ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Prezado joaoGui, respeito sua opinião, mas em linhas gerais você não acha que nestes últimos 8 anos o país melhorou? Você preferia o Serra, tudo bem. Mas quanto a não gostar da Dilma é por ser ela, ou você também não gostou do atual governo?
Gde abraço!
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Prezado Bolovo, o Protógenes acho que não! Seria f@$# demais! Acho que a pressão de setores da PF, do Judiciário e da oposição não admitiria ele. Como recém eleita e primeiros ministros a serem escolhidos, acho que nada radical demais deve vir!
Gde abraço!
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- Naval
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Sai pra lá urucubaca!joaoGui escreveu:Daqui alguns anos faço questão de conversar de novo com você.lelobh escreveu:Parabéns ao povo Brasileiro! Dilma, presidente do Brasil!![]()
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Bate na madeira 3 vezes!
Com nacionais assim quem precisa de inimigos.
Síndrome de mau perdedor.
É hora de se unir em prol do Brasil e não ficar torcendo contra, a Democracia ganhou e tenho dito.
Abraços.
"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração." (Thomas Jefferson)
- Sterrius
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
realmente torcer pra dar errao é o cumulo. Quem sofreria seriam todos e não so ela ou quem votou nela.
Mas o que eu queria ao menos ja começou. PSDB de São Paulo ja ta querendo procurar culpado e ja tomo umas porradas do PSDB de minas.
Com isso as coisas podem melhorar na oposição. Novos lideres com novos economistas e novos pensamentos. Continua obviamente liberal, mas se eles sairem do munda da fantasia da Wall Street (Bolsa de valores) pro mundo da economia real (de preferencia Industria nacional) ae a gente vai começar a ter oposição que merece voto
.
Que Serra e FHC fiquem na biblioteca isolados. Tempo do PSDB de São Paulo impor suas regras e o resto engolir calado felizmente parece estar acabando. (Ou sera que serão burros e precisarão tomar uma quarta porrada seguida em 2014? )

Mas o que eu queria ao menos ja começou. PSDB de São Paulo ja ta querendo procurar culpado e ja tomo umas porradas do PSDB de minas.
Com isso as coisas podem melhorar na oposição. Novos lideres com novos economistas e novos pensamentos. Continua obviamente liberal, mas se eles sairem do munda da fantasia da Wall Street (Bolsa de valores) pro mundo da economia real (de preferencia Industria nacional) ae a gente vai começar a ter oposição que merece voto
![Cool 8-]](./images/smilies/icon_cool.gif)
Que Serra e FHC fiquem na biblioteca isolados. Tempo do PSDB de São Paulo impor suas regras e o resto engolir calado felizmente parece estar acabando. (Ou sera que serão burros e precisarão tomar uma quarta porrada seguida em 2014? )


- Guerra
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Estão em duvida entre o Netinho de Paula e o Frank Aguiar (auuuuuuuuuuuu)Bolovo escreveu:Quem vai ser o Ministro de Justiça da Dilma?
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
- Clermont
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Mas, tivesse sido Serra o vencedor, e esta bela frase seria a última coisa a ser pronunciada por autênticos militantes do PT, por Inácio da Silva e a própria Roussef.Naval escreveu:É hora de se unir em prol do Brasil e não ficar torcendo contra, a Democracia ganhou e tenho dito.
Basta lembrar que, depois do baque do primeiro turno, a "maravilha" que os gaúchos selecionaram para governá-los, já tinha dado o tom, ao dizer que "uma vitória de Serra seria ilegítima", por ter manipulado a religiosidade do povo.
Mas, é claro, agora tudo é passado, né?
Pelo menos, espero que 2010 marque o fim da carreira política - pelo menos, em âmbito nacional - de José Serra. Está claro que o sujeito que serviu de escadinha para o primeiro trabalhador braçal se tornar presidente, e, oito anos depois, de escadinha para a primeira mulher se tornar presidente, não pode mais ter ambições presidenciais.
Estou farto de José Serra e sua biografia de "líder da UNE"; "Vítima da Ditadura Militar de 1964"; "Vítima da Ditadura do General Pinochet"; "Vítima...". Já é hora de tentar achar alguma outra liderança, fora de São Paulo.
Por falar em 1964, acho que estamos vendo o final do ciclo. Com isto quero dizer que Inácio da Silva é o último grande líder, diretamente vinculado com aquele movimento. Ele fez sua fama imortal como o líder da primeira greve operária contra a ditadura. E a partir desta fama, foi que se desenvolveu o PT, chegando onde chegou. Embora o próprio Inácio da Silva nada tivesse a ver com qualquer coisa, diretamente ligada ao que se passou em 1964, mas sim com sua fase final, já na chamada "Abertura". Roussef, embora tenha participada da oposição comunista armada, ao movimento, não passava de um pequeno peão. E tal fato, nada teve a ver com sua votação, ao contrário, seus propagandistas fizeram todo o possível para desvinculá-la deste episódio de luta armada.
Então, eu acho que, a partir de 1º de janeiro de 2011, O Golpe de 1º de Abril de 1964 (ou, se alguns preferirem, "A Revolução Redentora de 31 de Março de 1964") entrou, de vez, para os livros de história, e dela, ninguém mais tirará nada para ganhos políticos. Ganhos financeiros, como "vítimas da Ditadura", já é outra história.
- marcelo bahia
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
A noite foi longa!!!
Muito vinho, cerveja e alegria!!! Bora, Brasil!!! Tchau entreguistas!!


![[009]](./images/smilies/009.gif)

Diplomata Alemão: "- Como o senhor receberá as tropas estrangeiras que apoiam os federalistas se elas desembarcarem no Brasil??"
Floriano Peixoto: "- Com balas!!!"
Floriano Peixoto: "- Com balas!!!"
Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Curiosidades sobre a Dilma tiradas de um jornal búlgaro...
http://b2bnews.bg/index.php/News-in-eng ... rints.html
-----------------------------------------------------------------------------
Mrs. Rousseff, would you tell us about your father?
His name was Petar Stefanov Rusev. I know that in the 1920s he was connected with the communist party in Bulgaria. He lived in Sofia. In 1929, he left Bulgaria for political reasons, and went to France where he lived for almost 15 years. At the end of World War II, in 1944, he went to Argentina, and after that – to Brazil.
First, he worked for the German company Mannesmann. He married my mother Dilma Coimbra Silva, she is 81 today, I was named after her. I have a brother, Igor, born on January 1, 1947. My youngest sister Zana, born in 1951, died very young when she was 26.
But I also have a half brother in Bulgaria who I have never met. He is from the first wife of my father. His name is Lyuben-Kamen and he lives in Sofia.
What do you remember about your father?
He was a personality with a strong character, very well educated. He read a lot of books. I owe to him almost everything that I learned during my childhood. I was only 15 when my father died. He was a supporter of the left – the communists, the social-democrats, and other parties with similar orientation. As far as I know, before he had children, he helped the left. But after that he devoted himself to his business and his family.
My father became a construction entrepreneur. Thank God he did not live to see the arrival of the military dictatorship in 1964. He died two years earlier of a heart attack.
I will also tell you something very curious. My father was close with poetess Elisaveta Bagryana. She was our guest in 1960 when she attended the International PEN Club congress in Rio de Janeiro. After that Bagryana spent an entire month in our home in Belo Horizonte.
Did you learn Bulgarian from your father?
I used to understand a little but after he died I never had the chance to talk. Two months ago I was in Bonn, Germany, for an international conference on renewable energy sources. There I met my Bulgarian counterpart Milko Kovachev. We sat next to one another because alphabetically Bulgaria comes right after Brazil. And I understood some of the words that he exchanged with the members of his delegation.
Have you ever been to Bulgaria?
No, but I am thinking of going there next year. And I hope to finally meet my brother.
http://b2bnews.bg/index.php/News-in-eng ... rints.html
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Mrs. Rousseff, would you tell us about your father?
His name was Petar Stefanov Rusev. I know that in the 1920s he was connected with the communist party in Bulgaria. He lived in Sofia. In 1929, he left Bulgaria for political reasons, and went to France where he lived for almost 15 years. At the end of World War II, in 1944, he went to Argentina, and after that – to Brazil.
First, he worked for the German company Mannesmann. He married my mother Dilma Coimbra Silva, she is 81 today, I was named after her. I have a brother, Igor, born on January 1, 1947. My youngest sister Zana, born in 1951, died very young when she was 26.
But I also have a half brother in Bulgaria who I have never met. He is from the first wife of my father. His name is Lyuben-Kamen and he lives in Sofia.
What do you remember about your father?
He was a personality with a strong character, very well educated. He read a lot of books. I owe to him almost everything that I learned during my childhood. I was only 15 when my father died. He was a supporter of the left – the communists, the social-democrats, and other parties with similar orientation. As far as I know, before he had children, he helped the left. But after that he devoted himself to his business and his family.
My father became a construction entrepreneur. Thank God he did not live to see the arrival of the military dictatorship in 1964. He died two years earlier of a heart attack.
I will also tell you something very curious. My father was close with poetess Elisaveta Bagryana. She was our guest in 1960 when she attended the International PEN Club congress in Rio de Janeiro. After that Bagryana spent an entire month in our home in Belo Horizonte.
Did you learn Bulgarian from your father?
I used to understand a little but after he died I never had the chance to talk. Two months ago I was in Bonn, Germany, for an international conference on renewable energy sources. There I met my Bulgarian counterpart Milko Kovachev. We sat next to one another because alphabetically Bulgaria comes right after Brazil. And I understood some of the words that he exchanged with the members of his delegation.
Have you ever been to Bulgaria?
No, but I am thinking of going there next year. And I hope to finally meet my brother.
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
É bem por aíBolovo escreveu:O PSDB mineiro vai ganhar a dianteira, acredito. Gosto do Aécio, ele vai fazer uma oposição mais séria do que o atual PSDB paulista, que é derrotado pela terceira vez seguida. Na verdade eu acho que isso foi muito bom, pq vão ter se reorganizar, mudar a linha de confronto e quem sabe finalmente uma oposição decente comece a brotar no Brasil. Ademais, em 2014 vai ter o PV bem forte. Se os caras me vierem de Alckimin, Serra ou o caramba novamente, a tia Marina encaçapa eles. Outro partido que cresceu bastante foi o PSB.

[].
Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
EDITADO POR PAISANO!!!
Esse tipo de manifestação é crime de calúnia
, peço que a moderação tome as devidas providências.
Esse tipo de manifestação é crime de calúnia


- marcelo l.
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
http://www1.folha.uol.com.br/poder/8236 ... cana.shtml
Em fevereiro deste ano, o então governador de São Paulo, José Serra (PSDB), recebeu de Luiz Gonzalez, responsável pelo marketing de sua campanha, um roteiro para as eleições.
Entre seus 50 pontos, destacavam-se: arrancar o rótulo de elitista, não precipitar a disputa e não brigar com a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Seduzido pela cordialidade explicitada por Lula em eventos oficiais, Serra não imaginava que o presidente fosse entrar com força total na campanha para eleger Dilma Rousseff.
O tucano relatava conversas em que Lula falava de um hipotético governo Serra.
A fidelidade de Serra à cartilha de Gonzalez foi alvo de bombardeio aliado ao longo de toda a campanha.
Mas, candidato de um partido marcado por disputas internas históricas, muitas delas protagonizadas por ele mesmo, Serra confia em poucos. Um deles é Gonzalez.
Os percalços do primeiro turno acirraram sua natural desconfiança em relação aos aliados. Sentindo-se abandonado, sem um padrinho do porte de Lula, nem um partido com a musculatura do PT, Serra retraiu-se e conduziu uma campanha solitária.
Embora tenha delegado poderes a um núcleo de aliados, assumiu o controle de tarefas cotidianas, incluída a agenda de viagens. E deixava sempre as decisões para a última hora. "Só penso no meu dia na véspera", repetia.
AÉCIO
Essa desconfiança histórica de Serra com seus aliados acabou acentuada pela ausência da sua imagem em panfletos e programais eleitorais país afora --especialmente em relação ao ex-governador mineiro Aécio Neves. Ameaçaram romper a relação por toda a campanha.
Nas viagens a Minas, Aécio disparava nas caminhadas, mal emparelhando com Serra, e sempre pedia para deixar as atividades antes do fim. "Só posso ficar 20 minutos", alegava, usando os tradicionais atrasos de Serra como argumento para a pressa.
No sábado na véspera da eleição, após carreata em Belo Horizonte, parte das rusgas entre os dois sumiram.
Aécio e Serra se abraçaram fraternalmente após uma conversa franca durante almoço no Palácio das Mangabeiras, na capital mineira.
O clima ameno continuou ontem. Após votar, por volta de 11h30, ao lado da filha Veronica e dos netos Antônio e Gabriela, o semblante de Serra era de alegria.
Seguiu, com a família, para almoço no Palácio dos Bandeirantes, oferecido pelo governador Alberto Goldman, que o sucedeu no início de abril deste ano.
Ao lado de Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab, fez do almoço um grande balanço de sua campanha. Ainda acreditava em surpresas na apuração dos votos, mas afirmou que o resultado alcançado pela oposição nas eleições já era uma vitória.
Segundo relatos, estava acelerado e ansioso, mas feliz porque iria desligar os motores após mais de 200 dias de trabalho ininterrupto.
FRATURA INTERNA
Essa maratona eleitoral foi contaminada, desde o início, por um clima de disputa entre os aliados que deviam fazer girar a máquina.
Relegado a uma pequena sala na sede da campanha, o presidente do partido, Sérgio Guerra, alugou uma outra sala a uma hora dali. Só em São Paulo, o comitê contou com seis endereços.
Essa pulverização custou caro para uma campanha que enfrentou dificuldades de arrecadação. Semana passada, num almoço, integrantes da equipe checavam contas a pagar, inclusive o aluguel de aviões referentes ao primeiro turno.
Essa desunião e o estilo centralizador de Serra aumentaram a responsabilidade sobre o candidato. Às vésperas do primeiro turno, a avaliação era que o ônus de uma eventual vitória de Dilma já no dia 3 de outubro penderia todo sobre ele.
A chegada ao segundo turno deu novo fôlego e permitiu uma reavaliação dos principais integrantes. Diziam que Serra chegara aonde podia, tendo uma adversária apoiada na relação umbilical com um presidente avalizado por 83% dos brasileiros.
'NO MEIO DA HISTÓRIA'
Mas, na semana que antecedeu a confirmação da derrota, os aliados do tucano ainda não tinham uma explicação para o resultado.
O senador eleito Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) usou, na quinta, um romance do francês Stendhal, "A Cartuxa de Parma", para explicar a dificuldade de analisar, no calor do momento, as razões da eventual derrota.
No romance, o personagem principal, em meio a explosões, não percebe, num primeiro momento, que estava na batalha de Waterloo, que marcou a queda de Napoleão Bonaparte diante das tropas britânicas. "A gente está no meio da história."
Em fevereiro deste ano, o então governador de São Paulo, José Serra (PSDB), recebeu de Luiz Gonzalez, responsável pelo marketing de sua campanha, um roteiro para as eleições.
Entre seus 50 pontos, destacavam-se: arrancar o rótulo de elitista, não precipitar a disputa e não brigar com a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Seduzido pela cordialidade explicitada por Lula em eventos oficiais, Serra não imaginava que o presidente fosse entrar com força total na campanha para eleger Dilma Rousseff.
O tucano relatava conversas em que Lula falava de um hipotético governo Serra.
A fidelidade de Serra à cartilha de Gonzalez foi alvo de bombardeio aliado ao longo de toda a campanha.
Mas, candidato de um partido marcado por disputas internas históricas, muitas delas protagonizadas por ele mesmo, Serra confia em poucos. Um deles é Gonzalez.
Os percalços do primeiro turno acirraram sua natural desconfiança em relação aos aliados. Sentindo-se abandonado, sem um padrinho do porte de Lula, nem um partido com a musculatura do PT, Serra retraiu-se e conduziu uma campanha solitária.
Embora tenha delegado poderes a um núcleo de aliados, assumiu o controle de tarefas cotidianas, incluída a agenda de viagens. E deixava sempre as decisões para a última hora. "Só penso no meu dia na véspera", repetia.
AÉCIO
Essa desconfiança histórica de Serra com seus aliados acabou acentuada pela ausência da sua imagem em panfletos e programais eleitorais país afora --especialmente em relação ao ex-governador mineiro Aécio Neves. Ameaçaram romper a relação por toda a campanha.
Nas viagens a Minas, Aécio disparava nas caminhadas, mal emparelhando com Serra, e sempre pedia para deixar as atividades antes do fim. "Só posso ficar 20 minutos", alegava, usando os tradicionais atrasos de Serra como argumento para a pressa.
No sábado na véspera da eleição, após carreata em Belo Horizonte, parte das rusgas entre os dois sumiram.
Aécio e Serra se abraçaram fraternalmente após uma conversa franca durante almoço no Palácio das Mangabeiras, na capital mineira.
O clima ameno continuou ontem. Após votar, por volta de 11h30, ao lado da filha Veronica e dos netos Antônio e Gabriela, o semblante de Serra era de alegria.
Seguiu, com a família, para almoço no Palácio dos Bandeirantes, oferecido pelo governador Alberto Goldman, que o sucedeu no início de abril deste ano.
Ao lado de Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab, fez do almoço um grande balanço de sua campanha. Ainda acreditava em surpresas na apuração dos votos, mas afirmou que o resultado alcançado pela oposição nas eleições já era uma vitória.
Segundo relatos, estava acelerado e ansioso, mas feliz porque iria desligar os motores após mais de 200 dias de trabalho ininterrupto.
FRATURA INTERNA
Essa maratona eleitoral foi contaminada, desde o início, por um clima de disputa entre os aliados que deviam fazer girar a máquina.
Relegado a uma pequena sala na sede da campanha, o presidente do partido, Sérgio Guerra, alugou uma outra sala a uma hora dali. Só em São Paulo, o comitê contou com seis endereços.
Essa pulverização custou caro para uma campanha que enfrentou dificuldades de arrecadação. Semana passada, num almoço, integrantes da equipe checavam contas a pagar, inclusive o aluguel de aviões referentes ao primeiro turno.
Essa desunião e o estilo centralizador de Serra aumentaram a responsabilidade sobre o candidato. Às vésperas do primeiro turno, a avaliação era que o ônus de uma eventual vitória de Dilma já no dia 3 de outubro penderia todo sobre ele.
A chegada ao segundo turno deu novo fôlego e permitiu uma reavaliação dos principais integrantes. Diziam que Serra chegara aonde podia, tendo uma adversária apoiada na relação umbilical com um presidente avalizado por 83% dos brasileiros.
'NO MEIO DA HISTÓRIA'
Mas, na semana que antecedeu a confirmação da derrota, os aliados do tucano ainda não tinham uma explicação para o resultado.
O senador eleito Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) usou, na quinta, um romance do francês Stendhal, "A Cartuxa de Parma", para explicar a dificuldade de analisar, no calor do momento, as razões da eventual derrota.
No romance, o personagem principal, em meio a explosões, não percebe, num primeiro momento, que estava na batalha de Waterloo, que marcou a queda de Napoleão Bonaparte diante das tropas britânicas. "A gente está no meio da história."
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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- marcelo l.
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Demétrio Magnoli chamou o discurso de Serra de Sectário
http://tv.estadao.com.br/videos,DEMETRI ... 80,0,0.htm


http://tv.estadao.com.br/videos,DEMETRI ... 80,0,0.htm
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
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