Falando em RFQ, um dos ROA é este aqui:
ROA 5 - Operar e ser manutenida, sob quaisquer condições climáticas do território nacional, de dia e de noite. (Peso nove)
Como se pode ver, é um dos requisitos absolutos que tem peso menor que dez, o que não significa que o EB dá menor valor a ele, mas que não irá se prender necessariamente a soluções totalmente baseadas em modelos nacionais de veículos, mas que estes são preferíveis aos importados.
E outra, isto significa também que além da plataforma, o conjunto todo veículo\obuseiro tem de oferecer aquela capacidade de manutenção no país, o que dá a entender que sua logística terá de ser nacional o mais que possível, a fim de facilitar a sua operação e manutenção. O EB nos últimos anos olhando os diversos conflitos aprendeu bastante sobre a importância fulcral da logística para se manter, e vencer, qualquer guerra moderna.
Dos modelos atuais que existem no Brasil e que
podem oferecer ainda blindagem de fábrica, como também está descrito nas ROA, são: o Tectran da Avibrás, plataforma conhecida do Astros 2020; o Trekker da Iveco, que é fabricado no Brasil, e que também lá fora a empresa italiana oferece o modelo blindado de fábrica para emprego militar; e o Phoenix da TRATA que terá sua linha de produção nacional ativada em 2023, e que como disse em post anterior aqui, já dispõe na forma do MORANA da Excalibur Army uma combinação conhecida aqui pelo exército na forma dos veículos Astros, como nos TATRA FORCE\TERRA, todos baseados no chassi T815-7.
De alguma forma estas três plataformas tem características que os destacam dos demais eventuais concorrentes já que possuem produção nacional, custos de manutenção e operação conhecidos em reais, e capacidade de suportar senão todos, a maior parte dos ROA no que se refere as plataformas que possam ser oferecidas como base para os futuros obuseiros AP SR.
Correndo por fora, MAN\VW e\ou Mercedens Benz podem oferecer modelos de veículos importados da Alemanha como o novo HX-3, com produção aqui ou todo o apoio logístico de suas amplas redes de lojas e concessionários espalhados pelo país.
Da mesma forma Volvo\Scania e mesmo a Iveco podem oferecer este recursos de importar modelos tradicionais de seu portfólio de veículos militares e oferecer sua ampla rede de apoio para a manutenção da logística dos mesmos no Brasil. TATRA idem. No caso desta última ela ainda pode simplesmente produzir aqui os modelos que o ofertante quiser dispor ao EB da VBCOAP SR, já que a empresa pretende no médio prazo trazer quase toda a linha de caminhões que tem para o Brasil.
Resta esperar para saber qual será a posição da Avibras neste contexto, se espera para ver se o EB decide privilegiar a empresa seja lá quem for que ganhe o processo, ou se ela parte desde já para concorrer diretamente esperando que sua tradicional e longeva relação com o exército possa ser mais que suficiente para vencer sem maiores preocupações este certame. Algo que estou quase que convencido não irá acontecer no que depender apenas do exército, premido que está pela falta de recursos cada vez maior.
A ver.