Uma ideia que sempre me ocorre é a perda de oportunidade que estamos tendo em relação ao desenvolvimento deste helo turco, já que por aqui conseguimos, mesmo pagando o olho da cara, colocar quase tudo que queríamos em matéria de eletrônica e sistemas C3I, EW, gestão de voo, ISR e optrônicos de origem " nacional" e\ou com manutenção\logística no Brasil para os H225M das três forças.
Como este projeto já tem mais de dez anos a parte da indústria que está integrada nele avançou bastante no quesito apoio pós venda, manutenção e logística, e mesmo no desenvolvimento de subsistemas. E até agora não se tem notícias de reclamações sobre a operacionalidade destes helos e nem de seus sistemas e subsistemas adotados sob nossos requisitos.
Desta forma, como o ATAK II ,segundo a mídia turca, deve voar em 2023 com o seu primeiro protótipo, fico pensando que ele poderia ser uma ótima opção tanto em termos operacionais como industriais, comerciais e principalmente tecnológicos, pois se conseguimos colocar tudo o que hoje vemos nos H225M, com crescentes índices de nacionalização no apoio logístico e operacional do helo francês, seria possível também negociar com os turcos algo semelhante em relação ao helo de ataque dele. Principalmente se as quantidades a serem adquiriras fossem coisa melhor que as 36 até agora aludidas pela Avex no planejamento estratégico do EB.
O planejamento turco é de que o ATAK II receba turbinas desenvolvidas originalmente no país, o que ao que se sabe de público vem sendo feito já alguns anos, no sentido de dispor aquele helo de um conjunto moderno de duas turbinas com desempenho e operacionalidade que não deixem nada a dever as suas congêneres. E os turcos em expertise para isso, já que eles tem por lá a manutenção - e quiçá produção - das turbinas dos helos norte americanos que operam em diversos modelos. Seria mais um plus a ser visto em favor do helo turco, com menor dependência de fornecedores estrangeiros e eventuais cortes ou pressões na linha logística de apoio.
Como estamos vendo com o Gripen E\F, a participação da indústria nacional de defesa e outras poderia nos dar elementos de base suficientes para uma participação, diria, não marginal no projeto turco, de forma que uma encomenda substantiva pudesse sustentar o aporte de nossos requisitos naquele helo. E já temos uma base sólida para isso a partir do que vem sendo feito através do binômio projeto HX-BR \ BID.
Fico imaginando as muitas possibilidades sobre isso aqui, por exemplo: