Os Chavista conseguiram a maioria das cadeiras face algumas mudanças feitas na legislação, antes do pleito. Com estas mudanças esperava conquistar a maioria absoluta.
A alegria da oposição, embora não elegendo um número maior de representantes, está no fato de que daqui dois anos haverá eleição presidencial e então será um eleitor igual um voto. Nada indica que a situação econômica da Venezuela vá melhorar até lá. Hoje os opositores e independentes já fizeram mais votos que os chavistas, se a situação continuar ruim imaginem daqui a dois anos.
Vejo a coisa difícil para os Chavistas daqui a dois anos... mas lembrando que nem nos Estados Unidos é um eleitor um voto, la existem os grandes eleitores que votam por milhares de cidadãos, no fim são eles que comandam as eleições, pois se votarem unidos podem até "cancelar" voto popular... o mundo é sempre a mesma coisa, injusto!
Re: CHAVEZ: de novo.
Enviado: Qua Set 29, 2010 5:57 pm
por delmar
Eu não conheço a Constituição da Venezuela, mas qual é o quorum lá para emenda-la?
Agora ficou na cara que foi uma besteira saudar uma votação maciça para oposição, e dar legitimidade as mudanças do voto distrital do Chaves...por sinal, ele (chaveco) deve ser se espelhado na eleição do Bush e Miami, onde um candidato com menos votos ganha .
Parece que era de dois terços, mas não tem importância. O Chavez detem, até o final do ano, de 100% da assembléia. Nas eleições anteriores a oposição não participou e o Chavez ficou com todas as cadeiras.
O que o Clermont falou é o correto. Foi dado um maior peso aos grotões. Assim como o governo militar fez no Brasil e persiste até hoje por aqui. O voto dos eleitores dos estados pequenos, do Norte e Nordeste, valem mais que os votos dos eleitores dos estados grandes, como Minas, São Paulo, etc. na eleição para deputado. Mas na eleição para presidente lá, como aqui, é um eleitor um voto. Atente-se que quando o governo militar fez a mudança eleitoral, a eleição para presidente era indireta e com isto pretendiam manter sempre a maioria das cadeiras, daí a campanha "diretas já" que iria tirar esta vantagem do governo.
Re: CHAVEZ: de novo.
Enviado: Qua Set 29, 2010 8:59 pm
por marcelo l.
Chavez é outro mundo é completamente alienado. Olhem a resposta dele sobre o voto distrital e a manipulição...
Re: CHAVEZ: de novo.
Enviado: Qua Set 29, 2010 9:15 pm
por Francoorp
marcelo l. escreveu:Chavez é outro mundo é completamente alienado. Olhem a resposta dele sobre o voto distrital e a manipulição...
E isso apareceu e foi transmitido pela rede de TV estatal da Venezuela... Realmente o ditador controla e faz passar somente aquilo que o agrada... tem cada uma.
Re: CHAVEZ: de novo.
Enviado: Qui Set 30, 2010 12:03 pm
por rodrigo
Realmente o ditador controla e faz passar somente aquilo que o agrada
Ainda bem que estamos bem longe disso, apesar dos pesares.
Re: CHAVEZ: de novo.
Enviado: Sex Out 01, 2010 10:53 am
por Clermont
CHAVEZ E O PODER ETERNO.
Sandro Vaia / Blog do Noblat - 1.10.2010.
Um pouco mais da metade da Venezuela mostrou,nas urnas, que é contra o projeto de socialismo do século XXI de Hugo Chavez.Mas o espaçoso e ambíguo arremedo do clássico tiranete latino-americano mostrou que o estoque de truques da sua cartola ainda não se esgotou.Ele guarda mais coelhos lá dentro.
O primeiro truque já estava estabelecido: embora com um pouco mais da metade dos votos, a oposição não fez a maioria das cadeiras do Legislativo por causa das tortuosas regras do processo eleitoral, que dão mais peso aos distritos dominados pelos chavistas.Com menos votos,o PSUV, partido de Chavez, elege mais deputados do que a coalizão oposicionista,o MUD.Ainda assim,o número de deputados eleitos pela oposição foi suficiente para impedir que o governo conseguisse a maioria qualificada de 2/3, que lhe permitiria aprovar qualquer lei que o governo quisesse aprovar.
O segundo truque está em gestação: como a atual assembléia é dominada pelos chavistas, uma vez que a oposição cometeu a estupidez estratégica de não concorrer nas últimas eleições, e como seu mandato vai até janeiro de 2011, ela está ameaçando aprovar uma lei habilitante que dê a Chavez plenos poderes para governar por decreto até o fim de seus dias no governo, que só Deus sabe quando serão.
Essa é a “democracia até demais” (apud Lula) que impera na Venezuela do tenente coronel Hugo Chavez, e que é, hoje, o fracasso econômico mais retumbante do subcontinente: a economia caiu 3,2% em 2009 e continua em recessão: o desemprego está em cerca de 10%, e a inflação passa dos 30%.O país sofre das sístoles e diástoles de abundância e de escassez ligadas diretamente à oscilação dos preços do petróleo, a única grande riqueza do país.Quando os preços estão em alta, o governo emite pacotes de bondades destinados a diminuir as agruras da população pobre do país e a ajudar os co-irmãos ideológicos latino-americanos, como Cuba,Bolívia,Uruguai e Equador.Quando os preços do petróleo caem, a generosidade encolhe.
As restrições à liberdade de manifestação e à liberdade de imprensa se multiplicam e se desdobram em pequenos e grandes atos de prepotência oficial, que vão desde o fechamento de canais de televisão a atos de perseguição contra jornalistas que insistem em manter a independência.
No projeto chavista de poder não se desenha um desfecho nem um objetivo final.É um projeto de poder pessoal que não tem data para terminar e que se camufla sob a salada ideológica de um vago “socialismo do século XXI” que não tem diretrizes teóricas e que na vida prática se traduz no desdobramento de velhos programas assistencialistas e populistas ao velho estilho do caudilhismo latino-americano.
Poder absoluto e perpétuo - esse é o único e verdadeiro projeto de Hugo Chavez e de seus epígonos latino-americanos.Um projeto que alguns assumem sem disfarces e que outros acalentam em ruidoso silêncio.
Re: CHAVEZ: de novo.
Enviado: Sáb Out 02, 2010 11:17 am
por Hezekiah
Clermont escreveu:CHAVEZ E O PODER ETERNO.
Sandro Vaia / Blog do Noblat - 1.10.2010.
Um pouco mais da metade da Venezuela mostrou,nas urnas, que é contra o projeto de socialismo do século XXI de Hugo Chavez.Mas o espaçoso e ambíguo arremedo do clássico tiranete latino-americano mostrou que o estoque de truques da sua cartola ainda não se esgotou.Ele guarda mais coelhos lá dentro.
O primeiro truque já estava estabelecido: embora com um pouco mais da metade dos votos, a oposição não fez a maioria das cadeiras do Legislativo por causa das tortuosas regras do processo eleitoral, que dão mais peso aos distritos dominados pelos chavistas.Com menos votos,o PSUV, partido de Chavez, elege mais deputados do que a coalizão oposicionista,o MUD.Ainda assim,o número de deputados eleitos pela oposição foi suficiente para impedir que o governo conseguisse a maioria qualificada de 2/3, que lhe permitiria aprovar qualquer lei que o governo quisesse aprovar.
O segundo truque está em gestação: como a atual assembléia é dominada pelos chavistas, uma vez que a oposição cometeu a estupidez estratégica de não concorrer nas últimas eleições, e como seu mandato vai até janeiro de 2011, ela está ameaçando aprovar uma lei habilitante que dê a Chavez plenos poderes para governar por decreto até o fim de seus dias no governo, que só Deus sabe quando serão.
Essa é a “democracia até demais” (apud Lula) que impera na Venezuela do tenente coronel Hugo Chavez, e que é, hoje, o fracasso econômico mais retumbante do subcontinente: a economia caiu 3,2% em 2009 e continua em recessão: o desemprego está em cerca de 10%, e a inflação passa dos 30%.O país sofre das sístoles e diástoles de abundância e de escassez ligadas diretamente à oscilação dos preços do petróleo, a única grande riqueza do país.Quando os preços estão em alta, o governo emite pacotes de bondades destinados a diminuir as agruras da população pobre do país e a ajudar os co-irmãos ideológicos latino-americanos, como Cuba,Bolívia,Uruguai e Equador.Quando os preços do petróleo caem, a generosidade encolhe.
As restrições à liberdade de manifestação e à liberdade de imprensa se multiplicam e se desdobram em pequenos e grandes atos de prepotência oficial, que vão desde o fechamento de canais de televisão a atos de perseguição contra jornalistas que insistem em manter a independência.
No projeto chavista de poder não se desenha um desfecho nem um objetivo final.É um projeto de poder pessoal que não tem data para terminar e que se camufla sob a salada ideológica de um vago “socialismo do século XXI” que não tem diretrizes teóricas e que na vida prática se traduz no desdobramento de velhos programas assistencialistas e populistas ao velho estilho do caudilhismo latino-americano.
Poder absoluto e perpétuo - esse é o único e verdadeiro projeto de Hugo Chavez e de seus epígonos latino-americanos.Um projeto que alguns assumem sem disfarces e que outros acalentam em ruidoso silêncio.
Veremos qual a desculpa que os defensores da ¨Democracia Venezuelana ¨irão dar qdo td isso ocorrer.
O lobo perde o pelo + não perde o vício.
Re: CHAVEZ: de novo.
Enviado: Sáb Out 02, 2010 11:49 am
por P44
Falam tanto no sistema eleitoral da Venezuela, deviam olhar para o sistema eleitoral britânico que é muito semelhante quanto mais não seja no facto de partidos com votações semelhantes terem nºs muito diferentes de deputados, um facto que até ás ultimas eleições prejudicava principalmente os Lib Dem...
Re: CHAVEZ: de novo.
Enviado: Sáb Out 02, 2010 12:27 pm
por Francoorp
Hezekiah escreveu:
Clermont escreveu:CHAVEZ E O PODER ETERNO.
Sandro Vaia / Blog do Noblat - 1.10.2010.
Um pouco mais da metade da Venezuela mostrou,nas urnas, que é contra o projeto de socialismo do século XXI de Hugo Chavez.Mas o espaçoso e ambíguo arremedo do clássico tiranete latino-americano mostrou que o estoque de truques da sua cartola ainda não se esgotou.Ele guarda mais coelhos lá dentro.
O primeiro truque já estava estabelecido: embora com um pouco mais da metade dos votos, a oposição não fez a maioria das cadeiras do Legislativo por causa das tortuosas regras do processo eleitoral, que dão mais peso aos distritos dominados pelos chavistas.Com menos votos,o PSUV, partido de Chavez, elege mais deputados do que a coalizão oposicionista,o MUD.Ainda assim,o número de deputados eleitos pela oposição foi suficiente para impedir que o governo conseguisse a maioria qualificada de 2/3, que lhe permitiria aprovar qualquer lei que o governo quisesse aprovar.
O segundo truque está em gestação: como a atual assembléia é dominada pelos chavistas, uma vez que a oposição cometeu a estupidez estratégica de não concorrer nas últimas eleições, e como seu mandato vai até janeiro de 2011, ela está ameaçando aprovar uma lei habilitante que dê a Chavez plenos poderes para governar por decreto até o fim de seus dias no governo, que só Deus sabe quando serão.
Essa é a “democracia até demais” (apud Lula) que impera na Venezuela do tenente coronel Hugo Chavez, e que é, hoje, o fracasso econômico mais retumbante do subcontinente: a economia caiu 3,2% em 2009 e continua em recessão: o desemprego está em cerca de 10%, e a inflação passa dos 30%.O país sofre das sístoles e diástoles de abundância e de escassez ligadas diretamente à oscilação dos preços do petróleo, a única grande riqueza do país.Quando os preços estão em alta, o governo emite pacotes de bondades destinados a diminuir as agruras da população pobre do país e a ajudar os co-irmãos ideológicos latino-americanos, como Cuba,Bolívia,Uruguai e Equador.Quando os preços do petróleo caem, a generosidade encolhe.
As restrições à liberdade de manifestação e à liberdade de imprensa se multiplicam e se desdobram em pequenos e grandes atos de prepotência oficial, que vão desde o fechamento de canais de televisão a atos de perseguição contra jornalistas que insistem em manter a independência.
No projeto chavista de poder não se desenha um desfecho nem um objetivo final.É um projeto de poder pessoal que não tem data para terminar e que se camufla sob a salada ideológica de um vago “socialismo do século XXI” que não tem diretrizes teóricas e que na vida prática se traduz no desdobramento de velhos programas assistencialistas e populistas ao velho estilho do caudilhismo latino-americano.
Poder absoluto e perpétuo - esse é o único e verdadeiro projeto de Hugo Chavez e de seus epígonos latino-americanos.Um projeto que alguns assumem sem disfarces e que outros acalentam em ruidoso silêncio.
Veremos qual a desculpa que os defensores da ¨Democracia Venezuelana ¨irão dar qdo td isso ocorrer.
O lobo perde o pelo + não perde o vício.
P44 escreveu:Falam tanto no sistema eleitoral da Venezuela, deviam olhar para o sistema eleitoral britânico que é muito semelhante quanto mais não seja no facto de partidos com votações semelhantes terem nºs muito diferentes de deputados, um facto que até ás ultimas eleições prejudicava principalmente os Lib Dem...
E na Itália então, você vota no partido e este partido escolhe quem são os deputados, so entram os peixes e os mandatários dos partidos, sempre os mesmos elementos... e ainda para se ter realmente o "poder eterno", existe ainda a nomeação(não eleição) dos "senadores a vida"(quanto durar a vida do cara ele é senador) pelo presidente da republica e tudo mais... e o Blog do Noblat esqueceu de fazer estas comparações de "poder eterno", assim para pelo menos ter alguma mascara de imparcialidade...
E no Brasil tem um pontos interessantes, pois onde existem muitos candidatos com um numero superior de votos a outros e não levam a poltrona... existe até aqui o sistema proporcional... esse pessoal do Noblat deveria se preocupar mais em dizer as coisas como estào e nào ficar sugerindo como "poderá" ser, mais uma teoria da conspiraçào, mas conspiração a favor das ideis direitistas pode né!!
Valeu!!
Re: CHAVEZ: de novo.
Enviado: Sáb Out 02, 2010 12:32 pm
por P44
Em Portugal, tb é como em Itália, tu não votas nos deputados, votas no Partido...
E se querem bons exemplos de "poder eterno", o presidente do governo regional da Madeira (Alô Paisano!) está no poder desde...1977
Re: CHAVEZ: de novo.
Enviado: Sáb Out 02, 2010 1:55 pm
por Francoorp
P44 escreveu:Em Portugal, tb é como em Itália, tu não votas nos deputados, votas no Partido...
E se querem bons exemplos de "poder eterno", o presidente do governo regional da Madeira (Alô Paisano!) está no poder desde...1977
Essa ditadura Portuguesa... cadê os Yankees libertadores para vos salvar... perai, eles ja salvaram, pois Portugal faz parte da NATO/OTAN... como fazem a aceitar uma ditadura na OTAN?? DUAS se contamos a Itália que tem estes mesmo métodos!!
Re: CHAVEZ: de novo.
Enviado: Dom Out 03, 2010 8:31 am
por P44
Nós temos cá a mandar o amigalhaço hermano do Chavez
Re: CHAVEZ: de novo.
Enviado: Dom Out 03, 2010 8:46 am
por WalterGaudério
P44 escreveu:Nós temos cá a mandar o amigalhaço hermano do Chavez
Liberdade para os muçulma......ops! lusitanos já!!!!!!
Por um Portugal livre e justo para todos os proletários, e sem o Cristiano Ronaldo!!!!
Re: CHAVEZ: de novo.
Enviado: Dom Out 03, 2010 8:47 am
por P44
a cristiana tb dispenso....
Re: CHAVEZ: de novo.
Enviado: Dom Out 03, 2010 8:49 am
por Rood
O problema não está no sistema eleitoral, mas sim na modificação do sistema eleitoral feita pelo Chavez de propósito.
Se a alteração do sistema fosse legítima e feita em condições democráticas, então não haveria problema.
A vitória do Chavez, se deve à distorção provocada pelo sistema.
Esse sistema facilita a criação de maiorias, ainda mais quando um partido tem uma grande concentração de votos em distritos ou municípios mais pequenos.
O problema, está na legitimidade da mudança do sistema eleitoral e não propriamente no sistema eleitoral.
Na maioria dos países da Europa continental, é normal a votação no partido e não no candidato. O problema da continuação de politicos no poder, especialmente no poder regional, tem sido condicionada pela instituição de uma limitação legal do numero de mandatos.
No Brasil, a razão que levou à distribuição desigual do numero de deputados por estado, se deve à imposição de limite mínimo de deputados e limite máximo em cada estado (oito e setenta).
O resultado, é que estados pequenos têm uma representação muito maior que São Paulo, que é o estado mais prejudicado.
A distribuição brasileira de deputados federais por estado, foi concebida nos anos da ditadura militar, mas foi referendada e passou a prova do tempo.