Alguns dos itens abaixo podem e\ou poderiam ser nacionalizados ou terem produção\manutenção no Brasil.
Características do helicóptero ATAK 2:
Classe de 8-10 toneladas
2 motores turboeixo (TS3000x2=6.000 HP) - manutenção local até nível check D
1.200kg. Carga útil (munição), excluindo lançadores
Haverá um teto de serviço de 20.000 pés
Capacidade HOGE (6000 pés, 35°C @MTOW)
Tripulação 2 Pilotos
Velocidade máxima 172 Kts
6 Estação de Ala
Cabina blindada resistente a munições de 12,7 mm - produção e manutenção local com compostos balísticos nacionais
Capacidade Operacional: -40/+50 C Dia/Noite
Proteção balística contra munição de 12,7 mm - produção e manutenção local com compostos balísticos nacionais
Capacidade de servir em condições de alta temperatura e alta altitude
Resistente a Fatores Ambientais - manutenção local
Sistemas avançados de guerra eletrônica e contramedidas - produção e manutenção local conforme projeto HX-BR
Canhão de 30 mm de alto calibre, foguete de última geração de 2,75 polegadas, mísseis antitanque de longo alcance com diferentes sistemas de orientação e sistemas de mísseis ar-ar - produção e manutenção local conforme itens a serem definidos para a versão ATAK 2 BR
Equipamento básico ATAK 2
Piloto automático de 4 eixos - manutenção local
Arquitetura de aviônicos modulares - produção e manutenção local
Sistema de Detecção de Alvos - manutenção local - AEL\ARES
Sistema de imagem integrado de capacete - manutenção local - AEL
Sistemas de armas ATAK 2
Arma de 30 mm - manutenção local
Foguete Não Guiado de 2,75" - produção e manutenção local
Foguete Guiado de 2,75" - produção e manutenção local
Míssil antitanque - manutenção local
Míssil Ar-Ar - manutenção local
Cargas ATAK 2
Sistema de Contramedidas Infravermelhos - manutenção local
Aselflir Reconnaissance Surveillance and Targeting System - produção e\ou manutenção local
Sistema de contramedidas de queima - produção e\ou manutenção local
Radar de onda milimétrica (mildar) - manutenção local
Sistema de Detecção de Obstáculos de Helicóptero
Além dos sistemas acima, ainda podem ser alocados outros de origem nacional como o Link BR2, RDS - rádio definido por software, sistema C2 do exército, e por aí vamos. Há outras empresas, principalmente as ligadas à EDS com expertise em sistemas operacionais, além de EW e ISR.
Também vejo alguma possibilidade de partes e peças do helo poderem ser produzidos localmente a depender, claro, das quantidades de helos que fossem adquridos.
No meu mundinho particular, 112 helos estaria de bom tamanho para equipar 8 esquadrões de ataque para equipar os Bavex que deveriam existir para cobrir os comandos militares de área.
Mas isso sou eu pensando alto aqui com os meus botões.
Re: Aviação do Exército
Enviado: Seg Nov 21, 2022 10:16 pm
por Viktor Reznov
A Coréia do Sul tem uma alternativa pra nós na forma do KAI Marineon. Aí seria mais como um helicóptero de assalto aerotransportado, como o Hind, do que um helicóptero dedicado de ataque.
Re: Aviação do Exército
Enviado: Ter Nov 22, 2022 12:51 am
por Vinícius Almeida
Helicóptero honesto. É uma pena ver como não seguimos o caminho do desenvolvimento, a nossa indústria teria plenas condições de tocar um vetor como esse KAI Surion.
Re: Aviação do Exército
Enviado: Qua Nov 23, 2022 10:32 am
por FCarvalho
Vinícius Almeida escreveu: ↑Ter Nov 22, 2022 12:51 am
Helicóptero honesto. É uma pena ver como não seguimos o caminho do desenvolvimento, a nossa indústria teria plenas condições de tocar um vetor como esse KAI Surion.
Até onde se sabe, houve uma única tentativa da Embraer na seara das asas rotativas em uma parceria com a AgustaWesland anos atrás, mas que não prosperou. Teria sido a meu ver um grande investimento.
Hoje, tirando a Embraer não existe no país empresas capazes de fazer algo concreto em helos para o mercado nacional e internacional.
Perdemos uma chance excelente quando uma starup suíça criou ou SH-09, que tem todas as qualidades necessárias para ser um grande sucesso em sua categoria. Mas a Leonardo foi mais rápida e levou o projeto, e a empresa.
Falou-se à época do lançamento que estavam interessados em uma linha de produção no Brasil. Mas ninguém deu bola, dado que o investimento teria que ser algo pesado para a nossa demagógica realidade financeira. A Embraer poderia ter assumido esse papel com muito menos custos e trabalho caso tivesse apostado nele. E ainda geraria um baita concorrente para a Helibrás. No mercado brasileiro o SH-09 teria com certeza espaço de sobra tanto público, como parapublico e privado.
Exemplo disso é que até hoje se discute uma versão aérea do SAMU nos estados, mas que nunca anda para frente. E como os governos estaduais e municipais nunca investem nada no setor que não seja com recursos federais, estaria aí um bom pontapé inicial para abrir uma linha de produção no Brasil daquele helo. Mas isso agora são história...
Re: Aviação do Exército
Enviado: Qua Nov 23, 2022 10:40 am
por FCarvalho
Viktor Reznov escreveu: ↑Seg Nov 21, 2022 10:16 pm
A Coréia do Sul tem uma alternativa pra nós na forma do KAI Marineon. Aí seria mais como um helicóptero de assalto aerotransportado, como o Hind, do que um helicóptero dedicado de ataque.
Eu aqui ainda prefiro o HInd.
Mas o AW-159 já quebrava um galho.
Re: Aviação do Exército
Enviado: Qua Nov 23, 2022 11:11 am
por FCarvalho
Falando em requisitos operacionais para um helo de ataque, a Avex ainda não emitiu nenhum documento neste sentido, mas basicamente não testamos ainda apenas o Tiger da Airbus Helicopters, o Z-10ME chinês modernizado, o Mi-28NM, que ainda não está operacional, e os novos modelos turco e italiano, que devem entrar em operação apenas na segunda metade desta década. Neste sentido, é lícito pensar que turcos e italianos nos convidem para um test drive em seus novos produtos assim que estiverem disponíveis em 1 ou 2 anos. Até lá, sobra-nos tempo para ver outras possibilidades.
Como no caso dos ROB\RTLI da VBC CAV, e paralelamente, dos futuros requisitos para a VBC CC e VBC FUZ, há de admitir-se que tais documentos sejam também bastante exigentes no que tange os requisitos técnicos, industriais e logísticos, de forma a permitir a maior participação possível da BID e da indústria local, garantindo maior independência operacional, logística e tecnológica para nós.
Com relação a estes aspectos, além dos candidatos já testados oficialmente, e dos acima mencionados, se mantida a atual linha de orientação dos doc emitidos pelo exército, não vejo muita chance do AH-1Z neste processo, no caso de compra de vetores novos de fábrica. Sua única vantagem é a financeira, mas é só.
Já russos e chineses tem o desafio de tentar convencer os militares de que podem ser tão ou mais fiáveis enquanto fornecedores para o mercado militar brasileiro. Já temos a experiência dos Hind por aqui, e isso é um ponto a favor dos russos, enquanto os chineses ainda precisam provar na prática que conseguem manter relações produtivas com a BID, o MD, e as forças armadas com seus requisitos. A participação no VBC CAV está sendo um bom teste para eles.
O caso turco é emblemático, já que não temos cultura de negócios em defesa com eles, mas ao mesmo tempo a indústria turca mostra-se pulsante e muito rica em termos de soluções e parcerias em produtos e projetos. E eles são bastante assertivos na promoção de seus produtos, vide a presença do T-129 no Brasil, que teve uma ótima repercussão na Avex e no próprio comando do EB. A ver se eles repetem a dose e até melhoram suas ofertas com o novo T-130 ATAK II. As possibilidades de negócios do tipo ganha-ganha são inúmeras.
Resta dizer que a Leonardo não precisa de apresentações no Brasil e menos ainda às forças armadas. Velhos conhecidos e parceiros dos militares há décadas, podemos dizer que já sabem como a banda toca por aqui, e são conhecedores profundos dos processos de aquisição militares nacionais. A saber como e se eles irão possibilitar o envolvimento da BID e da indústria, além de tot e off set de praxe quando da publicação dos requisitos para o futuro helo de ataque do exército. Mas tenho aqui comigo que de antemão eles já sabem muito bem o que o exército procura e quais as suas condicionantes para emplacar o AW-249 na Avex, e talvez até mesmo na aviação naval.
Por fim, é preciso dizer que uma aquisição dupla para Avex e AN seria algo a ser pensado em termos de requisitos comuns para ambas as forças, de forma a possibilitar-nos maior capacidade de negociação em uma eventual compra de novos vetores, já que com apenas 36 planejados na Avex não dá para exigir muita coisa. A não ser que o exército tenha em perspectiva concreta aumentar tal número no longo prazo. Neste aspecto, como na teoria uma esquadrilha ou esquadrão, não sei, de helos de ataque na Avex seriam equipados com 12 helos, e tendo 4 Bavex, seria importante que se pudesse chegar até 48 unidades. Comprar 36 com 12 opcionais é algo a se pensar. Idem para a AN, que tem hoje 6 batalhões de inf fuz nvs a apoiar na prática. Uma esquadrilha de 4 a 6 helos para cada OM seria um objetivo plausível a se alcançar.
Vinícius Almeida escreveu: ↑Ter Nov 22, 2022 12:51 am
Helicóptero honesto. É uma pena ver como não seguimos o caminho do desenvolvimento, a nossa indústria teria plenas condições de tocar um vetor como esse KAI Surion.
Até onde se sabe, houve uma única tentativa da Embraer na seara das asas rotativas em uma parceria com a AgustaWesland anos atrás, mas que não prosperou. Teria sido a meu ver um grande investimento.
Hoje, tirando a Embraer não existe no país empresas capazes de fazer algo concreto em helos para o mercado nacional e internacional.
Perdemos uma chance excelente quando uma starup suíça criou ou SH-09, que tem todas as qualidades necessárias para ser um grande sucesso em sua categoria. Mas a Leonardo foi mais rápida e levou o projeto, e a empresa.
Falou-se à época do lançamento que estavam interessados em uma linha de produção no Brasil. Mas ninguém deu bola, dado que o investimento teria que ser algo pesado para a nossa demagógica realidade financeira. A Embraer poderia ter assumido esse papel com muito menos custos e trabalho caso tivesse apostado nele. E ainda geraria um baita concorrente para a Helibrás. No mercado brasileiro o SH-09 teria com certeza espaço de sobra tanto público, como parapublico e privado.
Exemplo disso é que até hoje se discute uma versão aérea do SAMU nos estados, mas que nunca anda para frente. E como os governos estaduais e municipais nunca investem nada no setor que não seja com recursos federais, estaria aí um bom pontapé inicial para abrir uma linha de produção no Brasil daquele helo. Mas isso agora são história...
No campo da aviação civil, a Embraer está fazendo uma aposta mais disruptiva através do "carro voador" (EVE). Se der certo, o mercado para helicópteros civis deverá diminuir bastante e a Embraer terá em suas mãos uma tecnologia que aponta para o futuro.
Viktor Reznov escreveu: ↑Seg Nov 21, 2022 10:16 pm
A Coréia do Sul tem uma alternativa pra nós na forma do KAI Marineon. Aí seria mais como um helicóptero de assalto aerotransportado, como o Hind, do que um helicóptero dedicado de ataque.
Eu aqui ainda prefiro o HInd.
Mas o AW-159 já quebrava um galho.
Realmente, mesmo sem o canhão frontal, um Wildcat com 5 mísseis Martlet em cada asa dá pra fazer um estrago grande no inimigo.
Re: Aviação do Exército
Enviado: Sex Nov 25, 2022 12:40 pm
por FCarvalho
E ainda seria um baita vetor para os futuros NaPaOc que a MB quer. Se chegarmos às 12 unidades pretendidas, seria o caso de demandar até 18 helos novos de fábrica.
Como não vamos ter uma esquadra que preste mesmo, é bom dotar qualquer navio que nos chegue às mãos com o melhor que pudermos dispor.
E o Linx já está por aqui há mais de 40 anos. Não precisa de apresentações.
Re: Aviação do Exército
Enviado: Sex Nov 25, 2022 2:40 pm
por Fábio Machado
Para mim, a solução de ataque para o EB é essa aqui:
O LAH Coreano está baseado numa plataforma que o EB domina de cor e salteado, seria mais barato e de fácil manutenção. Além disso, a KAI e a Helibrás poderiam facilmente entrar em acordo nessa. Acho que estaria mais do que resolvido.
Re: Aviação do Exército
Enviado: Sex Nov 25, 2022 7:01 pm
por FCarvalho
Isso aí que os sul coreanos fizeram com o Panther o EB quer fazer já faz tempo com os AH-1 Fennec, usando o Spike LR de preferência. Falta é grana para comprar os mísseis e os cabides, que poderia ser o HForce da própria Airbus, ou um sistema israelense.
Com a compra dos Spike LR talvez seja possível vislumbrar uma solução definitiva para isso de helo de ataque no EB. Pelo menos para "manter doutrina".
Com a expectativa de os primeiros helos de ataque puro entrarem em serviço a partir de 2031, supõem-se que ROB, RTLI, RFI e afins devem começar a sair em 2 ou 3 anos, a fim de que o processo de compra possa ser feito entre 2028 e 2029.
O próximo planejamento estratégico do EB será de 2024 a 2028. É possível que vejamos nele já inserido a questão da compra efetiva destes helos.
Como tudo aqui sai a conta gotas, receber 36 unidades como está na agenda pode levar coisa de uns 10 anos, pelo menos.
Re: Aviação do Exército
Enviado: Sex Nov 25, 2022 7:07 pm
por FCarvalho
Eu acredito que colocar uma destas na lateral dos Fennec já resolvia muita coisa. A minigun 7,62 seria uma ótima escolha.
Creio que a .50 não seria viável nos Fennec por serem helos pequenos e leves.
Re: Aviação do Exército
Enviado: Sex Dez 02, 2022 1:15 pm
por Lucubus
Aviação do Exército recebe SARPs categorias 0 e 1
Re: Aviação do Exército
Enviado: Sex Dez 02, 2022 3:29 pm
por FCarvalho
Não é por nada, mas isso de colocar nas mãos da Avex todo o controle e gestão de VANT no exército é no mínimo um tiro no pé, já que este tipo de vetor pode ser usado por qualquer tipo de OM.
Não sei se é apenas burrocracia (porque voa então tem que ter "piloto") ou apenas falta de visão mesmo.
Qualquer um "pilota" drones nesta categoria, e mesmo os maiores com não é necessário ter curso de pilotagem e nem de aeronáutica para saber operar.
No final das contas estamos indo, como sempre, no devagar e sempre.
Só espero que a história não nos venha mostrar que esse afinco ferrenho do EB à burrocracias, documentos e doutrina acabe nos deixando na mão quando mais precisarmos.