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Re: FAB NEWS

Enviado: Sáb Jul 16, 2016 12:57 pm
por FCarvalho
Espera-se que sim, pois são as únicas que a FAB determinou a modernização. O resto vai virar sucata e peça de reposição.

O problema é verba para fazer isso. Como sempre, aliás.

abs

Re: FAB NEWS

Enviado: Sex Jul 29, 2016 8:22 am
por talharim
COMANDO-GERAL DE APOIO

CENTRO LOGÍSTICO

EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
Nº 3/2016 - UASG 120071
Nº Processo: 67101000948201673 . Objeto: Contratação do aluguel
de horas em equipamento de simulador de voo (locação) e formação
de instrutores de simulador (IOS) na aeronave H-36(EC-725).
Total
de Itens Licitados: 00004. Fundamento Legal: Art. 25º, Caput da Lei
nº 8.666 de 21/06/1993.. Justificativa: Art. 25º, Caput da Lei nº 8.666
de 21/06/1993. Declaração de Inexigibilidade em 12/05/2016. ANDRE
LUIZ FONSECA E SILVA. Ordenador de Despesas. Ratificação
em 25/07/2016. DIRCEU TONDOLO NORO. Autoridade Superior.
Valor Global: R$ 3.666.193,90. CNPJ CONTRATADA :
20.367.629/0001-81 HELICOPTEROS DO BRASIL S/A.
(SIDEC - 28/07/2016) 120071-00001-2016NE800330

Re: FAB NEWS

Enviado: Seg Ago 01, 2016 7:56 am
por talharim
GRUPAMENTO DE APOIO LOGÍSTICO

AVISO DE LICITAÇÃO

TOMADA DE PREÇOS Nº 2/2016 - UASG 120195
Nº Processo: 67106003707201636 . Objeto: Prestação de serviços
técnicos especializados para elaboração do Plano de Mitigação do
Impacto Ambiental e do Risco a Segurança Pessoal da fase de corte
e remoção da aeronave C-130 2470, no cumprimento das exigências
dispostas no Protocolo ao Tratado da Antártida sobre Proteção Ambiental,
contemplando o treinamento da equipe operacional e o fornecimento
dos materiais necessários para execução do plano desenvolvido,
mediante o regime empreitada por preço global,
conforme
especificações constantes no Projeto Básico nº 3/TENG-TEAQ/2016.
Total de Itens Licitados: 00001. Edital: 01/08/2016 de 08h00 às
12h00 e de 13h às 16h00. Endereço: Rua Alfredo Rocha, 495 -
Galeão - Ilha do Governador RIO DE JANEIRO - RJ ou www.comprasgovernamentais.
gov.br/edital/120195-02-2-2016. Entrega das Propostas:
16/08/2016 às 09h00
MARCELO TENORIO DE CARVALHO
Ordenador de Despesas
(SIDEC - 29/07/2016) 120195-00001-2016NE800162

Re: FAB NEWS

Enviado: Ter Ago 02, 2016 7:13 pm
por akivrx78
Sem verba, 60% da Frota da FAB está no chão
postado em 02/08/2016 09:01

Agência Estado

Brasília, 02 - Os cortes no orçamento impostos pela equipe econômica obrigaram a Força Aérea Brasileira (FAB) a deixar mais da metade da sua frota de aviões no chão. Hoje, dos 600 aviões que a Aeronáutica dispõe, apenas 250 estão prontos para emprego, ou seja, 41%. Outro problema é a disponibilidade de recursos para a Força Aérea voar. Em 2016, os pilotos voarão menos do que 100 mil horas, quase 35% menos que o mínimo necessário para manter a operacionalidade da FAB, que seria 150 mil horas/ano. Em 2015, a cota já havia caído para 130 mil horas.

De acordo com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Rossatto, a valorização do real frente ao dólar e o aumento do preço do querosene de aviação foram dois fatores que "afetaram tremendamente" o orçamento da FAB. Essa redução, disse, tem reflexos diretos no treinamento dos pilotos, no apoio que a Aeronáutica dá ao Exército e à Marinha, no suporte às atividades dos governantes, seja no transporte de autoridades, de órgãos e até no atendimento aos índios.

Tráfego aéreo

O comandante advertiu ainda que os cortes no orçamento vêm afetando até mesmo o sistema de controle do tráfego aéreo do País. Uma das medidas já adotadas foi a suspensão, por economia, de funcionamento de cinco radares meteorológicos. Segundo ele, a médio prazo, isso pode afetar o sistema, que terá de deixar de investir em modernização de equipamentos. O brigadeiro Rossatto lembrou que, quando o presidente em exercício Michel Temer assumiu, houve descontingenciamento. "Mas ainda estamos com recursos abaixo do que precisamos para capacitação de pessoal e modernização de equipamentos", disse.

Rossatto disse que a FAB vai procurar o Tribunal de Contas da União (TCU) para pedir que o órgão volte a fazer a ressalva que proíbe contingenciamentos nesse setor, pela sua importância estratégica.

Segundo Rossatto, a FAB é responsável por 22 milhões de quilômetros quadrados de tráfego aéreo, sendo 10 milhões do Atlântico Sul, que são responsabilidade do Brasil. Em 2015, a FAB gastou R$ 358,35 por quilômetro quadrado, o que significa um gasto de menos de R$ 1 por quilômetro quadrado por dia.

Para os Jogos Olímpicos no Rio, no entanto, o brigadeiro afirmou que não haverá qualquer tipo de problema no tráfego aéreo em decorrência desses cortes orçamentários. As informações são do jornal

O Estado de S. Paulo.
http://www.em.com.br/app/noticia/econom ... chao.shtml

Re: FAB NEWS

Enviado: Qua Ago 03, 2016 9:47 am
por FCarvalho
A pergunta que não quer calar: este governo já não sabia disso há tempos, ou o vice-presidente da república, agora presidente quebra-galho, também não fazia parte do governo petista, como segundo na linha hieráquica no cmdo das ffaa's?

abs.

Re: FAB NEWS

Enviado: Qua Ago 03, 2016 11:48 am
por alex
Vocês acham que a FAB precisa de 600 aviões/helicópteros? Antes era de 700 diminuiu 100 e não afetou suas funções. Um melhor dimensionamento e padronização e teríamos um número razoável entre 300 a400 e não afetaria em nada a segurança do país. Ps : isso foi discutido durante os anos 80 dentro da FAB depois nunca mais.

Enviado: Qua Ago 03, 2016 2:04 pm
por akivrx78
Aeronáutica é contra unificação na Previdência

Para brigadeiro, militares têm regras diferentes das outras categorias e há soluções mais simples e eficientes para os cortes de custos

02 Agosto 2016 | 07h22
BRASÍLIA - O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Rossatto, afirmou não concordar com a ideia proposta pelo Palácio do Planalto de criar um regime único de Previdência Social, que incluiria civis e militares no mesmo sistema. "Não há necessidade disso (unificar). Temos soluções muito mais eficientes e simples, que passam pela reestruturação administrativa e operacional, que já está em curso, como a substituição de oficiais permanentes por temporários, que vai reduzir, por exemplo, o efetivo da Força Aérea em 25% até 2035", disse o brigadeiro à reportagem, ao lembrar que os militares têm atividades completamente diferenciadas.

Outra medida em execução para reduzir despesas é a substituição de serviços de manutenção que eram executados por pessoal da Força Aérea Brasileira (FAB) por empresas especializadas.

Imagem
Para Rossato, diferenças têm de ser consideradas nas discussões da reforma

"Não temos FGTS, não podemos fazer greve, não recebemos adicional de periculosidade, apesar de muitas de nossas funções serem de risco, somos compulsoriamente transferidos para os mais distantes locais do País, sem direito a questionamentos, não temos jornada de oito horas e fazemos qualquer coisa a qualquer momento do dia ou da noite. Não recebemos adicional noturno ou hora extra, não podemos nos sindicalizar ou ter filiação partidária, entre outras coisas", listou o brigadeiro. "Não estamos reivindicando isso", explicou, ao salientar que "a missão do militar inclui até morrer pelo País e ele não pode dizer que não quer fazer tal coisa, porque é perigoso". Mas emendou: "No entanto, essas diferenças têm de ser consideradas".

Perdas. Ele lembrou que, em 2001, os militares perderam benefícios como o auxílio-moradia. Um benefício muito questionado, as pensões pagas aos filhos de militares, foi eliminado naquela época para os novos ingressantes no quadro. Quem tem direito a essa pensão, diz, o faz com base em direito adquirido. Ele fez questão de destacar ainda que os militares "pagaram e continuam pagando a vida inteira por isso, descontando em seus contracheques".

Segundo o comandante, a redução dos benefícios aos militares em 2001 representou uma perda de 25% do salário da categoria. Citou também que o militar não se aposenta, mas vai para a reserva e pode ser convocado a qualquer momento, durante um longo período, o que não acontece com outras categorias - onde, quando o trabalhador se aposenta, acaba totalmente o vínculo.

De acordo com o brigadeiro, com medidas como a substituição do pessoal efetivo por temporário e a entrada de empresas na manutenção das aeronaves, "o aspecto de custo será muito reduzido e irá superar o que querem economizar". Para ele, a FAB, que já colocou essas medidas em prática, caminha para ter "uma estrutura muito mais enxuta e capaz". O brigadeiro lembrou que esse "modelo de otimização de recursos" já foi feito no Canadá, na França e na Inglaterra e continua sendo feito e aprimorado nesses países.

O comandante disse ainda que o corte de despesas na Aeronáutica passa também pela "grande diminuição da atividade-meio" e da introdução do que chamou de "capacidade de operação desdobrada", que significa o fortalecimento de algumas bases aéreas, como Anápolis e Natal, com redução de atividades de outras, como Fortaleza, Recife, Santos e Florianópolis. Essas últimas passarão de mil para 200 funcionários, já a partir do ano que vem.

"Essas mudanças não são por causa da Previdência, mas porque estamos sempre buscando colaborar com a redução de despesas", declarou. Ele estima que reduzirá as despesas discricionárias pela metade, em cinco anos, de R$ 2 bilhões em 2015 para R$ 1 bilhão em 2020. Hoje, 66% dos recursos da força, que são da ordem de R$ 6 bilhões, se destinam a pessoal. Outros 13% são para custeio, 17% para investimento e o restante para pagamento de dívidas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://economia.estadao.com.br/noticias ... 0000066383

Re: FAB NEWS

Enviado: Dom Ago 07, 2016 12:52 pm
por Chile
Desarmarán avión brasileño para retirarlo de la Antártica: partes del fuselaje serán trasladados por vía marítima antes de marzo (de 2017).

Diario El Mercurio, domingo 7 de agosto de 2016: http://impresa.elmercurio.com/Pages/New ... 5&bodyid=3

Saludos

Re: FAB NEWS

Enviado: Qua Ago 10, 2016 8:18 am
por talharim
GRUPAMENTO DE APOIO LOGÍSTICO

EXTRATO DE CONTRATO No- 47/2016 UASG 120195
Processo: 67106003169201680. TOMADA DE PREÇOS No- 1/2016.
Contratante: COMANDO DA AERONAUTICA -Parque de Material
Aeronáutico do Galeão-PAMAGLCNPJ Contratado:
14522178000107. Contratado : AEROPORTOS BRASIL - VIRACOPOS
S.A.Objeto: Prestação de serviço de operação de resgate de
aeronave FAB 2808 (C-105 Amazonas) acidentada no aeródromo de
Surucucu (Alto Alegre - RR), incluindo a suspensão nivelada, movimentação
para local seguro e disposição sobre suporte adequado da
aeronave.
Fundamento Legal: Lei 8.666/93 . Vigência: 09/08/2016 a
09/11/2016. Valor Total: R$124.891,18. Fonte: 250120388 -
2016NE801411. Data de Assinatura: 09/08/2016.
(SICON - 09/08/2016) 120195-00001-2016NE800162

Re: FAB NEWS

Enviado: Seg Ago 15, 2016 6:02 pm
por kirk
Pra quem ainda não viu, vale muito a pena !


Re: FAB NEWS

Enviado: Seg Ago 22, 2016 7:57 am
por talharim
COMANDO-GERAL DE APOIO

CENTRO LOGÍSTICO

EXTRATO DE CONTRATO Nº 26/2016 - UASG 120071
Nº Processo: 67101000385201613.
PREGÃO SISPP Nº 12/2016. Contratante: COMANDO DA AERONAUTICA
-CNPJ Contratado: 02012862000160. Contratado : TAM
LINHAS AEREAS S/A. -Objeto: Contratação de serviços de treinamento
de voo em rota, da Aeronave AIRBUS 319/320.
Fundamento
Legal: Lei 8666, de 1993, e demais legislações correlatas.
Vigência: 17/08/2016 a 16/11/2017. Valor Total: R$610.800,00. Fonte:
280120320 - 2016NE800521. Data de Assinatura: 17/08/2016.
(SICON - 19/08/2016) 120071-00001-2016NE800330

Re: FAB NEWS

Enviado: Seg Ago 22, 2016 1:56 pm
por FCarvalho
COBERTURA ESPECIAL - BASE INDUSTRIAL DEFESA - AVIAÇÃO

21 de Agosto, 2016 - 16:30 ( Brasília )
Brig Nivaldo Luiz Rossato - FAB, um trabalho no limite
Comandante da FAB admite cortes de horas de voos e treinamento de pilotos por causa de restrições orçamentárias

http://www.defesanet.com.br/bid/noticia ... no-limite/

A coisa tá fincando cada dia pior... :roll:

abs.

Re: FAB NEWS

Enviado: Ter Ago 23, 2016 1:43 am
por knigh7
A FAB vem fazendo mudanças importantes-e pertinentes- na estrutura. Na entrevista, Comandante aborda sobre o tema.
Brig Nivaldo Luiz Rossato - FAB, um trabalho no limite
Comandante da FAB admite cortes de horas de voos e treinamento de pilotos por causa de restrições orçamentárias


Ivan Iunes e
Leonardo Cavalcanti
Correio Braziliense


Até o fim deste ano, a Força Aérea Brasileira (FAB) terá voado um terço a menos do que em 2014. Na melhor das hipóteses. O comandante da Aeronáutica, Nivaldo Luiz Rossato, acredita que será preciso uma ginástica financeira para minimizar o impacto em serviços essenciais como o transporte de passageiros e de órgãos; o treinamento de pilotos; e as operações na fronteira. Os prejuízos, no entanto, já são contabilizados. O desenvolvimento do cargueiro KC-390, por exemplo, teve o cronograma atrasado em um ano.

“Começamos o ano com baixíssimo orçamento e não podemos voar, nem fazer contratos se não tivermos o recurso”, disse Rossato, em entrevista ao Correio na última quinta. Gaúcho, filho de agricultores, o tenente-brigadeiro do ar comanda a Aeronáutica desde a saída de Juniti Saito, no ano passado. E, apesar das dificuldades, se diz otimista ao considerar que consegue manter missões dentro do limite do suportável, e garante o desenvolvimento dos caças Gripen NG segue.

A respeito da polêmica envolvendo a continência prestada por atletas militares em pódios da Olimpíada do Rio de Janeiro, Rossato garante que o gesto não é obrigatório, mas natural de quem passa pelas fileiras das Forças Armadas.

A Aeronáutica tem um plano de redução das bases e do pessoal para aumentar a eficiência. Como isso funciona?

Estamos concentrando nossas bases aéreas em um número menor. A base é muito cara, e o essencial são as unidades onde estão os nossos aviões. Das 22 bases, reduzimos algumas, como Fortaleza, Florianópolis, São Paulo, Santos e outras que faremos mais à frente. Mas não estamos fechando, estamos reduzindo.

Em vez de termos uma base com mil pessoas, teremos uma com 200, ou menos. E essa base terá infraestrutura pronta para uso em desdobramento, os aviões decolam de uma base, pousam em outro local e operam daquele lugar.

A Força Aérea em todo mundo faz isso. Na Amazônia, as bases fundamentais são Manaus, Porto Velho e Boa Vista, mas temos uma série de campos de pouso, como Vilhena, São Gabriel da Cachoeira, que são bases prontas para colocar os esquadrões lá dentro e operar. Mas não precisamos ficar vivendo no meio da Amazônia.

Mas o pessoal vai para onde?

Vai se concentrar em um número menor de bases, e essas bases ficarão prontas para os desdobramentos. Inclusive, as do litoral, como vai ser a do Recife e a de Fortaleza.

Mas há um plano de redução de pessoal nas Forças Armadas, sim?

Temos uma previsão de redução do efetivo em 20 anos. Fizemos uma concepção estratégica que chamamos de Força Aérea 100, que será quando a Força Aérea completará 100 anos, em 2041.

De quanto será essa redução de pessoal?

Temos 75,4 mil militares hoje, e vamos reduzir em torno de 25% do efetivo. Estamos trocando muita gente de carreira por temporários. Todos entram como temporários para permanecer até oito anos nas Forças Armadas. O custo é muito menor, eles ganham salário, experiência. Quando eles saem das Forças Armadas, cessa o nosso compromisso.

Existem certas carreiras em que as pessoas não precisam ficar sete anos estudando em nossas academias. É o caso do relações públicas, do dentista, do farmacêutico, dos auxiliares de enfermagem, dos músicos, uma infinidade.

Atletas também?

Também. Temos em nossa organização atletas de alto padrão que recebem ensino, alimentação, educação em geral, tudo isso dentro das nossas organizações. Tudo isso vem de recursos de outros ministérios.

Há resistências internas em relação ao projeto de atletas militares?

Não. Porque esses gastos são do interesse do governo. E o atleta aproveita a nossa infraestrutura e nossas edificações, e é pago por outros órgãos de fora. Da mesma forma, os atletas de alto rendimento utilizam os ginásios que temos, as pistas, o hotel de trânsito onde eles podem ficar. Além disso, têm apoio de saúde e o salário de sargento. No mais, nossos atletas têm dificuldade para conseguir patrocínio.

Uma das polêmicas recentes foi a continência dada pelos atletas militares...

Qualquer militar tem orgulho de ser militar. Essa rapaziada de alto desempenho que entrou nessa parte das Forças Armadas gosta disso e declara isso publicamente. Eles têm apoio, que é muito bom. Eu não vejo nenhum militar dentro das nossas Forças Armadas que não tenha orgulho de fazer parte dela. Ao entrar, a primeira coisa que aprende é o Hino Nacional. Ele considera Brasil acima de tudo, é a expressão, o hino e a bandeira. E uma maneira de mostrar isso é colocar a mão no peito ou fazer a continência.

Depois de fazer um estágio de um mês, ele não resiste, vê a bandeira e tem que fazer a continência. É um processo natural, não é forçar nada aquele processo, não seria natural não fazer a continência. No mundo inteiro, o pessoal tem orgulho dos seus militares e a gente vê que aqui dentro também, é só ver as pesquisas. E essa gurizada, para mim, vai ser mantida. O programa começou em 2011, estamos no sexto ano.

Qual é o impacto dos cortes orçamentários na Força Aérea?

Temos um planejamento estratégico com determinado volume de recursos. Os projetos estratégicos que estão no PAC são dois: o Gripen e o KC-390. São projetos de um valor elevado. O projeto Gripen é superior a US$ 5 bilhões, e o KC-390, só a parte de desenvolvimento custa mais de R$ 4 bilhões.

Só que o KC-390 tem uma perspectiva de venda de US$ 1,5 a US$ 2 bilhões por ano. No ano passado, perdemos uma licitação com o Canadá porque o projeto ficou atrasado. O governo tem plena consciência desse problema e que temos essa necessidade de recursos. Quando eles não vêm no volume que nós queremos, isso atrasa o projeto.

E o Canadá comprou de quem?

Eles ainda estão na licitação, mas ficamos de fora. Um outro exemplo: teve uma empresa nacional que acabou de comprar 10 aviões C-130, que é justamente o concorrente, é um modelo americano.( Ver a matéria BRAVO - Adquire 10 LM-100J para operar no Brasil Link).

Então, esses projetos estratégicos são fundamentais não só para a Força Aérea, até porque o KC-390 atenderá a Força Aérea, o Exército, a Marinha e todos os interesses do governo dentro dessa área.

Quando mandarmos gente para o Haiti e para o Líbano, o avião de transporte será ele. A indústria nacional também se beneficia. Um projeto desse tem em torno de 7 mil empregos diretos e indiretos no desenvolvimento, 1,5 mil só dentro da Embraer na área técnica e de engenharia.

No Gripen, já temos quase 100 engenheiros da Embraer e da AEL trabalhando na SAAB (Suécia). E, quando o caça chegar aqui, vai dar uma tecnologia inimaginável para a nossa indústria aeronáutica. Ninguém quer ensinar ninguém, tem um preço por isso. São coisas que nós temos que adquirir dessa forma. Se quisermos começar do zero, nós não vamos fazer.

Então, o recurso é fundamental para os nossos projetos estratégicos e para o nosso dia a dia, manutenção da nossa base aérea, das escolas, dos Cindactas, dos radares, todos esses recursos são impactados pela redução orçamentária.

Hoje, deixamos de voar por falta de recursos?

Claro. Voávamos em torno de 150 mil horas. No ano passado, baixamos para 130 mil horas, e, neste ano, estamos buscando a meta de chegar até 100 mil. Nós começamos o ano com baixíssimo orçamento e não podemos voar, nem fazer contratos se não tivermos o recurso por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, que nos obriga a fazer isso. Ao longo do ano, fomos recebendo mais recursos e, ainda assim, continuamos pendentes.

No que essa redução de horas de voo impacta?


Principalmente no treinamento do piloto. Isso é fundamental. Nós começamos o ano com cerca de 200 pilotos fora de voos, hoje todos já estão voltando para a atividade aérea. O piloto menos treinado é um risco maior na segurança de voo. Não poderíamos diluir as horas de voo entre os pilotos, mas, se ele voa abaixo do nível crítico, ele passa a ser um risco de segurança de voo. Então, tiramos eles dos voos para manter o nível de treinamento.

O segundo impacto é que podemos estar canibalizando a frota. A nossa opção foi manter a frota, porque, se canibalizarmos isso, gera um custo altíssimo. Por exemplo, esses aviões que atendem ministros, esses que ficam em Brasília, nossa frota está reduzida pela metade, mas tomamos alguns cuidados. Fizemos uma estocagem do avião, é um trabalho de retirada do sistema hidráulico, motores, todas essas peças, para facilitar a manutenção.

Então, a redução impacta nas horas de voo e no atendimento das missões, e nós estamos recuperando isso pela necessidade crítica que nós temos. Quem dá o suporte para o Exército na Amazônia é a Força Aérea e nós estamos atendendo, mas no limite do suportável, eles precisariam de muito mais do que nós estamos dando.

Transporte de órgãos também?

Também. Quando tínhamos mais horas de voo, os comandantes tinham um número maior de pilotos treinando, que também aproveitavam essas horas de treinamento transportando órgãos para lá e para cá, porque atendia a necessidade do Ministério da Saúde. Com o orçamento mais restrito, isso impactou no treinamento dos nossos pilotos.

Eles não poderiam criar missões se não tivessem horas de voo. Nós temos aviões de alerta da Amazônia ao Rio Grande do Sul. Tanto aviões quanto tripulações sempre prontos.

Com essa revisão orçamentária, nós temos um avião simples que pode voar 600 horas por ano e está voando 150 horas por ano. Um C-130 — cuja carga econômica dele é 800 horas — está voando 300 horas. Agora tivemos uma reunião com o Ministério da Saúde, que concordou em custear o transporte dos órgãos.

Quanto custa esse transporte?
Varia de acordo com as missões realizadas, mas é muito mais barato que seja feito pela Força Aérea do que pagar um avião de fora. Nosso custo é, mais ou menos, a metade do custo de externo. O nosso custo de hora de voo é somente logístico e combustível.

Mas continuamos com uma redução de 25% em horas de voo?

No início do ano, nós tivemos muito mais, começamos com potencial para voar 60 mil horas apenas. Redução de mais de 50% em relação a 2014. Por que nós começamos a aumentar a hora de voo? Tínhamos 60 mil horas e estamos vendo se chegamos a 100 mil horas. Foi sendo descontingenciado, com solicitações, por meio também de créditos, por exemplo.

É o caso do acordo com o Ministério da Saúde no transporte de órgãos. Trouxemos de São Paulo para o Rio milhares de militares da Força Nacional com o dinheiro que nós recebemos do Ministério da Justiça. Então, vai se recompondo, mas o ideal é receber o dinheiro antes do Ministério do Planejamento.

O impacto é muito grande na manutenção das unidades, nós reduzimos expediente, vamos fazendo nosso dever de casa de acordo com os recursos que o governo dá. O que impacta nessas questões de orçamento sempre? Trabalhamos em cima de capacidades. À medida que nós não temos aquele dinheiro, a nossa capacidade vai sendo reduzida, nossa capacidade de defesa aérea, de controle marítimo, de transporte.

E as mudanças no Ministério da Defesa por circunstâncias políticas? A gente teve em um curto espaço de tempo uma troca grande de ministros.


As trocas não são boas, assim como nós, dentro dos nossos comandos, temos de ficar mudando os nossos comandantes. Claro que, no Ministério da Defesa, é melhor que tenha uma continuidade. Mas eu posso dizer pelo período que eu estou aqui, um ano e meio, que nós não tivemos problema nenhum, nenhum dos três comandantes, de relacionamento ou de quebra, de sequenciamento de projetos, porque os projetos das Forças permaneceram os mesmos com cada um dos ministros
http://www.defesanet.com.br/bid/noticia ... no-limite/

Re: FAB NEWS

Enviado: Ter Ago 23, 2016 1:47 am
por knigh7
kirk escreveu:Pra quem ainda não viu, vale muito a pena !

Legal, essa matéria.
[009] [009]

Re: FAB NEWS

Enviado: Ter Ago 23, 2016 11:24 am
por knigh7
FCarvalho escreveu:COBERTURA ESPECIAL - BASE INDUSTRIAL DEFESA - AVIAÇÃO

21 de Agosto, 2016 - 16:30 ( Brasília )
Brig Nivaldo Luiz Rossato - FAB, um trabalho no limite
Comandante da FAB admite cortes de horas de voos e treinamento de pilotos por causa de restrições orçamentárias

http://www.defesanet.com.br/bid/noticia ... no-limite/

A coisa tá fincando cada dia pior... :roll:

abs.
Interessante é que eles usam como parâmetro das restrições orçamentárias de 2015 e 2016 o ano de 2.014.

Em 2.014 quando eu estava fazendo uma pesquisa sobre as pistas na Amazônia, no VII COMAR estavam adotando o regime de meio expediente 2 vezes por semana para economizar gasto vegetativo...

Restrições orçamentárias nas FFAA não são uma variável, mas sim uma constante. O que existe são épocas com mais e outras com menos.