Fórum Defesa Brasil

Alfa BR escreveu: ↑Sex Mai 15, 2020 12:37 pm

gabriel219 escreveu: ↑Sex Mai 15, 2020 11:31 am Do SuperAV, temos dois extremos de variantes: uma MUITO boa, ACV e outra ruim e barata, Guarani.

E isso porque o EB quer que o "MMBT" seja espelhado no Guarani...

Imagine se ao invés do Guaraní tivessemos adquirido o SuperAV com a torre UT30Mk2...

Nem precisava ser o SuperAV, que tecnicamente não era exatamente um produto pronto. Poderia ser uma versão do mesmo, ainda que em 8x8 e com as qualidades que o mesmo tem, porém de menor custo. Poderia até surgir versão 6x6 para outros fins, como Reconhecimento - mas não jogaria fora a versão RC com canhão 105/120 mm em 8x8 -, VBE's e entre outras.

O que o EB pediu, a Iveco entregou direitinho, porém depois o EB foi descobrir que o que o próprio EB pediu não servia bem para o próprio EB. É um paradoxo que só o Generalato do EB consegue fazer!

Para um exército que passou os últimos 40 anos usando um blindado projetado nos anos 1970 e depois baseou-se no mesmo para estabelecer os requisitos para um novo VBTP 6x6, o Guarani até que não é tão ruim assim.
Ele tem problemas? Sim, tem. E vários pelo que se comenta na internet. Mas não é de se jogar fora.
Uma versão Guarani II está sendo discutida com a Iveco, e muito provavelmente, espera-se, seja bem melhor que o modelo atual, dada as correções feitas a partir do aprendizado com os bldos atuais.
Se tudo que tiver ser corrigido o for neste próximo modelo que virá, teremos um blindado que atenderá de forma melhor e mais qualitativa as necessidades da tropa.
Por outro lado, o SuperAV muito provavelmente, penso eu, se o EB quiser ter um modelo 8x8 ainda nesta década deve servir de ponto de partida para ele. Tornaria o empreendimento menos custoso e quiçá mais rápido.
Agora, pensar em projetar bldos 6x6 e 8x8 hoje com um olho no bolso e outro no fígado certamente é um convite para mais erros do que a acertos.

abs

Ainda irei viver num Brasil em que não se conformem com tamanha mediocridade, ainda mais quando se gasta milhões em dinheiro público.

Mediocridade não é o problema, mas a nossa completa falta de atenção e respeito com a Defesa enquanto política de Estado.
Sem continuidade e regularidade de recursos, do curto ao longo prazo, nenhum programa ou projeto conseguirá atingir patamares que os tornem capazes de ombrear-se a similares importados.

Como tenho sempre dito por aqui, Defesa é um negócio caro, e não é para qualquer um.

O Guarani pode não ser o melhor VBTP do mundo, mas já é muito melhor do que simplesmente importar um veículo e continuarmos na mão de terceiros na hora que mais precisarmos deles.

Quanto a isso não há dúvidas. Antes o risco de errar tentando acertar em algo que é nosso, fazemos aqui e podemos dispor como bem entender, do que simplesmente continuar na dependência externa em nome de uma pseudo operacionalidade que nunca existiu, como se não tivéssemos indústria e capacidade de engenharia alguma no país. Creio que isso sim seria medíocre. E muito.

Vamos continuar acertando e errando no Guarani como em qualquer outro projeto das ffaa's por falta de experiência, de visão, de orientação, de critérios equivocados, de conhecimento ou expertise e de muitos outros motivos. Mas vamos continuar tentando. Isso é o que nos importa hoje, e é o que nos fará menos suscetíveis a embargos ou pressões de todo tipo vindas de fora no futuro, justamente quando a nossa capacidade de não somente colocar, mas impor, nossas decisões e posições políticas, militares ou econômicas fará toda a diferença.

abs

FCarvalho escreveu: ↑Sáb Mai 16, 2020 5:23 pm Mediocridade não é o problema, mas a nossa completa falta de atenção e respeito com a Defesa enquanto política de Estado.
Sem continuidade e regularidade de recursos, do curto ao longo prazo, nenhum programa ou projeto conseguirá atingir patamares que os tornem capazes de ombrear-se a similares importados.

Como tenho sempre dito por aqui, Defesa é um negócio caro, e não é para qualquer um.

O Guarani pode não ser o melhor VBTP do mundo, mas já é muito melhor do que simplesmente importar um veículo e continuarmos na mão de terceiros na hora que mais precisarmos deles.

Quanto a isso não há dúvidas. Antes o risco de errar tentando acertar em algo que é nosso, fazemos aqui e podemos dispor como bem entender, do que simplesmente continuar na dependência externa em nome de uma pseudo operacionalidade que nunca existiu, como se não tivéssemos indústria e capacidade de engenharia alguma no país. Creio que isso sim seria medíocre. E muito.

Vamos continuar acertando e errando no Guarani como em qualquer outro projeto das ffaa's por falta de experiência, de visão, de orientação, de critérios equivocados, de conhecimento ou expertise e de muitos outros motivos. Mas vamos continuar tentando. Isso é o que nos importa hoje, e é o que nos fará menos suscetíveis a embargos ou pressões de todo tipo vindas de fora no futuro, justamente quando a nossa capacidade de não somente colocar, mas impor, nossas decisões e posições políticas, militares ou econômicas fará toda a diferença.

abs

O que uma coisa tem a ver com outra? O EB elaborou um ROB para o que queria como o Guarani, veio uma coisa ruim que o próprio EB reconhece. O que isso tem a ver com questões orçamentárias?

Mais uma desculpinha esfarrapada pra defender mediocridade e péssimo trabalho - não dá Iveco -, só por ser "nacional". Sendo nacional pode ser a merda que for, mas é nacional. "Vamos continuar errando e acertando como em qualquer país", em que mundo você vive?

Queria viver nesse mundo de fantasia, deve ser lindo! A realidade é oposta, países sérios reconhecem que não pode desenvolver algo e vão atrás de um produto já pronto, porém modificado, não é o caso do Guarani. O ACV é muito mais um SuperAV do que o Guarani é e a culpa é inteira do Exército que não sabe elaborar um ROB decente.

New T-90 based UBIM engineering vehicle

gabriel219 escreveu: ↑Sáb Mai 16, 2020 5:46 pm O que uma coisa tem a ver com outra? O EB elaborou um ROB para o que queria como o Guarani, veio uma coisa ruim que o próprio EB reconhece. O que isso tem a ver com questões orçamentárias?
Mais uma desculpinha esfarrapada pra defender mediocridade e péssimo trabalho - não dá Iveco -, só por ser "nacional". Sendo nacional pode ser a merda que for, mas é nacional. "Vamos continuar errando e acertando como em qualquer país", em que mundo você vive?
Queria viver nesse mundo de fantasia, deve ser lindo! A realidade é oposta, países sérios reconhecem que não pode desenvolver algo e vão atrás de um produto já pronto, porém modificado, não é o caso do Guarani. O ACV é muito mais um SuperAV do que o Guarani é e a culpa é inteira do Exército que não sabe elaborar um ROB decente.

É como eu disse Gabriel. Vivemos em um país cujo exército usa o mesmo veículo há 40 anos, e é pouco acostumado a gastar tufos de recursos em material novo, pronto ou a projetar. A solução foi basear em algo conhecido. Deu certo? Não muito como se pode ver. Mas será corrigido. Além do que, a VBTP Guarani não é tão ruim como se possa pensar. Ela atende a requisitos do EB, e não para exportação.

Obviamente se houvesse um pouco mais de seriedade no trato com o orçamento da defesa como apontei acima, tais defeitos poderiam ter sido corrigidos mais cedo, mas este não é o nosso caso. O EB sequer consegue manter a produção na quantidade mínima para a fábrica da Iveco se justificar. Enfim.

De qualquer forma, o investimento feito nele gerou um veículo que nos servirá para tirar a infantaria do século XX. Só isso já é um passo enorme. E melhor, temos a chance de desenvolvê-lo de forma a atender todas as nossas muitas necessidades em termos de equipamento, algo que o Urutu nunca conseguiu, seja por falta de verba para tanto, seja por falta de interesse do próprio EB.

A grana sempre vai ser curta em Defesa. E isso não mudará hoje, amanhã ou depois. E se é para arriscar investir o pouco que temos em material novo, ao menos que o seja incentivando nossas próprias capacidades de projetar e produzir material novo para as ffaa's. Isto não quer dizer que tudo será feito aqui, mas que onde, como, quando e sempre que possível for, oferecer oportunidades de desenvolver nossa P&D a partir da BID e da indústria nacional.

É um jogo arriscado. Sempre foi. Mas todo mundo começou assim um dia. Conosco não poderia ser diferente.

abs

Exército polonês recebe os primeiros Leopard 2PL



A empresa polonesa da indústria de defesa Polska Grupa Zbrojeniowa (PGZ SA) anunciou que terminou o processo de construção dos dois primeiros tanques de batalha principais do Leopard 2PL atualizados para o Exército polonês. Esta semana, o primeiro lote de Leopards 2PL foi adquirido pelo usuário na Zakłady Mechaniczne "Bumar-Łabędy" SA em Gliwice. Os tanques terão novos sistemas de proteção contra incêndio e explosão, sistemas de estabilização hidráulica de canhões e torres e uma pistola melhorada de furo liso Rh-120 L44. É equipado com a câmera de imagem térmica optoeletrônica KLW-1 Asteria III. Módulos de blindagem adicionais são montados na torre do tanque. Os principais tanques de batalha serão entregues à 10ª Brigada de Cavalaria Blindada, instalada em Świętoszów.



Em 2002, a Alemanha doou à Polônia um total de 128 tanques Leopard 2A4 dos estoques do Exército Alemão. Em 2013, o Ministério da Defesa alemão assinou um contrato com a Polônia para vender outros 14 tanques Leopard 2A4, além de 105 tanques Leopard 2A5 mais novos e veículos de recuperação blindados Bergepanzer 2 dos estoques do exército. Em 2015, o Ministério da Defesa da Polônia selecionou a Rheinmetall da Alemanha como a licitante favorita para atualizar os tanques Leopard 2A4 mais antigos. Uma versão atualizada foi desenvolvida pela Rheinmetall em cooperação com várias empresas polonesas. É chamado de Leopard 2PL. A atualização do Leopard 2PL é amplamente semelhante ao MBT da Rheinmetall Revolution. O MBT Revolution é um pacote de atualização modular para os tanques de batalha principais do Leopard 2A4.



O polonês Leopard 2PL melhorou a proteção da armadura. Um kit de armadura composto da AMAP (Advanced Modular Armor Protection), desenvolvido pela empresa IBD Deusebroth da Alemanha, foi instalado na torre. Essa armadura faz parte do pacote de atualização da Revolução Rheinmetall. Utiliza novos materiais nano-cerâmicos e modernas ligas de titânio e aço. Essa armadura fornece um nível mais alto de proteção contra uma ampla gama de ameaças. A torre blindada do Leopard 2PL oferece maior proteção que a torre do Leopard 2A5, no entanto, não pode corresponder ao nível de proteção do Leopard 2A7. O kit de blindagem é modular, portanto, os módulos de blindagem danificados podem ser substituídos em condições de campo.



O tanque Leopard 2PL mantém uma pistola de cano liso de 120 mm / L44 de seu antecessor. No entanto, a pistola foi modificada por Rheinmetall para ser compatível com as munições de alta pressão recém-desenvolvidas, como as munições explosivas programáveis ​​DM11 de alta explosão de ar e as balas perfurantes de alta potência DM53 e DM63. As rodadas programáveis ​​permitem atingir alvos atrás da cobertura e dentro dos edifícios. Essas rodadas DM11 multiuso também podem ser usadas contra tropas inimigas, veículos blindados e helicópteros que voam baixo. A arma também pode disparar qualquer outra munição padrão de tanque de 120 mm da OTAN. A pistola é carregada manualmente pelo carregador. Um total de 42 rodadas são realizadas dentro do tanque.

https://militaryleak.com/2020/05/29/pol ... tle-tanks/

Poderiam ter sido nossos, mas o 1A5 é mais balatinho.

gabriel219 escreveu: ↑Sex Mai 29, 2020 8:51 pm Poderiam ter sido nossos, mas o 1A5 é mais balatinho.

Afunda ponte, afunda asfalto, afunda cidade, afunda rodovia, desloca o planeta do eixo, causa terremotos.

Viktor Reznov escreveu: ↑Sex Mai 29, 2020 11:19 pm

gabriel219 escreveu: ↑Sex Mai 29, 2020 8:51 pm Poderiam ter sido nossos, mas o 1A5 é mais balatinho.

Afunda ponte, afunda asfalto, afunda cidade, afunda rodovia, desloca o planeta do eixo, causa terremotos.

Capota até fusca!

O M60 não, esse ai é uma bailarina Russa, com movimentos suaves e o fato de pesar praticamente o mesmo que o 2A4, com uma pressão sob o solo BEM pior, é só um detalhe!

Germany and France Announces Main Ground Combat System (MGCS) Contract


A graphic illustrating the French vision of the Main Ground Combat System (MGCS), notably comprising a tank armed with a 140mm main gun. The two-year system architecture definition study is intended to reconcile French and German visions.

With the contract on a system architecture definition study concluded between industry and the Federal Office of Bundeswehr Equipment, Information Technology and In-Service Support (BAAINBw) the future German-French decisive ground combat system called Main Ground Combat System (MGCS) has reached its next milestone. After the Framework and Implementing Agreements were signed by the Defense Ministers of Germany and France, the focus is now the contract with the ARGE consortium of industrial partners consisting of Krauss-Maffei Wegmann, Nexter Systems and Rheinmetall Land System.

Nationally-selected concepts are being harmonized to develop a common multi-platform system architecture. The first part of the study is to be completed within 20 months.The contract is concluded between the participating ARGE companies and – representing both Germany and France – the Federal Office of Bundeswehr Equipment, Information Technology and In-Service Support (BAAINBw). The contract is equally co-funded by Germany and France, and German companies on one side and French company have also equally shared the workshare.

Given the significance of the joint project, a festive signature ceremony would have been most appropriate. But as with the Framework and Implementing Agreement, this contract cannot be signed in person due to the coronavirus situation. Even such a landmark project must now be signed via mail. Industry companies Krauss-Maffei Wegmann, Nexter Systems and Rheinmetall Land System were the first ones to sign. After that, BAAINBw received the documents for signature. This kicks off the system architecture study for MGCS.

In accordance with the agreement between the two partner nations, only Germany / BAAINBw as the lead nation was to sign. Replacement for the German Leopard 2 and the French Leclerc main battle tanks.The MGCS project which is implemented under German lead will replace the German Leopard 2 and the French Leclerc main battle tanks in the mid-2030’s. With this project, Germany and France are sending a strong signal of European defense cooperation. Things are now progressing fast with the MGCS.

https://militaryleak.com/2020/05/30/ger ... -contract/

É algo que poderíamos entrar em parceria conjunta, mas isso não elimina nossa necessidade de substituir o 1A5 com algo já pronto. Esse blindado ai só dará as caras lá pra 2035 e olhe lá, talvez fosse até mais interessante lá pra 2040, quando soluções para fornecimento de energia de canhões ETC e EM já existam.

Frederico Vitor escreveu: ↑Sex Mai 29, 2020 7:59 pm ...........................................................

O tanque Leopard 2PL mantém uma pistola de cano liso de 120 mm / L44 de seu antecessor. No entanto, a pistola foi modificada por Rheinmetall para ser compatível com as munições de alta pressão recém-desenvolvidas, como as munições explosivas programáveis ​​DM11 de alta explosão de ar e as balas perfurantes de alta potência DM53 e DM63. As rodadas programáveis ​​permitem atingir alvos atrás da cobertura e dentro dos edifícios. Essas rodadas DM11 multiuso também podem ser usadas contra tropas inimigas, veículos blindados e helicópteros que voam baixo. A arma também pode disparar qualquer outra munição padrão de tanque de 120 mm da OTAN. A pistola é carregada manualmente pelo carregador. Um total de 42 rodadas são realizadas dentro do tanque.

https://militaryleak.com/2020/05/29/pol ... tle-tanks/

Putz......
Pistola de cano liso......

eligioep escreveu: ↑Ter Jun 02, 2020 2:54 pm

Putz......
Pistola de cano liso......