gabriel219 escreveu: ↑Sáb Mai 16, 2020 5:46 pm
O que uma coisa tem a ver com outra? O EB elaborou um ROB para o que queria como o Guarani, veio uma coisa ruim que o próprio EB reconhece. O que isso tem a ver com questões orçamentárias?
Mais uma desculpinha esfarrapada pra defender mediocridade e péssimo trabalho - não dá Iveco -, só por ser "nacional". Sendo nacional pode ser a merda que for, mas é nacional. "Vamos continuar errando e acertando como em qualquer país", em que mundo você vive?
Queria viver nesse mundo de fantasia, deve ser lindo! A realidade é oposta, países sérios reconhecem que não pode desenvolver algo e vão atrás de um produto já pronto, porém modificado, não é o caso do Guarani. O ACV é muito mais um SuperAV do que o Guarani é e a culpa é inteira do Exército que não sabe elaborar um ROB decente.
É como eu disse Gabriel. Vivemos em um país cujo exército usa o mesmo veículo há 40 anos, e é pouco acostumado a gastar tufos de recursos em material novo, pronto ou a projetar. A solução foi basear em algo conhecido. Deu certo? Não muito como se pode ver. Mas será corrigido. Além do que, a VBTP Guarani não é tão ruim como se possa pensar. Ela atende a requisitos do EB, e não para exportação.
Obviamente se houvesse um pouco mais de seriedade no trato com o orçamento da defesa como apontei acima, tais defeitos poderiam ter sido corrigidos mais cedo, mas este não é o nosso caso. O EB sequer consegue manter a produção na quantidade mínima para a fábrica da Iveco se justificar. Enfim.
De qualquer forma, o investimento feito nele gerou um veículo que nos servirá para tirar a infantaria do século XX. Só isso já é um passo enorme. E melhor, temos a chance de desenvolvê-lo de forma a atender todas as nossas muitas necessidades em termos de equipamento, algo que o Urutu nunca conseguiu, seja por falta de verba para tanto, seja por falta de interesse do próprio EB.
A grana sempre vai ser curta em Defesa. E isso não mudará hoje, amanhã ou depois. E se é para arriscar investir o pouco que temos em material novo, ao menos que o seja incentivando nossas próprias capacidades de projetar e produzir material novo para as ffaa's. Isto não quer dizer que tudo será feito aqui, mas que onde, como, quando e sempre que possível for, oferecer oportunidades de desenvolver nossa P&D a partir da BID e da indústria nacional.
É um jogo arriscado. Sempre foi. Mas todo mundo começou assim um dia. Conosco não poderia ser diferente.
abs