E pelo que eu consigo saber do novo DITA, e do MORANA, assim como o EVA, nenhum deles deixa nada a dever em capacidades ao modelo francês. Ademais, a TATRA tem negócios e interesses no Brasil que podem ser multiplicados por 10 no caso de uma eventual vitória neste programa, e não estou falando apenas das plataformas básica da VBCOAP SR, mas de todo o ciclo de apoio aos sistemas de artilharia do EB, e quiçá além. Não é uma oportunidade algo que se possa pensar em desperdiçar tão facilmente, creio eu. E o EB, pelo que sei, gostou muito dos caminhões da TATRA.
Revi esta minha fala, e para trazer em contexto o aspecto da proposta comercial que se poderá fazer pela EA, com a parceria da TATRA, há de se ver que os modelos checos e eslovacos podem contar, não sem razão, com o apoio do governo do Estado do Paraná, onde a empresa checa está instalando sua futura fábrica de caminhões, mais precisamente em Ponta Grossa, a pouco mais de 100 kilometros de Curitiba, não por acaso sede da 5a Bda Cav Blda, e parte de suas subunidades, sem contar que o estado do Paraná também abriga a 15a Bda Inf Mec, e não menos importante, a 5a DE em Curitiba.
Foram feitas muitas matérias jornalísticas no Estado e fora dele, principalmente na imprensa do sul do pais sobre a vinda da TATRA para aquele estado, e sobre os investimentos que serão feitos a fim de estabelecer a sua fábrica na região, assim como os benefícios que isso trará indiretamente e que vão muito além da cidade de Ponta Grossa. Além da fábrica, que deve começar a produzir os modelo Phoenix a partir de 2023, a necessidade de nacionalização do veículo é uma demanda que irá atingir paralelamente outras industrias, principalmente a de peças, do setor automotivo, o que já está nos planos da empresa, vide a questão legal imposta para a produção de veículos no país e os devidos incentivos fiscais, de União, Estados e Municípios.
Me parece, neste sentido, que uma possível oferta da EA possa ser vista em termos de off set, e transferências tecnológicas, como sendo muito atraente, se forem bem feitas as devidas tratativas com o stabilishiment local nos estados e municípios. Além da estrutura militar existente no sul do país, onde sabidamente está concentrada a quase totalidade da cavalaria mec e blda do exército.
Como ao menos um dos GAC AD serão equipados com as futuras VBCOAP SR, e considerando que das 3 AD existentes, duas estão sediadas no sul do país, me parece que a simples perspectiva de que a sua fabricação naquela região por si só já torna a sua proposta mais do que atraente, diria, um oportunidade ímpar de juntar o útil (militar\operacional\logístico) e o agradável (político e financeiro).
A eventual fabricação\montagem de qualquer um dos modelos citos acima pode trazer para a região sul do país uma vantagem inequívoca em termos comparativos, já que os investimentos que traria consigo em matéria industrial e comercial, tem uma potencialidade que talvez só os israelenses possam competir, com suas filiais em São Paulo e Porto Alegre.
Aliás, me parece que as federações da indústria na região sul - e seus setores ligados à Defesa\BID - tem, ou terão, todo interesse em trazer a VBCOAP SR para o Estado do Paraná. Os ganhos são visíveis demais para serem ignorados. Até pelo pessoal da cavalaria.
edit: O MORANA é baseado no chassi T815-7 e cabine blindada de fábrica do caminhão Phoenix, todos da TATRA. Seria interessante alguém perguntar se poderíamos, também, fabricar a blindagem destes veículos no país a partir de chapas de aço desenvolvidas localmente, como se propôs no Guarani, após o lote inicial de 36 obuseiros.