Era uma crença fugaz. O Führer também imaginou poder negociar a paz com a Inglaterra depois da queda de Paris...alex escreveu:O Japão sempre pensou em uma guerra de contenção de 1 ou 2 anos e depois uma paz negociada com os EUA.
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Se não houver campo aberto
lá em cima, quando me for
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só de pensar me comovo
eu juro pelo meu povo,
nem todo o céu me segura
retorno à velha planura
pra ser gaúcho de novo
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Sem dúvida, Midway foi o terceiro erro capital q determinou definitivamente uma inexorável derrota japonesa. Os primeiros foram logo em Pearl Harbor: não destruíram os diques secos e o comandante do ataque não quiz arriscar em realizar uma busca e ataque a fortes indícios da localização dos Porta-aviões q não estavam na base americana.Bolovo escreveu:Mas é por aí mesmo. A idéia era destruir toda a capacidade de guerra americana em Pearl Harbor. Sabe quando o Japão perdeu a iniciativa na guerra do pacífico para os americanos? Em junho de 42, quando perderam a batalha de Midway. Cara, isso foi três anos antes de acabar a guerra. Depois disso foi tentar defender ilha por ilha até os caras chegarem em Tóquio.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
A URSS foi sempre uma grande ameaça ao Japão. Mesmo sem entrar diretamente no conflito (até a última semana da guerra) mobilizou parcela expressiva do exército japonês, que acreditava piamente em um movimento soviético na fronteira da Mongólia. Isso em muito ajudou o esforço de guerra norte-americano.
Hoje se sabe que os movimentos japoneses no início da guerra foram planejados somente até um certo ponto. Havia a necessidade de ter acesso às matérias-primas da Indonésia e Indochina. Isso os levaria a um confronto inevitável com os EUA, que dominavam as Filipinas, bem no meio do caminho da marinha japonesa. A idéia inicial era conter os americanos no Havaí e os Ingleses na Índia. Singapura e as Filipinas precisariam ser tomadas. Nunca houve real conscenso no EM-Imperial sobre se isso era realmente factível. O exército era sético quanto a isso e preferia investir através da China e do captulado Vietnã. Isso forçaria, teoricamente, uma retirada inglesa para a Índia (a Inglaterra já tinha problemas o suficiente na Europa e África) e poderia manter os EUA afastados do conflito.
Prevaleceu o plano da marinha. Observem que a divisão era tão evidente entre exército e marinha, que as forças do exércitos inicialmente utilizadas eram irrisórias se comparadas às existentes na fronteira da URSS. Para todo o Pacífico Sul, o exército destacou um "Destacamento dos Mares do Sul", de valor pouco maior que Divisão.
Outro dado pouco conhecido é a ocupação pelos japoneses das ilhas de Attu e Kiska, nas Aleutas, território americano. Isso causou grande alarme em Washington, que inclusive sensurou todo o tipo de notícia a respeito. Todo o Alaska era mantido por apenas uma divisão do USA e absolutamente nada da USN. Somente meios da USCG. Havia o temor de que os japoneses obtivessem uma cabeça-de-praia no Alaska para atacar a costa oeste do canadá e dos EUA. Para terem uma idéia do desepero, a defesa aérea de Anchorage e demais cidades do Alaska foi provida, durante quase toda a campanha de 15 meses para a retomada das ilhas, pela RCAF. Têm idéia do significou isso para o orgulho americano?
A reação americana a esses ataques, que visavam apenas manter a pressão sobre os EUA, levou a outro erro de cálculo japonês: achar que, a partir da Aleutas, os EUA atacariam o território japonês. Não levaram em conta o clima terrível da região, que impede qualquer tipo de ação aeronaval quase o ano inteiro. Na base de Paramushiro (próximo à Península Kamchatka), o Japão manteve 300 aviões e três divisões do exército até o fim da guerra.
O Estado-Maior Imperial era por demais dividido e muitas de suas decisões estratégicas foram tomadas no calor do ufanismo inicial de vitórias. Até a invasão da Austrália foi ventilada pela marinha, que nem sequer tinha idéia da quantidade de tropas terrestres necessárias para tal operação. O exército gritou alto (ia ter que desmobilizar a fronteira da URSS para isso) e, ironicamente, um fracasso seu mudou a idéia da marinha: a derrota de 10.000 soldados do DMS para um punhado de milicianos australianos nas Trilhas de Kokoda, na Nova Guiné.
Hoje se sabe que os movimentos japoneses no início da guerra foram planejados somente até um certo ponto. Havia a necessidade de ter acesso às matérias-primas da Indonésia e Indochina. Isso os levaria a um confronto inevitável com os EUA, que dominavam as Filipinas, bem no meio do caminho da marinha japonesa. A idéia inicial era conter os americanos no Havaí e os Ingleses na Índia. Singapura e as Filipinas precisariam ser tomadas. Nunca houve real conscenso no EM-Imperial sobre se isso era realmente factível. O exército era sético quanto a isso e preferia investir através da China e do captulado Vietnã. Isso forçaria, teoricamente, uma retirada inglesa para a Índia (a Inglaterra já tinha problemas o suficiente na Europa e África) e poderia manter os EUA afastados do conflito.
Prevaleceu o plano da marinha. Observem que a divisão era tão evidente entre exército e marinha, que as forças do exércitos inicialmente utilizadas eram irrisórias se comparadas às existentes na fronteira da URSS. Para todo o Pacífico Sul, o exército destacou um "Destacamento dos Mares do Sul", de valor pouco maior que Divisão.
Outro dado pouco conhecido é a ocupação pelos japoneses das ilhas de Attu e Kiska, nas Aleutas, território americano. Isso causou grande alarme em Washington, que inclusive sensurou todo o tipo de notícia a respeito. Todo o Alaska era mantido por apenas uma divisão do USA e absolutamente nada da USN. Somente meios da USCG. Havia o temor de que os japoneses obtivessem uma cabeça-de-praia no Alaska para atacar a costa oeste do canadá e dos EUA. Para terem uma idéia do desepero, a defesa aérea de Anchorage e demais cidades do Alaska foi provida, durante quase toda a campanha de 15 meses para a retomada das ilhas, pela RCAF. Têm idéia do significou isso para o orgulho americano?
A reação americana a esses ataques, que visavam apenas manter a pressão sobre os EUA, levou a outro erro de cálculo japonês: achar que, a partir da Aleutas, os EUA atacariam o território japonês. Não levaram em conta o clima terrível da região, que impede qualquer tipo de ação aeronaval quase o ano inteiro. Na base de Paramushiro (próximo à Península Kamchatka), o Japão manteve 300 aviões e três divisões do exército até o fim da guerra.
O Estado-Maior Imperial era por demais dividido e muitas de suas decisões estratégicas foram tomadas no calor do ufanismo inicial de vitórias. Até a invasão da Austrália foi ventilada pela marinha, que nem sequer tinha idéia da quantidade de tropas terrestres necessárias para tal operação. O exército gritou alto (ia ter que desmobilizar a fronteira da URSS para isso) e, ironicamente, um fracasso seu mudou a idéia da marinha: a derrota de 10.000 soldados do DMS para um punhado de milicianos australianos nas Trilhas de Kokoda, na Nova Guiné.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Nagumo aquela besta trêmula.Enlil escreveu:Sem dúvida, Midway foi o terceiro erro capital q determinou definitivamente uma inexorável derrota japonesa. Os primeiros foram logo em Pearl Harbor: não destruíram os diques secos e o comandante do ataque não quiz arriscar em realizar uma busca e ataque a fortes indícios da localização dos Porta-aviões q não estavam na base americana.Bolovo escreveu:Mas é por aí mesmo. A idéia era destruir toda a capacidade de guerra americana em Pearl Harbor. Sabe quando o Japão perdeu a iniciativa na guerra do pacífico para os americanos? Em junho de 42, quando perderam a batalha de Midway. Cara, isso foi três anos antes de acabar a guerra. Depois disso foi tentar defender ilha por ilha até os caras chegarem em Tóquio.
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Não permitiu uma terceira onda de ataque!
Os diques, os guindastes e os tanques de óleo precisavam ser destruídos. Sem falar que uma terceira onda de ataque teria o bônus de encontrar o Enterprise...
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
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Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Não sei sobre a possibilidade de encontrarem o Enterprise, mas uma eventual maior destruição na base de Pearl Harbor pouco acrescentaria ao desenrolar da guerra. A maior parte da industria naval americana e os estaleiros que concertaram os navios avariados no ataque encontravam-se na costa leste dos EUA.
Em quanto tempo reconstruiriam a base? A capacidade de engenharia americana na II GM foi espantosa. Há autores que, por exemplo, atribuem a superioridade aérea obtida pelos americanos na região da Nova Guiné e das Salomão não à capacidade e ao número de seus aviões, mas à capacidade de seus engenheiros (Sea Bees na maioria) em construirem aeródromos e recuperarem pistas bombardeadas em tempo recorde. Calcula-se algo como 5 a 6 vezes mais rápidos que seus equivalentes japoneses.
Em quanto tempo reconstruiriam a base? A capacidade de engenharia americana na II GM foi espantosa. Há autores que, por exemplo, atribuem a superioridade aérea obtida pelos americanos na região da Nova Guiné e das Salomão não à capacidade e ao número de seus aviões, mas à capacidade de seus engenheiros (Sea Bees na maioria) em construirem aeródromos e recuperarem pistas bombardeadas em tempo recorde. Calcula-se algo como 5 a 6 vezes mais rápidos que seus equivalentes japoneses.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Muita maquinaria e engenheiros de qualidade... Os japoneses por sua vez construiam a maior parte das coisas nos territórios ocupados usando mão-de-obra escrava e a obras em questão eram de péssima qualidade.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Uma eventual maior destruição na base de Pearl Harbor pouco acrescentaria ao desenrolar da guerra? Olha, então têm muito autor q deveria rever o seus conceitos. Vários deles indicam q foi justamente pelo fato dos diques secos e oficinas de Perl Harbor terem ficado praticamente intactos q possibilitou a rápida recuperação da US Navy no Pacífico. É preciso lembrar q a maioria dos navios avariados, e até alguns q foram a pique, foram resgatados e postos novamente em operação, trabalho feito na base, q eu saiba. Aliás, não sei de q jeito tais navios poderiam ter sido consertados em estaleiros no leste do país.lynx escreveu:Não sei sobre a possibilidade de encontrarem o Enterprise, mas uma eventual maior destruição na base de Pearl Harbor pouco acrescentaria ao desenrolar da guerra. A maior parte da industria naval americana e os estaleiros que concertaram os navios avariados no ataque encontravam-se na costa leste dos EUA.
Em quanto tempo reconstruiriam a base? A capacidade de engenharia americana na II GM foi espantosa. Há autores que, por exemplo, atribuem a superioridade aérea obtida pelos americanos na região da Nova Guiné e das Salomão não à capacidade e ao número de seus aviões, mas à capacidade de seus engenheiros (Sea Bees na maioria) em construirem aeródromos e recuperarem pistas bombardeadas em tempo recorde. Calcula-se algo como 5 a 6 vezes mais rápidos que seus equivalentes japoneses.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Procure estudar a questão e verá que a maior parte deles foi levada para a Philadelfia e New York (Brooklin).Enlil escreveu:Uma eventual maior destruição na base de Pearl Harbor pouco acrescentaria ao desenrolar da guerra? Olha, então têm muito autor q deveria rever o seus conceitos. Vários deles indicam q foi justamente pelo fato dos diques secos e oficinas de Perl Harbor terem ficado praticamente intactos q possibilitou a rápida recuperação da US Navy no Pacífico. É preciso lembrar q a maioria dos navios avariados, e até alguns q foram a pique, foram resgatados e postos novamente em operação, trabalho feito na base, q eu saiba. Aliás, não sei de q jeito tais navios poderiam ter sido consertados em estaleiros no leste do país.lynx escreveu:Não sei sobre a possibilidade de encontrarem o Enterprise, mas uma eventual maior destruição na base de Pearl Harbor pouco acrescentaria ao desenrolar da guerra. A maior parte da industria naval americana e os estaleiros que concertaram os navios avariados no ataque encontravam-se na costa leste dos EUA.
Em quanto tempo reconstruiriam a base? A capacidade de engenharia americana na II GM foi espantosa. Há autores que, por exemplo, atribuem a superioridade aérea obtida pelos americanos na região da Nova Guiné e das Salomão não à capacidade e ao número de seus aviões, mas à capacidade de seus engenheiros (Sea Bees na maioria) em construirem aeródromos e recuperarem pistas bombardeadas em tempo recorde. Calcula-se algo como 5 a 6 vezes mais rápidos que seus equivalentes japoneses.
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Acho bastante improvável que aviões como os Kate e Val conseguissem tirar um dique seco de operação por período razoável a ponto de influir no restante da guerra. Em quanto tempo uma porta-batel seria reconstruída pelos americanos? Quantas bombas teriam que ser jogadas para que se demolisse um dique de tamanho suficiente para comportar um encouraçado? Nagumo não dispunha de aviões com essa capacidade.
Procure fazer um paralelo com os esforços ingleses na França e na Alemanha. Lembra da incursão a Saint Nazair, que tinha por objetivo destruir o dique que comportava o Tirptz? A Inglaterra dispunha de quadrimotores Lancaster, muitíssimo maiores que os Val e Kate, e precisou fazer uma incursão de Comandos e explodir um destoier dentro do dique para inutilizá-lo. A custo de muitas vidas inglesas. Nagumo não tinha essa capacidade. No máximo avariaria o dique por curto período.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Me basiei apenas no q li. Não fui eu q afirmei isso, mas autores q escreveram sobre a temática. De qualquer modo vou procurar algumas referências as tuas observações. No entanto, de qualquer forma observavam q SE tivessem avariado seriamente os diques, não como o modo/possibilidade de terem feito. De fato é um ponto a se pensar. Por outro lado, pra mim é novidade, aliás, uma surpresa me dizeres q consertaram a maioria dos navios, inclusive os q foram a pique, na costa leste. Li/pensava exatamente o contrário. Se puderes indicar referências agradeço.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Pelo que me lembro a frota foi retirada de San Diego para Pearl Harbor para ter uma ação mais rápida no Pácifico e de pronta ação contra o Japão. Se os diques e os tanques de combustivel fossem destruídos o que sobrou da frota retornaria a San Diego até a reconstrução destes. Acredito que não influenciaria em nada a condução da guerra pois os EUA ainda teriam navios logisticos para incursões no Pacifico.
Quanto a Nagumo culpa-lo é um erro . ele veio com uma frota para atacar Pearl Harbor e afundar dois PA que ele sabia pela inteligencia japonesa estariam em Pearl: Saratoga e Enterprise.
Ele atacou Pearl, destruiu e danificou o máximo os navios, aviões e as instalações mas não achou os PA e seus aviões de observação também não.
Nagumo passa a se achar um alvo para os PA americanos e tem que retirar sua frota por motivos de segurança e logisticos.
A observação que ele fez pouco me parece observação de engenheiro de obra feita, sempre achando um erro no projeto dos outros.
Quanto a Nagumo culpa-lo é um erro . ele veio com uma frota para atacar Pearl Harbor e afundar dois PA que ele sabia pela inteligencia japonesa estariam em Pearl: Saratoga e Enterprise.
Ele atacou Pearl, destruiu e danificou o máximo os navios, aviões e as instalações mas não achou os PA e seus aviões de observação também não.
Nagumo passa a se achar um alvo para os PA americanos e tem que retirar sua frota por motivos de segurança e logisticos.
A observação que ele fez pouco me parece observação de engenheiro de obra feita, sempre achando um erro no projeto dos outros.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
De qualquer forma é consenso q mesmo q tivessem destruídos os diques teriam apenas retardado a sua derrota. De fato, com toda sua base industrial intacta eram uma questão de tempo os EUA vencerem os japoneses.
[]'s.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Vou ter que pesquisar um pouco. Isso é fruto de leituras sobre as várias campanhas do Pacífico, de onde se vai montando um quadro geral a partir de observações de uma e outras fontes.Enlil escreveu:Me basiei apenas no q li. Não fui eu q afirmei isso, mas autores q escreveram sobre a temática. De qualquer modo vou procurar algumas referências as tuas observações. No entanto, de qualquer forma observavam q SE tivessem avariado seriamente os diques, não como o modo/possibilidade de terem feito. De fato é um ponto a se pensar. Por outro lado, pra mim é novidade, aliás, uma surpresa me dizeres q consertaram a maioria dos navios, inclusive os q foram a pique, na costa leste. Li/pensava exatamente o contrário. Se puderes indicar referências agradeço.
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Gosto muito desse assunto (Guerra do Pacífico). Depois de muito ler a respeito, formulei a minha opinião de que nunca houve a possibilidade de o Japão vencer aquela guerra. Alguns autores, até com o intuito de enaltecer os feitos iniciais dos EUA resistindo à avalanche nipônica, formulam hipóteses sobre qual teria sido o erro crucial que fez o Japão perder a guerra. Só consigo ver um: entrar nela.
O ataque a PH, militarmente falando, pouco poderia influir no restante da guerra, mesmo que tivesse atingido todos os seus objetivos. Ali eram baseados dois PA, dos 8 que a USN possuia. Dos encouraçados ali baseados, nenhum tomou parte relevante em ações mesmo nos estágios iniciais da guerra. No máximo foram usados para bombardear Kiska e Attu. Já no segundo semestre de 1942 entraram em operação os primeiros "fast batleships" da nova leva que já estava em construção quando do ataque a PH. Em Guadalcanal foram esses navios, juntamente com cruzadores, que fizeram a diferença. (os japoneses não tinham como adivinhar, mas se tivessem focado nos cruzadores a influência de PH teria sido mais nefasta para os EUA. As campanhas das Salomão, Mar de Bismark e Aleutas dependeu totalmente deles)
Durante a campanha de Guadalcanal os EUA chegaram a ficar com apenas 1 PA, o Enterprise, tendo solicitado a presença do HMS Illustrious no Índico (atacou as refinarias de Java) para manter os PA japoneses longe da área. A perda de 2 em PH teria significado a vitória do Japão? Duvido muito.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Ambos sabiam que era questão de tempo se chocarem. Os japoneses não tiveram foco na preparação. O exército queria derrotar a China e a URSS. A marinha os EUA. Nada fizeram quanto ao front interno. Um exemplo estarrecedor: a fábrica de aviões da Mitsubishi ficava na zona central de Nagazaki (ou seria Nagoia? desculpe o lapso). A pista mais próxima ficava a 18 Km de distância. A cidade tinha ruas estreitas e os aviões precisavam ser levados, desmontados, da fábrica para a pista encima de... carros de boi! Isso mesmo! Carros de boi! A viagem levava 24 horas... e essa era a principal fábrica aeronáutica japonesa...Enlil escreveu:De qualquer forma é consenso q mesmo q tivessem destruídos os diques teriam apenas retardado a sua derrota. De fato, com toda sua base industrial intacta eram uma questão de tempo os EUA vencerem os japoneses.
[]'s.
Enquanto isso, os EUA mantinham sua indústria aquecida por meio de encomendas parceladas e divididas entre os vários concorrentes. Veja a miríade de aviões que possuiam antes da guerra: P-35, P-36, P-38, P-39, P-40, P-43... cada um de uma origem. Mantiveram as fábricas ativas para, iniciada a guerra, focarem todas as fábricas nos modelos considerados realmente eficientes. P-38 e P-40 no início e P-47 e P-51 depois. Isso sem contar na rede de bases aéreas que estenderam do Havaí até a China, via Austrália. As B-17 cobriam todo o Pacífico Sul a partir delas, antes mesmo do início da guerra.
Não é de surpreender o resultado final.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Miguel Silva Machado escreveu:Recordado como o único pugilista germânico que se sagrou campeão mundial em todas as categorias, depois de bater o norte-americano JACK SHARKEY, no dia 12 de Junho de 1930, e o também norte-americano JOE LOUIS, por KO ao 12º assalto, em 19 de Junho de 1936 em Nova Iorque, MAX SCHMELING destacou-se também pela sua capacidade e entrega na ajuda ao próximo, pela sua incomensurável generosidade, coragem e elevado civismo.
http://www.operacional.pt/max-schmeling ... a-militar/
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
VAMOS ENTERRAR ESSES MITOS FALSOS SOBRE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL.
Por Eric Margolis - 24.05.11.
METZ, FRANÇA - Nesta antiga cidade-fortaleza no rio Mosela, que monta guarda sobre a tradicional rota de invasão para a França, estamos cercados pelos fantasmas da grandes guerras do passado - e os freqüentemente cruéis mitos que ainda persistem.
Como antigo instrutor de história militar e especialista nas guerras da França do século XX, permitam-me tratar de quatro particularmente irritantes e enganadores mitos:
PRIMEIRO - O exército da França não se rendeu, simplesmente, ou saiu correndo em 1940, como ignorantes conservadores americanos que não sabem de nada, afirmam.
A Blitz alemã que fulminou a França em maio-junho de 1940, dispersando seus exércitos como folhas na tempestade, foi uma grande revolução histórica no modo de guerrear. A Blitzkrieg combinava infantaria móvel e blindados de rápido movimento, bombardeio de mergulho de precisão, apoio logístico flexível e novas altas tecnologias em C3 - comando, controle e comunicações. Em 1940, a Alemanha liderava o mundo em tecnologia: 75 % de todos os livros técnicos eram então escritos em alemão.
Os exércitos e generais da França, treinados para voltarem a travar a Grande Guerra, foram avassalados pela guerra-relâmpago. A França era então uma sociedade em grande parte agrícola. A Blitzkrieg - agora adotada por todas as grandes forças armadas - foi desenhada para golpear o cérebro de um inimigo antes do que seu corpo, paralisando sua capacidade controlar grandes forças ou para lutar. Os alemães a chamavam sua "bala de prata."
E na verdade era mesmo. A França ainda se baseava em mensageiros para entregar informações vitais. A Alemanha era a líder mundial em rádio-comunicações móveis. Impressionantemente, o comandante-chefe francês, general Gamelin, nem mesmo tinha um telefone em seu QG fora de Paris.
A bem treinada força expedicionária da Grã-Bretanha na França foi batida tão rápida e completamente quanto os franceses, e salvou-se apenas por abandonar seus aliados franceses e fugir através do Canal.
Nenhum exército no mundo na época poderia ter resistido à blitzkrieg da Alemanha, planejada pelo brilhante Erich von Manstein e liderada pelos audaciosos Heinz Guderian e Erwin Rommel - três dos maiores generais da história moderna.
Eles também foram incrivelmente sortudos. Apenas uma bomba numa ponte alemã sobre o Mosa, ou um intransponível engarrafamento de trânsito na floresta das Ardenas poderia ter significado a diferença entre vitória e derrota. Os franceses tinham temporariamente movido algumas de suas mais fracas unidades de reserva justamente para o setor que os alemães atingiram. Foi, como Wellington disse depois de Waterloo, uma coisa danada de arriscada.
As novas táticas fluídas da Alemanha destroçaram os exércitos da França. Eles foram incapazes de reformar suas linhas apesar de frequente feroz resistência. Os rápidos panzers alemães estavam constantemente por trás deles. Retirada sob fogo é a mais difícil e perigosa de todas as operações militares. Após seis semanas, e uma punhalada pelas costas da Itália de Mussolini, os exércitos da França tinham se desintegrado.
A França teve 217 mil mortos e 400 mil feridos em combate. Compare com a perda da América de 416 mil mortos durante quatro anos de guerra no Pacífico e Europa. Pelo menos, a França não sofreu os 2 milhões de mortes ocorridas na Grande Guerra. As perdas da Alemanha: 46 mil mortos em ação, 121 mil feridos e mil aeronaves perdidas. Por comparação, os americanos, britânicos e canadenses perderam cerca de 10 mil mortos e feridos no Dia-D.
SEGUNDO - Os fortes da Linha Maginot da França não foram taticamente flanqueados, como diz o mito. Os alemães atingiram o noroeste do final da Linha, através da Floresta das Ardenas franco-belga, uma rota antecipada pelo Exército francês que manteve jogos de guerra lá, em 1939. O imóvel exército de campanha francês fracassou, não a Linha Maginot.
A Linha, que nunca foi completada, era custosa demais, prendia homens demais e acabou simbolizando a atitude defensiva da França. Mas a Grande Muralha da França cumpriu sua missão designada de defender as vitais indústrias do carvão e aço da França, na Alsácia e na Lorena.
A Linha foi também desenhada para canalizar qualquer ataque alemão através, ou da Bélgica ou Suíça.
Os alemães concluíram que um ataque contra a Linha Maginot seria custoso demais e optaram por uma rota diferente - através da Bélgica.
O terreno inundado de Flandres e a aversão da França em construir fortes por trás de seu aliado belga, deixaram a fronteira franco-belga com escassas defesas fixas.
Ironicamente, após a ruptura alemã em Sedan sobre o Mosa, um corpo francês mantido em reserva para cobrir este setor vital moveu-se para a Brecha Stenay para proteger o flanco esquerdo da Linha Maginot, abrindo o caminho para os panzers de Guderian abrirem em leque rumo ao noroeste, por trás das linhas francesas.
A segunda maior operação anfíbia na Europa Ocidental durante a Segunda Guerra Mundial foi a totalmente esquecida travessia alemã, debaixo de fogo, do Mosa, em junho de 1940.
As guarnições dos inconquistáveis fortes Maginot mantiveram-se até o armistício. Estes que zombam da França por construir fortes que foram, supostamente "flanqueados" deveriam saber que as "inexpugnáveis" modernas fortificações americanas em Manila, e a Fortaleza Singapura da Grã-Bretanha, foram ambas tomadas pela retaguarda pelo Exército Imperial japonês. A muito louvada "Westwall" da Alemanha e suas defesas costeiras não se saíram melhor.
TERCEIRO - A Wehrmacht e a Luftwaffe da Alemanha foram esmagados muito antes do Dia-D. Ao comemorarmos a guerra, devemos relembrar e saudar a coragem e o valor dos destemidos soldados e pilotos da Rússia, que, igualmente aos soldados alemães, lutaram magnificamente ainda que em nome de regimes criminosos. A Segunda Guerra Mundial na Europa não foi vencida no Dia-D, como o mito popular mostra. Os exército e força aérea da Alemanha foram partidos nas batalhas titânicas da Frente Russa.
A Rússia acabou de celebrar o 66º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial, uma comemoração quase totalmente ignorada no Ocidente.
Os números falam por si mesmos. Os soviéticos destruíram 75 - 80 % de todas as divisões alemãs - 4 milhões de soldados - e a maioria da Luftwaffe. A Rússia perdeu, pelo menos, 14 milhões de soldados e um número similar de civis.
O Exército Vermelho destruiu 507 divisões do Eixo. Na Frente Ocidental, após o Dia-D, os Aliados destruíram 176 divisões alemãs severamente desfalcadas.
Quando os Aliados desembarcaram na Normandia, eles encontraram forças alemãs combalidas, sem nenhuma cobertura aérea, incapacitadas por falta de combustível e suprimentos, incapazes de se moverem à luz do dia. Mesmo assim, os alemães lutaram como tigres. Tivessem os invasores americanos, britânicos e canadenses encontrado a Wehrmacht e a Luftwaffe de 1940, e o resultado poderia ter sido bem diferente.
QUARTO - a Segunda Guerra Mundial não foi uma luta do bem contra o mal, entre "democracias ocidentais" e "potências totalitaristas", como ainda é, errôneamente, ensinado. Ela foi um conflito mundial por terras e recursos, colocando o Império Britânico que controlava 25 % de todo o globo, o Império Francês, o Império Holandês e o Império Belga, e mais tarde, o imperium americano (Filipinas, possessões do Pacífico, América Central), contra os impérios italiano e japonês. A União Soviética era um império por si mesma.
Em 1939, as únicas grandes potências sem colônias - que não eram potências imperiais - eram a Alemanha (que perdeu suas poucas colônias na Grande Guerra) e a China. Uma vez terminada a guerra, a Grã-Bretanha e a Holanda, que se lamentaram amargamente sobre os males da ocupação nazista, correram para reocupar suas antigas colônias, algumas das quais tinham declarado independência.
Dificilmente se poderia chamar isto de uma cruzada pela liberdade. A libertação do povo branco da Europa sob ocupação alemã, certamente. Mas não para os povos da África e Ásia. Entretanto, no final, a guerra pôs em movimento forças que eventualmente trouxeram o fim do colonialismo. O colapso do Império Britânico, que Winston Churchill tinha prometido defender a qualquer custo, abriu o caminho para a descolonização mundial.
Não deveríamos esquecer isto.
Por Eric Margolis - 24.05.11.
METZ, FRANÇA - Nesta antiga cidade-fortaleza no rio Mosela, que monta guarda sobre a tradicional rota de invasão para a França, estamos cercados pelos fantasmas da grandes guerras do passado - e os freqüentemente cruéis mitos que ainda persistem.
Como antigo instrutor de história militar e especialista nas guerras da França do século XX, permitam-me tratar de quatro particularmente irritantes e enganadores mitos:
PRIMEIRO - O exército da França não se rendeu, simplesmente, ou saiu correndo em 1940, como ignorantes conservadores americanos que não sabem de nada, afirmam.
A Blitz alemã que fulminou a França em maio-junho de 1940, dispersando seus exércitos como folhas na tempestade, foi uma grande revolução histórica no modo de guerrear. A Blitzkrieg combinava infantaria móvel e blindados de rápido movimento, bombardeio de mergulho de precisão, apoio logístico flexível e novas altas tecnologias em C3 - comando, controle e comunicações. Em 1940, a Alemanha liderava o mundo em tecnologia: 75 % de todos os livros técnicos eram então escritos em alemão.
Os exércitos e generais da França, treinados para voltarem a travar a Grande Guerra, foram avassalados pela guerra-relâmpago. A França era então uma sociedade em grande parte agrícola. A Blitzkrieg - agora adotada por todas as grandes forças armadas - foi desenhada para golpear o cérebro de um inimigo antes do que seu corpo, paralisando sua capacidade controlar grandes forças ou para lutar. Os alemães a chamavam sua "bala de prata."
E na verdade era mesmo. A França ainda se baseava em mensageiros para entregar informações vitais. A Alemanha era a líder mundial em rádio-comunicações móveis. Impressionantemente, o comandante-chefe francês, general Gamelin, nem mesmo tinha um telefone em seu QG fora de Paris.
A bem treinada força expedicionária da Grã-Bretanha na França foi batida tão rápida e completamente quanto os franceses, e salvou-se apenas por abandonar seus aliados franceses e fugir através do Canal.
Nenhum exército no mundo na época poderia ter resistido à blitzkrieg da Alemanha, planejada pelo brilhante Erich von Manstein e liderada pelos audaciosos Heinz Guderian e Erwin Rommel - três dos maiores generais da história moderna.
Eles também foram incrivelmente sortudos. Apenas uma bomba numa ponte alemã sobre o Mosa, ou um intransponível engarrafamento de trânsito na floresta das Ardenas poderia ter significado a diferença entre vitória e derrota. Os franceses tinham temporariamente movido algumas de suas mais fracas unidades de reserva justamente para o setor que os alemães atingiram. Foi, como Wellington disse depois de Waterloo, uma coisa danada de arriscada.
As novas táticas fluídas da Alemanha destroçaram os exércitos da França. Eles foram incapazes de reformar suas linhas apesar de frequente feroz resistência. Os rápidos panzers alemães estavam constantemente por trás deles. Retirada sob fogo é a mais difícil e perigosa de todas as operações militares. Após seis semanas, e uma punhalada pelas costas da Itália de Mussolini, os exércitos da França tinham se desintegrado.
A França teve 217 mil mortos e 400 mil feridos em combate. Compare com a perda da América de 416 mil mortos durante quatro anos de guerra no Pacífico e Europa. Pelo menos, a França não sofreu os 2 milhões de mortes ocorridas na Grande Guerra. As perdas da Alemanha: 46 mil mortos em ação, 121 mil feridos e mil aeronaves perdidas. Por comparação, os americanos, britânicos e canadenses perderam cerca de 10 mil mortos e feridos no Dia-D.
SEGUNDO - Os fortes da Linha Maginot da França não foram taticamente flanqueados, como diz o mito. Os alemães atingiram o noroeste do final da Linha, através da Floresta das Ardenas franco-belga, uma rota antecipada pelo Exército francês que manteve jogos de guerra lá, em 1939. O imóvel exército de campanha francês fracassou, não a Linha Maginot.
A Linha, que nunca foi completada, era custosa demais, prendia homens demais e acabou simbolizando a atitude defensiva da França. Mas a Grande Muralha da França cumpriu sua missão designada de defender as vitais indústrias do carvão e aço da França, na Alsácia e na Lorena.
A Linha foi também desenhada para canalizar qualquer ataque alemão através, ou da Bélgica ou Suíça.
Os alemães concluíram que um ataque contra a Linha Maginot seria custoso demais e optaram por uma rota diferente - através da Bélgica.
O terreno inundado de Flandres e a aversão da França em construir fortes por trás de seu aliado belga, deixaram a fronteira franco-belga com escassas defesas fixas.
Ironicamente, após a ruptura alemã em Sedan sobre o Mosa, um corpo francês mantido em reserva para cobrir este setor vital moveu-se para a Brecha Stenay para proteger o flanco esquerdo da Linha Maginot, abrindo o caminho para os panzers de Guderian abrirem em leque rumo ao noroeste, por trás das linhas francesas.
A segunda maior operação anfíbia na Europa Ocidental durante a Segunda Guerra Mundial foi a totalmente esquecida travessia alemã, debaixo de fogo, do Mosa, em junho de 1940.
As guarnições dos inconquistáveis fortes Maginot mantiveram-se até o armistício. Estes que zombam da França por construir fortes que foram, supostamente "flanqueados" deveriam saber que as "inexpugnáveis" modernas fortificações americanas em Manila, e a Fortaleza Singapura da Grã-Bretanha, foram ambas tomadas pela retaguarda pelo Exército Imperial japonês. A muito louvada "Westwall" da Alemanha e suas defesas costeiras não se saíram melhor.
TERCEIRO - A Wehrmacht e a Luftwaffe da Alemanha foram esmagados muito antes do Dia-D. Ao comemorarmos a guerra, devemos relembrar e saudar a coragem e o valor dos destemidos soldados e pilotos da Rússia, que, igualmente aos soldados alemães, lutaram magnificamente ainda que em nome de regimes criminosos. A Segunda Guerra Mundial na Europa não foi vencida no Dia-D, como o mito popular mostra. Os exército e força aérea da Alemanha foram partidos nas batalhas titânicas da Frente Russa.
A Rússia acabou de celebrar o 66º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial, uma comemoração quase totalmente ignorada no Ocidente.
Os números falam por si mesmos. Os soviéticos destruíram 75 - 80 % de todas as divisões alemãs - 4 milhões de soldados - e a maioria da Luftwaffe. A Rússia perdeu, pelo menos, 14 milhões de soldados e um número similar de civis.
O Exército Vermelho destruiu 507 divisões do Eixo. Na Frente Ocidental, após o Dia-D, os Aliados destruíram 176 divisões alemãs severamente desfalcadas.
Quando os Aliados desembarcaram na Normandia, eles encontraram forças alemãs combalidas, sem nenhuma cobertura aérea, incapacitadas por falta de combustível e suprimentos, incapazes de se moverem à luz do dia. Mesmo assim, os alemães lutaram como tigres. Tivessem os invasores americanos, britânicos e canadenses encontrado a Wehrmacht e a Luftwaffe de 1940, e o resultado poderia ter sido bem diferente.
QUARTO - a Segunda Guerra Mundial não foi uma luta do bem contra o mal, entre "democracias ocidentais" e "potências totalitaristas", como ainda é, errôneamente, ensinado. Ela foi um conflito mundial por terras e recursos, colocando o Império Britânico que controlava 25 % de todo o globo, o Império Francês, o Império Holandês e o Império Belga, e mais tarde, o imperium americano (Filipinas, possessões do Pacífico, América Central), contra os impérios italiano e japonês. A União Soviética era um império por si mesma.
Em 1939, as únicas grandes potências sem colônias - que não eram potências imperiais - eram a Alemanha (que perdeu suas poucas colônias na Grande Guerra) e a China. Uma vez terminada a guerra, a Grã-Bretanha e a Holanda, que se lamentaram amargamente sobre os males da ocupação nazista, correram para reocupar suas antigas colônias, algumas das quais tinham declarado independência.
Dificilmente se poderia chamar isto de uma cruzada pela liberdade. A libertação do povo branco da Europa sob ocupação alemã, certamente. Mas não para os povos da África e Ásia. Entretanto, no final, a guerra pôs em movimento forças que eventualmente trouxeram o fim do colonialismo. O colapso do Império Britânico, que Winston Churchill tinha prometido defender a qualquer custo, abriu o caminho para a descolonização mundial.
Não deveríamos esquecer isto.