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Enviado: Qui Jun 22, 2006 12:06 pm
por pafuncio
1) Sempre lembrando que o Degan fala em nome próprio, não dos chilenos. Ele nunca pretendeu ser porta-voz do Chile, como frisou inúmeras vezes.

A maioria dos chilenos foi e é simpática ao Brasil, inclusive em inúmeros foros de defesa. "O nosso amigo do Pacífico", como falava Rio Branco.

A propósito, lembro do Guillermo Muñoz, figura agradável e gente boa.

2) Quanto ao mais, sigamos a discussão. Que tal criticarmos as escolhas do Chile, passadas e futuras? Eles têm alguns cadáveres no armário ...

Enviado: Qui Jun 22, 2006 12:42 pm
por Carlos Mathias
" A inveja é uma merda".

As diferenças entre fazer um filho e cuidar de uma criança!

Enviado: Qui Jun 22, 2006 2:22 pm
por AllanPSK
Durante muitos anos todo material bélico em uso na America Latina foi comprada diretamente dos paises "desenvolvidos", mais especificamente, EUA, Inglaterra, França e no caso do Perú, Russia.

Durante a década de 50 e começo dos anos 60 a FAB teve a mais poderosa Força Aérea do hemisfério Sul, equipada com caças, bomberdeiros leves e médios, transportes, treinadores e afins. 80 caças Gloster Meteor foram comprados e pagos com ALGODÃO!

Na Argentina, encontrávamos a mais poderosa força aeronaval da America Latina, com caças Corsair, Jatos Panther. Na Fueza Aera eles voavam o F-86 Sabre.

Outras Forças Aéreas da região estavam em situação semelhante, empregando equipamentos modernos e eficientes. Mas se pensarmos bem, todos estavam cuidando das crianças dos outros! Estávamos cuidando dos filhos de outros países. E os pais fazem o que querem com os filhos, indiferente a vontade das babás.

O projeto AMX significa fazer o próprio filho. Você emprega recursos, esforços continuos, planeja, sonha, estuda e se dedica integralmente. E quais são os resultados disso? Nem sempre nossos filhos correspondem a nossos anseios e expectativas, assim como não correspondemos as expectativas e anseios de nossos pais. Graças a Deus, pois a evolução se deve a tal fato.

Mas o que importa é que o filho é nosso e o conhecemos em detalhes, sabemos de suas qualidades e defeitos, seus limites e suas superações. Ainda assim, nenhum vizinho poderá nos dizer se nosso filho é bom ou ruim, pois é nosso filho. No máximo, nosso vizinho poderá reclamar do barulho que ele faz e ter medo de que as vidraças de suas janelas sejam quebradas por algum ataque de estilingue ou bola. E ataques certeiros, cirurgicos, que pegam os vizinhos de surpresa, deixando nossos filhos ocultos pela segurança que a diplomacia de seus pais lhe garantem.

Agora, cuidar das crianças de outros pais sempre trará limitações. Pode-se criar amor, carinho e a ilusão de que a cria é sua, mas a verdade é outra. Os pais sempre vão restringir o acesso total a seus filhos, mesmo para as mais excelentes babás.

E se a babá decide ficar com a criança a força, os pais farão de tudo para que isso não ocorra, transformando a relação entre a babá e as crianças num inferno. Não lhe mandarão roupas novas, alimento, instruções sobre como educar ou como agir quando a criança não obedecer as ordens da babá.

Durante muito tempo os paises da América Latina cuidam das crianças de outros pais, apenas dedicadas babás nas mãos dos pais originais. E podemos continuar assim por muito tempo...

O Projeto AMX pode ter custado caro, pode receber criticas, pode ser inferior a aeronaves como o F-16 ou Mig-29 em operações de superioridade aérea, mas este não é a profissão que seus pais se dedicaram a lhe garantir. Ele nasceu como uma aeronave de ataque, e é uma aeronave de ataque.

E só seus pais sabem de suas reais capacidades e limites...

Assim como vêem com orgulho os frutos que seus filhos lhe rendem...

Os F-16 da Venezuala estão no chão, praticamente fora de condições de vôo. Ontem alidado, hoje inimigo em potencial.

A inglaterra vendeu bombardeiros Lancaster e caças Gloster Meteor a Argentina. Anos depois, matavam pilotos de A-4, Mirage, Dagger e Nesher.

O Brasil não pode usar um simples canhão rotativo de 20mm! Isso pq somos o pais mais poderoso e influente da região. E não militarmente hoje em dia, mas economicamente e politicamente.

Quando os EUA produzem um caça para defender seu pais, não pensam se vão vender muito ou pouco aquela determinada aeronave. Podem se dar este luxo pq possuem a consciência de que sua própria sobrevivência depende dos filhos que fazem.

E eles escolhem QUEM pode cuidar, COMO podem cuidar e até QUANDO podem cuidar dos filhos produzidos em suas terras, deixado nas mãos de Babás.

Espero ter esclarecido a diferença entre FAZER UM FILHO e CUIDAR DAS CRIANÇAS DOS OUTROS.

Abraços a todos,

Allan Pasking

Brasileiro, 27 anos, pai da Geovanna, que tem 5 anos, dá muito trabalho, gera muitos gastos mas que até nos erros cometidos me deixa orgulhoso.

Re: As diferenças entre fazer um filho e cuidar de uma crian

Enviado: Qui Jun 22, 2006 3:05 pm
por Luiz Bastos
AllanPSK escreveu:Durante muitos anos todo material bélico em uso na America Latina foi comprada diretamente dos paises "desenvolvidos", mais especificamente, EUA, Inglaterra, França e no caso do Perú, Russia.

Durante a década de 50 e começo dos anos 60 a FAB teve a mais poderosa Força Aérea do hemisfério Sul, equipada com caças, bomberdeiros leves e médios, transportes, treinadores e afins. 80 caças Gloster Meteor foram comprados e pagos com ALGODÃO!

Na Argentina, encontrávamos a mais poderosa força aeronaval da America Latina, com caças Corsair, Jatos Panther. Na Fueza Aera eles voavam o F-86 Sabre.

Outras Forças Aéreas da região estavam em situação semelhante, empregando equipamentos modernos e eficientes. Mas se pensarmos bem, todos estavam cuidando das crianças dos outros! Estávamos cuidando dos filhos de outros países. E os pais fazem o que querem com os filhos, indiferente a vontade das babás.

O projeto AMX significa fazer o próprio filho. Você emprega recursos, esforços continuos, planeja, sonha, estuda e se dedica integralmente. E quais são os resultados disso? Nem sempre nossos filhos correspondem a nossos anseios e expectativas, assim como não correspondemos as expectativas e anseios de nossos pais. Graças a Deus, pois a evolução se deve a tal fato.

Mas o que importa é que o filho é nosso e o conhecemos em detalhes, sabemos de suas qualidades e defeitos, seus limites e suas superações. Ainda assim, nenhum vizinho poderá nos dizer se nosso filho é bom ou ruim, pois é nosso filho. No máximo, nosso vizinho poderá reclamar do barulho que ele faz e ter medo de que as vidraças de suas janelas sejam quebradas por algum ataque de estilingue ou bola. E ataques certeiros, cirurgicos, que pegam os vizinhos de surpresa, deixando nossos filhos ocultos pela segurança que a diplomacia de seus pais lhe garantem.

Agora, cuidar das crianças de outros pais sempre trará limitações. Pode-se criar amor, carinho e a ilusão de que a cria é sua, mas a verdade é outra. Os pais sempre vão restringir o acesso total a seus filhos, mesmo para as mais excelentes babás.

E se a babá decide ficar com a criança a força, os pais farão de tudo para que isso não ocorra, transformando a relação entre a babá e as crianças num inferno. Não lhe mandarão roupas novas, alimento, instruções sobre como educar ou como agir quando a criança não obedecer as ordens da babá.

Durante muito tempo os paises da América Latina cuidam das crianças de outros pais, apenas dedicadas babás nas mãos dos pais originais. E podemos continuar assim por muito tempo...

O Projeto AMX pode ter custado caro, pode receber criticas, pode ser inferior a aeronaves como o F-16 ou Mig-29 em operações de superioridade aérea, mas este não é a profissão que seus pais se dedicaram a lhe garantir. Ele nasceu como uma aeronave de ataque, e é uma aeronave de ataque.

E só seus pais sabem de suas reais capacidades e limites...

Assim como vêem com orgulho os frutos que seus filhos lhe rendem...

Os F-16 da Venezuala estão no chão, praticamente fora de condições de vôo. Ontem alidado, hoje inimigo em potencial.

A inglaterra vendeu bombardeiros Lancaster e caças Gloster Meteor a Argentina. Anos depois, matavam pilotos de A-4, Mirage, Dagger e Nesher.

O Brasil não pode usar um simples canhão rotativo de 20mm! Isso pq somos o pais mais poderoso e influente da região. E não militarmente hoje em dia, mas economicamente e politicamente.

Quando os EUA produzem um caça para defender seu pais, não pensam se vão vender muito ou pouco aquela determinada aeronave. Podem se dar este luxo pq possuem a consciência de que sua própria sobrevivência depende dos filhos que fazem.

E eles escolhem QUEM pode cuidar, COMO podem cuidar e até QUANDO podem cuidar dos filhos produzidos em suas terras, deixado nas mãos de Babás.

Espero ter esclarecido a diferença entre FAZER UM FILHO e CUIDAR DAS CRIANÇAS DOS OUTROS.

Abraços a todos,

Allan Pasking

Brasileiro, 27 anos, pai da Geovanna, que tem 5 anos, dá muito trabalho, gera muitos gastos mas que até nos erros cometidos me deixa orgulhoso.


Excelente defesa. Comparacao maravilhosa
Parabens
abraco
:arrow: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

Re: As diferenças entre fazer um filho e cuidar de uma crian

Enviado: Qui Jun 22, 2006 3:06 pm
por Luiz Bastos
AllanPSK escreveu:Durante muitos anos todo material bélico em uso na America Latina foi comprada diretamente dos paises "desenvolvidos", mais especificamente, EUA, Inglaterra, França e no caso do Perú, Russia.

Durante a década de 50 e começo dos anos 60 a FAB teve a mais poderosa Força Aérea do hemisfério Sul, equipada com caças, bomberdeiros leves e médios, transportes, treinadores e afins. 80 caças Gloster Meteor foram comprados e pagos com ALGODÃO!

Na Argentina, encontrávamos a mais poderosa força aeronaval da America Latina, com caças Corsair, Jatos Panther. Na Fueza Aera eles voavam o F-86 Sabre.

Outras Forças Aéreas da região estavam em situação semelhante, empregando equipamentos modernos e eficientes. Mas se pensarmos bem, todos estavam cuidando das crianças dos outros! Estávamos cuidando dos filhos de outros países. E os pais fazem o que querem com os filhos, indiferente a vontade das babás.

O projeto AMX significa fazer o próprio filho. Você emprega recursos, esforços continuos, planeja, sonha, estuda e se dedica integralmente. E quais são os resultados disso? Nem sempre nossos filhos correspondem a nossos anseios e expectativas, assim como não correspondemos as expectativas e anseios de nossos pais. Graças a Deus, pois a evolução se deve a tal fato.

Mas o que importa é que o filho é nosso e o conhecemos em detalhes, sabemos de suas qualidades e defeitos, seus limites e suas superações. Ainda assim, nenhum vizinho poderá nos dizer se nosso filho é bom ou ruim, pois é nosso filho. No máximo, nosso vizinho poderá reclamar do barulho que ele faz e ter medo de que as vidraças de suas janelas sejam quebradas por algum ataque de estilingue ou bola. E ataques certeiros, cirurgicos, que pegam os vizinhos de surpresa, deixando nossos filhos ocultos pela segurança que a diplomacia de seus pais lhe garantem.

Agora, cuidar das crianças de outros pais sempre trará limitações. Pode-se criar amor, carinho e a ilusão de que a cria é sua, mas a verdade é outra. Os pais sempre vão restringir o acesso total a seus filhos, mesmo para as mais excelentes babás.

E se a babá decide ficar com a criança a força, os pais farão de tudo para que isso não ocorra, transformando a relação entre a babá e as crianças num inferno. Não lhe mandarão roupas novas, alimento, instruções sobre como educar ou como agir quando a criança não obedecer as ordens da babá.

Durante muito tempo os paises da América Latina cuidam das crianças de outros pais, apenas dedicadas babás nas mãos dos pais originais. E podemos continuar assim por muito tempo...

O Projeto AMX pode ter custado caro, pode receber criticas, pode ser inferior a aeronaves como o F-16 ou Mig-29 em operações de superioridade aérea, mas este não é a profissão que seus pais se dedicaram a lhe garantir. Ele nasceu como uma aeronave de ataque, e é uma aeronave de ataque.

E só seus pais sabem de suas reais capacidades e limites...

Assim como vêem com orgulho os frutos que seus filhos lhe rendem...

Os F-16 da Venezuala estão no chão, praticamente fora de condições de vôo. Ontem alidado, hoje inimigo em potencial.

A inglaterra vendeu bombardeiros Lancaster e caças Gloster Meteor a Argentina. Anos depois, matavam pilotos de A-4, Mirage, Dagger e Nesher.

O Brasil não pode usar um simples canhão rotativo de 20mm! Isso pq somos o pais mais poderoso e influente da região. E não militarmente hoje em dia, mas economicamente e politicamente.

Quando os EUA produzem um caça para defender seu pais, não pensam se vão vender muito ou pouco aquela determinada aeronave. Podem se dar este luxo pq possuem a consciência de que sua própria sobrevivência depende dos filhos que fazem.

E eles escolhem QUEM pode cuidar, COMO podem cuidar e até QUANDO podem cuidar dos filhos produzidos em suas terras, deixado nas mãos de Babás.

Espero ter esclarecido a diferença entre FAZER UM FILHO e CUIDAR DAS CRIANÇAS DOS OUTROS.

Abraços a todos,

Allan Pasking

Brasileiro, 27 anos, pai da Geovanna, que tem 5 anos, dá muito trabalho, gera muitos gastos mas que até nos erros cometidos me deixa orgulhoso.


Excelente defesa. Comparacao maravilhosa
Parabens
abraco
:arrow: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

Re: As diferenças entre fazer um filho e cuidar de uma crian

Enviado: Qui Jun 22, 2006 6:24 pm
por pafuncio
AllanPSK escreveu:Durante muitos anos todo material bélico em uso na America Latina foi comprada diretamente dos paises "desenvolvidos", mais especificamente, EUA, Inglaterra, França e no caso do Perú, Russia.

Durante a década de 50 e começo dos anos 60 a FAB teve a mais poderosa Força Aérea do hemisfério Sul, equipada com caças, bomberdeiros leves e médios, transportes, treinadores e afins. 80 caças Gloster Meteor foram comprados e pagos com ALGODÃO!

Na Argentina, encontrávamos a mais poderosa força aeronaval da America Latina, com caças Corsair, Jatos Panther. Na Fueza Aera eles voavam o F-86 Sabre.

Outras Forças Aéreas da região estavam em situação semelhante, empregando equipamentos modernos e eficientes. Mas se pensarmos bem, todos estavam cuidando das crianças dos outros! Estávamos cuidando dos filhos de outros países. E os pais fazem o que querem com os filhos, indiferente a vontade das babás.

O projeto AMX significa fazer o próprio filho. Você emprega recursos, esforços continuos, planeja, sonha, estuda e se dedica integralmente. E quais são os resultados disso? Nem sempre nossos filhos correspondem a nossos anseios e expectativas, assim como não correspondemos as expectativas e anseios de nossos pais. Graças a Deus, pois a evolução se deve a tal fato.

Mas o que importa é que o filho é nosso e o conhecemos em detalhes, sabemos de suas qualidades e defeitos, seus limites e suas superações. Ainda assim, nenhum vizinho poderá nos dizer se nosso filho é bom ou ruim, pois é nosso filho. No máximo, nosso vizinho poderá reclamar do barulho que ele faz e ter medo de que as vidraças de suas janelas sejam quebradas por algum ataque de estilingue ou bola. E ataques certeiros, cirurgicos, que pegam os vizinhos de surpresa, deixando nossos filhos ocultos pela segurança que a diplomacia de seus pais lhe garantem.

Agora, cuidar das crianças de outros pais sempre trará limitações. Pode-se criar amor, carinho e a ilusão de que a cria é sua, mas a verdade é outra. Os pais sempre vão restringir o acesso total a seus filhos, mesmo para as mais excelentes babás.

E se a babá decide ficar com a criança a força, os pais farão de tudo para que isso não ocorra, transformando a relação entre a babá e as crianças num inferno. Não lhe mandarão roupas novas, alimento, instruções sobre como educar ou como agir quando a criança não obedecer as ordens da babá.

Durante muito tempo os paises da América Latina cuidam das crianças de outros pais, apenas dedicadas babás nas mãos dos pais originais. E podemos continuar assim por muito tempo...

O Projeto AMX pode ter custado caro, pode receber criticas, pode ser inferior a aeronaves como o F-16 ou Mig-29 em operações de superioridade aérea, mas este não é a profissão que seus pais se dedicaram a lhe garantir. Ele nasceu como uma aeronave de ataque, e é uma aeronave de ataque.

E só seus pais sabem de suas reais capacidades e limites...

Assim como vêem com orgulho os frutos que seus filhos lhe rendem...

Os F-16 da Venezuala estão no chão, praticamente fora de condições de vôo. Ontem alidado, hoje inimigo em potencial.

A inglaterra vendeu bombardeiros Lancaster e caças Gloster Meteor a Argentina. Anos depois, matavam pilotos de A-4, Mirage, Dagger e Nesher.

O Brasil não pode usar um simples canhão rotativo de 20mm! Isso pq somos o pais mais poderoso e influente da região. E não militarmente hoje em dia, mas economicamente e politicamente.

Quando os EUA produzem um caça para defender seu pais, não pensam se vão vender muito ou pouco aquela determinada aeronave. Podem se dar este luxo pq possuem a consciência de que sua própria sobrevivência depende dos filhos que fazem.

E eles escolhem QUEM pode cuidar, COMO podem cuidar e até QUANDO podem cuidar dos filhos produzidos em suas terras, deixado nas mãos de Babás.

Espero ter esclarecido a diferença entre FAZER UM FILHO e CUIDAR DAS CRIANÇAS DOS OUTROS.

Abraços a todos,

Allan Pasking

Brasileiro, 27 anos, pai da Geovanna, que tem 5 anos, dá muito trabalho, gera muitos gastos mas que até nos erros cometidos me deixa orgulhoso.


Belo texto, parceiro. Um abraço e parabéns.

Alexandre, pai do Arthur, com 10 meses, futuro piloto do Sukhoi Su-57 ...

Re: As diferenças entre fazer um filho e cuidar de uma crian

Enviado: Qui Jun 22, 2006 6:35 pm
por Sideshow
AllanPSK escreveu:Durante muitos anos todo material bélico em uso na America Latina foi comprada diretamente dos paises "desenvolvidos", mais especificamente, EUA, Inglaterra, França e no caso do Perú, Russia.

Durante a década de 50 e começo dos anos 60 a FAB teve a mais poderosa Força Aérea do hemisfério Sul, equipada com caças, bomberdeiros leves e médios, transportes, treinadores e afins. 80 caças Gloster Meteor foram comprados e pagos com ALGODÃO!

Na Argentina, encontrávamos a mais poderosa força aeronaval da America Latina, com caças Corsair, Jatos Panther. Na Fueza Aera eles voavam o F-86 Sabre.

Outras Forças Aéreas da região estavam em situação semelhante, empregando equipamentos modernos e eficientes. Mas se pensarmos bem, todos estavam cuidando das crianças dos outros! Estávamos cuidando dos filhos de outros países. E os pais fazem o que querem com os filhos, indiferente a vontade das babás.

O projeto AMX significa fazer o próprio filho. Você emprega recursos, esforços continuos, planeja, sonha, estuda e se dedica integralmente. E quais são os resultados disso? Nem sempre nossos filhos correspondem a nossos anseios e expectativas, assim como não correspondemos as expectativas e anseios de nossos pais. Graças a Deus, pois a evolução se deve a tal fato.

Mas o que importa é que o filho é nosso e o conhecemos em detalhes, sabemos de suas qualidades e defeitos, seus limites e suas superações. Ainda assim, nenhum vizinho poderá nos dizer se nosso filho é bom ou ruim, pois é nosso filho. No máximo, nosso vizinho poderá reclamar do barulho que ele faz e ter medo de que as vidraças de suas janelas sejam quebradas por algum ataque de estilingue ou bola. E ataques certeiros, cirurgicos, que pegam os vizinhos de surpresa, deixando nossos filhos ocultos pela segurança que a diplomacia de seus pais lhe garantem.

Agora, cuidar das crianças de outros pais sempre trará limitações. Pode-se criar amor, carinho e a ilusão de que a cria é sua, mas a verdade é outra. Os pais sempre vão restringir o acesso total a seus filhos, mesmo para as mais excelentes babás.

E se a babá decide ficar com a criança a força, os pais farão de tudo para que isso não ocorra, transformando a relação entre a babá e as crianças num inferno. Não lhe mandarão roupas novas, alimento, instruções sobre como educar ou como agir quando a criança não obedecer as ordens da babá.

Durante muito tempo os paises da América Latina cuidam das crianças de outros pais, apenas dedicadas babás nas mãos dos pais originais. E podemos continuar assim por muito tempo...

O Projeto AMX pode ter custado caro, pode receber criticas, pode ser inferior a aeronaves como o F-16 ou Mig-29 em operações de superioridade aérea, mas este não é a profissão que seus pais se dedicaram a lhe garantir. Ele nasceu como uma aeronave de ataque, e é uma aeronave de ataque.

E só seus pais sabem de suas reais capacidades e limites...

Assim como vêem com orgulho os frutos que seus filhos lhe rendem...

Os F-16 da Venezuala estão no chão, praticamente fora de condições de vôo. Ontem alidado, hoje inimigo em potencial.

A inglaterra vendeu bombardeiros Lancaster e caças Gloster Meteor a Argentina. Anos depois, matavam pilotos de A-4, Mirage, Dagger e Nesher.

O Brasil não pode usar um simples canhão rotativo de 20mm! Isso pq somos o pais mais poderoso e influente da região. E não militarmente hoje em dia, mas economicamente e politicamente.

Quando os EUA produzem um caça para defender seu pais, não pensam se vão vender muito ou pouco aquela determinada aeronave. Podem se dar este luxo pq possuem a consciência de que sua própria sobrevivência depende dos filhos que fazem.

E eles escolhem QUEM pode cuidar, COMO podem cuidar e até QUANDO podem cuidar dos filhos produzidos em suas terras, deixado nas mãos de Babás.

Espero ter esclarecido a diferença entre FAZER UM FILHO e CUIDAR DAS CRIANÇAS DOS OUTROS.

Abraços a todos,

Allan Pasking

Brasileiro, 27 anos, pai da Geovanna, que tem 5 anos, dá muito trabalho, gera muitos gastos mas que até nos erros cometidos me deixa orgulhoso.


Otimo texto :wink:

E seja bem vindo.

Re: As diferenças entre fazer um filho e cuidar de uma crian

Enviado: Qui Jun 22, 2006 6:40 pm
por chm0d
AllanPSK escreveu:Durante muitos anos todo material bélico em uso na America Latina foi comprada diretamente dos paises "desenvolvidos", mais especificamente, EUA, Inglaterra, França e no caso do Perú, Russia.

Durante a década de 50 e começo dos anos 60 a FAB teve a mais poderosa Força Aérea do hemisfério Sul, equipada com caças, bomberdeiros leves e médios, transportes, treinadores e afins. 80 caças Gloster Meteor foram comprados e pagos com ALGODÃO!

Na Argentina, encontrávamos a mais poderosa força aeronaval da America Latina, com caças Corsair, Jatos Panther. Na Fueza Aera eles voavam o F-86 Sabre.

Outras Forças Aéreas da região estavam em situação semelhante, empregando equipamentos modernos e eficientes. Mas se pensarmos bem, todos estavam cuidando das crianças dos outros! Estávamos cuidando dos filhos de outros países. E os pais fazem o que querem com os filhos, indiferente a vontade das babás.

O projeto AMX significa fazer o próprio filho. Você emprega recursos, esforços continuos, planeja, sonha, estuda e se dedica integralmente. E quais são os resultados disso? Nem sempre nossos filhos correspondem a nossos anseios e expectativas, assim como não correspondemos as expectativas e anseios de nossos pais. Graças a Deus, pois a evolução se deve a tal fato.

Mas o que importa é que o filho é nosso e o conhecemos em detalhes, sabemos de suas qualidades e defeitos, seus limites e suas superações. Ainda assim, nenhum vizinho poderá nos dizer se nosso filho é bom ou ruim, pois é nosso filho. No máximo, nosso vizinho poderá reclamar do barulho que ele faz e ter medo de que as vidraças de suas janelas sejam quebradas por algum ataque de estilingue ou bola. E ataques certeiros, cirurgicos, que pegam os vizinhos de surpresa, deixando nossos filhos ocultos pela segurança que a diplomacia de seus pais lhe garantem.

Agora, cuidar das crianças de outros pais sempre trará limitações. Pode-se criar amor, carinho e a ilusão de que a cria é sua, mas a verdade é outra. Os pais sempre vão restringir o acesso total a seus filhos, mesmo para as mais excelentes babás.

E se a babá decide ficar com a criança a força, os pais farão de tudo para que isso não ocorra, transformando a relação entre a babá e as crianças num inferno. Não lhe mandarão roupas novas, alimento, instruções sobre como educar ou como agir quando a criança não obedecer as ordens da babá.

Durante muito tempo os paises da América Latina cuidam das crianças de outros pais, apenas dedicadas babás nas mãos dos pais originais. E podemos continuar assim por muito tempo...

O Projeto AMX pode ter custado caro, pode receber criticas, pode ser inferior a aeronaves como o F-16 ou Mig-29 em operações de superioridade aérea, mas este não é a profissão que seus pais se dedicaram a lhe garantir. Ele nasceu como uma aeronave de ataque, e é uma aeronave de ataque.

E só seus pais sabem de suas reais capacidades e limites...

Assim como vêem com orgulho os frutos que seus filhos lhe rendem...

Os F-16 da Venezuala estão no chão, praticamente fora de condições de vôo. Ontem alidado, hoje inimigo em potencial.

A inglaterra vendeu bombardeiros Lancaster e caças Gloster Meteor a Argentina. Anos depois, matavam pilotos de A-4, Mirage, Dagger e Nesher.

O Brasil não pode usar um simples canhão rotativo de 20mm! Isso pq somos o pais mais poderoso e influente da região. E não militarmente hoje em dia, mas economicamente e politicamente.

Quando os EUA produzem um caça para defender seu pais, não pensam se vão vender muito ou pouco aquela determinada aeronave. Podem se dar este luxo pq possuem a consciência de que sua própria sobrevivência depende dos filhos que fazem.

E eles escolhem QUEM pode cuidar, COMO podem cuidar e até QUANDO podem cuidar dos filhos produzidos em suas terras, deixado nas mãos de Babás.

Espero ter esclarecido a diferença entre FAZER UM FILHO e CUIDAR DAS CRIANÇAS DOS OUTROS.

Abraços a todos,

Allan Pasking

Brasileiro, 27 anos, pai da Geovanna, que tem 5 anos, dá muito trabalho, gera muitos gastos mas que até nos erros cometidos me deixa orgulhoso.


Excelente texto, parabens.

Abs.

Enviado: Qui Jun 22, 2006 7:42 pm
por alex
Só que o pai(governo) que gerou o AMX desistiu de gerar um outro filho na forma de jato .....não quis usar a experiência para criar um novo filho com maiores qualidades que o anterior enquanto a mãe (Embraer) quer que o pai gaste mais dinheiro para subsidiar outro futuro filho (Rafale) sem que seu amante(Dassault) ponha um vintém ....

:D :D
Novela da vida real.....

Enviado: Qui Jun 22, 2006 7:50 pm
por Carlos Lima
AllanPSK escreveu:
Durante muitos anos todo material bélico em uso na America Latina foi comprada diretamente dos paises "desenvolvidos", mais especificamente, EUA, Inglaterra, França e no caso do Perú, Russia.

Durante a década de 50 e começo dos anos 60 a FAB teve a mais poderosa Força Aérea do hemisfério Sul, equipada com caças, bomberdeiros leves e médios, transportes, treinadores e afins. 80 caças Gloster Meteor foram comprados e pagos com ALGODÃO!

Na Argentina, encontrávamos a mais poderosa força aeronaval da America Latina, com caças Corsair, Jatos Panther. Na Fueza Aera eles voavam o F-86 Sabre.

Outras Forças Aéreas da região estavam em situação semelhante, empregando equipamentos modernos e eficientes. Mas se pensarmos bem, todos estavam cuidando das crianças dos outros! Estávamos cuidando dos filhos de outros países. E os pais fazem o que querem com os filhos, indiferente a vontade das babás.

O projeto AMX significa fazer o próprio filho. Você emprega recursos, esforços continuos, planeja, sonha, estuda e se dedica integralmente. E quais são os resultados disso? Nem sempre nossos filhos correspondem a nossos anseios e expectativas, assim como não correspondemos as expectativas e anseios de nossos pais. Graças a Deus, pois a evolução se deve a tal fato.

Mas o que importa é que o filho é nosso e o conhecemos em detalhes, sabemos de suas qualidades e defeitos, seus limites e suas superações. Ainda assim, nenhum vizinho poderá nos dizer se nosso filho é bom ou ruim, pois é nosso filho. No máximo, nosso vizinho poderá reclamar do barulho que ele faz e ter medo de que as vidraças de suas janelas sejam quebradas por algum ataque de estilingue ou bola. E ataques certeiros, cirurgicos, que pegam os vizinhos de surpresa, deixando nossos filhos ocultos pela segurança que a diplomacia de seus pais lhe garantem.

Agora, cuidar das crianças de outros pais sempre trará limitações. Pode-se criar amor, carinho e a ilusão de que a cria é sua, mas a verdade é outra. Os pais sempre vão restringir o acesso total a seus filhos, mesmo para as mais excelentes babás.

E se a babá decide ficar com a criança a força, os pais farão de tudo para que isso não ocorra, transformando a relação entre a babá e as crianças num inferno. Não lhe mandarão roupas novas, alimento, instruções sobre como educar ou como agir quando a criança não obedecer as ordens da babá.

Durante muito tempo os paises da América Latina cuidam das crianças de outros pais, apenas dedicadas babás nas mãos dos pais originais. E podemos continuar assim por muito tempo...

O Projeto AMX pode ter custado caro, pode receber criticas, pode ser inferior a aeronaves como o F-16 ou Mig-29 em operações de superioridade aérea, mas este não é a profissão que seus pais se dedicaram a lhe garantir. Ele nasceu como uma aeronave de ataque, e é uma aeronave de ataque.

E só seus pais sabem de suas reais capacidades e limites...

Assim como vêem com orgulho os frutos que seus filhos lhe rendem...

Os F-16 da Venezuala estão no chão, praticamente fora de condições de vôo. Ontem alidado, hoje inimigo em potencial.

A inglaterra vendeu bombardeiros Lancaster e caças Gloster Meteor a Argentina. Anos depois, matavam pilotos de A-4, Mirage, Dagger e Nesher.

O Brasil não pode usar um simples canhão rotativo de 20mm! Isso pq somos o pais mais poderoso e influente da região. E não militarmente hoje em dia, mas economicamente e politicamente.

Quando os EUA produzem um caça para defender seu pais, não pensam se vão vender muito ou pouco aquela determinada aeronave. Podem se dar este luxo pq possuem a consciência de que sua própria sobrevivência depende dos filhos que fazem.

E eles escolhem QUEM pode cuidar, COMO podem cuidar e até QUANDO podem cuidar dos filhos produzidos em suas terras, deixado nas mãos de Babás.

Espero ter esclarecido a diferença entre FAZER UM FILHO e CUIDAR DAS CRIANÇAS DOS OUTROS.

Abraços a todos,

Allan Pasking

Brasileiro, 27 anos, pai da Geovanna, que tem 5 anos, dá muito trabalho, gera muitos gastos mas que até nos erros cometidos me deixa orgulhoso.



Arrebentou cara! Excelente texo!

[]s

CB_Lima

Enviado: Qui Jun 22, 2006 7:52 pm
por Bolovo
Ah, o que quebrou a EMBRAER de vez não foi o AMX, mas sim o CBA-123, que tinha um otimo conceito, mas nasceu na epoca errada.

Esse foi o fundo do poço pra EMBRAER, mas mesmo assim, o CBA-123 foi importante para nós, que usamos hoje nos E-Jets: ele tinha Fly-by-wire.

Enviado: Qui Jun 22, 2006 7:55 pm
por Carlos Lima
Mais um...

O Xingú também foi um mal projeto para a Embraer...

Não existia mercado para ele! Se eu não me engano também não deu dinheiro.

[]s

CB_Lima

Enviado: Qui Jun 22, 2006 8:10 pm
por Bolovo
cb_lima escreveu:Mais um...

O Xingú também foi um mal projeto para a Embraer...

Não existia mercado para ele! Se eu não me engano também não deu dinheiro.

[]s

CB_Lima

A EMBRAER vendeu uns 100 Xingu pra Marinha Francesa, não?!

Não acho que o Xingu foi um "fracasso".

Enviado: Qui Jun 22, 2006 8:17 pm
por The Baaz
cb_lima escreveu:Mais um...

O Xingú também foi um mal projeto para a Embraer...

Não existia mercado para ele! Se eu não me engano também não deu dinheiro.

[]s

CB_Lima


O Xingu serviu como experiencia para a Embraer trabalhar com estruturas, pressurização, etc. Dele nasceu o Brasília que foi um sucesso comercial, não tão grande como o Bandeirante ou a família ERJ-145, mas conseguiu um bom nicho do mercado da sua categoria.

Enviado: Qui Jun 22, 2006 8:22 pm
por Bolovo
The Baaz escreveu:
cb_lima escreveu:Mais um...

O Xingú também foi um mal projeto para a Embraer...

Não existia mercado para ele! Se eu não me engano também não deu dinheiro.

[]s

CB_Lima


O Xingu serviu como experiencia para a Embraer trabalhar com estruturas, pressurização, etc. Dele nasceu o Brasília que foi um sucesso comercial, não tão grande como o Bandeirante ou a família ERJ-145, mas conseguiu um bom nicho do mercado da sua categoria.

Tem um piloto de provas da EMBRAER, que conversa direto com o meu irmão, que diz que o Brasilia foi a MELHOR aeronave já feita por nós. E ele disse que a EMBRAER está pensando em projetar um novo turbohélice no futuro.