A questão é que todo mundo sabe que a Iveco é uma empresa italiana e a KMW é uma outra alemã, instaladas aqui no Brasil assim como são as fabricantes de carro que conhecemos, todas estrangeiras. Já a Aeroeletronica é uma filial de uma empresa israelense, a Elbit, que se passa por empresa 100% brasileira. Um nome mais sincero seria "Elbit do Brasil". Acho que, talvez, o exemplo que mais se aproxime seja o da Helibras, que é subsidiaria da Airbus.Túlio escreveu:O que eu estranho é que ninguém está descendo a marreta na IVECO (sem ela não teríamos Guarani) ou KMW (sem ela, sem Mntç para os Leopards). Só vale pra AEL? Porque a Aeroeletrônica teria fechado as portas ainda antes da "nave-mãe", a AEROMOT! Assim, ao invés de fazer aqui coisas de Israel e outras nossas (ou quase), teríamos que importar TUDO!
Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Me parece uma boa razão, faz sentido. Se este era o ponto do Colega Toncat (são seria Tomcat, referência ao F-14?), minhas humildes e sinceras desculpas por não ter entendido. Véio, sacumé...
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Exatamente isso.Bolovo escreveu:A questão é que todo mundo sabe que a Iveco é uma empresa italiana e a KMW é uma outra alemã, instaladas aqui no Brasil assim como são as fabricantes de carro que conhecemos, todas estrangeiras. Já a Aeroeletronica é uma filial de uma empresa israelense, a Elbit, que se passa por empresa 100% brasileira. Um nome mais sincero seria "Elbit do Brasil". Acho que, talvez, o exemplo que mais se aproxime seja o da Helibras, que é subsidiaria da Airbus.Túlio escreveu:O que eu estranho é que ninguém está descendo a marreta na IVECO (sem ela não teríamos Guarani) ou KMW (sem ela, sem Mntç para os Leopards). Só vale pra AEL? Porque a Aeroeletrônica teria fechado as portas ainda antes da "nave-mãe", a AEROMOT! Assim, ao invés de fazer aqui coisas de Israel e outras nossas (ou quase), teríamos que importar TUDO!
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
OK, aceites também minhas desculpas, não havia entendido o ponto, Lima véio. Se eu mesmo sou há vários anos um dos maiores críticos da EURObrás, seria desonesto endossar quem age do mesmo jeito.
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Sim, mas isso não é obrigatório. Assim como a Thales não mudou o nome da Omnisys e a nem a Airbus mudou o nome da Helibrás.Bolovo escreveu:A questão é que todo mundo sabe que a Iveco é uma empresa italiana e a KMW é uma outra alemã, instaladas aqui no Brasil assim como são as fabricantes de carro que conhecemos, todas estrangeiras. Já a Aeroeletronica é uma filial de uma empresa israelense, a Elbit, que se passa por empresa 100% brasileira. Um nome mais sincero seria "Elbit do Brasil". Acho que, talvez, o exemplo que mais se aproxime seja o da Helibras, que é subsidiaria da Airbus.Túlio escreveu:O que eu estranho é que ninguém está descendo a marreta na IVECO (sem ela não teríamos Guarani) ou KMW (sem ela, sem Mntç para os Leopards). Só vale pra AEL? Porque a Aeroeletrônica teria fechado as portas ainda antes da "nave-mãe", a AEROMOT! Assim, ao invés de fazer aqui coisas de Israel e outras nossas (ou quase), teríamos que importar TUDO!
No site da AEL está muito claro e explicito:
http://www.ael.com.br/ael_sistemas.phpConsiderada um “centro de excelência” em tecnologia de defesa, a AEL SISTEMAS S.A. faz parte do grupo Elbit Systems Ltd, líderes de defesa no mercado mundial, e detém hoje plena capacitação nas áreas de defesa e espacial.
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Penguin escreveu: Sim, mas isso não é obrigatório. Assim como a Thales não mudou o nome da Omnisys e a nem a Airbus mudou o nome da Helibrás.
No site da AEL está muito claro e explicito:
http://www.ael.com.br/ael_sistemas.phpConsiderada um “centro de excelência” em tecnologia de defesa, a AEL SISTEMAS S.A. faz parte do grupo Elbit Systems Ltd, líderes de defesa no mercado mundial, e detém hoje plena capacitação nas áreas de defesa e espacial.
Sei lá, creio que entendi o ponto: se é Nacional (100%), tem direito a nome próprio; se não é, tem que ser "xxx do Brasil". Eu concordo MESMO, a "helibrás" deveria se chamar EUROCOPTER do Brasil, bem como a AEL e Ares "ELBIT do Brasil". É coerente, não? Tipo dar nome aos bois. Temos a VW do Brasil, etc...
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Bem por ai Veio!Túlio escreveu:Penguin escreveu: Sim, mas isso não é obrigatório. Assim como a Thales não mudou o nome da Omnisys e a nem a Airbus mudou o nome da Helibrás.
No site da AEL está muito claro e explicito:
http://www.ael.com.br/ael_sistemas.php
Sei lá, creio que entendi o ponto: se é Nacional (100%), tem direito a nome próprio; se não é, tem que ser "xxx do Brasil". Eu concordo MESMO, a "helibrás" deveria se chamar EUROCOPTER do Brasil, bem como a AEL e Ares "ELBIT do Brasil". É coerente, não? Tipo dar nome aos bois. Temos a VW do Brasil, etc...
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Na boa, isso é uma questão terciária, sem maior relevância. Só assume importância aqui no DB, por conta da implicância com o Gripen e com a participação da AEL no programa. Há tb muitos que não gostam da AEL por ser controlada por um grupo israelense.Túlio escreveu:Penguin escreveu: Sim, mas isso não é obrigatório. Assim como a Thales não mudou o nome da Omnisys e a nem a Airbus mudou o nome da Helibrás.
No site da AEL está muito claro e explicito:
http://www.ael.com.br/ael_sistemas.php
Sei lá, creio que entendi o ponto: se é Nacional (100%), tem direito a nome próprio; se não é, tem que ser "xxx do Brasil". Eu concordo MESMO, a "helibrás" deveria se chamar EUROCOPTER do Brasil, bem como a AEL e Ares "ELBIT do Brasil". É coerente, não? Tipo dar nome aos bois. Temos a VW do Brasil, etc...
Essa regra não existe. Nem aqui e em lugar nenhum.se é Nacional (100%), tem direito a nome próprio; se não é, tem que ser "xxx do Brasil".
Essas empresas já existiam antes do controle passar para uma empresa estrangeira.
É comum que mantenham os nomes originais ou que queiram utilizar outro diferente da controladora. Isso depende da estratégia empresarial:
A Ford comprou a Troller e manteve o nome da empresa.
A Azul comprou a TAP e vai manter o nome.
O grupo chinês CTG comprou a CESP e vai manter o nome.
O grupo americano Devry comprou o IBMEC e vai manter o nome.
A British American Tobacco comprou a Souza Cruz e manteve o nome.
Vamos supor um cenário, que no futuro a Embraer amplie sua participação na AEL (que hoje é de 25%) e assuma o controle dela. Não precisaria trocar o nome AEL.
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Editado pela última vez por Penguin em Qua Mai 31, 2017 7:13 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Carlos Lima escreveu: Bem por ai Veio!
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Claro que isso tem toda a relevancia.Penguin escreveu:Na boa, isso é uma questão terciária, sem maior relevância. Só assume importância aqui no DB, por conta da implicância com o Gripen e com a participação da AEL no programa. Há tb muitos que não gostam da AEL por ser controlada por um grupo israelense.Túlio escreveu:
Sei lá, creio que entendi o ponto: se é Nacional (100%), tem direito a nome próprio; se não é, tem que ser "xxx do Brasil". Eu concordo MESMO, a "helibrás" deveria se chamar EUROCOPTER do Brasil, bem como a AEL e Ares "ELBIT do Brasil". É coerente, não? Tipo dar nome aos bois. Temos a VW do Brasil, etc...
Essa regra não existe. Nem aqui e em lugar nenhum.se é Nacional (100%), tem direito a nome próprio; se não é, tem que ser "xxx do Brasil".
Essas empresas já existiam antes do controle passar para uma empresa estrangeira.
É comum que mantenham os nomes originais ou que queiram utilizar outro diferente da controladora. Isso depende da estratégia empresarial:
A Ford comprou a Troller e manteve o nome da empresa.
A Azul comprou a TAP e vai manter o nome.
O grupo chinês CTG comprou a CESP e vai manter o nome.
O grupo americano Devry comprou o IBMEC e vai manter o nome.
A British American Tobacco comprou a Souza Cruz e manteve o nome.
Vamos supor um cenário, que no futuro a Embraer amplie sua participação na AEL (que hoje é de 25%) e assuma o controle dela. Não precisaria trocar o nome AEL.
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O problema 'e levarmos a serio o que de fato e' o real retrato da industria de Defesa do Brasil.
O problema tem a ver com essa propaganda que finge que temos projetos "nacionais" quando na verdade sao de mentira.
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Quanto a KWM, eles dão manutenção em um blindado deles, não em um "nacional";Túlio escreveu:O que eu estranho é que ninguém está descendo a marreta na IVECO (sem ela não teríamos Guarani) ou KMW (sem ela, sem Mntç para os Leopards). Só vale pra AEL? Porque a Aeroeletrônica teria fechado as portas ainda antes da "nave-mãe", a AEROMOT! Assim, ao invés de fazer aqui coisas de Israel e outras nossas (ou quase), teríamos que importar TUDO!
Quanto a IVECO, eu lembro de ter criticado isso mais de uma vez no tópico do Guarani, memória curta a sua, hein?
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Marechal-do-ar escreveu: Quanto a KWM, eles dão manutenção em um blindado deles, não em um "nacional";
Quanto a IVECO, eu lembro de ter criticado isso mais de uma vez no tópico do Guarani, memória curta a sua, hein?
Como assim? Criticas mais do que eu a configuração 6 x 6 do Guarani ou chamaste de URUTU III mais do que eu? Não entendi, cupincha...
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Críticas porque já fizemos o Urutu no passado e agora tivemos que recorrer a uma empresa estrangeira, e o povo ainda aplaudindo.
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
E tu não?
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil
Eu? Aplaudi a participação da Iveco? Por favor, me mostre em que post fui favorável a isso.
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