MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

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Centurião
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#466 Mensagem por Centurião » Qua Fev 27, 2008 6:03 pm

Queda da Selic terá maior impacto sobre carga de juros da dívida em 2008, estima BC

BRASÍLIA - Será mais forte em 2008 o impacto da trajetória de queda da taxa básica Selic sobre os juros da dívida pública. Com base nessa expectativa, o Banco Central (BC) estima que a carga de juros e a necessidade de financiamento do setor público recuarão a níveis históricos.

A conta de juros da dívida é estimada em 5% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final deste ano, ante 6,25% de dezembro de 2007. E o resultado nominal seria deficitário em montante equivalente a 1,2% do PIB, considerando o cumprimento da meta de superávit primário fixada em 3,8% do PIB e uma taxa de câmbio de fim de período em R$ 1,80.

Animado com os resultados fiscais relativos a janeiro, o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, explicou que embora o Comitê de Política Monetária (Copom) tenha interrompido a trajetória de dois anos de cortes na Selic em setembro de 2007, " a dinâmica dos juros sobre a dívida pública não acompanha, necessariamente, os movimentos da taxa básica " .

Ele explicou que há influência das decisões gerenciais sobre a composição da dívida pelo gestor, o Tesouro Nacional. Citou como exemplo o grande volume de prefixados que vencem no ano (R$ 147,28 bilhões). Colocados a taxas mais altas, mesmo quando a Selic caía, esses títulos federais serão renegociados agora a custos menores, ressaltou o técnico.

Ademais, os juros apropriados sobre a dívida pública (do ponto de vista do financiamento como é contabilizado pelo BC) registram redução acentuada desde 2005. Naquele ano, a conta de juros foi equivalente a 7,32% do PIB, recuando para 6,86% em 2006, para 6,25%, em 2007, e 6,17% do PIB no acumulado em 12 meses até janeiro deste ano.

No primeiro mês do ano, os juros somaram R$ 13,131 bilhões, acima do montante de R$ 12,238 bilhões em dezembro, mas inferior aos R$ 13,927 bilhões de janeiro de 2007 e o menor patamar para o mês desde janeiro de 2005 (R$ 12,275 bilhões).

O resultado nominal foi " surpreendente " , segundo Lopes, ao registrar superávit de R$ 5,531 bilhões, atípico para o período e o melhor para janeiro na série histórica iniciada em 1991. O último superávit nas necessidades de financiamento foi registrado pelo governo em junho de 2007, no valor de R$ 677 milhões. Em janeiro, o resultado positivo foi possível porque a economia para o pagamento dos juros (superávit primário) também foi a melhor da série para janeiro, em R$ 18,662 bilhões.

Lopes comentou que se confirmada a tendência de menor carga de juros e de " continuidade de fortes superávits primários " como o de janeiro, os dados fiscais " serão os melhores da série " ao fim de 2008.

(Azelma Rodrigues | Valor Online)
Há dois anos eu disse ao pessoal daqui que a dívida pública interna iria para 40% do PIB em 2010, fazendo com que o governo tivesse dinheiro para investir em outras áreas. Com os dados atuais, pode até ser antes.




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Pedro Gilberto
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#467 Mensagem por Pedro Gilberto » Sáb Mar 01, 2008 1:45 pm

Brasil já é o 6º maior fabricante de carros do mundo

CRISTIANE BARBIERI
da Folha de S.Paulo
01/03/2008 - 10h11

Com os resultados excepcionais do mercado automotivo em 2007, o Brasil ultrapassou a Espanha e a França e se tornou o sexto maior produtor de carros do mundo.

Foram 2,97 milhões de veículos fabricados no país no ano passado, 14% a mais do que em 2006. O crescimento colocou o Brasil atrás do Japão, dos Estados Unidos, da China, da Alemanha e da Coréia do Sul.

"A tendência é que esse ranking, daqui a algum tempo, tenha apenas emergentes entre os maiores produtores", afirma Stefano Bridelli, diretor da consultoria Bain & Company. "Se fossem levados em consideração apenas os critérios econômicos, as montadoras já teriam fechado pelo menos metade de suas fábricas na Europa."

As montadoras na França tiveram um ano particularmente ruim. Segundo o CCFA (Comité des Constructeurs Français d'Automobiles), a produção francesa encolheu 7,8% em 2007, ficando em 2,57 milhões de carros.

O grupo Peugeot/Citroën produziu 7% menos do que em 2006, e a Renault reduziu a fabricação em quase 10% na França. Com tais resultados, o país, que ocupava a sexta posição entre os maiores fabricantes, passou à nona classificação. Foi ultrapassado não só pelo Brasil como também pela Espanha e pelo Canadá.

Na Espanha, a Anfac (Asociacion Española de Fabricantes de Automoviles y Camiones) informou que as montadoras produziram 2,88 milhões de unidades em 2007. O número é 4% superior ao de 2006, porém o bom desempenho do mercado brasileiro permitiu a ultrapassagem.

Mercado menor

As duas associações de fabricantes européias ressaltam, em suas previsões, esperar um 2008 de crescimento ainda menor. Em janeiro, as vendas na França encolheram 5,4% em relação ao mesmo mês de 2007.

Na Espanha, as expectativas são que o mercado cresça por volta de 1% em 2008. As montadoras estudam maneiras para se manter competitivas.

A expectativa no Brasil também é de um ano de menor crescimento. Mesmo assim, bem maior do que o de países maduros, com alta nas vendas em torno de 10%, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

De acordo com a entidade, 2007 foi o melhor ano da história da indústria automotiva no país. Além da produção recorde, foram licenciados 2,4 milhões de carros novos, que representam incremento de 27,8% em relação a 2006.

Os principais motivos foram a redução nas taxas de juros e o aumento do acesso ao crédito.
Impulsionados por tais resultados, as montadoras presentes no país já anunciaram investimentos superiores a R$ 8 bilhões até 2010.

Procurada pela Folha, a Anfavea informou que só poderá comentar a nova posição do Brasil entre os países fabricantes quando o ranking oficial do setor no mundo, organizado pela Oica (Organisation Internationale des Constructeurs d'Automobiles), for publicado, neste mês.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 7572.shtml

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#468 Mensagem por Dandolo Bagetti » Sáb Mar 01, 2008 11:37 pm

Se a Div Int ficar constante e a economia continuar crescendo, certamente ajustaremos a conta interna, mas se o país estagnar, aí a vaca vai pro brejo.
A Classe Média é que alavanca a economia. 8-]




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Túlio
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#469 Mensagem por Túlio » Dom Mar 02, 2008 8:42 am

Aumente-se a bolsa-esmola - para mim, uma nova e criativa forma de New Deal, ela própria clientelista, mas como era ianque, tem um cheirinho bom... - e o consumo aumenta, tinha uma tale de 'bolsa-geladeira' saindo, mais adiante vamos ter a 'bolsa-lâmpada fluorescente' e por aí vai, mais consumo, principalmente, mais gente ingressando no mercado de consumo, isso resulta ou não em crescimento? Governo serve para quê? A quem?

Reconheço que sou suspeito para falar, desde que entrei no DB advogo uma New Deal como forma de este País sair do marasmo, parece que alguém lá em BSB concorda comigo, mesmo que o DB inteiro discorde... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:




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#470 Mensagem por Luiz Bastos » Dom Mar 02, 2008 6:39 pm

Não são todos que discordam de você, neste aspecto. Fui




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#471 Mensagem por Dandolo Bagetti » Dom Mar 02, 2008 10:02 pm

Se o Lula tirar da Classe Média para beneficiar os pobres, a economia vai ficar emperrada. Os ricos são poucos e consomemmais os bens de luxo. Os pobres se endividam facilmente e quase não consomem, pois não têm renda para isso. É a Classe Média (20% da população) que movimenta a economia.
E qual a solução para o Brasil ? Aumentar o mercado interno, para gerar mais emprego e renda. Desonerar as empresas do fisco. Investir na Produção.
Nunca vi os aposentados receberem tantas indenizações na minha vida. Plano disso, plano daquilo, indenizações da época da ditadura ... O cofre público não aguenta. E a má gestão financeira do governo se reflete na Div Int e no aumento dos impostos. Deus queira que esse país continue crescendo e que a inflação esteja sob controle, caso contrário em 2009 a coisa vai ficar preta.
Fui hoje a Copacabana e 3 jovens bem vestidos e educados me pediram 1 real para comer. É triste.
Lula devia tabelar o lucro bancário por um teto máximo, de acordo com a média mundial. Vai ter que aumentar o tributo dos mais ricos, para quem ganha acima de 15 mil /mês. E, provavelmente vai ter que renegociar a Div Int (último caso).
:(




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#472 Mensagem por BrasileiroBR » Sáb Mar 08, 2008 4:28 pm

Brasil empeñado en desarrollarse

Si el gigante supera sin baches el enfriamiento de Estados Unidos, será señal de que por fin su potencia económica despierta. De hecho, los empresarios apuestan a un crecimiento en torno al 5% y las inversiones siguen al alza.


El principal socio comercial de Uruguay, Brasil, se va a desarrollar. Si 2008 es como 2007. Si 2009 es como 2007. Y si 2010, también. En este caso la economía más grande de la región irá en camino de ser la economía más grande "desarrollada" de la región. No porque en 2007 haya descubierto petróleo. Ni porque haya sido el momento de la explosión de los biocombustibles, sino porque ha sido el año del redescubrimiento de los brasileños de la confianza en sí mismos. Y, por consiguiente, el mundo empezó a confiar en Brasil.

Retrospectivamente, lo sucedido tiene un toque de asombro. Bastaron 12 meses para que la percepción de la economía brasileña en el escenario internacional diera un vuelco del agua al aceite. Si al entrar en 2007 Brasil aparecía al final de la fila del crecimiento económico de América Latina, al frente apenas de Haití -devastado por una guerra-, y parecía ser el patito feo de los BRIC (las grandes economías emer gentes: Brasil, Rusia, India y China), en la entrada de 2008 el país vive un optimismo que pasó -señal de madurez- de la euforia a la moderación luego en la primera quincena de enero, gracias a la incertidumbre en el mercado estadounidense.

Los empresarios ven mucha luz en el futuro. Según una encuesta de la Asociación Brasileña de Compañías Abiertas (Abrasca), entidad que reúne a las empresas responsables por el 80% del valor de mercado listado en la Bolsa de San Pablo, Bovespa, y que ya considera la crisis estadounidense, 82% están optimistas con la economía brasileña, principalmente por el buen desempeño de la demanda interna. El resultado, sin embargo, es un poco inferior al 86% del semestre anterior. "La encuesta indica optimismo: la expectativa de crecimiento de la economía y del nivel de empleo sigue alta", dice Antonio Castro, presidente de Abrasca. "Es un optimismo más moderado, pero los empresarios de cierta forma ya anticiparon la crisis".

De hecho, los encuestados apuestan a una variación del PIB en torno al 4,5% a 5%, lo cual es muy bueno para el historial brasileño. Y las inversiones siguen al alza, lo que es un indicador de largo plazo, con una Bovespa que mantiene la expectativa de llegar a los 65.000 a 70.000 puntos para fin de año.

La fuerte expansión de las multinacionales brasileñas explica ese buen ánimo. Vale ya es la segunda minera del mundo; la siderúrgica Gerdau continuó su crecimiento internacional comprando Chaparral en Estados Unidos; Embraer batió récord de ventas con su nueva línea de aviones ejecutivos, y el frigorífico JBS Friboi pasó a ser el mayor productor mundial de carnes al comprar la estadounidense Swift. Y ni hablar de los bancos. Bradesco e Itaú ya lideran en todas las Américas (séptimo y noveno según ranking de Economática), llegando cerca de íconos del capitalismo como JPMorgan Chase, Citigroup y Goldman Sachs. ¿Y Petrobras? Después del éxito en aguas profundas, etanol y biocombustibles, la estatal anunció grandes reservas de petróleo y gas en Santos, haciendo que el presidente Luiz Inácio Lula da Silva hasta soñase con la entrada en la OPEP. Para mejorar aun más esa torta, la cereza es un soñado Mundial en 2014, que además de entusiasmar a una población fanática por el fútbol, suele ser una buena palanca para inversiones en infraestructura.

Entonces, con tan buenas noticias, ¿no llegó finalmente la hora de Brasil? Muchos especialistas creen que sí, que el país tiene grandes chances de volver realidad el desgastado lema de País del Futuro. "A pesar del crecimiento bajo, Brasil crece, no sólo en aspectos puramente económicos, sino en aspectos institucionales, y principalmente en estabilidad económica. "Es un país completamente diferente al que era hace 30 años", dice Claudio Haddad, director presidente de la escuela de negocios Ibmec San Pablo. "Pero mientras Brasil realmente no aumente su tasa de ahorro y no tenga un stock de capital humano realmente mayor, no sé si tendrá un crecimiento elevado sustentable, en un nivel de 6% a 7%", advierte.

¿A prueba de balas? "La economía mundial está en crecimiento y no hay un contagio tan amplio", dice Roberto Padovani, estratega de inversiones senior para América Latina del banco alemán WestLB. Pero también cree que Brasil vive un momento crucial para evaluar los efectos de la desaceleración de EE.UU. Éste, a propósito, es otro punto de consenso, pues la mayoría de los especialistas considera que es hora de poner a prueba el blindaje de la economía brasileña. La directora de Riesgo Soberano de la agencia Standard & Poor`s en Nueva York, Lisa Schineller, cree que hoy Brasil está más preparado para enfrentar turbulencias externas que hace cinco o diez años. La política macroeconómica fue reforzada trayendo beneficios como estabilidad y baja inflación. La consecuencia fue la ampliación de la base de consumidores. Sobre el supuesto aislamiento de Brasil en relación a la crisis internacional, Schineller cree que eso no es posible en una economía tan integrada al escenario internacional. Incluso aunque las exportaciones no representen una gran parte del PIB.

Para el ex director del Banco Central y economista jefe de la Confederación Nacional de Comercio, Carlos Thadeu de Freitas, el escenario brasileño sigue positivo. "La inflación está bajo control, las exportaciones brasileñas no dependen tanto de Estados Unidos, la deuda externa cayó", enumera. El economista resalta, sin embargo, que eso no haría del país un ente totalmente despegado del escenario internacional. "Nadie está 100% despegado de esa crisis. Sin embargo,"a pesar de ello, la liquidez aún es favorable y está `empozada` en los países con alto retorno para la inversión financiera, como Brasil."

Christian Travassos, economista de la Federación del Comercio de Rio, observa que, a pesar que la crisis dificulta cualquier previsión, es posible mantener el optimismo al verificar la trayectoria de la economía brasileña. "El mercado no es apenas el momento", dice. "Brasil salió de un riesgo-país de 2.000 puntos a 230 puntos en cinco años y eso muestra una trayectoria bastante positiva".

Las cáscaras de banana. Naturalmente, para garantizar el ciclo de desarrollo sustentable le faltan a Brasil algunas reformas. Una de las más urgentes sería la del sistema tributario: pesado, confuso y caro para la inversión, con una carga superior a 37% del PIB.

Una debilidad nada menor es que Brasil sigue con un déficit grave en el sector de infraestructura. Y hoy, infraestructura remite enseguida al PAC, el ambicioso Programa de Aceleración del Crecimiento, lanzado con bombos por el gobierno de Lula y que prevé miles de millones en inversiones gubernamentales y privadas. Lamentablemente, el PAC aún choca en la realidad. "El gobierno piensa que es apenas un tema de dinero, pero el problema es que la mayoría de los proyectos en el PAC no pasa de ideas", dice el profesor Paulo Fernando Fleury, del Centro de Logística del Coppead-UFRJ, en Rio. "Aún es necesario hacer los proyectos de ingeniería, presentarlos al Tribunal de Cuentas de la Nación, licitar las obras, someterlas a la fiscalización ambiental … ¡Es un desafío burocrático enorme!". Según Fleury, una manera en que las tan necesarias obras de infraestructura despeguen sería simplemente tener proyectos de ingeniería listos antes de anunciar públicamente los planes.

Otra traba es el confuso marco regulador: agencias reguladoras, tribunales de cuentas, gobiernos estatales, municipales, Ministerio Público. Nunca se sabe de dónde puede venir el embargo de una obra importante. "Hay superposición de funciones y lo previsible es mero ejercicio de futurología", critica Fleury.

A pesar del alza de precios de los últimos meses de 2007, Miguel Ribeiro, de Anefac, cree que la inflación no es una gran amenaza. Para él, la posibilidad de una crisis de energía es más preocupante, ya que "retiraría el soporte que mantendría estable el crecimiento brasileño a pesar de las turbulencias subprime."

¿Y cómo queda Brasil en relación con los BRIC? Para Travassos, Brasil posee la ventaja de tener una democracia más madura y consolidada. "Los otros BRIC tienen la ventaja de una carga tributaria menor", compara Antonio Castro, de Abrasca. Según Padovani, de WestLB, Brasil tiene un crecimiento en bases más sólidas que China e India, pero esos países tienen la mano de obra más barata. Además, los años de escolaridad promedio en Brasil aún son bajos. "La educación es el gran talón de Aquiles", dice Haddad. Pese a las trabas, todos concuerdan en que Brasil va por el rumbo correcto y que el País del Futuro, por fin, puede volverse País del Presente. (Verónica Goyzueta y Carlos Vasconcellos, América Economía)

Diario "El pais" - Uruguay




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#473 Mensagem por Dandolo Bagetti » Sáb Mar 08, 2008 11:28 pm

Vou dar aqui uma assessoria gratuita de economia para o Governo Lula.
Deseja que o Brasil cresça mais do que a China ?
Aumente os impostos, e banque a previdência social para quem ganha até 2 SM. Caberia ao patrão pagar apenas 10%, além do salário do trabalhador, e poderia acrescentar até 100% do salário, em participação nos lucros, sem que seja descontado qualquer tipo de imposto.
:)




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Pedro Gilberto
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#474 Mensagem por Pedro Gilberto » Seg Mar 10, 2008 2:21 pm

Indústria automotiva investirá US$ 20 bi no país até 2010

10/03/2008 - 13h23

Da Reuters, em São Paulo
A indústria de veículos e autopeças no Brasil investirá cerca de US$ 20 bilhões em três anos até 2010, afirmou nesta segunda-feira (10) o presidente da Anfavea.

"É um número incrivelmente grande. Existe uma confiança na expansão do mercado (no Brasil)", disse Jackson Schneider, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.

Ele acrescentou que os números são absolutos, sem levar em consideração fatores como inflação e câmbio. Para 2008, a Anfavea divulgou a previsão de investimentos apenas das montadoras, no valor de US$ 4,9 bilhões. No ano passado, os investimentos somaram US$ 2,1 bilhões.

Com isso, a capacidade produtiva do setor irá para 3,85 milhões de unidades este ano, ante 3,5 milhões em 2007. Para 2009, a Anfavea prevê que a indústria terá capacidade de produzir 4 milhões de veículos.

"A maior parte do investimento de 2008 será para o aumento da capacidade", disse Schneider, acrescentando que o valor de investimento deste ano é recorde e se baseia em dados apresentados até agora pelas montadoras.

Vendas
As vendas de veículos recuaram no mês passado, mas ainda assim registraram forte aumento no bimestre na comparação com 2007, informou a Anfavea.

Em fevereiro, as vendas somaram 200,8 mil unidades, uma queda de 6,6% em relação a janeiro. Mas no acumulado do bimestre, elas chegaram a 415,8 mil unidades, um crescimento de 38,7% na comparação com mesmo período do ano passado.

A produção de veículos também caiu em fevereiro, para 251,9 mil unidades, 0,7% abaixo de janeiro, que teve mais dias úteis. Na comparação com 2007, as vendas de veículos em fevereiro cresceram 36,8% e a produção avançou 23,6%.

As exportações de veículos, incluindo máquinas agrícolas, somaram 1,08 bilhão de dólares em fevereiro, um crescimento de 7,5% sobre janeiro e de 12,8% ante o mesmo período do ano passado.

Os números demonstram o bom momento vivido pelo setor, já que nos últimos 12 meses, enquanto as vendas cresceram 31,1%, para 2,58 milhões de unidades, a produção subiu 17,1%, para 3,7 milhões de veículos. O nível de emprego no setor cresceu 13,4% fevereiro sobre o mesmo mês de 2007, acumulando 122,415 postos de trabalho.


http://economia.uol.com.br/ultnot/reute ... 60291.jhtm

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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#475 Mensagem por Pedro Gilberto » Qua Mar 12, 2008 9:28 am

PIB brasileiro registra expansão de 5,4% em 2007, diz IBGE

CIRILO JUNIOR
da Folha Online
12/03/2008 - 09h09

A economia brasileira cresceu 5,4% em 2007, informou nesta quarta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É a maior taxa de expansão constatada desde 2004, quando houve crescimento de 5,7%. No último trimestre do ano passado, o PIB (Produto Interno Bruto) registrou variação de 1,6% frente ao trimestre anterior, e 6,2% em relação ao quarto trimestre de 2006.

Em valores, o PIB brasileiro totalizou R$ 2,6 trilhões no ano passado como um todo.

O desempenho superou as expectativas dos analistas de mercado que projetavam, em média, crescimento de 5,3% no ano e de 5,1% no quarto trimestre.

O investimento, medido pela taxa de formação bruta de capital fixo, cresceu 13,4% no ano passado, na comparação com 2006. O índice é o maior desde o início da série histórica, iniciada em 1996. No quarto trimestre, a taxa de formação bruta de capital fixo teve incremento de 16% na comparação com o último trimestre de 2006.

O consumo das famílias aumentou 6,5% em 2007, marcando o quarto ano consecutivo de expansão.

O destaque principal da economia brasileira em 2007 foi o setor agropecuário, que cresceu 5,3% no período. Na mesma comparação, a indústria teve crescimento de 4,9% e o setor de serviços, de 4,7%.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 1048.shtml

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PRick

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#476 Mensagem por PRick » Qua Mar 12, 2008 11:01 am

Economia brasileira cresce 5,4% em 2007, diz IBGE
12/03 - 09:04, atualizada às 10:43 12/03 - Redação

SÃO PAULO - O produto interno bruto (PIB) do Brasil cresceu 5,4% em 2007, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB mede toda a produção, ou geração de riqueza, do país. Toda vez que é agregado valor a um produto, isso contribui para o crescimento da economia

Por exemplo, um comerciante que compra uma bolsa de uma indústria por R$ 10 e a vende por R$ 25 agregou R$ 15 ao PIB.

Em valores, o PIB de 2007 atingiu R$ 2,6 trilhões. O crescimento de 5,4% foi maior que o de 2006, que havia sido de 3,8%.

Imagem
Fonte: IBGE

O consumo das famílias teve destaque, registrando alta (6,5%) pelo quarto ano consecutivo.

O economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, diz que o crédito alavancou o crescimento do consumo das famílias e o câmbio barateou os importados, o que forçou as empresas brasileiras a competir e abaixar preços. Isso aumentou o poder de compra da população, segundo ele.

"Por exemplo, no começo do ano você comprava um computador por R$ 3.000 e no final do ano comprava o mesmo computador por R$ 1.500. A informática foi um dos grandes destaques no consumo das famílias", diz o economista.

A economista do banco Santander Luiza Rodrigues diz que 2007 foi um ano muito aquecido e de crescimento generalizado em todos os setores. Segundo ela, a demanda interna cresceu muito, em um processo de aumento do poder de compra das famílias que começou com o Plano Real. Nos últimos anos a economia teve injeção de recursos com o aumento do salário mínimo, com a expansão do emprego e com os programas sociais do governo, diz ela.

"Isso leva a um círculo virtuoso, porque com o comércio aquecido, as empresas contratam, e isso aumenta o nível de emprego e o poder de compra", diz a economista.

Investimento

Já o investimento, medido pela formação bruta de capital fixo, também registrou crescimento, de 13,4%, a maior taxa anual desde o início da série, em 1996.

Borges diz que o investimento cresce há quatro anos consecutivos e que a expansão forte é positiva porque é um sinal de que as empresas vão aumentar a produção, o que alivia a inflação. "O Banco Central está preocupado com a oferta não atender à demanda, isso é positivo porque talvez não precise aumentar os juros", diz ele.

Para Luiza Rodrigues, a indústria está investindo para atender à demanda interna, o que é positivo porque também aumenta a capacidade do País de crescer no futuro. "Mas o investimento ainda precisa crescer muito. A relação investimento/PIB no Brasil está em cerca de 18%, na China por exemplo é de mais de 30%", diz a economista.


Economia em 2008

Borges acredita que em 2008 o crescimento da economia não deve ser tão forte quanto o do ano passado, ficando em torno de 4,5%. Segundo ele, a volatilidade externa deve afetar o País, já que o mundo deve crescer menos neste ano. "O crescimento é puxado pela demanda interna, mas o Brasil ainda depende do resto do mundo", diz ele.

Setores

O setor que registrou o maior crescimento foi a agropecuária, que se expandiu em 5,3%, seguida pela indústria, com crescimento de 4,9%, e serviços, com 4,7%. Segundo o IBGE, o crescimento da agropecuária deveu-se principalmente à lavoura, com destaque para trigo, algodão, milho, cana e soja.

Dentro da indústria, os segmentos com maior crescimento foram indústria de transformação, que se expandiu em 5,1%, e construção civil, eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, cada um deles com crescimento de 5%.

Os segmentos de serviços com maiores elevações foram intermediação financeira e seguros, que cresceu 13%, serviços de informação (8%) e comércio (7,6%).

Setor externo

O resultado do PIB em 2007 é a continuação de um processo que começou há dois anos, segundo Luiza Rodrigues. Segundo ela, antes era era o setor externo que dava a principal contribuição para o crescimento. Agora a situação se inverteu e a demanda interna cresce, fazendo aumentar a produção. "Hoje o setor externo tem contribuição negativa para o PIB, porque a produção interna não dá conta e as importações cresceram muito", diz ela.

Segundo o IBGE, em 2007 as exportações tiveram alta de 6,6%, enquanto as importações cresceram 20,7%. O crescimento das exportações é inferior ao das importações desde 2006, diz o órgão.

Crescimento do PIB dos países em 2007

China...........10,6%
Índia.............9,6%
Rússia...........8,1%
Brasil.............5,4%
Chile.............5,2%
África do Sul 5,1%
União Européia 2,9%
Estados Unidos 2,2%


4º trimestre

No quarto trimestre, o crescimento do PIB foi de 6,2% em relação ao mesmo período de 2006 e de 1,6% na comparação com o trimestre anterior.

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Na comparação do quarto trimestre com o trimestre anterior, destacou-se o crescimento do consumo das famílias, de 3,7%. A formação bruta de capital fixo teve alta de 3,4%, após cinco trimestres consecutivos crescendo, segundo o IBGE.

Já as exportações se expandiram em 2,6% no quarto trimestre, enquanto as importações cresceram em um ritmo mais elevado, de 5,6%, pelo 17º trimestre consecutivo.




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Centurião
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#477 Mensagem por Centurião » Qua Mar 12, 2008 11:39 am

Pedro Gilberto escreveu:PIB brasileiro registra expansão de 5,4% em 2007, diz IBGE

CIRILO JUNIOR
da Folha Online
12/03/2008 - 09h09

A economia brasileira cresceu 5,4% em 2007, informou nesta quarta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É a maior taxa de expansão constatada desde 2004, quando houve crescimento de 5,7%. No último trimestre do ano passado, o PIB (Produto Interno Bruto) registrou variação de 1,6% frente ao trimestre anterior, e 6,2% em relação ao quarto trimestre de 2006.

Em valores, o PIB brasileiro totalizou R$ 2,6 trilhões no ano passado como um todo.

O desempenho superou as expectativas dos analistas de mercado que projetavam, em média, crescimento de 5,3% no ano e de 5,1% no quarto trimestre.

O investimento, medido pela taxa de formação bruta de capital fixo, cresceu 13,4% no ano passado, na comparação com 2006. O índice é o maior desde o início da série histórica, iniciada em 1996. No quarto trimestre, a taxa de formação bruta de capital fixo teve incremento de 16% na comparação com o último trimestre de 2006.

O consumo das famílias aumentou 6,5% em 2007, marcando o quarto ano consecutivo de expansão.

O destaque principal da economia brasileira em 2007 foi o setor agropecuário, que cresceu 5,3% no período. Na mesma comparação, a indústria teve crescimento de 4,9% e o setor de serviços, de 4,7%.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 1048.shtml

[]´s
O mais interessante vai ser quando o IBGE revisar o crescimento de 2007 para cima nos próximos dois anos. A metodologia deles definitivamente não retrata fielmente a realidade econômica do Brasil, como já foi dito por alguns economistas e analistas. Tomem 2006 como exemplo, o crescimento daquele ano saiu de 2,7% para 3,8%, após dois anos de revisões.




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Pedro Gilberto
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#478 Mensagem por Pedro Gilberto » Qua Mar 12, 2008 12:36 pm

Centurião escreveu:
O mais interessante vai ser quando o IBGE revisar o crescimento de 2007 para cima nos próximos dois anos. A metodologia deles definitivamente não retrata fielmente a realidade econômica do Brasil, como já foi dito por alguns economistas e analistas. Tomem 2006 como exemplo, o crescimento daquele ano saiu de 2,7% para 3,8%, após dois anos de revisões.
Mas vai haver uma nova revisão da metodologia Centurião? Afinal foi refeita recentemente e creio eu que já deve ter sido aplicado no cálculo do PIB do ano passado.

[]´s




"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#479 Mensagem por Centurião » Qua Mar 12, 2008 12:56 pm

Pedro Gilberto escreveu:
Centurião escreveu:
O mais interessante vai ser quando o IBGE revisar o crescimento de 2007 para cima nos próximos dois anos. A metodologia deles definitivamente não retrata fielmente a realidade econômica do Brasil, como já foi dito por alguns economistas e analistas. Tomem 2006 como exemplo, o crescimento daquele ano saiu de 2,7% para 3,8%, após dois anos de revisões.
Mas vai haver uma nova revisão da metodologia Centurião? Afinal foi refeita recentemente e creio eu que já deve ter sido aplicado no cálculo do PIB do ano passado.

[]´s
Pelo o que eu entendi, não é uma revisão da metodologia. Porém, as publicações trimestrais do IBGE têm alterado de forma significativa os números, justamente por causa da nova metodologia. Na minha opinião, ao adicionar mais setores e dados econômicos, o IBGE tornou menos precisos os primeiros números do PIB. Ainda que sejam mais altos.

Agora o próprio ministro da economia está confirmando isso:
Crescimento de 2007 pode ter sido maior, diz Mantega

SÃO PAULO, 12 de março de 2008 - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que o crescimento da economia brasileira pode ter sido maior do que os 5,4% anunciados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mantega lembrou que o instituto de pesquisa ainda deverá realizar uma apuração mais completa dos dados econômicos referentes ao ano passado, o que poderia trazer novos números ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. "Quando o IBGE fizer uma análise mais aprofundada, o resultado poderá ser maior", analisou.

Os dados divulgados hoje pelo IBGE apresentaram uma série de revisões dos números relativos aos três primeiros trimestres de 2007. Na comparação com 2006, o crescimento dos três período ficou abaixo do divulgado em dezembro do ano passado. Já na comparação do resultado mais recente com o trimestre anterior, as revisões dos períodos entre abril e junho e julho e setembro foram positivas. (Redação - InvestNews)
Tem um estudo que mostra que o avanço da renda medida pelo consumo das classes mais baixas, é maior do que o indicado pelo PIB. O pesquisador chegava à seguinte conclusão: Ou o resultado do PIB ou o avanço dessas classes sociais não corresponde à realidade. Ele mesmo afirmava que tudo indica que o consumo cresce exatamente da maneira medida. O que sobra então? ;)

Depois coloco aqui o artigo que fala desse estudo.




PRick

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#480 Mensagem por PRick » Qua Mar 12, 2008 3:22 pm

PIB: Para Delfim Netto, FHC entregou país "falido"Diego Salmen
Especial para Terra Magazine


Conhecido pela condução da economia brasileira no período do chamado "Milagre Econômico", durante os governos militares de Costa e Silva e Médici, o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto falou a Terra Magazine sobre o crescimento de 5,4% do PIB em 2007, divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE. E comparou os índices nos governos Lula e FHC.

- O Fernando Henrique entregou o Brasil falido. Todo mundo se recusa a entender esse fato - critica.

Professor emérito da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP), Delfim crê que o crescimento do País terá menos entraves daqui em diante.

- O Brasil, na minha opinião, se libertou das duas coisas que poderiam abortar o crescimento: a oferta de energia e o déficit em contas corrente não financiável - avalia.

No ano passado, o País também registrou um crescimento de 4% do PIB per capita (a soma do PIB dividida pela população brasileira), totalizando R$ 13.515,00 anuais. Além disso, o setor que teve a maior alta foi a agropecuária, com 5,3%, seguido por indústria (4,9%) e serviços (4,7%).

- A agricultura está bombando. O pessoal que fica falando, que fica criticando o governo, devia fazer uma viagenzinha para o interior para ver que o Brasil está crescendo lá, que é o que eles tentam esconder aqui - critica o ex-ministro.

Ele também faz um alerta para os riscos de se manter a atual política cambial do país, aludindo a frase proferida pelo presidente Lula - quando o Brasil se tornou credor externo - em referência a Deus.

- Esse câmbio é tão mais pernicioso quanto mais tempo ele continuar - afirma. - É por isso que o governo precisa fazer uma política industrial exportadora, para substituir a mãozinha de Deus quando ela decidir ir embora.

Procurada pela reportagem, a assessoria do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que ele não se manifestaria sobre as declarações de Delfim Netto. Fernando Henrique se recupera de uma cirurgia e, segundo a assessoria, passa bem.

Leia a seguir a íntegra da entrevista com o ex-ministro da Fazenda.

Terra Magazine - Qual sua avaliação do resultado dilvugado hoje?
Delfim Netto - Era o esperado. Nenhuma surpresa, e vou dizer mais: suspeito que quando vier a primeira revisão (do PIB), (o resultado) vai ser um pouquinho maior.

O senhor acha que esse crescimento se manterá em 2008?
Para 2008, na minha opinião, tá praticamente contratado.

O que sustentou esse resultado, professor?
Na verdade são as forças do mercado interno e a idéia que foi colocada através do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) de que o Brasil podia crescer. Então, você tem investimentos em infra-estrutura começando a dar sinais que estão melhorando, você tem mercado interno e salário real crescendo, emprego crescendo, importações e exportações crescendo...Não existe nenhuma limitação que possa abortar esse processo de crescimento, mesmo com grandes dificuldades no mundo, talvez você tenha alguma redução...

Como é o caso da crise nos Estados Unidos...
É, mas não creio que isso tenha uma influência maior. Acho que o crescimento vai persistir no nível que está hoje.

O setor que registrou a maior alta foi o da agropecuária. O que isso significa?
A agricultura está bombando. Ontem eu fui a Rondonópolis (MT). O pessoal que fica falando, que fica criticando o governo, devia fazer uma viagenzinha para o interior para ver que o Brasil está crescendo lá, que é o que eles tentam esconder aqui. Fui para Rondonópolis e pude observar coisas que ninguém vê.

Como por exemplo?
Como por exemplo o Brasil crescendo robustamente.

Qual a diferença entre o crescimento dos governos Lula e FHC?
A diferença é completa. O Fernando Henrique entregou o Brasil falido. Todo mundo se recusa a entender esse fato; em 2002, o Brasil estava (em tom enfático) fa-li-do. Estava com déficit, a exportação crescia 4% enquanto a divida crescia 6,5%. Tinha US$ 17 bilhões de reservas e tinha feito uma bela duma....dum apagão em 2001. E não satisfeito, fez a crise externa em 2002, o que aconteceu foi isto. Houve uma mudança, o mundo também mudou...o Lula tem sido humilde, agora diz "eu, mais uma mãozinha de Deus, conseguimos fazer a coisa rodar". Então a gente tem que reconhecer isso, que é o que está acontecendo.

Os defensores da gestão econômica do governo FHC dizem que a admnistração do PSDB enfrentou várias crises.
Olha, eu não acredito nisso. Esse negócio de que a administração do Fernando Henrique foi perseguida por Deus...Ninguém nem acreditava no bicho.

E agora estamos às portas de uma nova crise, nos EUA, não?
Na verdade nós cometemos erros graves na política cambial. Lamentavelmente a política cambial do Lula não é muito melhor do que foi no passado. A diferença é que realmente o Lula entendeu que a salvação do capitalismo está em melhorar a igualdade de oportunidades. É essa a diferença. O Brasil está vendo com um pouco mais de tranquilidade esse crescimento.

O câmbio, com o dólar se desvalorizando cada dia mais, pode complicar o crescimento?
Esse câmbio vai ter conseqüências no longo prazo. Esse câmbio é tão mais pernicioso quanto mais tempo ele continuar, porque ele vai ser combinado com um crescimento robusto, e é por isso que o governo precisa realmente fazer uma política industrial exportadora, para substituir a mãozinha de Deus quando ela decidir ir embora.

Pode ser que o superávit na balança comercial se reverta?
Isso não tem muita importância hoje. Na semana passada nós estávamos com US$ 196 bilhões de reservas, então nós temos tempo para corrigir qualquer coisa. O Brasil, na minha opinião, se libertou das duas coisas que poderiam abortar o crescimento: a oferta de energia e o déficit em contas corrente não financiável. Isso faz parte do passado.

E agora é bola pra frente?
Agora é bola pra frente.




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