IRÃ
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Re: IRÃ
Alguém em Washington deve levar isso bastante a sério. Porque será?
https://www.em.com.br/app/noticia/inter ... erra.shtml
abs
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Re: IRÃ
Senta que lá vem história.
No Vietnam os combates aéreos e a perda de aviões para anti aéreas era comum. Os combates aéreos na medida em que o Vietnam no norte enviava caças atacar os norte-americanos e forçar que sua força de ataque e helicópteros tivessem escolta. Assim elevando a complexidade e custos das operações. As anti aéreas devido ao norte ser extremamente bem defendido. os norte vietnamitas sabiam usar o equipamentos, se moviam muito rápido e frequentemente derrubavam aviões norte-americanos. Inclusive os EUA chegaram perder alguns B52, quando era o bombardeiro de linha de frente dos EUA para atacar a URSS. Talvez, o impacto tivesse sido menor porque as perdas de pilotos eram bem menores do que nas lembranças da Segunda Guerra Mundial.
Aí vem falar que tem o satélite, radar isso e aquilo, misseis de cruzeiro, B2 que são invisíveis aos radares, F22 faz piruetas e o F35 não pode ser derrubado, a guerra eletrônica e tal. O inimigo sabe e tem noção do que fazer. Assim como as forças dos EUA tentam antecipar o que o defensor pode fazer e tentar neutralizar. É o jogo de gato e rato.
O problema geral é que o Irã expandiu demais sua área de influência sobre Síria, Iraque e outras regiões. A resposta é que os sauditas começam a ficar nervosos e pressionam os EUA para fazer algo. Enquanto os EUA dão entender que não querem se meter nesse potencial atoleiro.
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Na história recente, combates aéreos e ação de anti aérea são extremamente comuns. Parece que é o setor mais quente dos conflitos militares entre países ou por procuração.
No Vietnam os combates aéreos e a perda de aviões para anti aéreas era comum. Os combates aéreos na medida em que o Vietnam no norte enviava caças atacar os norte-americanos e forçar que sua força de ataque e helicópteros tivessem escolta. Assim elevando a complexidade e custos das operações. As anti aéreas devido ao norte ser extremamente bem defendido. os norte vietnamitas sabiam usar o equipamentos, se moviam muito rápido e frequentemente derrubavam aviões norte-americanos. Inclusive os EUA chegaram perder alguns B52, quando era o bombardeiro de linha de frente dos EUA para atacar a URSS. Talvez, o impacto tivesse sido menor porque as perdas de pilotos eram bem menores do que nas lembranças da Segunda Guerra Mundial.
isso quer dizer que algumas dezenas de caças e anti aéreas, forças bem treinadas e que sabem o que fazem tendem a criar muito, mais muitos problemas para uma força atacante. Pode sair de operação e até ter uma perda catastrófica, mas vai demorar alguns meses ou anos para uma força atacante conseguir. No meio do caminho o atacante terá muitas perdas. A discussão vai muito além de comparar números gerais e equipamentos. Além disso, o Irã tem uma longa experiência de combate aéreo, anti aérea, ataque ao solo e navais estão lutando em casa. Tudo isso entra na conta quando se pensa em um eventual ação militar.Lista de perdas
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_a ... ietnam_War
Aí vem falar que tem o satélite, radar isso e aquilo, misseis de cruzeiro, B2 que são invisíveis aos radares, F22 faz piruetas e o F35 não pode ser derrubado, a guerra eletrônica e tal. O inimigo sabe e tem noção do que fazer. Assim como as forças dos EUA tentam antecipar o que o defensor pode fazer e tentar neutralizar. É o jogo de gato e rato.
O problema geral é que o Irã expandiu demais sua área de influência sobre Síria, Iraque e outras regiões. A resposta é que os sauditas começam a ficar nervosos e pressionam os EUA para fazer algo. Enquanto os EUA dão entender que não querem se meter nesse potencial atoleiro.
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Na história recente, combates aéreos e ação de anti aérea são extremamente comuns. Parece que é o setor mais quente dos conflitos militares entre países ou por procuração.
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Re: IRÃ
Sobre o vietnam é só olhar a operação Rolling Thunder. Que foi uma operação politica diga-se de passagem.
Quase metade da frota de F105´s foi destruida.
e 1/3 da frota de A4´s.
total de 101 aviões abatidos foram creditados aos SAM´s.
Com uma eficiencia de 2,9% mesmo após os EUA passarem a atacar os radares dos SAM´s para torna-los inoperantes. (SAM em si não era atacado sob medo de matar os instrutores russos).
Antes dessas medidas a eficiência dos SAM´s era de quase 6%.
Parece pouco mas dia a dia, mês a mês isso acaba tendo um custo mesmo a força aérea americana que não pode se dar ao luxo de perder 2-4 F35´s por mês.
E se forçados a voar em baixa altitude. Baterias AA ainda funcionam que é uma beleza. (E foram responsáveis pela maioria das baixas americanas que tinham que escolher encarar os SAM´s ou os canhões...).
Quase metade da frota de F105´s foi destruida.
e 1/3 da frota de A4´s.
total de 101 aviões abatidos foram creditados aos SAM´s.
Com uma eficiencia de 2,9% mesmo após os EUA passarem a atacar os radares dos SAM´s para torna-los inoperantes. (SAM em si não era atacado sob medo de matar os instrutores russos).
Antes dessas medidas a eficiência dos SAM´s era de quase 6%.
Parece pouco mas dia a dia, mês a mês isso acaba tendo um custo mesmo a força aérea americana que não pode se dar ao luxo de perder 2-4 F35´s por mês.
E se forçados a voar em baixa altitude. Baterias AA ainda funcionam que é uma beleza. (E foram responsáveis pela maioria das baixas americanas que tinham que escolher encarar os SAM´s ou os canhões...).
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Re: IRÃ
Bem, no caso do Iran, a AAe deles é algo bem estruturado e equipado, não apenas com material russo, mas nacional. Embora estes últimos sejam de eficiência duvidosa, ou a se provar, sabe-se que eles não são exatamente a última palavra em tecnologia, mas não podem ser simplesmente ignorados.
Ademais, os iranianos possuem mísseis balísticos e quiçá de cruzeiro, que podem atingir alvos a mais de 2 mil kms. Então, atacar o Iran não é apenas escolher os alvos e atirar.
A coisa é bem mais complicada do que o simplismo da mídia quer fazer transparecer.
abs
Ademais, os iranianos possuem mísseis balísticos e quiçá de cruzeiro, que podem atingir alvos a mais de 2 mil kms. Então, atacar o Iran não é apenas escolher os alvos e atirar.
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Re: IRÃ
Bem, o drone abatido foi com míssil e plataforma nacional.FCarvalho escreveu: ↑Qui Jun 27, 2019 4:38 pm Bem, no caso do Iran, a AAe deles é algo bem estruturado e equipado, não apenas com material russo, mas nacional. Embora estes últimos sejam de eficiência duvidosa, ou a se provar, sabe-se que eles não são exatamente a última palavra em tecnologia, mas não podem ser simplesmente ignorados.
Ademais, os iranianos possuem mísseis balísticos e quiçá de cruzeiro, que podem atingir alvos a mais de 2 mil kms. Então, atacar o Iran não é apenas escolher os alvos e atirar.
A coisa é bem mais complicada do que o simplismo da mídia quer fazer transparecer.
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Isso já prova várias coisas
nem tamos contando as 32 baterias de S300 russas, os SAms antigões da era soviética e os canhões AA que continuam perigosos pra helicópteros, drones e aviões em baixa altitude.
Pra mim ta mais que comprovado que fora os aviões stealth entrar no espaço aéreo iraniano é um perigo acima do que as forças armadas consideram aceitável.
E eu não descartaria a força aerea deles. Ela foi ativa na guerra iran/iraque com só 60-30 F14´s abatendo 160 aeronaves. Perderam apenas 3 dos F14 quando o iraque comprou Mirages F1 que armados com misseis +modernos passaram a se tornar um perigo.
Aviões como o F14 são antiquados e sem upgrades americanos desde a década de 80 mas longe de estarem sem dentes se usados da maneira correta. Mesmo contra uma frota +moderna como a americana.
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Re: IRÃ
Aí que está. A força área iraniana tem caças ultrapassados, mas eles conhecem cada parafuso e sabem como manter voando. Não bateriam de frente com caças norte-americanos, mas ir para "guerrilha aérea" em que vão infernizar os pacotes de ataque e as missões do inimigo.
A desculpa é que os "norte-americanos podem destruir as bases, pistas, as baterias anti aéreas, e depósitos de munição". Eles podem, mas antes vão ter que achar e combinar com os iranianos não se movimentarem, se esconderem no terreno ou grandes cidades. E para fazer isso precisa de helis, caças patrulhando, tropas em terra para identificar os alvos e guiar o ataque. Ou seja, vira uma bola de neve.
Os discursos recentes do Trump vão nesse sentido. No último disse que "seria uma guerra prolongada com Irã". Os generais apresentaram os relatório de como seria e perdas de uma ação contra Irã.
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Na Síria não sabemos o que realmente aconteceu e acontece. Os relatórios sobre ataque, defesa e as perdas não apareceram. Por exemplo, o ataque norte-americano. De um lado, O Trump e EUA dizem que foi um sucesso e os alvos destruídos. De outro, os sírios diziam que 90% dos mísseis foram interceptados. Quem está fala a verdade? Ou ambos estão mentindo? Outro exemplo, as operações áreas de Israel contra alvos iranianos na Síria. Não sabe o que e se algo realmente foi destruído, nem como e quantos caças e drones Israel perdeu.
A desculpa é que os "norte-americanos podem destruir as bases, pistas, as baterias anti aéreas, e depósitos de munição". Eles podem, mas antes vão ter que achar e combinar com os iranianos não se movimentarem, se esconderem no terreno ou grandes cidades. E para fazer isso precisa de helis, caças patrulhando, tropas em terra para identificar os alvos e guiar o ataque. Ou seja, vira uma bola de neve.
Os discursos recentes do Trump vão nesse sentido. No último disse que "seria uma guerra prolongada com Irã". Os generais apresentaram os relatório de como seria e perdas de uma ação contra Irã.
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Na Síria não sabemos o que realmente aconteceu e acontece. Os relatórios sobre ataque, defesa e as perdas não apareceram. Por exemplo, o ataque norte-americano. De um lado, O Trump e EUA dizem que foi um sucesso e os alvos destruídos. De outro, os sírios diziam que 90% dos mísseis foram interceptados. Quem está fala a verdade? Ou ambos estão mentindo? Outro exemplo, as operações áreas de Israel contra alvos iranianos na Síria. Não sabe o que e se algo realmente foi destruído, nem como e quantos caças e drones Israel perdeu.
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Re: IRÃ
Perdas essas que os pagadores de impostos americanos não estão mais a fim de oagar a conta.
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Re: IRÃ
NA siria a coisa complica um pouco pq os AA enfrentam diversos problemas que jamais enfrentam na siria.Bourne escreveu: ↑Qui Jun 27, 2019 11:40 pm
Na Síria não sabemos o que realmente aconteceu e acontece. Os relatórios sobre ataque, defesa e as perdas não apareceram. Por exemplo, o ataque norte-americano. De um lado, O Trump e EUA dizem que foi um sucesso e os alvos destruídos. De outro, os sírios diziam que 90% dos mísseis foram interceptados. Quem está fala a verdade? Ou ambos estão mentindo? Outro exemplo, as operações áreas de Israel contra alvos iranianos na Síria. Não sabe o que e se algo realmente foi destruído, nem como e quantos caças e drones Israel perdeu.
AS colinas de golã por exemplo garantem que aviões israelenses só são detectados após cruzar a fronteira.
A distancia tb permite atingir quase 50% do território siria assim que passar as colinas. Retornando com uma certa segurança.
Obvio que essa "certa segurança" as vezes da brema como no episodio que israel usou um avião russo pra despistar o míssil e deu m*.
mas os S300 e outras AA funcionam sob absurda desvantagem na Síria. Desvantagem essa que não existe no Iran.
Siria é o exemplo perfeito do porque não se deve ter a capital do país sob alcance de aviões/artilharia inimiga
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Re: IRÃ
Será que se a gente mudar a capital para o RJ ou Salvador as coisas por aqui melhorariam mais rápido?
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Re: IRÃ
levando a questão de maneira séria. Brasilia já é uma cidade grande o bastante pra ter protestos de grande proporção quando necessário. Tem milhões de habitantes o que já a bota como uma das maiores cidades do mundo. (Nº 101 ). Brasil é mal acostumado com a idéia de que se não for uma SP ou RJ não é cidade grande sendo que são uma das maiores cidades do mundo.
A real questão de brasília é se ela cumpriu seu objetivo de levar população, infraestrutura, demanda e oferta pro interior do país permitindo o desenvolvimento da região.
E aqui a questão é + dividida. Pra uns foi um sucesso pra outros uma falha.
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Re: IRÃ
Do ponto de vista da macro economia do centro oeste, pouco ou nada mudou. Já na micro economia, gerou bolsões que se sustentam muito mais da presença da burrocracia estatal do que de atividades produtivas e auto sustentáveis.
Ademais, Brasília é um alvo que fica a mais de mil kms do litoral e a quase dois mil da linha de fronteira mais próxima.
Mesmo sem o GDA, sem AAe e/ou CC por perto para prover alguma defesa real e efetiva.
Então, defender Brasília não é necessariamente uma preocupação ou prioridade para ninguém.
De resto, o projeto em si da cidade na teoria continha muito mais que os políticos e a falta de um povo educado poderiam oferecer.
abs
Ademais, Brasília é um alvo que fica a mais de mil kms do litoral e a quase dois mil da linha de fronteira mais próxima.
Mesmo sem o GDA, sem AAe e/ou CC por perto para prover alguma defesa real e efetiva.
Então, defender Brasília não é necessariamente uma preocupação ou prioridade para ninguém.
De resto, o projeto em si da cidade na teoria continha muito mais que os políticos e a falta de um povo educado poderiam oferecer.
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Re: IRÃ
Brasilia ainda ta tendo crescimento populacional acima de 10% por década. Isso é uma boa noticia porque significa que cedo ou tarde o vinculo da economia da cidade com o centro de poder será enfraquecido ou mesmo substituído.FCarvalho escreveu: ↑Sex Jun 28, 2019 10:41 pm Do ponto de vista da macro economia do centro oeste, pouco ou nada mudou. Já na micro economia, gerou bolsões que se sustentam muito mais da presença da burrocracia estatal do que de atividades produtivas e auto sustentáveis.
Ademais, Brasília é um alvo que fica a mais de mil kms do litoral e a quase dois mil da linha de fronteira mais próxima.
Mesmo sem o GDA, sem AAe e/ou CC por perto para prover alguma defesa real e efetiva.
Então, defender Brasília não é necessariamente uma preocupação ou prioridade para ninguém.
De resto, o projeto em si da cidade na teoria continha muito mais que os políticos e a falta de um povo educado poderiam oferecer.
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è tb uma cidade com espaço quase infinito pra crescer. Diferente do RJ e SP que ja ocuparam seus espaços físicos e só podem crescer pra cima agora.
Da pra imaginar brasilia em 2050 com uma população perto de 4-5 milhões de habitantes. Isso em um país que já estará tendo declínio populacional.
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Re: IRÃ
Tá, mas saindo de BSB e voltando ao Irã, razão deste tópico, e aí,
Pergunta complicada mas tenho minha própria resposta que, exceto se algo realmente DRÁSTICO ocorrer nas próximas horas, vai me resultar em uma perda de no mínimo USD 2k em menos de meio minuto após as 19 hs.
Bueno, após me informar bastante, concluo que, para Donald Trump, o mais importante que qualquer coisa ou pessoa é...DONALD TRUMP! Acredito que ninguém discorde disso, mas em que isso afeta o Irã? Que papel poderia este desempenhar para que Trump possa ser POTUS por mais quatro anos, a partir do ano que vem? É o que tive de responder para mim mesmo, e escrevo aqui para ver se há alguma contestação (lógica, sem IDEOLOGICES, claro) que me poupe a citada quantia, que pode ser nada para alguns mas não é pouco para mim (ainda bem que não invisto $ que me faça falta mas perder isso tudo numa tacada só para arriscar o resto numa ainda mais DOIDA é de deixar o índio rengo do patinho ).
Que o cara não pretende largar o troninho antes de acabar o segundo mandato todo mundo sabe; que está fazendo o possível e até o impensável para atingir esta meta também; que costuma misturar "surpresas" (tipo aquilo com o Xing Ling no G-20, que todo mundo já sabia semanas antes ) com SURPRESAS (tipo a visitinha cordial, poucos dias depois, ao nosso querido Zé Pancinha, e em plena NK! ) idem. O que vem a seguir?
Para o Véio Túlio, a bola da vez é o Irã, mas não como as pessoas andam pensando, tipo "chuva de fogo" & quetales, muito pelo contrário, e explico: se tem uma coisa que ele dificilmente irá fazer é mandar aquela garotada criada a milho e rare steak lutar e morrer lá nos cafundós porque o Rei Saud e seus cupinchas tão tiranos quanto ele querem, ou porque o Bibi Netanyahu acha que é uma boa. Não, ele vive se gabando de não meter os EUA nas guerras dos outros nem inventar as dele e, para Donald Trump, nada é mais triste do que botar Donald Trump na desagradável posição de charlatão; além disso, se tem uma coisa que ele precisa e logo, para poder colher confortavelmente os frutos antes da campanha começar, é do anúncio de que baixou o preço da gasolina na bomba. Graças a ele, claro, e para isso é necessário que a produção global de petróleo aumente em pelo menos 2M bpd, de modo que o WTI caia abaixo dos USD 50 e siga descendo, de preferência para algo em torno de confortáveis USD 45 ou até menos. Sozinhos os EUA não conseguem aumentar tanto e tão rápido a produção, OPEP segue cortando e a Rússia, ainda que a contragosto, mas por razões geopolíticas e não financeiras, acompanha. Sobra quem, com a capacidade de aumentar rapidamente a produção do tipo certo de petróleo?
Irã, claro! Notar que, antes das sanções do mesmo Trump, produzia mais de 2,5M bpd e a capacidade continua lá, instalada, pessoal a postos, prontinha para começar a rodar de novo e dar um baita tombo no preço do óleo.
E não se atira em quem pode nos ajudar. Não tem preço poder tuitar todos os dias, se quiser, que "agradeçam a mim pela gasolina barata e por seus filhos não estarem em um campo de batalha; se o meu adversário ganhar, podem apostar que isso se inverte ligeirinho". Assim, um "surpreendente" retorno à mesa de negociações para, oficialmente, consertar o "worst deal ever" do Obama (palavras do Trump) se torna não apenas possível mas altamente provável, muito mais do que sair lançando milhares de mísseis pelo OM afora e, com isso, fazer o jogo dos Saud, que é aumentar o preço sem mexer na produção, exceto para reduzi-la ainda mais.
Uma DOIDA como a Hillary ou qualquer dos postulantes ao Salão Oval fariam isso sem nem piscar e azar do TAXPAYER; já um showman como o atual POTUS, bueno, é brabo, pois não joga pela regra deles, razão pela qual é amplamente repudiado pelos politiqueiros profissionais, pelo setor industrial-militar e, em consequência, pela mídia mainstream, que adora uma boa guerra com crise econômica junto para poder descer a lenha em quem provocou e que, claro, estaria cagando e andando. Só lembrar, com exceção do Nixon (tirou os EUA do Vietnã, não arrumou briga com ninguém e ainda por cima ficou amiguinho da China: tomou impeachment), do Carter (queria ser a Madre Teresa: não se reelegeu), do Reagan (deixava claro que queria guerrear contra todo mundo mas o fiasco do Vietnã era recente demais para fazer isso impunemente: foi reeleito) e, até certo ponto, do Bush Sr (foi ao Iraque por absoluta falta de opção e, prudente que era, deixou o serviço pela metade, sabendo que um vácuo de poder era muito pior do que um tirano como o Saddam: não se reelegeu), apenas Clinton não teve a "sua" guerra, limitando-se a ir bombardeando os Bálcans ("mas nem me falem em boots on terrain que isso é pra DOIDO! Ah, e na saída me mandem entrar a Mônica" ) até a cambada sossegar o facho. Bush Jr e Obama tiveram cada um alguma para chamar de sua. Trump está quieto no canto dele, dizendo as besteiras de sempre mas não fazendo nada que revolte o PAGADOR DE IMPOSTOS, cuja boa/má vontade faz/desfaz governos. Um novo acordo com o Irã e um antecipado relaxamento das sanções por alguns meses ("em prol da paz") é outro exemplo de "surpresa" cada dia mais óbvia.
Uma guerra não será evitada pelas incríveis, fantásticas e maravilhosas capacidades bélicas do Irã nem por medo dos Russos mas apenas para não destruir um dos maiores pilares do plano de reeleição do Trump (NO WAR) e ainda por cima erigir outro (CHEAP FUEL) ainda mais sólido, porque nem todo mundo tem filho nas FFAA mas todo mundo tem carro e quer comprar gasolina a bom preço. Pelo menos nos EUA.
É com base nisso que vou fazer uma aposta arriscadíssima em menos de três horas. Aliás, curioso mas até os Fib-junkies estão dizendo o mesmo, apenas por motivos diferentes (suas benditas equações ). Duvido que haja guerra com o Irã, pelo menos até o Trump já estar reeleito.
Aí a charla já é OUTRA...
VAI TER GUERRA OU NÃO?
Pergunta complicada mas tenho minha própria resposta que, exceto se algo realmente DRÁSTICO ocorrer nas próximas horas, vai me resultar em uma perda de no mínimo USD 2k em menos de meio minuto após as 19 hs.
Bueno, após me informar bastante, concluo que, para Donald Trump, o mais importante que qualquer coisa ou pessoa é...DONALD TRUMP! Acredito que ninguém discorde disso, mas em que isso afeta o Irã? Que papel poderia este desempenhar para que Trump possa ser POTUS por mais quatro anos, a partir do ano que vem? É o que tive de responder para mim mesmo, e escrevo aqui para ver se há alguma contestação (lógica, sem IDEOLOGICES, claro) que me poupe a citada quantia, que pode ser nada para alguns mas não é pouco para mim (ainda bem que não invisto $ que me faça falta mas perder isso tudo numa tacada só para arriscar o resto numa ainda mais DOIDA é de deixar o índio rengo do patinho ).
Que o cara não pretende largar o troninho antes de acabar o segundo mandato todo mundo sabe; que está fazendo o possível e até o impensável para atingir esta meta também; que costuma misturar "surpresas" (tipo aquilo com o Xing Ling no G-20, que todo mundo já sabia semanas antes ) com SURPRESAS (tipo a visitinha cordial, poucos dias depois, ao nosso querido Zé Pancinha, e em plena NK! ) idem. O que vem a seguir?
Para o Véio Túlio, a bola da vez é o Irã, mas não como as pessoas andam pensando, tipo "chuva de fogo" & quetales, muito pelo contrário, e explico: se tem uma coisa que ele dificilmente irá fazer é mandar aquela garotada criada a milho e rare steak lutar e morrer lá nos cafundós porque o Rei Saud e seus cupinchas tão tiranos quanto ele querem, ou porque o Bibi Netanyahu acha que é uma boa. Não, ele vive se gabando de não meter os EUA nas guerras dos outros nem inventar as dele e, para Donald Trump, nada é mais triste do que botar Donald Trump na desagradável posição de charlatão; além disso, se tem uma coisa que ele precisa e logo, para poder colher confortavelmente os frutos antes da campanha começar, é do anúncio de que baixou o preço da gasolina na bomba. Graças a ele, claro, e para isso é necessário que a produção global de petróleo aumente em pelo menos 2M bpd, de modo que o WTI caia abaixo dos USD 50 e siga descendo, de preferência para algo em torno de confortáveis USD 45 ou até menos. Sozinhos os EUA não conseguem aumentar tanto e tão rápido a produção, OPEP segue cortando e a Rússia, ainda que a contragosto, mas por razões geopolíticas e não financeiras, acompanha. Sobra quem, com a capacidade de aumentar rapidamente a produção do tipo certo de petróleo?
Irã, claro! Notar que, antes das sanções do mesmo Trump, produzia mais de 2,5M bpd e a capacidade continua lá, instalada, pessoal a postos, prontinha para começar a rodar de novo e dar um baita tombo no preço do óleo.
E não se atira em quem pode nos ajudar. Não tem preço poder tuitar todos os dias, se quiser, que "agradeçam a mim pela gasolina barata e por seus filhos não estarem em um campo de batalha; se o meu adversário ganhar, podem apostar que isso se inverte ligeirinho". Assim, um "surpreendente" retorno à mesa de negociações para, oficialmente, consertar o "worst deal ever" do Obama (palavras do Trump) se torna não apenas possível mas altamente provável, muito mais do que sair lançando milhares de mísseis pelo OM afora e, com isso, fazer o jogo dos Saud, que é aumentar o preço sem mexer na produção, exceto para reduzi-la ainda mais.
Uma DOIDA como a Hillary ou qualquer dos postulantes ao Salão Oval fariam isso sem nem piscar e azar do TAXPAYER; já um showman como o atual POTUS, bueno, é brabo, pois não joga pela regra deles, razão pela qual é amplamente repudiado pelos politiqueiros profissionais, pelo setor industrial-militar e, em consequência, pela mídia mainstream, que adora uma boa guerra com crise econômica junto para poder descer a lenha em quem provocou e que, claro, estaria cagando e andando. Só lembrar, com exceção do Nixon (tirou os EUA do Vietnã, não arrumou briga com ninguém e ainda por cima ficou amiguinho da China: tomou impeachment), do Carter (queria ser a Madre Teresa: não se reelegeu), do Reagan (deixava claro que queria guerrear contra todo mundo mas o fiasco do Vietnã era recente demais para fazer isso impunemente: foi reeleito) e, até certo ponto, do Bush Sr (foi ao Iraque por absoluta falta de opção e, prudente que era, deixou o serviço pela metade, sabendo que um vácuo de poder era muito pior do que um tirano como o Saddam: não se reelegeu), apenas Clinton não teve a "sua" guerra, limitando-se a ir bombardeando os Bálcans ("mas nem me falem em boots on terrain que isso é pra DOIDO! Ah, e na saída me mandem entrar a Mônica" ) até a cambada sossegar o facho. Bush Jr e Obama tiveram cada um alguma para chamar de sua. Trump está quieto no canto dele, dizendo as besteiras de sempre mas não fazendo nada que revolte o PAGADOR DE IMPOSTOS, cuja boa/má vontade faz/desfaz governos. Um novo acordo com o Irã e um antecipado relaxamento das sanções por alguns meses ("em prol da paz") é outro exemplo de "surpresa" cada dia mais óbvia.
Uma guerra não será evitada pelas incríveis, fantásticas e maravilhosas capacidades bélicas do Irã nem por medo dos Russos mas apenas para não destruir um dos maiores pilares do plano de reeleição do Trump (NO WAR) e ainda por cima erigir outro (CHEAP FUEL) ainda mais sólido, porque nem todo mundo tem filho nas FFAA mas todo mundo tem carro e quer comprar gasolina a bom preço. Pelo menos nos EUA.
É com base nisso que vou fazer uma aposta arriscadíssima em menos de três horas. Aliás, curioso mas até os Fib-junkies estão dizendo o mesmo, apenas por motivos diferentes (suas benditas equações ). Duvido que haja guerra com o Irã, pelo menos até o Trump já estar reeleito.
Aí a charla já é OUTRA...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: IRÃ
Não vai ter guerra nada. Quem quiser combater no Irã que jogue o BF3.
Para o Brasil significa que parece que o governo quer romper com Irã, chutar o segundo maior importador de milho e que compra outras commodities. Ao mesmo tempo em que faz preços camaradas para insumos petroquímicos e derivados. É coerente com o objetivo de salvar o mundo ocidental, se aliar a Arábia Saudita e dizer amém para o Trump.
Só queria sabe onde os produtores de milho e outros grãos enfiam o produto? E como fica o prejuízo em relação às cooperativas, importadores e exportadores? Porque não voltam mais. Está muito arriscado fazer negócio com Brasil. É capaz de passarem a comprar da Argentina e Uruguai, ainda receberem descontões em petróleo, derivados e petroquímicos
Depois que o Irã e EUA se acertarem. Quero como ficam as coisas para acreditou nas lorotas de salvar o mundo ocidental.
Para o Brasil significa que parece que o governo quer romper com Irã, chutar o segundo maior importador de milho e que compra outras commodities. Ao mesmo tempo em que faz preços camaradas para insumos petroquímicos e derivados. É coerente com o objetivo de salvar o mundo ocidental, se aliar a Arábia Saudita e dizer amém para o Trump.
Só queria sabe onde os produtores de milho e outros grãos enfiam o produto? E como fica o prejuízo em relação às cooperativas, importadores e exportadores? Porque não voltam mais. Está muito arriscado fazer negócio com Brasil. É capaz de passarem a comprar da Argentina e Uruguai, ainda receberem descontões em petróleo, derivados e petroquímicos
Depois que o Irã e EUA se acertarem. Quero como ficam as coisas para acreditou nas lorotas de salvar o mundo ocidental.
Outros dois navios iranianos podem ficar parados no Brasil por falta de combustível
SÃO PAULO (Reuters) - Mais dois navios iranianos que vieram para o Brasil trazendo ureia e deveriam retornar ao país de origem com milho podem ficar parados por falta de combustível, com a Petrobras recusando-se a vender o produto devido às sanções dos Estados Unidos ao Irã.
Dados de navegação mostram que os navios MV Delruba e Ganj, ambos de tipo Panamax, atualmente localizados próximos ao porto de Imbituba (SC), deveriam fazer a mesma rota de outras duas embarcações iranianas, Bavand e Termeh, que também tiveram problemas de reabastecimento, conforme publicado pela Reuters.
Todos os quatro navios são de propriedade do governo iraniano e estão inclusos nas sanções implementadas pelo governo norte-americano ao país. A Petrobras se recusa a vender combustível a eles, citando as sanções. Caso realizasse as vendas, a empresa poderia sofrer prejuízos por conta de suas operações nos EUA, disse a estatal.
Os quatro navios e um quinto, o Daryabar, que conseguiu deixar o Brasil carregado com milho, são parte de uma nova rota comercial aberta pelo governo iraniano, que tem buscado novos mercados para seus produtos petroquímicos para compensar as perdas nas vendas de petróleo.
"O governo iraniano está claramente assumindo um risco", disse uma fonte da indústria de navegação, que pediu para não ser nomeada devido à sensibilidade do assunto. "Eles enviaram todos esses navios para cá sem saber se eles conseguiriam reabastecer e retornar", acrescentou.
Apesar de comunicados da Petrobras afirmando que outras empresas podem vender combustível aos navios, a fonte disse que a petroleira estatal é basicamente a única que fornece esse serviço em todos os portos brasileiros.
O Daryabar também trouxe ureia ao Brasil. Não ficou claro como o navio garantiu combustível para o retorno. De acordo com dados de controle de navios da Refinitiv Eikon, no momento a embarcação encontra-se perto da África do Sul.
A Petrobras reafirmou sua posição nesta sexta-feira.
"O risco envolvido na contratação de navios sancionados deve ser de responsabilidade da empresa exportadora e não da Petrobras", disse a estatal.
A agência marítima que assiste os navios iranianos no Brasil, chamada Friendship, se recusou a fornecer informações a respeito da situação de combustível do MV Delruba e do Ganj. Ela afirmou que não está autorizada pela proprietária do navio, a estatal iraniana Sapid Shipping, a comentar sobre a situação.
https://www.noticiasagricolas.com.br/no ... tivel.html