realizada ou programada para a Avex nos anos 2021, 2022 e 2023. Assim, o modelo contaria ao final do processo com 44 unidades no total.
Eu fiquei na dúvida neste sentido, pois cada força deveria ficar com 15 helos do tipo, totalizando 45 unidades operacionais e os 2 VH-36. Assim, como FAB e MB tem apenas mais 1 helo a receber, os outros 3 seriam teoricamente da Avex, mas como apenas 11 foram entregues conforme eu consegui identificar informações na mídia geral e nos canais oficiais, teríamos 14 unidades e não 15 como seria o correto. Assim, está faltando 1 helo nesta conta que, ou será entregue ainda este ano e absolutamente ninguém falou nada sobre, ou o foi entre 2021 e 2022 e não encontrei em lugar algum. Quero crer que seja o primeiro caso então.
No portal do novo PAC consta investimentos nos programas estratégicos da defesa, ao dólar de hoje, de pouco mais de 5,6 bilhões entre 2023 e 2026, e outros 5 bilhões a partir de 2027, ou até 2030, na eventualidade da gestão atual ter continuidade via atual PR ou algum sucessor apoiado por ele. No caso de outra gestão contrária à atual entrar, bem, veremos o que acontece e se os valores tem continuidade ou se muda tudo novamente.
Apenas a título de comparação, a Ucrânia com uma economia muito menos que a brasileira, em apenas 18 meses de guerra já empenhou mais do que o dobro destes valores apresentados pelo governo no PAC para a Defesa. Recursos que o país não tem, e está recebendo de apoiadores externos, na forma de empréstimos, leasing, doações e outras formas de negócios envolvendo material de defesa. A conta das despesas na área civil sequer chegou a ser computada seriamente até agora.
https://www.gov.br/casacivil/novopac/in ... -da-defesa
Enfim, apenas para termos uma ideia da realidade que nos toca aqui em termos do tema Defesa. Serão pouco mais de 10 bilhões de dólares em, talvez, 8 anos, ou além, como é de praxe as coisas funcionarem por aqui, dependendo do humor do mercado e da economia.