MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
O Globo.
SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nessa sexta-feira que o governo federal está finalizando os estudos que resultarão em uma “redução importante” das despesas. Estão no foco desses ajustes um corte nas despesas de benefícios como o seguro-desemprego, auxílio-doença e abono salarial, que tiveram crescimento acelerado nos últimos anos.
Read more: http://oglobo.globo.com/economia/negoci ... z3IOhqjY00
Estelionato eleitoral brabo. Mentiram descaradamente durante a campanha dizendo que estava tudo sobre controle e acusaram o adversário de ter a intenção de fazer cortes.
Quem votou na anta, deveria entrar na justiça e pedir o voto de volta.
SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nessa sexta-feira que o governo federal está finalizando os estudos que resultarão em uma “redução importante” das despesas. Estão no foco desses ajustes um corte nas despesas de benefícios como o seguro-desemprego, auxílio-doença e abono salarial, que tiveram crescimento acelerado nos últimos anos.
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Estelionato eleitoral brabo. Mentiram descaradamente durante a campanha dizendo que estava tudo sobre controle e acusaram o adversário de ter a intenção de fazer cortes.
Quem votou na anta, deveria entrar na justiça e pedir o voto de volta.
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Novidade só se for para o eleitor e os economistas petistas da friendzone que apelam para politicagem e ideologia.
O problema é que Gilma demorou para agir e se atrapalhou toda no meio do caminho. Agora vai ser mais duro do que poderia ter sido em 2011/2012 quando o ajuste tendia a ser suave.
O problema é que Gilma demorou para agir e se atrapalhou toda no meio do caminho. Agora vai ser mais duro do que poderia ter sido em 2011/2012 quando o ajuste tendia a ser suave.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Texto completo
É amigos. A eleição e campanha acabaram. Agora é tocar a lojinha com a receita que todos sabiam que viria. Fosse quem fosse o presidente.
Em vermelho as confirmações da nova política de ajuste.
É amigos. A eleição e campanha acabaram. Agora é tocar a lojinha com a receita que todos sabiam que viria. Fosse quem fosse o presidente.
Em vermelho as confirmações da nova política de ajuste.
Governo estuda cortar subsídios do BNDES para reduzir gastos, diz Mantega
SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nessa sexta-feira que o governo federal está finalizando os estudos que resultarão em uma “redução importante” das despesas. Estão no foco desses ajustes um corte nas despesas de benefícios como o seguro-desemprego, auxílio-doença e abono salarial, que tiveram crescimento acelerado nos últimos anos. Os cortes também envolverão a redução de subsídios financeiros, se o ciclo de crescimento econômico for retomado. Segundo o ministro, o BNDES está entre os alvos:
— (A redução de despesas) significa dar um subsídio menor nos empréstimos que são feitos por exemplo no BNDES — afirmou o ministro.
O banco estatal tem uma série de programas de financiamento com juros abaixo da taxa básica Selic, incluindo a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), e vem recebendo injeções de recursos do Tesouro Nacional.
Falando a jornalistas depois de fazer uma apresentação em evento em São Paulo, o ministro disse que o papel dos bancos públicos no crédito é "fundamentalmente" anticíclico e lembrou que na fase mais aguda da crise financeira internacional, o crédito privado secou e foi preciso que os bancos públicos assumissem um protagonismo.
— O papel dos bancos públicos é anticíclico. Quando faltou crédito no Brasil durante 2008 e 2009, os bancos públicos saíram a campo com mais crédito e taxas de juros menores. Depois, em 2009 e 2010, os privados reagiram, recompondo o equilíbrio anterior. Nos últimos anos, voltou a diminuir o crédito. A estratégia não é fazer com que os bancos públicos tenham mais crédito que os privados. Apenas é uma estratégia anticíclica — explicou.
Segundo ele, governo tem que caminhar para um aumento gradual do superávit primário:
— A estratégia macroeconômica para iniciarmos esse novo ciclo de expansão é um ajuste tanto da política fiscal quanto da política monetária — disse. — Do ponto de vista da política fiscal temos que caminhar para um aumento gradual do primário, em relação ao resultado de 2014 — Para isso nós temos agora que fazer uma redução das despesas, uma redução importante das despesas.
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INFLAÇÃO PERTO DE 4,5% AINDA É OBJETIVO
Os comentários do ministro ocorrem em um quadro de profunda deterioração das contas públicas, com déficit primário recorde em setembro. O governo precisa revisar sua meta de superávit primário para este ano e deve fazer o mesmo para 2015. Mesmo assim, serão necessários cortes de despesas para equilibrar as contas.
Em sua apresentação, o ministro disse que o desafio agora é “fazer a transição para a economia pós-políticas anticíclicas”, em preparação para um novo ciclo de expansão da economia mundial e brasileira.
Mantega disse que também é preciso recuperar a receita e lembrou que com uma melhora da atividade econômica, cujas condições “estão dadas” segundo ele, isso ocorrerá naturalmente.
Do lado da política monetária, o ministro disse que o objetivo para a inflação é “uma convergência ao centro da meta”, de 4,5%, apontando a seca deste ano como uma fator de pressão sobre os preços dos alimentos e as tarifas de energia.
— É uma economia pós-crise, com menos estímulos — resumiu, classificando como um “novo ciclo de expansão da economia”, mas deixando claro que os estudos não estão concluídos.
Sobre o reajuste do preço da gasolina, em 3%, e do diesel, em 5%, a avaliação é que o impacto na inflação seja de 0,1 ponto percentual. No acumulado dos 12 meses encerrados em outubro, o IPCA está em 6,59%, acima do teto da meta, que é de 6,5%.
Ao falar do cenário econômico, Mantega afirmou que, apesar das dificuldades, o governo deve conseguir fazer um saldo fiscal positivo (superávit) em 2014.
Sobre sua saída, reforçou que não sabe quando acontecerá e evitou fazer comentários sobre possíveis substitutos.
— Não sou a melhor pessoa para comentar o nome desses possíveis ministros — concluiu.
Read more: http://oglobo.globo.com/economia/negoci ... z3IQ1jtkMu
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Tem males que vêm para o bem. Sorte do Aécio que essa p### não estourou na mão dele. E mais, a situação deve ser bem pior do que a que é do nosso conhecimento.Bourne escreveu:Texto completo
É amigos. A eleição e campanha acabaram. Agora é tocar a lojinha com a receita que todos sabiam que viria. Fosse quem fosse o presidente.
Em vermelho as confirmações da nova política de ajuste.
Governo estuda cortar subsídios do BNDES para reduzir gastos, diz Mantega
SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nessa sexta-feira que o governo federal está finalizando os estudos que resultarão em uma “redução importante” das despesas. Estão no foco desses ajustes um corte nas despesas de benefícios como o seguro-desemprego, auxílio-doença e abono salarial, que tiveram crescimento acelerado nos últimos anos. Os cortes também envolverão a redução de subsídios financeiros, se o ciclo de crescimento econômico for retomado. Segundo o ministro, o BNDES está entre os alvos:
— (A redução de despesas) significa dar um subsídio menor nos empréstimos que são feitos por exemplo no BNDES — afirmou o ministro.
O banco estatal tem uma série de programas de financiamento com juros abaixo da taxa básica Selic, incluindo a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), e vem recebendo injeções de recursos do Tesouro Nacional.
Falando a jornalistas depois de fazer uma apresentação em evento em São Paulo, o ministro disse que o papel dos bancos públicos no crédito é "fundamentalmente" anticíclico e lembrou que na fase mais aguda da crise financeira internacional, o crédito privado secou e foi preciso que os bancos públicos assumissem um protagonismo.
— O papel dos bancos públicos é anticíclico. Quando faltou crédito no Brasil durante 2008 e 2009, os bancos públicos saíram a campo com mais crédito e taxas de juros menores. Depois, em 2009 e 2010, os privados reagiram, recompondo o equilíbrio anterior. Nos últimos anos, voltou a diminuir o crédito. A estratégia não é fazer com que os bancos públicos tenham mais crédito que os privados. Apenas é uma estratégia anticíclica — explicou.
Segundo ele, governo tem que caminhar para um aumento gradual do superávit primário:
— A estratégia macroeconômica para iniciarmos esse novo ciclo de expansão é um ajuste tanto da política fiscal quanto da política monetária — disse. — Do ponto de vista da política fiscal temos que caminhar para um aumento gradual do primário, em relação ao resultado de 2014 — Para isso nós temos agora que fazer uma redução das despesas, uma redução importante das despesas.
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Os comentários do ministro ocorrem em um quadro de profunda deterioração das contas públicas, com déficit primário recorde em setembro. O governo precisa revisar sua meta de superávit primário para este ano e deve fazer o mesmo para 2015. Mesmo assim, serão necessários cortes de despesas para equilibrar as contas.
Em sua apresentação, o ministro disse que o desafio agora é “fazer a transição para a economia pós-políticas anticíclicas”, em preparação para um novo ciclo de expansão da economia mundial e brasileira.
Mantega disse que também é preciso recuperar a receita e lembrou que com uma melhora da atividade econômica, cujas condições “estão dadas” segundo ele, isso ocorrerá naturalmente.
Do lado da política monetária, o ministro disse que o objetivo para a inflação é “uma convergência ao centro da meta”, de 4,5%, apontando a seca deste ano como uma fator de pressão sobre os preços dos alimentos e as tarifas de energia.
— É uma economia pós-crise, com menos estímulos — resumiu, classificando como um “novo ciclo de expansão da economia”, mas deixando claro que os estudos não estão concluídos.
Sobre o reajuste do preço da gasolina, em 3%, e do diesel, em 5%, a avaliação é que o impacto na inflação seja de 0,1 ponto percentual. No acumulado dos 12 meses encerrados em outubro, o IPCA está em 6,59%, acima do teto da meta, que é de 6,5%.
Ao falar do cenário econômico, Mantega afirmou que, apesar das dificuldades, o governo deve conseguir fazer um saldo fiscal positivo (superávit) em 2014.
Sobre sua saída, reforçou que não sabe quando acontecerá e evitou fazer comentários sobre possíveis substitutos.
— Não sou a melhor pessoa para comentar o nome desses possíveis ministros — concluiu.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Se fosse o Aécio teria uma enorme gritaria dos economistas da friendzone e orgasmo dos marqueteiros que tocaram o terror durante a campanha.
Como foi a Gilma não tem como enganar. É colocar as medidas na mesa e aplicá-las. Vai mostrar que não existe solução mágica e os tucananos e petistas são muito parecidos. A diferença é como se vendem e tentam colar a imagem no outro.
Hoje, não acredita que realmente a Dilma permitiu e incentivou um novo modelo, mas não alterou as coisas conveniência política. Talvez, os economistas petistas nunca tenham realmente tido voz ou comandaram alguma coisa e foram levados a reboque pensando que faziam parte de algo. Mais o menos assim
Agora que o ajuste se mostra inadiável, mudam e os ignoram.
Como foi a Gilma não tem como enganar. É colocar as medidas na mesa e aplicá-las. Vai mostrar que não existe solução mágica e os tucananos e petistas são muito parecidos. A diferença é como se vendem e tentam colar a imagem no outro.
Hoje, não acredita que realmente a Dilma permitiu e incentivou um novo modelo, mas não alterou as coisas conveniência política. Talvez, os economistas petistas nunca tenham realmente tido voz ou comandaram alguma coisa e foram levados a reboque pensando que faziam parte de algo. Mais o menos assim
Agora que o ajuste se mostra inadiável, mudam e os ignoram.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
o outro lado
O retorno do “keynesianismo vulgar”
08 sábado nov 2014
http://jlcoreiro.wordpress.com/2014/11/ ... mo-vulgar/
Keynesianismo Vulgar, Populismo econômico
A característica fundamental do populismo econômico consiste em conduzir a política macroeconômica tendo em vista os possíveis efeitos benéficos de curto-prazo, sem considerar os efeitos colaterais de médio e longo-prazo das medidas adotadas. Trata-se de uma longa e triste tradição na América Latina, adotada igualmente por governos de direita como de esquerda.
Recentemente alguns economistas vieram a público defender o adiamento das medidas de ajuste macroeconômico para quando a economia voltar a crescer. O argumento parece se basear num “keynesianismo vulgar” segundo o qual tudo o que é necessário para estimular o crescimento econômico é expandir a demanda agregada. Nesse contexto, como a dívida pública como proporção do PIB ainda seria baixa para padrões internacionais, então o governo brasileiro poderia adotar medidas de estímulo a economia por intermédio do aumento dos gastos públicos ou, como diriam alguns dos signatários desse documento, pela “flexibilização da política fiscal”.
Como já escrevi em vários artigos publicados em jornais de grande circulação diária, a estagnação atual da economia brasileira não se deve a escassez de demanda agregada. Com efeito, quando olhamos para os dados do comércio varejista restrito (o que exclui a venda de automóveis), o crescimento médio das vendas dos últimos três anos é de 6,4% a.a, um número ainda bastante expressivo. O crescimento das vendas no acumulado de 2014 até maio é de 4,9%. Embora na margem o crescimento das vendas esteja se desacelerando, os números do comércio varejista estão muito longe de apontar uma estagnação produzida por escassez de demanda agregada.
A estagnação recente da economia brasileira decorre fundamentalmente da estagnação da produção industrial. Com efeito, a produção da indústria brasileira de transformação está estagnada a quase quatro anos, em função da perda de competitividade sofrida como decorrência de anos seguidos de sobre-valorização da taxa de câmbio e de ganhos salariais acima do ritmo de crescimento da produtividade do trabalho. Como a indústria é o motor fundamental do crescimento das economias modernas, quando o motor para de funcionar, o veículo – ou seja, a economia – começa a desacelerar até parar completamente. Essa é a razão da nossa estagnação.
Para recuperar o crescimento da indústria é necessário continuar o processo de ajuste gradual da taxa de câmbio que vem sendo feito nas ultimas semanas em função da deterioração dos termos de troca da economia brasileira e da expectativa de normalização da política monetária norte-americana. É claro que esse ajuste da taxa de câmbio possui efeitos inflacionários, razão pela qual é absolutamente necessário que a política fiscal ajude a conter o repasse da desvalorização cambial para os preços, o que exige, um aumento da meta de superávit primário como proporção do PIB. Se o ajuste cambial for feito de maneira gradual, num prazo de dois a três anos como defendi em maio deste ano num evento na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, então o ajuste fiscal poderá ser feito também de maneira gradual, desde que seja publicamente anunciado pelo governo no bojo de uma reforma ministerial que dê credibilidade ao ajuste anunciado. Isso significa que, por exemplo, o novo Ministro da Fazenda tem que ser uma pessoa absolutamente comprometida com a transparência das contas públicas e o fim da “contabilidade criativa” e das “pedaladas fiscais”. Não é necessário que esse nome seja um representante do mercado financeiro. Existem quadros dentro e fora do governo da Presidente Dilma Rouseff que poderiam preencher esse requisito.
Isso posto, o ajuste fiscal, ao contrário do que pensam os signatários do referido manifesto, não se impõe pela necessidade de impedir uma explosão da dívida pública como proporção do PIB (embora a continuar um déficit nominal de 5,94% do PIB no acumulado de janeiro a setembro de 2014, segundo dados divulgados pelo Valor Econômico em 03/11/2014, por mais um ou dois anos não se possa descartar essa possibilidade), mas sim para conter o impacto inflacionário do ajuste absolutamente necessário da taxa de câmbio. Alguns signatários do documento poderiam dizer que o ajuste fiscal é inócuo sobre uma inflação que não decorre de pressão de demanda, mas sim de pressão de custos, no caso em questão a desvalorização cambial. Essa crítica é um completo non-sense haja vista que o ajuste fiscal atuaria no sentido de reduzir a demanda de bens não comercializáveis com relação a demanda de bens comercializáveis, notadamente serviços. Como a inflação de serviços roda em torno de 8% ao ano em média nos últimos 5 anos, então uma redução da demanda de não comercializáveis, ao diminuir o ritmo de aumento dos preços desses produtos, ajudaria a reduzir as pressões sobre o IPCA advindas do aumento da inflação dos comercializáveis em decorrência da desvalorização cambial.
O que pode acontecer com a economia brasileira se o ajuste macroeconômico descrito acima for adiado? No curto-prazo, o cenário mais provável parece ser o de continuidade da estagnação, possivelmente com uma leve recuperação do nível de atividade econômica, uma vez passado o período de incerteza inerente a disputa eleitoral. No entanto, o aprofundamento do desequilíbrio externo da economia brasileira ocorrido nos últimos três anos poderá impor, ainda em 2015, uma crise cambial de grandes proporções.
As figuras 1 e 2 abaixo apresentam a dinâmica do déficit em conta corrente como proporção do PIB e da necessidade de financiamento externo como proporção do PIB (déficit em conta corrente + investimento externo direto). Conforme podemos observar nas figuras abaixo, nos últimos três anos não só observamos um aumento significativo do déficit em conta corrente, o qual está convergindo rapidamente para os patamares observados no período anterior a crise cambial de 1999, como também que o investimento externo direto não é mais suficiente para cobrir o déficit em conta corrente, produzindo assim uma necessidade de financiamento externo de quase 1% do PIB em 2013, valor similar ao observado em 1998, às vésperas da crise cambial de 1999!!!!! Isso significa que o desequilíbrio externo não só está aumentando como ainda que o país esta mais dependente dos fluxos de capitais de curto-prazo para fechar o balanço de pagamentos.
Ver figura 1 : Doc2
Ver figura 2: Doc3
Nesse cenário de desequilíbrio externo e dependência dos fluxos de capitais de curto-prazo, o rebaixamento da classificação de risco por parte das agências de classificação de risco com a consequente perda do investment grade, em função do aumento do risco de default da economia brasileira, poderá detonar uma parada súbita no fluxo de capitais de curto-prazo para a economia brasileira, levando assim a um ajuste muito forte da taxa de câmbio. Se o passado é um bom guia para o futuro, a crise cambial de 1999 deixou bem claro que a taxa de câmbio pode se desvalorizar em torno de 30 a 40% em poucas semanas. O impacto de uma desvalorização súbita da taxa de câmbio sobre a economia brasileira pode ser desastroso, não só devido ao evidente impacto inflacionário, mas principalmente pelo fato de que várias empresas brasileiras possuem endividamento em moeda estrangeira. Nesse contexto, elas poderiam se ver forçadas a cortar gastos para fazer frente ao aumento dos encargos financeiros de sua dívida denominada em dólares.
O efeito disso seria uma forte redução do investimento privado e, consequentemente, uma queda do nível de produção e de emprego, precisamente o que “keynesianos vulgares” desejam evitar.
Em suma, não há alternativa ao ajuste macroeconômico entendido com alinhamento da taxa de câmbio com respeito ao seu valor de equilíbrio industrial e ajuste das contas públicas para minimizar o impacto inflacionário desse alinhamento. O que sim se pode discutir é a velocidade desse ajuste. Como economista keynesiano defendo que o ajuste seja gradual, transparente e crível para minimizar o impacto do mesmo sobre o bem-estar da sociedade (leia-se sobre o nível de emprego e sobre a distribuição de renda e o nível de pobreza). O problema é que o tempo para realizar um ajuste gradual está e esgotando. Se o ajuste não for feito logo, pode ser que nos seja imposto por uma crise cambial de grandes proporções. Nesse caso, o custo maior do ajuste cairá, infelizmente, sobre as camadas mais desprotegidas da população.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Não colocaram o Brasil como exportador de carne, milho, soja e banana... Gostei!!Bourne escreveu:
A divisão do mundo é: EUA detendo toda a tecnologia do universo, China e Sudeste Asiático com seus produtos eletrônicos, Europa e Japão vendendo carro pra caramba e o resto do mundo se sustentando com indústria barata e commodities.... Aliás, Ópio é considerado commoditie?
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
O exposto neste artigo me parece fazer bastante sentido. E a receita poderia ser complementada pelas reformas necessárias para eliminar nossas grandes fontes de ineficiência institucional e econômica, com a reforma fiscal, administrativa, etc... .O retorno do “keynesianismo vulgar”
08 sábado nov 2014
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Keynesianismo Vulgar, Populismo econômico
A característica fundamental do populismo econômico consiste em conduzir a política macroeconômica tendo em vista os possíveis efeitos benéficos de curto-prazo, sem considerar os efeitos colaterais de médio e longo-prazo das medidas adotadas. Trata-se de uma longa e triste tradição na América Latina, adotada igualmente por governos de direita como de esquerda.
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A estagnação recente da economia brasileira decorre fundamentalmente da estagnação da produção industrial. Com efeito, a produção da indústria brasileira de transformação está estagnada a quase quatro anos, em função da perda de competitividade sofrida como decorrência de anos seguidos de sobre-valorização da taxa de câmbio e de ganhos salariais acima do ritmo de crescimento da produtividade do trabalho. Como a indústria é o motor fundamental do crescimento das economias modernas, quando o motor para de funcionar, o veículo – ou seja, a economia – começa a desacelerar até parar completamente. Essa é a razão da nossa estagnação.
Para recuperar o crescimento da indústria é necessário continuar o processo de ajuste gradual da taxa de câmbio que vem sendo feito nas ultimas semanas em função da deterioração dos termos de troca da economia brasileira e da expectativa de normalização da política monetária norte-americana. É claro que esse ajuste da taxa de câmbio possui efeitos inflacionários, razão pela qual é absolutamente necessário que a política fiscal ajude a conter o repasse da desvalorização cambial para os preços, o que exige, um aumento da meta de superávit primário como proporção do PIB. Se o ajuste cambial for feito de maneira gradual, num prazo de dois a três anos como defendi em maio deste ano num evento na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, então o ajuste fiscal poderá ser feito também de maneira gradual, desde que seja publicamente anunciado pelo governo no bojo de uma reforma ministerial que dê credibilidade ao ajuste anunciado. Isso significa que, por exemplo, o novo Ministro da Fazenda tem que ser uma pessoa absolutamente comprometida com a transparência das contas públicas e o fim da “contabilidade criativa” e das “pedaladas fiscais”. Não é necessário que esse nome seja um representante do mercado financeiro. Existem quadros dentro e fora do governo da Presidente Dilma Rouseff que poderiam preencher esse requisito.
Isso posto, o ajuste fiscal, ao contrário do que pensam os signatários do referido manifesto, não se impõe pela necessidade de impedir uma explosão da dívida pública como proporção do PIB (embora a continuar um déficit nominal de 5,94% do PIB no acumulado de janeiro a setembro de 2014, segundo dados divulgados pelo Valor Econômico em 03/11/2014, por mais um ou dois anos não se possa descartar essa possibilidade), mas sim para conter o impacto inflacionário do ajuste absolutamente necessário da taxa de câmbio. Alguns signatários do documento poderiam dizer que o ajuste fiscal é inócuo sobre uma inflação que não decorre de pressão de demanda, mas sim de pressão de custos, no caso em questão a desvalorização cambial. Essa crítica é um completo non-sense haja vista que o ajuste fiscal atuaria no sentido de reduzir a demanda de bens não comercializáveis com relação a demanda de bens comercializáveis, notadamente serviços. Como a inflação de serviços roda em torno de 8% ao ano em média nos últimos 5 anos, então uma redução da demanda de não comercializáveis, ao diminuir o ritmo de aumento dos preços desses produtos, ajudaria a reduzir as pressões sobre o IPCA advindas do aumento da inflação dos comercializáveis em decorrência da desvalorização cambial.
O que pode acontecer com a economia brasileira se o ajuste macroeconômico descrito acima for adiado? No curto-prazo, o cenário mais provável parece ser o de continuidade da estagnação, possivelmente com uma leve recuperação do nível de atividade econômica, uma vez passado o período de incerteza inerente a disputa eleitoral. No entanto, o aprofundamento do desequilíbrio externo da economia brasileira ocorrido nos últimos três anos poderá impor, ainda em 2015, uma crise cambial de grandes proporções.
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Em suma, não há alternativa ao ajuste macroeconômico entendido com alinhamento da taxa de câmbio com respeito ao seu valor de equilíbrio industrial e ajuste das contas públicas para minimizar o impacto inflacionário desse alinhamento. O que sim se pode discutir é a velocidade desse ajuste. Como economista keynesiano defendo que o ajuste seja gradual, transparente e crível para minimizar o impacto do mesmo sobre o bem-estar da sociedade (leia-se sobre o nível de emprego e sobre a distribuição de renda e o nível de pobreza). O problema é que o tempo para realizar um ajuste gradual está e esgotando. Se o ajuste não for feito logo, pode ser que nos seja imposto por uma crise cambial de grandes proporções. Nesse caso, o custo maior do ajuste cairá, infelizmente, sobre as camadas mais desprotegidas da população.
Mas como o autor adverte, as ações precisam ser tomadas muito rápido, sob pena não apenas de acabarmos enfiados em uma grave crise cambial e de balanço de pagamentos mas também pelo estado já avançado de obsolescência de nossa indústria, que pressionada por estratégias econômicas desastradas desde o início do governo FHC está chegando um estado que está se tornando difícil de reverter.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Do jeito que queimam ônibus neste país, sem dúvida seremos os maiores no setor de produção de "equipamentos de transporte".Bourne escreveu:
Viva a Marco Polo!
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Não concordo com tudo, mas o paragrafo final é perfeito à respeito do manifesto e posições dos "economistas progressistas". A maioria absoluta só joga pedra e se acha superior ao debate. Não propõem soluções factíveis e tenham evidencias que dá certo.
É o estilo campineiro de fazer economia com mistura de politicagem e ideologia. Sem propor uma solução de fato. Até hoje não achei argumentos pesados e consistente para justificar a centralização do crédito no bndes através de subsídios do tesouro e ignorar o mercado privado. A resposta é sempre a mesma "o mercado privado não empresta, o mercado de capitais ruim e o governo tem que agir", depois vai para paixão.
O pior é que quem é heterodoxo e quer dar solução factível e prova o ponto é rejeitado como se fosse ruim, tal como Nelson Barbosa, Octaviano Canuto e José Oreiro. Enquanto eles seguem o que se costuma fazer nos eua e europa que é ser proativo.
Não venham com o keynesianismo vulgar da jabuticaba brasileira que o governo pode trabalhar eternamente com déficit e impulsionar o crescimento ad eternum. Nem Keynes, nem Kaldor ou qualquer outro mais sério contemporâneo disse isso e nem quis ser interpretado dessa forma. Menos ainda de que tudo deve ser estatizado e centralizado no governo.
Por exemplo, na europa existe a critica e consenso contra à austeridade, não por si mesma, mas por ser inútil para corrigir os rumos. Por que o problema está no modelo de integração que precisa ser corrido antes ou ao mesmo tempo em que a política de austeridade ocorra. Isso tem uma incrível aceitação por todos os lados, menos do governos europeus por interesses próprios.
É o estilo campineiro de fazer economia com mistura de politicagem e ideologia. Sem propor uma solução de fato. Até hoje não achei argumentos pesados e consistente para justificar a centralização do crédito no bndes através de subsídios do tesouro e ignorar o mercado privado. A resposta é sempre a mesma "o mercado privado não empresta, o mercado de capitais ruim e o governo tem que agir", depois vai para paixão.
O pior é que quem é heterodoxo e quer dar solução factível e prova o ponto é rejeitado como se fosse ruim, tal como Nelson Barbosa, Octaviano Canuto e José Oreiro. Enquanto eles seguem o que se costuma fazer nos eua e europa que é ser proativo.
Não venham com o keynesianismo vulgar da jabuticaba brasileira que o governo pode trabalhar eternamente com déficit e impulsionar o crescimento ad eternum. Nem Keynes, nem Kaldor ou qualquer outro mais sério contemporâneo disse isso e nem quis ser interpretado dessa forma. Menos ainda de que tudo deve ser estatizado e centralizado no governo.
Por exemplo, na europa existe a critica e consenso contra à austeridade, não por si mesma, mas por ser inútil para corrigir os rumos. Por que o problema está no modelo de integração que precisa ser corrido antes ou ao mesmo tempo em que a política de austeridade ocorra. Isso tem uma incrível aceitação por todos os lados, menos do governos europeus por interesses próprios.
Interesse ou debate técnico?
09/11/2014 02h00
Uma dificuldade que os profissionais de economia têm é separar seus interesses e suas escolhas normativas de país de análises puramente técnicas.
Pode-se preferir um modelo de Estado mais liberal com menor oferta pública de serviços de saúde ou educação e que os seguros, contra desemprego e velhice, por exemplo, sejam tratados como problema privado. As sociedades orientais em geral preferem esse modelo.
Diferentemente, pode-se preferir um modelo de oferta integralmente pública de saúde e educação e que os seguros sociais sejam ofertados pelo Estado na forma de
seguro social compartilhado coletivamente. Esse é o modelo preferido pelas sociedades da Europa continental.
Qual dos dois modelos é melhor? Impossível saber. Os economistas nada têm a dizer a respeito dessas escolhas. Podem-se mostrar os custos e os benefícios. Mas estes são impossíveis de serem comparados de forma objetiva. No entanto, há questões que deveriam ser passíveis de uma abordagem técnica.
A enorme dificuldade com a conversa entre os economistas é que a profissão -e esse fato é particularmente agudo no Brasil- não concorda nem sobre proposições que deveriam ter natureza técnica ou de conhecimento positivo (isto é, conhecimento sobre a natureza do objeto).
Por exemplo, ampliar o gasto social aumenta ou reduz a inflação? Essa é uma questão objetiva. A resposta não depende da opinião do cidadão economista sobre o gasto social em si. Como cidadão, o profissional de economia pode achar bom um aumento dos gastos sociais ou pode achar ruim.
Como os economistas, principalmente no Brasil, discordam em relação a proposições objetivas ou técnicas, o debate ocorre principalmente nessa esfera. Aumentar o ativismo do BNDES aumenta o investimento ou não? Quais são as causas de o juro real na economia brasileira ser tão elevado?
Ou seja, no Brasil dificilmente os economistas discordam sobre os fins. O grande debate é sobre os meios.
Na semana passada, diversos economistas assinaram um manifesto se contrapondo a uma política de forte ajuste macroeconômico.
Argumentam –discordando de profissionais de economia que pensam como eu– que um forte ajuste econômico, principalmente um forte ajuste fiscal, agravaria ainda mais a situação. Produziria desemprego a mais recessão.
Esse é um debate técnico. Nas atuais circunstâncias de nossa economia, um ajuste fiscal melhora o funcionamento da economia ou agrava? Certamente debateremos esse tema pelos próximos anos.
Minha posição é que a maior parte de toda a dinâmica positiva que ocorreu na economia brasileira nos últimos 12 anos resulta das instituições fiscais que construímos e de um vigoroso ajuste fiscal que fizemos de 1999 até 2011.
Também creio que estamos contratando enormes problemas para o futuro com o fortíssimo desajuste fiscal que construímos nos últimos três anos. Esse é um bom debate.
O que desagrada muito a todos nós que temos visão diferente do funcionamento da economia é a tentativa que o manifesto faz de transformar divergências sobre a natureza do funcionamento da economia em defesa de interesses.
Segundo o manifesto, quem pensa diferente deles "faz parte do jogral dos porta-vozes do mercado financeiro". Existe o partido dos economistas bons que defendem os pobres e o dos economistas que defendem os banqueiros. É a baixaria do "nós contra eles" do debate eleitoral. O diferente defende interesses e por isso é diferente.
Sempre há espaço para a discussão de diferentes modelos. Sempre haverá diferentes sociedades para sonharmos. Infelizmente, esse não é o caso com a importância do ajuste fiscal para o futuro de nossa sociedade. Esse debate é técnico.
Há muito pouco espaço para debate de alto nível quando uma parte se apresenta com superioridade moral autoconcedida, na precisa tradução de meu amigo Renato Fragelli à expressão inglesa "self-righteousness". Seria melhor que o lado de lá melhorasse seus argumentos em vez de jogar pedra em quem pensa diferente.
Samuel Pessoa
soa/2014/11/1545359-interesse-ou-debate-tecnico.shtml
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Qual o real impacto da queda do preço do petróleo na Petrobras e nas contas Publicas Brasileiras?
Se o petròleo mantiver a tendência de descida e ficar ainda abaixo dos 80 US$.....
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Petróleo abaixo de 80 dólares vai ferrar meio mundo, inclusive os EUA. Dizem que o xisto só compensa se o barril estiver acima de 130 dólares.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Para os grandes consumidores petróleo barato é maravilhoso. Os EUA, China e outros subsidiam descaradamente o xisto e o gás é barato. Não querem ficar dependentes do óleo do exterior. Ou, no mínimo, manter a capacidade de substituir os fornecedores externos.
Na verdade, quem anda puxando o preço do petróleo para baixo é a produção de óleo de xisto americana. Eles viraram os grandes reguladores do preço internacional. Isso quer dizer que não deixam subir e pagam a conta pois o dinheiro fica nos EUA e sai mais barato que intervir no oriente médio. A situação atual foi um plano de longo prazo dos EUA em fazer o xisto funcionar como alternativa a importação, conjuntamente com outros programas como de etanol e caros híbridos mais eficientes. A China e Europa tem programas semelhantes o que indica que a OPEP não manda em mais nada e o preço pode ser forçado para baixo por um longo e indefinido período.
Quem vai se dar mal são as repúblicas baseadas em exportação de petróleo como Venezuela, oriente médio, países da África, Irã e até a Rússia começa a sentir os efeitos. Agora são forcados a fecharem contratos com valores menores, reduzir receita de exportação e impactar negativamente no orçamento público.
Para o Brasil é ótimo na medida em que tira um peso das importações e custos de transporte interno. Estamos com os grandes consumidores. Nunca foi ambição do Brasil virar exportador. Não é perfil da economia e estrutura produtiva nacional. A busca era autosuficiencia para evitar desabastecimento e sangria das contas externas. Uma política parecida com os EUA no sentido de não querer depender do óleo externo.
O prejuízo é complicar a exploração do pré sal. Porém pode continuar como reserva estratégica para o futuro. Assim a velocidade é reduzida, mas não desconsiderado. Nunca se sabe o dia de amanhã. O que leva outro problema mais urgente no Brasil que é falta capacidade de refino. Seja da Petrobras ou outras companhias.
Na verdade, quem anda puxando o preço do petróleo para baixo é a produção de óleo de xisto americana. Eles viraram os grandes reguladores do preço internacional. Isso quer dizer que não deixam subir e pagam a conta pois o dinheiro fica nos EUA e sai mais barato que intervir no oriente médio. A situação atual foi um plano de longo prazo dos EUA em fazer o xisto funcionar como alternativa a importação, conjuntamente com outros programas como de etanol e caros híbridos mais eficientes. A China e Europa tem programas semelhantes o que indica que a OPEP não manda em mais nada e o preço pode ser forçado para baixo por um longo e indefinido período.
Quem vai se dar mal são as repúblicas baseadas em exportação de petróleo como Venezuela, oriente médio, países da África, Irã e até a Rússia começa a sentir os efeitos. Agora são forcados a fecharem contratos com valores menores, reduzir receita de exportação e impactar negativamente no orçamento público.
Para o Brasil é ótimo na medida em que tira um peso das importações e custos de transporte interno. Estamos com os grandes consumidores. Nunca foi ambição do Brasil virar exportador. Não é perfil da economia e estrutura produtiva nacional. A busca era autosuficiencia para evitar desabastecimento e sangria das contas externas. Uma política parecida com os EUA no sentido de não querer depender do óleo externo.
O prejuízo é complicar a exploração do pré sal. Porém pode continuar como reserva estratégica para o futuro. Assim a velocidade é reduzida, mas não desconsiderado. Nunca se sabe o dia de amanhã. O que leva outro problema mais urgente no Brasil que é falta capacidade de refino. Seja da Petrobras ou outras companhias.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Chegou a temporada de compras na Europa...
http://www.youtube.com/watch?v=zqKmHEDOQGg
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"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Liev Tolstói
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