Luís Henrique,Luís Henrique escreveu:knigh7 escreveu:
Cadê a entrada do Fan do Su35 diferente?Cadê o custo de operação da turbina menor? Cadê o custo de operação do radar menor?
É fácil falar que tudo Su-35BM é melhor quando jogam esses dados dos outros. Quero ver mostrar...
1) redução de RCS, semelhanças e diferenças com os antigos Su-30
Knight, você não percebe que a defesa que faz é ILÓGICA?
Eu imaginava que a única pessoa neste fórum que acredita que os russos pararam no tempo e que o Su-35 é a MESMA COISA que um Su-27 ou um Su-30 fosse o Kirk.
Claro que não da para provar muitas coisas. Os dados não estão disponíveis. Muitas informações são classificadas.
Mas a SOLUÇÃO para problemas iguais, muitas vezes são DIFERENTES.
Um funcionário da Boeing provavelmente diria que a solução para diminuir a RCS frontal de um caça que possui dutos de ar retos e que levam as ondas eletromagnéticas diretamente para as pás do motor é simplesmente produzir um duto em formato S.
Os russos tiveram OUTRA SOLUÇÃO para o problema:
"A problem of huge size" is how the researchers describe the Su-35 inlet, with a straight duct that provides direct visibility to the entire face of the engine compressor. The basic solution has been to apply ferro-magnetic radar absorbent material (RAM) to the compressor face and to the inlet duct walls, but this involves challenges. The researchers note: the material cannot be allowed to constrict airflow or impede the operation of anti-icing systems and must withstand high-speed airflows and temperatures up to 200°C. The ITAE team has developed and tested coating materials that meet these standards. A layer of RAM between 0.7mm and 1.4mm thick is applied to the ducts and a 0.5mm coating is applied to the front stages of the low-pressure compressor, using a robotic spray system. The result is a 10-15dB reduction in the RCS contribution from the inlets..."
Tradução:
"Um grande problema é como os pesquisadores resolvem o problema da entrada de ar, que é um duto direto que proporciona visibilidade direta de toda a face dos compressores do motor. A solução básica tem sido aplicar RAM de ferro-magnetic na face dos compressores e nas paredes de entrada do duto, mas isto envolve desafios. Os pesquisadores observaram que o material não pode permitir a constrição do fluxo de ar ou impedir o funcionamento dos sistemas anti-gelo e devem suportar fluxos de ar de alta velocidade e temperaturas de até 200 °. O equipe do ITAE desenvolveu e testou materiais de revestimento que satisfazem estes padrões. Uma camada de RAM entre 0,7 milímetros e 1,4 milímetros de espessura é aplicada aos dutos e um revestimento de 0,5 milímetros é aplicada às fases da frente do compressor de baixa pressão, usando um sistema de pulverização robótico. O resultado é uma redução na RCS de 10-15dB, contribuição das entradas de ar"
Para quem não sabe uma redução de 10-15dB significa reduzir a detecção PELA METADE.
Isto, APENAS com o que fizeram na entrada de ar, mas não foi só isso que fizeram no Su-35.
Portanto, o Su-35 possui uma detectabilidade inferior à metade da detectabilidade de um Su-30 ou Su-27. Exemplificando: Se um Su-30 é detectado por um radar qualquer a uma distância de 200 km, o Su-35 será detectado a apenas 100 km. E isto apenas com o que fizeram nas entradas de ar.
Agora se você quer ser como o Kirk e acreditar que é a mesma RCS do Su-27 da década de 70 ou dos Su-30 da década de 90, só porque os russos não alteraram a entrada de ar para formato em S. Ou só porque os russos não diminuíram o tamanho da aeronave como prega o Kirk. Tudo bem. Fique com a sua opinião e eu fico com a minha.
Aqui, neste link você pode ler MUITO mais que foi feito pelo ITAE para reduzir a assinatura radar do Su-35, mexeram nos exaustores, no afterburning, no cockpit, na antena do radar, a sonda revo é retrátil, removeram os canards e por ai vai. É MUITA coisa mesmo. Nem tudo esta aqui neste link, mas aqui fala bastante coisa.
http://www.fighter-planes.com/stealth2.htm
E aqui abaixo esta a declaração oficial da Sukhoi, da Knaapo que o Su-35 possui RCS significativamente reduzida e se enquadra como um caça LO Low Observable e também CONFIRMA aquilo que o ITAE diz que fez no link acima, principalmente no canopy (é só ler o link acima e vai entender o ELECTROCONDUCTIVE CANOPY):
Low radar observability
Electroconductive canopy coating
Radar absorbent coating
Fonte: http://www.knaapo.ru/media/eng/about/pr ... et_eng.pdf
2) Sobre manutenção e custos:
Su-35 possui vida útil de 6.000 horas
Su-30 possui vida útil de 3.000 horas
Motor do Su-35 possui vida útil de 4.000 horas
Motor do Su-30 possui vida útil de 3.000 horas
Airframe do Su-35 possui alta porcentagem de materiais compósitos como liga de titânio, por isto MENOR peso, MAIOR capacidade de combustível, MAIOR capacidade de carga, MAIOR vida útil, menor necessidade de manutenção, reparos e reforços no airframe.
Airframe do Su-30 não possui porcentagem significativa de materiais compósitos. Vida útil menor. Desgaste do airframe maior. Maior necessidade de reparos e reforços.
Da mesma forma um radar PESA requer menos manutenção que um mecânico. É assim também no mundo ocidental.
Da mesma forma um motor mais novo, mais moderno e mais resistente, com vida útil muito maior, quebra menos e requer menos reparos.
A eletrônica mais moderna facilita a checagem, para detectar falhas e problemas, requerendo menos tempo de homens/hora para encontrar os problemas.
Agora, eu aproveito para quebrar o argumento do Kirk que o Su-35 é gastão por causa do consumo de combustível:
Segundo a Janes, naquele mesmo estudo que diz que o Gripen é o caça ocidental mais barato de operar, diz também que os custos de operação são basicamente divididos assim:
– 10-15% Consumable Supplies (small parts, wiring, basic electrical components)
– 20-25% Sortie Aviation Fuel
– 60-70% Depot Level Repair and Systems Maintenance
Portanto, com o Rublo valendo o que vale, tanto o Su-35 como seus equipamentos: motor, radar, peças, enfim, tudo deve ser mais barato do que os análogos ocidentais.
Se precisar comprar um radar novo, se precisar trocar o motor, etc. Tudo deve ser mais barato do que as contrapartes ocidentais. E com o aumento significativo da vida útil destas peças, motores, etc. Não será necessário uma troca em menor tempo, como ocorria com os antigos caças soviéticos.
E estas coisas (peças, sistemas, motor, radar, etc) representam MUITO no custo de hora/vôo.
Isto quem diz é a USAF e a Janes, é só olhar acima os dados e confirmar no link: http://www.stratpost.com/gripen-operati ... ters-janes
O combustível é entre 20 e 25%. A maior parte fica por conta dos consumíveis, reparos e sistemas.
E aqui esta a declaração oficial da Sukhoi/Knaapo que o Su-35 melhorou na área da manutenção:
Enhanced maintainability
Increased life time and service life of airframe
Increased engine life time
Onboard oxygen generator
Auxiliary power plant
Checkability and maintainability
Traduzindo:
A área da manutenção foi REFORÇADA
pois apresenta as seguintes melhoras:
Aumento da vida útil e do tempo de serviço do airframe
Aumento da vida útil do motor
Gerador de Oxigênio
APU
Facilidade de Checagem e Facilidade de Manutenção
Fonte: http://www.knaapo.ru/media/eng/about/pr ... et_eng.pdf
Tanto o Pak Fa quanto o Su35-S tem a mesma turbina.
Se fosse fácil como pregam eles não precisariam fazer no Pak o que fizeram para esconder o fan:
Além da sinuosidade, projetaram a aeronave com a turbina acima. Coisa que não tem como fazer no Flanker ou se fosse fazer teria que fazer uma grande mudança no projeto. Seria o mesmo que tirar o pescoço quebrado. Na impossibilidade tentaram minimizar do jeito que dá.
E outra coisa, não leve a sério informações que a Boeing conseguiu fazer com que o F-15SE tenha o mesmo rcs frontal que os caças Stealths. Assim como a Sukhoi, tentaram melhorar projetos já maduros com o que permitiam. E tentaram vender isso como a solução, porque era inviável fazer grandes mudanças. Mas na hora de desenvolver novos projetos adoraram as soluções que são conhecidas (X-32, FA-XX, Pak Fa).
No tocante a velocidades supersônicas, é bastante complicado afirmar qual dos 2 caças, se o GripenNG ou o Su-35S, é que podem mantê-las por mais tempo. O presidente da COPAC, em entrevista a revista Força Aérea num. 86, pagina 49, do ano passado (acho que vc deve ter) que a aerodinâmica empregada no Gripen já conseguiu supercruise voando a mach 1.3. Isso demonstra que é um projeto de aeronave bastante ágil.
No tocante ao custo de operação das turbinas AL41F, eles dobraram o tempo de necessidade de overhaul, saindo das curtas (do padrão ocidental de turbina militar) 500horas para 1000horas. O que é um avanço.
Não sei se vc se lembra, além do problema de ToT, as notícias daquela época apontavam também outros motivos para a desclassificação do Su35Bm da short-list (detalhe: "decepção" é diferente de "pequena").
Valor EconômicoFAB seleciona novos caças e exclui avião russo
Daniel Rittner, de Brasília
02/10/2008
A Força Aérea Brasileira (FAB) eliminou metade das propostas e selecionou três
fornecedores para a última fase do projeto F-X2, que resultará numa encomenda
inicial de 36 caças de múltiplo emprego, com entregas a partir de 2014. Passaram à
seleção final as aeronaves F-18 E/F Super Hornet (da americana Boeing), Rafale
(da francesa Dassault) e Gripen New Generation (da sueca Saab).
Em postura rara, os americanos enviaram cartas à FAB em que acenam com
transferência de tecnologia e abertura de código-fonte de componentes dos aviões.
Na correspondência com a Aeronáutica, mencionaram o excelente entendimento
político com o governo brasileiro e manifestaram intenção de tratar o país como
parceiro privilegiado na América do Sul.
Ficaram de fora da lista o caça russo Sukhoi Su-35, bem como o americano F-16
(da Lockheed Martin) e o Eurofighter Typhoon (fabricado por um consórcio
europeu). A ausência da Sukhoi surpreendeu especialistas em segurança e oficiais
da reserva que acompanharam o projeto F-X original, cancelado em janeiro de
2005, pois a aeronave russa era apontada como uma das favoritas na ocasião e
tinha a preferência do então ministro José Viegas, da Defesa.
A eliminação da Sukhoi também frustrou a diplomacia russa, que vinha costurando
uma aproximação com o Brasil na área militar e tinha o lobby dos caças como
principal item da agenda comercial da provável visita ao país do presidente Dmitri
Medvedev, prevista para fins de novembro. E enfraquece os planos do ministro de
Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, que participou da elaboração do Plano
Estratégico de Defesa, de fechar parceria com a Rússia para o desenvolvimento
conjunto de um caça de nova geração.
Com a exclusão da Sukhoi, diminuem as chances de tirar do papel essa parceria,
que chegou a constar de memorando de entendimento assinado por Mangabeira.
Coincidentemente, no início desta semana Rússia e Índia anunciaram avanços em
um projeto bilateral de desenvolvimento desse caça, cuja produção em série deve
ser iniciada em 2015.
De acordo com o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer), as
informações dos fornecedores foram recebidas em resposta aos pedidos - RFI (sigla
em inglês para "Request for Information") - enviados em junho. O processo de
análise envolveu cinco áreas: operacional, logística, técnica, compensação
comercial e transferência de tecnologia para a indústria nacional de defesa. O
Cecomsaer afirmou que não houve interferência política na seleção.
O Valor apurou que a fase seguinte de negociações deve começar no fim de
outubro, com o envio de novas cartas aos fornecedores - "Request for Proposal"
(RFP) - em que serão pedidos detalhes das propostas. A intenção da FAB é concluir
todo o processo de análise em 2009, a fim de evitar que a discussão se estenda a
2010.
Os militares temem que, em ano eleitoral e às vésperas da escolha de um novo
presidente, a compra seja adiada mais uma vez por pressão política. A aquisição
dos 36 caças deverá custar de US$ 2 bilhões a US$ 2,5 bilhões, financiados ao
longo de vários anos. O valor final depende da configuração das aeronaves e a
própria FAB diz que há "potencial" para a encomenda de 120 caças no total.
A Aeronáutica terá pela frente, na próxima década e meia, o desafio de renovar boa
parte da frota. Os Mirage 2000C, comprados de segunda-mão da França há três
anos, começam a ser desativados em 2015. A partir de 2021, será a vez dos F-5M,
que recentemente passaram por modernização pela Embraer. Em 2023 tem início a
aposentadoria dos AMX.
Cada fornecedor encaminhou à FAB de três a quatro mil páginas com as
características dos caças e as propostas iniciais ao governo brasileiro. Na avaliação
da Aeronáutica, o Sukhoi foi descrito como um "pesadelo logístico": a autonomia de
vôo decepcionou, o peso do caça carregado com armamentos chega a 30 toneladas
(contra, por exemplo, 24,5 toneladas do Rafale) e a troca de turbinas requer muito
mais horas de trabalho do que a do F-18 americano.
Na evolução das negociações, segundo apurou o Valor, a FAB tentará garantir a
abertura do código-fonte, sem restrições, do sistema de integração de armamentos
e do data-link (a troca de dados entre os caças em vôo, bem como entre eles e as
bases terrestres).
Quanto à performance dos caças pré-selecionados, a FAB avaliará, em especial,
duas características: superioridade aérea (missões de combate e escolta, que
demanda mísseis) e interdição (missões ataque em solo, que privilegiam bombas).
O Rafale agrada a muitos militares, mas tem no alto custo uma das desvantagens.
Nesse quesito, o Gripen NG é considerado imbatível, por ser o único monomotor
entre os finalistas. O problema é que até agora só existe um protótipo da aeronave,
lançada em abril. O F-18 tem maior economia de escala por já ter sido vendido a
vários países.
via: http://www.zona-militar.com/foros/threa ... 181/page-6