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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Qua Mai 30, 2012 9:11 am
por LeandroGCard
moura escreveu:A desculpa dos caras era que o GPS tinha dado defeito, alguem acredita?
Sim, segundo sei os americanos dependem muito mesmo destas parafernálias eletrônicas e elas vivem dando problemas mesmo... .

O Cel. Fregapani certa vez contou lá em casa uma história sobre um treinamento conjunto de tropas especializadas em selva, acho que na Colômbia, onde entraram em uma espécie de competição unidades de vários países, inclusive Brasil e EUA. O objetivo era sair de um determinado ponto e chegar a outro pelo meio da mata, sem apoio externo, em uma caminhada de sei lá quantos km que levaria vários dias. Os critérios de avaliação seriam o tempo total da marcha e o estado da tropa ao chegar. Os americanos levaram sistemas GPS, que na época eram a última novidade do pacote tecnológico e não estavam disponíveis para qualquer um como ocorre hoje, e mais todos os recursos que conseguiram carregar. As outras unidades também carregaram o que puderam, mas não tinham GPS.

Ao final os americanos foram os primeiros a chegar, um dia antes dos brasileiros, que chegaram em segundo lugar. As demais tropas (não me recordo de quais países, mas eram uns cinco ou seis, e que eu me lembre havia uma unidade da Inglaterra também, mas não tenho certeza) foram chegando nos dias seguintes, e teve gente que levou uma semana a mais do que os brasileiros para aparecer. Só que ao se avaliar a condição do pessoal o que se constatou é que quase todos estavam esgotados, muitos nos limites finais de suas forças, e praticamente todos haviam perdido muito peso, estando os americanos entre os que mais tinham sofrido (e suportado o sofrimento estoicamente).

A única unidade que saiu da mata pouco cansada e bem disposta, parecendo estar chegando de um simples passeio, foi a brasileira, e constatou-se que os soldados do Brasil haviam inclusive GANHO PESO, durante o tempo em que estiveram isolados no meio da floresta 8-] :wink: :lol: .


Leandro G. Card

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Qua Mai 30, 2012 12:28 pm
por Knight
LeandroGCard escreveu:
moura escreveu:A desculpa dos caras era que o GPS tinha dado defeito, alguem acredita?
Sim, segundo sei os americanos dependem muito mesmo destas parafernálias eletrônicas e elas vivem dando problemas mesmo... .

O Cel. Fregapani certa vez contou lá em casa uma história sobre um treinamento conjunto de tropas especializadas em selva, acho que na Colômbia, onde entraram em uma espécie de competição unidades de vários países, inclusive Brasil e EUA. O objetivo era sair de um determinado ponto e chegar a outro pelo meio da mata, sem apoio externo, em uma caminhada de sei lá quantos km que levaria vários dias. Os critérios de avaliação seriam o tempo total da marcha e o estado da tropa ao chegar. Os americanos levaram sistemas GPS, que na época eram a última novidade do pacote tecnológico e não estavam disponíveis para qualquer um como ocorre hoje, e mais todos os recursos que conseguiram carregar. As outras unidades também carregaram o que puderam, mas não tinham GPS.

Ao final os americanos foram os primeiros a chegar, um dia antes dos brasileiros, que chegarame segundo lugar. As demais tropas (não me recordo de quais países, mas eram uns cinco ou seis, e que eu me lembre havia uma unidade da Inglaterra também, mas não tenho certeza) foram chegando nos dias seguintes, e teve gente que levou uma semana a mais do que os brasileiros para aparecer. Só que ao se avaliar a condição do pessoal o que se constatou é que quase todos estavam esgotados, muitos nos limites finais de suas forças, e praticamente todos haviam perdido muito peso, estando os americanos entre os que mais tinham sofrido (e suportado o sofrimento estoicamente).

A única unidade que saiu da mata pouco cansada e bem disposta, parecendo estar chegando de um simples passeio, foi a brasileira, e constatou-se que os soldados do Brasil haviam inclusive GANHO PESO, durante o tempo em que estiveram isolados no meio da floresta 8-] :wink: :lol: .


Leandro G. Card
Minhas suposições:

Os americanos fizeram marcha forçada para sair de lá o mais rápido possível. Foi uma opção estratégica.
Os brasileiros poderiam até chegar antes mas optaram por chegar em condições de combate.

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Qua Mai 30, 2012 2:59 pm
por LeandroGCard
Knight escreveu:[inhas suposições:

Os americanos fizeram marcha forçada para sair de lá o mais rápido possível. Foi uma opção estratégica.
Os brasileiros poderiam até chegar antes mas optaram por chegar em condições de combate.
Na conversa com o Cel. o comentário dele foi o seguinte: Os americanos sempre vão optar por sair da selva o mais rapidamente possível, ela não é considerada por eles um ambiente para se combater mas apenas para ser atravessado, algo tipo enviar um comando para atacar algum objetivo específico, cumprir a missão e correr para o ponto de retirada (geralmente por heli). Coisa para unidades especiais, não para um exército.

Já a filosofia empregada nas unidades de fronteira brasileiras seria diferente. Para elas a selva tem que ser a "casa", onde eles vão passar o tempo todo, apenas em repouso, se deslocando ou combatendo mesmo, não importa. Então eles são preparados para "viver do terreno", e ficar lá tanto tempo quanto for necessário sem preder a capacidade de combate, o desgaste deve ocorrer apenas pelo atrito com o inimigo e não com o ambiente.

Não acho que o exército brasileiro inteiro possa se adaptar a isso, mas pelo menos na Amazônia a idéia é que unidades inteiras possam passar a vida dentro da selva como seu da-à-dia (mesmo que para isso tenham que se dispersar mais do que fariam em campo aberto), e não entrar nela de vez em quando apenas para cumprir determinada missão.


Leandro G. Card

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Qua Mai 30, 2012 3:11 pm
por Sávio Ricardo
Em meu ponto de vista. A estratégia brasileira é muito mais eficiente que a americana.

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Qua Mai 30, 2012 3:46 pm
por moura
Operar na Selva não é simples e os brasileiro criaram doutrinas que outros países não tem pelo simples fatos de não ter esse ambiente em seus territorios.
Como comer, dormir, caminhar, são fatores importantissimos nesse tipo de missão.
A natureza dever ser nossa aliada e nunca nossa inimiga, isso serve para qualquer missão em terra, mar ou ar.
O que faz um combatente bom não é só o seu treinamento mas a demanda do seu traballho, quanto mais trabalhar naquilo para oque foi treinado mais vai aperfeiçoar sua doutrina.
Por isso qua equipes como o BOPE/RJ, CIGS e outro grupos que treinam e operam constantemente são considerados os melhores do Brasil e do mundo.

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Qua Mai 30, 2012 3:48 pm
por LeandroGCard
Sávio Ricardo escreveu:Em meu ponto de vista. A estratégia brasileira é muito mais eficiente que a americana.
Não podemos esquecer que ajuda muito termos uma enorme selva à disposição, com gente que já é obrigada a viver nela por falta de outra opção, o que não acontece nos EUA... .

Leandro G. Card

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Qua Mai 30, 2012 3:56 pm
por Sávio Ricardo
LeandroGCard escreveu:
Sávio Ricardo escreveu:Em meu ponto de vista. A estratégia brasileira é muito mais eficiente que a americana.
Não podemos esquecer que ajuda muito termos uma enorme selva à disposição, com gente que já é obrigada a viver nela por falta de outra opção, o que não acontece nos EUA... .

Leandro G. Card
Concordo plenamente Leandro.

Comentei a minha preferencia pela nossa estratégia, simplesmente porque não se pode escolher em qual TO se ira operar. Não se deve treinar para uma incursão rapida na selva, sendo que nunca se sabe se será rapida mesmo, não se pode prever varios obstaculos que podem ser encontrados.

É melhor treinar para "morar" na selva se for preciso e caso aconteça de se tornar uma entrada e saida rapida, melhor.

Agora se é treinado apenas entrada e saida rapida e for preciso ficar dias e dias, seja por falta de transporte, seja por desorientação, seja por emboscadas inimigas, ai fudeu... :roll:

Forte Abraço

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Qui Mai 31, 2012 11:46 am
por Marino
Revista Brasileiros

TECNOLOGIA
O poder naval
Marinha vai investir 6,7 bilhões de euros em programa de submarinos nucleares e convencionais para proteger a Amazônia Azul
Eduardo Hollanda
Imagem
À esquerda, detalhe do estaleiro, com o dique para a montagem final dos submarinos. À direita, visão geral do estaleiro e da base naval, que ficarão prontos em 2015


Uma das maiores obras de engenharia em andamento no Brasil está sendo feita pela Marinha na idade de Itaguaí, na Baía de Sepetiba, a oeste do Rio de Janeiro. É lá que estão sendo montadas as instalações da futura fábrica da base naval e do estaleiro para a construção de submarinos convencionais e nucleares.

Nas instalações, que vão ocupar 300 mil m2 de área construída e 600 mil m2 de área total, serão fabricados pela joint-venture entre a Odebrecht, a francesa DCNS e a Marinha quatro submarinos convencionais, da classe Scorpène (em projeto especial da Marinha, com 70 m de comprimento, cinco a mais que o francês original), e o primeiro ficará pronto em 2016. Os demais devem entrar em serviço em 2018, 2019 e 2021. A primeira fase do programa será concluída apenas em 2023, quando o primeiro submarino nuclear projetado, desenvolvido e construído em um país latino-americano entrará em operação.

Os quatro submarinos convencionais vão substituir progressivamente os cinco submarinos rasileiros em uso pela Marinha, de projeto originalmente alemão – o primeiro entrou em serviço em 1997, devendo ficar em atividade até 2017. Pelo acordo acertado entre Brasil e França, haverá transferência total de tecnologia, garantindo à Marinha e à Itaguaí Construções Navais (empresa resultante da joint-venture entre a Odebrecht e a DCNS) controle na fabricação de submarinos. Assim, o País passará a produzir, além de novos submarinos nucleares de projeto nacional após 2023, vender os convencionais a outros países.

Os custos totais impressionam: 6,75 bilhões de Euros a serem gastos ao longo de 15 anos com as instalações de Itaguaí, a construção dos submarinos e o Centro Experimental de Aramar, em São Paulo, onde a Marinha desenvolve seu programa nuclear.

Em Aramar, onde a reportagem da Brasileiros esteve em duas oportunidades – 2007 e 2010 –, a Marinha já conseguiu o domínio completo do ciclo nuclear (desde a transformação do yellow-cake, uânio em pó, produzido pela Nuclebrás, no gás hexafluoreto de urânio, passando pelo enriquecimento em ultracentrífugas para a fabricação dos bastões de combustível usados nos reatores). Tem, portanto, garantida a total independência na produção do combustível dos futuros submarinos nucleares.

Esse domínio do ciclo nuclear, a propósito, foi um dos fatores que facilitaram o acordo entre Brasil e França para transferência da tecnologia para a construção de submarinos convencionais de maior porte e, principalmente, do nuclear. Este último terá 10 m de diâmetro e 100 m de comprimento. Na verdade, nenhum país que fabrica submarinos nucleares – EUA, Rússia, Grã-Bretanha, França, China e Índia – tem interesse em abrir sua tecnologia.

"Estão previstos seis fragatas com mais de seis mil toneladas,
navios-patrulha oceânicos e, em uma segunda fase, o projeto
e a construção de um porta-aviões no Brasil"


Como a Marinha do Brasil já desenvolveu a tecnologia e se prepara para, até o próximo ano, colocar em funcionamento em Aramar o primeiro reator de testes, a França aceitou liberar a tecnologia avançada dos submarinos, sem precisar abrir seus segredos de propulsão nuclear.

A reportagem da Brasileiros esteve nas obras de Itaguaí, onde o ritmo de construção segue acelerado. Afinal de contas, os prazos são apertados e precisam ser cumpridos à risca. A Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), onde partes dos submarinos montadas preliminarmente na vizinha NUCLEP receberão cavernas e demais peças fixas, deverá ser entregue em novembro deste ano. Isso vai permitir que as seções prontas do primeiro submarino (incluindo a parte da proa, que virá finalizada da França) sejam preparadas com os equipamentos fixos, aguardando a conclusão do estaleiro, que será inaugurado apenas em 2014.

O transporte das seções dos submarinos será feito por carretas, direto para o estaleiro, por um túnel de 700 m de extensão e 14 m de largura, que ligará as áreas Norte e Sul do complexo. A base naval, por sua vez, tem a conclusão das obras prevista para 2015, permitindo que todo o pessoal da Marinha a ocupe e a coloque em funcionamento, com os atuais submarinos da classe Tupi, a tempo de receber, no ano seguinte, o primeiro dos novos submarinos nacionais.

O trabalho, tanto nas obras das instalações de Itaguaí quanto na área especial destinada aos submarinos, na NUCLEP, usa a mais avançada tecnologia e as primeiras chapas de aço começam a ser preparadas e a tomar forma, a atração é uma máquina de corte de chapas de aço, em que o elemento que corta metal com 5 cm de espessura é um jato d’água.
Imagem
O equipamento, segundo os engenheiros da NUCLEP, permite o corte de peças sem a necessidade de qualquer retome ou acabamento posterior, o que resulta em economia – menos gasto de energia, menos poluição, menos tempo de trabalho, entre outros – de, no mínimo, 30%em relação aos equipamentos tradicionais de corte com plasma. De acordo com Sérgio Pinheiro, diretor de Obras Marítimas da Odebrecht, a empresa teve de atuar em três frentes: as obras terrestres da UFEM, a preparação de tubulações de aço e peças pré-moldadas a serem empregadas na construção do estaleiro e da base naval, e no mar, onde se desenvolvem trabalhos de aterro e implantação das fundações do estaleiro, além dos diques da base naval. Como todas as instalações se destinam, em última instância, aos submarinos nucleares, o nível de exigência e controle do material e da construção propriamente dita seguiu parâmetros semelhantes ao de instalações nucleares. Na UFEM, além do tamanho dos prédios, erguidos em pouco mais de um ano, com 50 m de altura, 60 m de largura e mais de 100 m de comprimento, chama a atenção a espessura do piso das instalações.

É nada menos que 1 m de espessura de concreto especial (o que seria o contrapiso de uma obra comum), tendo por cima um “acabamento” de cerca de 30 cm, reforçado por trilhos de aço colocados em diagonal. A explicação dos engenheiros é simples: o piso, que terá de suportar os anéis que formam os submarinos, não poderá ceder nem um milímetro para garantir a extrema precisão da montagem. Mas a Marinha não vai se limitar, em seu processo de modernização, à construção de novos submarinos considerados a “arma de dissuasão que nega o mar ao inimigo”. Afinal de contas, o País tem 3,5 milhões de km2 de oceano – e suas riquezas, como o petróleo do Pré-Sal – para proteger.

De acordo com o almirante de Esquadra Arthur Pires Ramos, diretor-geral do Material da Marinha, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) faz parte de um plano mais amplo, previsto na Estratégia Nacional de Defesa, elaborada pelo Ministério da Defesa. No programa, está prevista a construção de seis fragatas com mais de seis mil toneladas, dez navios-patrulha oceânicos de duas mil toneladas, 12 navios-patrulha de 500 toneladas e, em uma segunda etapa, o projeto e construção, no Brasil, de um novo porta-aviões. No total, a previsão de gastos, dentro de um prazo de 30 anos – incluindo o PROSUB – fica em torno de 15 bilhões de Euros. Pires Ramos destaca que a Marinha vai realizar uma concorrência internacional para a escolha da fragata, tendo como exigência a transferência de tecnologia e construção no Brasil, usando a fórmula bem-sucedida do PROSUB.

Entre possíveis candidatos, estão Grã-Bretanha, França, Itália, Alemanha, Coreia do Sul e Espanha, todos apresentando seus projetos mais recentes, como a inglesa Tipo 45. Exatamente a classe da Dauntless, mais moderno navio de guerra britânico, que realizou sua viagem inaugural no Atlântico Sul, seguindo até as Malvinas.

Uma imensidão a proteger

São 3,5 milhões de km2 de oceano que o Brasil tem direito de uso como sua Zona Econômica Exclusiva (ZEE). Isso significa que, em uma faixa de 200 milhas de largura, a partir do litoral, do Oiapoque ao Chuí, o País tem direitos exclusivos sobre, por exemplo, a pesca e o uso de outros recursos marinhos.Ilhas oceânicas habitadas, como Fernando de Noronha, Trindade e o Arquipélago de São Pedro e São Paulo, acima do Equador, a meio caminho da África, também têm direito às 200 milhas e assim nossa Amazônia Azul não se limita a seguir o contorno do litoral.
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Pelo mar circula 95% do comércio exterior do Brasil: US$ 200 bilhões anuais. Na verdade, das 200 milhas que delimitam a ZEE no mar, apenas 12 milhas correspondem ao mar territorial, onde o domínio do Brasil é completo. No restante, a navegação de passagem é livre, mesmo para navios de guerra. De qualquer modo, cabe ao Brasil zelar por suas águas, coibindo, por exemplo, práticas poluidoras do oceano ou pirataria e contrabando.Em qualquer ZEE no mundo, o que se encontra sob o fundo do mar, na Plataforma Continental é hoje o que mais vale: petróleo e gás. Ficam no mar, por exemplo, os campos de petróleo da Bacia de Campos, do Espírito Santo e de Santos, hoje produzindo quase dois milhões de barris de petróleo/dia, o que corresponde a um faturamento diário em torno de US$ 200 milhões. Ficam também nessa faixa de 200 milhas os campos de petróleo do Pré-Sal, que levantamentos preliminares indicam um potencial de produção acima de quatro milhões de barris/dia, números dignos dos países da Organização dos Países Produtores e Exportadores de Petróleo (OPEP).

E como se toma conta disso no meio do mar, quase no limite da ZEE brasileira? Brasileiros esteve em 2008 em pleno oceano, acompanhando as dificuldades da Marinha para vigiar nossas águas. O desafio será cada vez maior, pois o Brasil reivindica na ONU mais 963 mil km2 de oceano, referentes ao prolongamento da Plataforma continental, até um novo limite, de 350 milhas. Para enfrentá-lo, a Marinha desenvolve um amplo programa de modernização e reequipamento de sua esquadra. Além de submarinos, convencionais e nucleares, arma preventiva de ataque, o País pretende construir, no futuro, um porta-aviões, que substituirá o São Paulo, e mais navios de superfície de tamanho variado. Um será uma novidade, um navio-patrulha oceânico, com autonomia para ir até a 200 milhas ou mais do litoral e lá ficar algum tempo, marcando presença em relação a “interessados” vindos de fora. Com o preço do petróleo em alta – ao que tudo indica, não voltará a patamares muito abaixo dos US$ 100 o barril –, as ZEEs viraram pontos de interesse e de atrito em todo o mundo. Na Ásia, China, Japão, Filipinas, Vietnã, Malásia, Singapura, Indonésia e Índia andam se estranhando em relação a quem tem ou não direitos a ZEEs, e de que tamanho. Por aqui, a discussão entre Argentina e Grã-Bretanha sobre as Ilhas Malvinas (Falklands, para os ingleses), que ressurgiu agora, 30 anos depois da guerra entre os dois países em 1982, quando os argentinos, que estavam sob um dos regimes militares mais violentos da história, tomaram as ilhas sendo em seguida derrotados, tem no petróleo a causa principal. Nada contra a qualidade da lã dos carneiros das ilhas ou dos seus peixes e frutos do mar. O tesouro oculto no mar gelado das ilhas, a meio caminho entre a América do Sul e a Antártica, é mesmo petróleo que, segundo pesquisas recentes, haveria em belas quantidades. Com os preços de hoje, até onde a temperatura não passa dos 12 oC nem no verão, vale a pena buscar petróleo.

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Qui Mai 31, 2012 11:50 am
por Marino
Ag. Câmara dos Deputados
Comissão aprova empresa que vai desenvolver submarino nuclear

30/05/2012 19h57

O primeiro submarino movido a energia nuclear feito pelo Brasil está mais perto de sair do papel. Uma comissão especial da Câmara aprovou, nesta quarta-feira (30), o projeto (PL 3538/12) que cria a empresa pública Amazônia Azul Tecnologias e Defesa (Amazul). O objetivo dessa empresa é desenvolver o setor nuclear brasileiro, especialmente a parte relacionada à construção do propulsor que vai mover o submarino nuclear.

O relator do projeto, deputado Edson Santos (PT-RJ), afirma que é "absolutamente necessário" que a Marinha Brasileira tenha esse equipamento. De acordo com o parlamentar, nenhum país vai transferir ao Brasil a tecnologia necessária para a construção de um submarino movido a energia nuclear.

Edson Santos destaca que o Brasil precisa proteger sua plataforma continental não só por causa da soberania nacional e do petróleo que vai ser explorado no pré-sal. De acordo com o deputado, existem vários minerais depositados no fundo do mar, como ouro, manganês, diamante e ferro.

"O nosso submarino terá propulsão nuclear, que dará uma autonomia infinitamente maior para que ele fique submerso, vigiando nossa plataforma continental, como um instrumento de dissuasão de atos de pirataria, ou até mesmo de ousadia de algum Estado de buscar ofender a nossa plataforma continental.”

Na opinião do relator, o submarino, para esse fim, é a melhor arma de defesa que o Brasil poderá dispor, na medida em que ele não é detectável via satélite, porque ele fica a mil metros de profundidade. Ele vê e não é visto."

Funcionários da Amazul
A empresa Amazul, responsável pela construção do submarino nuclear, vai ser ligada ao Ministério da Defesa. Ela vai ser criada a partir da divisão da já existente Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron). Assim, os funcionários Emgepron que trabalham no Programa Nuclear da Marinha vão ser transferidos para a Amazul. Também vão ser contratados outros funcionários vinculados ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto-Lei 5.452/43), mas eles devem entrar por concurso público.

Os salários pagos pela Amazul também devem ser maiores. Um pesquisador com 25 anos de experiência que trabalha no Centro Experimental de Aramar, responsável pelo desenvolvimento de pesquisas nucleares da Marinha, ganha aproximadamente R$ 6 mil. Já um do mesmo nível que trabalha em uma empresa privada recebe entre R$ 12 mil e R$15 mil.

O presidente da Frente Parlamentar da Defesa, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), afirma que o governo corre o risco de perder vários profissionais especializados para a iniciativa privada, caso não crie a Amazul.

"O nosso programa de submarinos investe fortemente em transferência de tecnologia. Precisamos que nossos engenheiros e técnicos que estão absorvendo essa tecnologia continuem trabalhando junto à Marinha, junto ao Estado brasileiro. Para isso, é necessária uma empresa ágil, com condições salariais que mantenham esses funcionários trabalhando junto a nós."

Tramitação
O projeto que cria a empresa Amazul segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, onde vai ser feita a redação final. Depois, se não houver requerimento para ser votado pelo Plenário da Câmara, o projeto seguirá direto para o Senado.

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Qui Mai 31, 2012 11:54 am
por brisa
:shock: :mrgreen: ....mil metros de profundidade....hehehe [003]

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Qui Mai 31, 2012 11:58 am
por Marino
Relevem os erros das reportagens.
Coisa de quem não é "especializado" como o Godoy. :lol:

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Qui Mai 31, 2012 12:06 pm
por crubens
moura escreveu:Operar na Selva não é simples e os brasileiro criaram doutrinas que outros países não tem pelo simples fatos de não ter esse ambiente em seus territorios.
Como comer, dormir, caminhar, são fatores importantissimos nesse tipo de missão.
A natureza dever ser nossa aliada e nunca nossa inimiga, isso serve para qualquer missão em terra, mar ou ar.
O que faz um combatente bom não é só o seu treinamento mas a demanda do seu traballho, quanto mais trabalhar naquilo para oque foi treinado mais vai aperfeiçoar sua doutrina.
Por isso qua equipes como o BOPE/RJ, CIGS e outro grupos que treinam e operam constantemente são considerados os melhores do Brasil e do mundo.
Meu povo só lembrando, o CIGS não é tropa é escola, não realizam operações de combate na selva ele forma combatentes de selva e desenvolve doutrinas.

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Qui Mai 31, 2012 7:11 pm
por GustavoB
Marino escreveu:Relevem os erros das reportagens.
Coisa de quem não é "especializado" como o Godoy. :lol:
Tirando isso, muito boa a reportagem.

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Qui Mai 31, 2012 7:43 pm
por moura
crubens escreveu:
moura escreveu:Operar na Selva não é simples e os brasileiro criaram doutrinas que outros países não tem pelo simples fatos de não ter esse ambiente em seus territorios.
Como comer, dormir, caminhar, são fatores importantissimos nesse tipo de missão.
A natureza dever ser nossa aliada e nunca nossa inimiga, isso serve para qualquer missão em terra, mar ou ar.
O que faz um combatente bom não é só o seu treinamento mas a demanda do seu traballho, quanto mais trabalhar naquilo para oque foi treinado mais vai aperfeiçoar sua doutrina.
Por isso qua equipes como o BOPE/RJ, CIGS e outro grupos que treinam e operam constantemente são considerados os melhores do Brasil e do mundo.
Meu povo só lembrando, o CIGS não é tropa é escola, não realizam operações de combate na selva ele forma combatentes de selva e desenvolve doutrinas.
O grande X da questão " desenvolver doutrina", a melhor maneira de se conseguir isso é operando diuturnamente no ambiente para o qual se é treinado.
Por isso o Bope/RJ, CIGS, combatentes da caatinga, são os melhores. Mesmo sendo um centro de instrução o CIGS está no coração do territorio para o qual ele prepara seus combatentes, a evolução no dia a dia de trabalho e instrução são cosntantes. Imagine se o mesmo fosse no centro de SP, será que teria evoluido tanto?
Só para lembra o BOPE/RJ tambem ministra varios cursos, como o COESP E CAT, o respeito e eficiência desses curso só são conquistados pela experiência de seus instrutores no dia a dia de combates nas favelas cariocas.
.

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Enviado: Seg Jun 04, 2012 12:31 pm
por crubens
Moura, o BOPE ministra curso mais é tropa. A unidade do EB que ministra curso de caatinga é tropa, não lembro o nome da unidade agora. Mas o CIGS com toda sua espertize em selva não é tropa é uma escola como a AMAN, ECEME, ESAO. Ela desenvolve doutrina e aplica em seus cursos. Após formados seus alunos, que são oficiais e sargentos, retornam as suas unidades de origem ou são transferidas para outra unidades de tropa. Você poderá ver o BOPE em combate, e a unidade do EB que ministra curso de caatinga também, mas nunca verá o CIGS operando como tropa de combate a não ser numa situação extremamente excepcional e seu corpo de alunos já esteja em condições de combater na selva. O grosso do efetivo do CIGS é de oficiais e sargentos alunos e a maioria deles estar tendo o seu primeiro contato com a selva. Agora imagine uma situação de conflito na selva no momento que acaba de entrar uma nova turma, vai-se mandar esse povo? Seria de uma irresponsabilidade sem tamanho. Para isso existe o BIS e os comandos e forças especiais.
Só para exemplificar, na operação do rio traíra no começo da década de 90, quem deu o troco naquele pessoal que atacou aquele posto de fronteira foram o 1º BIS e os FE.