Eu vi o jornal local ontem. A quantidade armas apreendida é absurda. Pistolas e revólvers de todos os sabores. Muitas armas velhas, mas também muita coisa nova. A quantidade de munição apreendida dá para começar uma guerra. Acho que nem o paiol do Complexo do Alemão tem tanta arma. Impressionante mesmo.
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Aqui tem o vídeo que mostra bem o material. É impressionante:
http://mediacenter.clicrbs.com.br/templ ... channel=45
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora ... ction=1001
CHUMBO GROSSO
PF desmonta esquema de venda de armas na Capital
Colecionadores repassavam a clubes de tiros e armarias arsenal que tinha registro de furto ou roubo
Ao investigar por um ano a rotina de clubes de tiros e armarias, a Polícia Federal (PF) descobriu um esquema de venda ilegal de armamento em Porto Alegre. Deflagrada ontem, a Operação Chumbo Grosso
apreendeu mais de 500 armas – cerca de 300 delas em apenas uma residência da Capital. Agentes também recolheram equipamentos para recarga de munição. Oito pessoas foram autuadas em flagrante por posse ilegal de armas.
A PF monitorou cerca de 20 suspeitos, entre integrantes de clubes de tiro, colecionadores e armeiros (profissionais que consertam armas). Escutas revelaram que pistolas, revólveres e espingardas eram vendidas por 60% do preço praticado em lojas regulares. As gravações também indicam a existência de um comércio de armas de guerra, como fuzis.
– Parte dessas armas chegava ao mundo do crime por intermediários ou por venda direta a criminosos – afirmou o delegado Cristiano Gobbo.
Parte do arsenal vendido nestes locais era composto por armas trazidas de fora do país em pequenas quantidades por traficantes, usando as vias aérea e terrestre. O restante seriam armas dadas como furtadas ou roubadas que eram oferecidas no mercado negro pelos próprios donos.
– Colecionadores que podem ter mais de uma arma registravam uma ocorrência de furto e deixavam as armas nestes locais para serem revendidas – disse Gobbo.
A contabilidade da operação – que cumpriu 11 mandados de busca e apreensão na Capital e um em Cruz Alta – não havia sido encerrada ontem. Parte dos 50 policiais que participaram da ação também auxiliaram na conferência do arsenal apreendido, que inclui, pelo menos, seis fuzis.
– Nem todas as armas recolhidas estão irregulares. Vamos analisar a situação de cada uma – disse Gobbo.
O próximo passo da PF será ouvir os proprietários das armas com registro de furto ou roubo apreendidas em oficinas e residências de colecionadores. Eles terão de explicar em detalhes como a arma desapareceu.
Entre os presos está um major do Exército, de Porto Alegre, dono da maior parte das armas longas (espingardas e fuzis). Ele se apresentou como colecionador regulamentado.
Os nomes dos presos e de oficinas e clubes de tiro não foram divulgados.
CHUMBO GROSSO
Recargas abasteciam quadrilhas
Além das armas que migravam para as mãos de criminosos, o uso de máquinas de recarga de munição no abastecimento de quadrilhas de assaltantes que atuam na Região Metropolitana preocupava os policiais.
Quatro desses equipamentos foram apreendidos pela Polícia Federal.
– Acreditamos que parte da munição recarregada nesses equipamentos manuais era vendida para criminosos – afirmou o delegado Cristiano Gobbo.
As máquinas foram encontradas em residências de colecionadores que não tinham autorização do Exército. Agora, a investigação deve apurar se nesses locais eram recarrecados cartuchos para uso próprio dos colecionadores ou se as munições eram repassadas a criminosos a um custo mais baixo do que os praticados em lojas uruguaias, na fronteira com o Brasil, ou em lojas especializadas na Capital, onde a venda é controlada.