Re: Crise Econômica Mundial
Enviado: Dom Jul 15, 2012 11:43 am
Reestruturação
François Hollande diz que plano da Peugeot Citroën é “inaceitável”
14.07.2012 - 17:12 Por Pedro Crisóstomo
O Presidente francês quebrou o silêncio sobre a reestruturação da PSA Peugeot Citroën. O plano do maior grupo automóvel francês mereceu duras críticas de François Hollande, que este sábado considerou “inaceitável” o programa que a empresa tem em mente, com a saída de 8000 trabalhadores e o encerramento de uma fábrica em 2014.
François Hollande aguardou dois dias para reagir. E fê-lo na tradicional entrevista do chefe de Estado francês no feriado de 14 de Julho, a primeira de Hollande. E repetiu, no mesmo tom condenatório, as críticas do primeiro-ministro na véspera.
Mais do que uma vez considerou o plano da PSA “inaceitável” e defendeu que o “Estado não pode ficar indiferente”, numa referência ao plano de assistência à indústira automóvel que o Goveno de Ayrault está a preparar e que será conhecido a 25 de Julho.
O Presidente francês estranha que só depois do período eleitoral em França a PSA tenha confirmado o plano de reestruturação, sendo conhecidas as dificuldades financeiras do grupo em França. E deu a entender que Philippe Varin fez uma gestão política do momento em que anunciaria a saída de milhares de trabalhadores e o encerramento da emblemática fábrica de Aulnay-sous-Bois, na região de Paris, para que tal só acontecesse depois das eleições (presidenciais e legislativas) deste ano. “Mas isso pertence ao passado”, acrescentou.
Hollande, Ayrault e responsáveis socialistas rebateram o argumento do presidente da PSA sobre a inevitabilidade de a empresa baixar o custro do trabalho com a saída de funcionários. “É muito fácil dizer que a culpa é do custo do trabalho”, afirmou o Presidente francês, exigindo que a administração renegoceie o plano apresentado esta semana. Mas nada adiantou quanto a uma solução em concreto.
Disse que as escolhas estratégicas da PSA não foram as melhores e defendeu que a fábrica de produção de Aulnay-sous-Bois – onde trabalham 3000 efectivos, dos quais centenas são da comunidade portuguesa – deve manter-se como uma unidade industrial.
A PSA recebeu nos últimos anos ajudas do Estado francês no valor de quatro mil milhões de euros, atravessando dificuldades financeiras que a PSA justifica para avançar com cortes de pessoal, num quadro de uma ampla reestruturação contestada pelos sindicatos.
A PSA, que emprega em França cerca de 100 mil pessoas, tem, segundo o seu presidente, “o custo do trabalho mais caro da Europa”. E “44% da nossa produção em França, logo, é preciso baixar os custos que pesam sobre o trabalho de forma massiva”, defendeu ontem Philippe Varin. O director-geral de marcas do grupo, Frédéric Saint-Geours, reconheceu também ontem que a PSA está a perder 200 milhões de euros por mês desde há um ano.
http://economia.publico.pt/Noticia/fran ... el-1554936
François Hollande diz que plano da Peugeot Citroën é “inaceitável”
14.07.2012 - 17:12 Por Pedro Crisóstomo
O Presidente francês quebrou o silêncio sobre a reestruturação da PSA Peugeot Citroën. O plano do maior grupo automóvel francês mereceu duras críticas de François Hollande, que este sábado considerou “inaceitável” o programa que a empresa tem em mente, com a saída de 8000 trabalhadores e o encerramento de uma fábrica em 2014.
François Hollande aguardou dois dias para reagir. E fê-lo na tradicional entrevista do chefe de Estado francês no feriado de 14 de Julho, a primeira de Hollande. E repetiu, no mesmo tom condenatório, as críticas do primeiro-ministro na véspera.
Mais do que uma vez considerou o plano da PSA “inaceitável” e defendeu que o “Estado não pode ficar indiferente”, numa referência ao plano de assistência à indústira automóvel que o Goveno de Ayrault está a preparar e que será conhecido a 25 de Julho.
O Presidente francês estranha que só depois do período eleitoral em França a PSA tenha confirmado o plano de reestruturação, sendo conhecidas as dificuldades financeiras do grupo em França. E deu a entender que Philippe Varin fez uma gestão política do momento em que anunciaria a saída de milhares de trabalhadores e o encerramento da emblemática fábrica de Aulnay-sous-Bois, na região de Paris, para que tal só acontecesse depois das eleições (presidenciais e legislativas) deste ano. “Mas isso pertence ao passado”, acrescentou.
Hollande, Ayrault e responsáveis socialistas rebateram o argumento do presidente da PSA sobre a inevitabilidade de a empresa baixar o custro do trabalho com a saída de funcionários. “É muito fácil dizer que a culpa é do custo do trabalho”, afirmou o Presidente francês, exigindo que a administração renegoceie o plano apresentado esta semana. Mas nada adiantou quanto a uma solução em concreto.
Disse que as escolhas estratégicas da PSA não foram as melhores e defendeu que a fábrica de produção de Aulnay-sous-Bois – onde trabalham 3000 efectivos, dos quais centenas são da comunidade portuguesa – deve manter-se como uma unidade industrial.
A PSA recebeu nos últimos anos ajudas do Estado francês no valor de quatro mil milhões de euros, atravessando dificuldades financeiras que a PSA justifica para avançar com cortes de pessoal, num quadro de uma ampla reestruturação contestada pelos sindicatos.
A PSA, que emprega em França cerca de 100 mil pessoas, tem, segundo o seu presidente, “o custo do trabalho mais caro da Europa”. E “44% da nossa produção em França, logo, é preciso baixar os custos que pesam sobre o trabalho de forma massiva”, defendeu ontem Philippe Varin. O director-geral de marcas do grupo, Frédéric Saint-Geours, reconheceu também ontem que a PSA está a perder 200 milhões de euros por mês desde há um ano.
http://economia.publico.pt/Noticia/fran ... el-1554936